Entrevista com Khaled Meshaal, líder do Hamas, 16 de agosto
Interview with Khaled Meshaal, Hamas' leader, August 16
Khaled Meshaal: "Not a War of Choice"
http://youtu.be/2Kxbhk2whUA
Khaled Meshaal: "Not a War of Choice"
http://youtu.be/2Kxbhk2whUA
Khaled Meshaal's words are those of Hamas. He accepted this interview yesterday to set the records straight. To let the world know where Hamas stands because things in Cairo are not going well, given the pro-Israel position of the mediators and Israel's unwavering determination to continue the unbearable blockade.
Hamas officiais said this morning that offers made to the Palestinian delegation in Cairo do not meet the aspirations of its people, raising doubts about the chances of reaching a truce in the Cairo-brokered talks.
Under the terms of Egypt proposal - on behalf of Israel - things would stay as they are and Isarelis and the Palestinian National Authority would (eventualy) negotiate the end of the blockade "at some point in the future". Which means, never. Just like in 2012.
Under the terms of Egypt proposal - on behalf of Israel - things would stay as they are and Isarelis and the Palestinian National Authority would (eventualy) negotiate the end of the blockade "at some point in the future". Which means, never. Just like in 2012.
This time is different. As Khaled Meshaal said in his interview, Hamas wants the Israeli-Egyptian blockade on the coastal enclave lifted, as well as the establishment of a seaport and airport, as part of any enduring cessation of hostilities.
"As of now, Israel has not agreed to any proposals," an Israeli official said off the record.
And Binyamin Netanyahu told his ministers today: "The Israeli delegation in Cairo is acting with a very clear mandate to stand firmly on Israel's security needs. Only if there is a clear answer to Israel's security needs, only then will we agree to reach an understanding".
So, no end of the blockade. No nothing.
And Binyamin Netanyahu told his ministers today: "The Israeli delegation in Cairo is acting with a very clear mandate to stand firmly on Israel's security needs. Only if there is a clear answer to Israel's security needs, only then will we agree to reach an understanding".
So, no end of the blockade. No nothing.
The ceasefire concludes on Monday night.
As palavras de Khaled Meshaal são as do Hamas. Ele é o líder do partido, eleito democraticamente. Deu esta entrevista para pôr os pingos nos iis. Para informar o mundo qual é a do Hamas porque as coisas não estão indo bem no Cairo. O que é compreensível, considerando as posturas pró-israelenses dos mediadores e a determinação inflexível israelense de continuar o bloqueio insuportável.
Um representante do Hamas disse esta manhã que nenhuma proposta feita à delegação palestina no Cairo corresponde às expectativas de seus compatriotas e demonstrou duvidar da possiblidade de conseguir um Acordo durável nesta mediação egípcia.Nos termos da proposta do Egito em favor de Israel, tudo ficaria na mesma e eles só negociariam com a Autoridade Nacional Palestina o fim do bloqueio "mais tarde no futuro". O que significa que propõem que a prisão Gaza fique do mesmo jeito. Como a trégua que negociaram em 2012 quando os palestinos foram enganados por Hillary Clinton.
Mas desta vez é diferente. Como Khaled Meshaal deixou claro na entrevista acima, o Hamas quer o que o povo quer: fim do bloqueio egípcio-israelense no litoral, a construção de porto e aeroporto (como manda os Acordo de Oslo), como condição sine qua non para o fim das hostilidades.
Um funcionário israelense foi direto, mas no anonimato: "Por enquanto, Israel não concordou com nada".
E Binyamin Netanyahu disse a seus ministros hoje: "A delegação israelense no Cairo está agindo com o mandato claro de defender as necessidades de segurança de Israel. Vamos chegar a um acordo só quando nossas necessidades de segurança forem garantidas".
Portanto nada de fim do bloqueio. Tanta morte, tanta perda, tantos danos para nada? A prisão vai continuar do mesmo jeito?
O cessar-fogo termina nesta segunda-feira, às 21:00 GMT.
Hundreds of thousands of Palestinians are still sheltering in UN-run schools, in the Gaza strip. Many of those forced to find refuge have nowhere to go, as their homes have been destroyed.
Centenas de milhares de palestinos continuam abrigados em escolas da ONU na Faixa de Gaza. Muitos não têm para onde ir porque suas casas foram destruídas.
Os piores na questão do Oriente Médio, e os mais influentes e responsáveis pelos problemas endémicos, são a Inglaterra e os Estados Unidos. Foi a Inglaterra que dividiu o Mundo Árabe em 1916 aleatoriamente (Sykes-Picot Agreement), sem preocupar-se com afinidades étnico-religioso-culturais, sem preocupar-se com as pessoas que populavam os territórios, sem preocupar-se com a História.
Foi a Inglaterra que presenteou os judeus com grande parte da Palestina, a pedido do barão Rotschild e outros sionistas influentes.
Após a Segunda Guerra, os Estados Unidos tomaram o controle de tudo e começaram a semear guerra cá e acolá para garantir aos estadunidenses o American Way of Life e para exportá-lo como se os EUA fosse um paraíso terrestre e tivesse a fórmula da felicidade, em vez da da lei do mais forte.
Semeou iniquidade, com a cumplicidade da Inglaterra, fomentou o Al-Qaeda, levantou a bola de Israel até o anão de aço ficar incontrolável, gerou o ISIS derrubando Saddam Hussein porque este estava para mudar a moeda de negociação do petróleo e isto punha em risco o American Way of Life, facilitou a ascenção do ISIS na Síria combatendo Bashar el-Assad cegamente; tudo isso, a com a cumplicidade de países árabes pouco recomendáveis.
Esta região que cubro é cheia de problemas que cedo ou tarde afetam o mundo todo porque foram criados pelos EUA e algum país europeu no período colonial.
Colonialismo, qualquer que seja o lugar e o objetivo, é barra pesada.
Para mim, o pior caso é o da Palestina. Como diz Khaled Meshaal acima, é a ocupação mais longa da História e a única prática colonialista contemporânea. É uma aberração humana, política, social e econômica. Enfim, uma aberração total que revela o pior da política internacional e o pior do ser humano em sua capacidade surpreendente do quanto pode ser deshumano.
O destino político da Palestina poderia estar nas mãos dos BRICs se o Brasil mantivesse sua posição e puxasse os demais para o lado certo. Mas em ano eleitoral, é pouco provável, e se o Aécio for eleito vai ser ainda menos provável, pois o PSDB costuma dizer Amém aos Estados Unidos.
Portanto, sobra os próprios Estados Unidos e Inglaterra. Mas aí a jurupoca pia. Pois são os mestres dos dois pesos e duas medidas.
Vejamos Barack Obama. Qual foi sua resposta quando as Nações Unidas declararam a Faixa de Gaza um desastre humanitário, com todos os recursos essenciais destruídos e infra-estrutura médico-hospitalar explodidas pela agressão brutal isralense que matou 1.980 palestinos, 80% de civis, inclusive 469 crianças, 243 mulheres (9 delas, grávidas) e feriu mais de 10.693 pessoas, dentre elas 3084 crianças e 1.970 mulheres?
Obama disse que a "comunidade internacional" não pode ficar de braços cruzados diante de tal atrocidade e e autorizou intervenção militar que parasse os bombardeios israelenses indiscriminados de hospitais, escolas, postos de saneamento e centrais elétricas?
Obama apressou-se em mandar "conselheiros" militares para ver como o sítio de Gaza poderia ser quebrado, como fez com os Yazidis no Iraque que estavam supostamente sitiados?
Obama organizou distribuições aéreas de víveres aos gazuís sedentos e famintos, de gêneros de primeira necessidade, como fez com os Yazidis no Iraque?
Ele ligou para o primeiro ministro israelense Binyamin Netanyahu para dizer que os ataques barbáricos tinham de parar imediatamente ou os EUA parariam de apoiá-lo e de mandar para Israel a "ajuda anual" de $4 bilhões de dólares? Já que sem o apoio político e financeiro estadunidense Israel não conseguiria continuar com sua interminável violação das leis internacionais durante os 66 anos que vem oprimindo os palestinos e roubando sua terra?
Não? Pois é. Então o que Obama fez frente ao desastre humanitário em Gaza?
Quando o estoque de gasolina israelense acabou, os EUA logo mandaram barris para reabastecimento dos F16 e tanques para Israel continuar seus crimes.
E quando o estoque de munição de Israel diminuiu, os EUA abriu-lhe as portas de seu estoque próprio para que a quinta potência militar do planeta se servisse à vontade para continuar a bombardear a população cercada por todos os lados.
Não é que eu ache que os Yazidis não precisem ser ajudados, é que o problema deles foi aumentado desproporcionalmente com a intenção de desviar a atenção da Faixa de Gaza e para os Estados Unidos posarem de salvadores de uma pátria que eles mesmos destroçaram.
Por que a discrepância entre a iniciativa de David Cameron e de Barack Obama socorrerem os Yazidis e a falta de ação de ambos para pelo menos aliviar as condições desumanas em que a Palestina se encontra?
Por que em vez de ajudarem a resolver o problema Downing Street e a Casa Branca põem lenha na fogueira isralense com apoio político, financeiro e militar para queimarem os palestinos em fogo lento na Cisjordânia e rápido e rasteiro na Faixa de Gaza, repetindo o mantra "Israel tem direito de defender-se" quando é Israel o predador flagrante?
Simplesmente porque Israel fez ambos governos acreditarem ser indispensável ao controle de uma região que possui o que cobiçam: petróleo, e lhes acena com uma miragem: segurança.
Israel e os países ditatoriais do golfo - do Egito ao Bahrein - podem cometer crimes de guerra, torturar e matar seus oponentes, sem correr nenhum risco de "intervenção humanitária" da parte de nenhum deles, nem da França, que virou farinha do mesmo saco.
Portanto, para que a Palestina consiga a justiça que merece e precisa, para que a Faixa de Gaza seja livre e ligada por estrada com uma Cisjordânia desocupada de invasores israelenses civis e militares; enfim, para que a Palestina seja una, autônoma, livre e soberana é preciso que os cidadãos do mundo omem a frente. Que façamos nossa parte com os meios influentes dos quais dispomos: pressão nos nossos parlamentares, nos nossos governantes, e o boicote. Foi assim que a África do Sul livrou-se do apartheid.
O apartheid na África do Sul acabou porque o país virou um pária na sociedade mundial. Fora das competições esportivas. Fora dos eventos artísticos, acadêmicos e culturais. Fora do comércio internacional.
É para este poço que temos de empurrar Israel para que saiba que não é impune. Que se quiser viver no mundo convivendo com as outras nações tem de ser de igual para igual e não como superiores. Tem de respeitar as leis internacionais impostas a todas. As leis que regem as relações civilizadas entre povos e nações, unidas pela manutenção da paz e justiça, como foi estabelecido após os horrores da Segunda Guerra Mundial que Israel reproduz hoje na Palestina.
Insisto mais uma vez e não vou parar! A resposta cidadã pacífica que cada um de nós pode dar à impunidade que os "grandes" deste mundo proporcionam a Israel dando-lhe armas e licença para esmagar e matar é o Movimento BDS (Boycott Divestment Sanction).
O boicote é a nossa voz, que é mais forte do que a dos Camerons, dos Obamas e da pior de todos, a venal Hillary Clinton.
Comece não comprando nada da Hewlett Packard, não comprando nenhum material Caterpillar, não comprando nenhum produto de beleza Ahava, enfim, baixe a aplicação e consulte a lista em caso de dúvida.
Barack Obama seems disgusted by Binyamin Netanyahu. But even so, this feeling, shared by 98% of the world, unfortunately, is not strong enough to make him do the right thing.
Foi a Inglaterra que presenteou os judeus com grande parte da Palestina, a pedido do barão Rotschild e outros sionistas influentes.
Após a Segunda Guerra, os Estados Unidos tomaram o controle de tudo e começaram a semear guerra cá e acolá para garantir aos estadunidenses o American Way of Life e para exportá-lo como se os EUA fosse um paraíso terrestre e tivesse a fórmula da felicidade, em vez da da lei do mais forte.
Semeou iniquidade, com a cumplicidade da Inglaterra, fomentou o Al-Qaeda, levantou a bola de Israel até o anão de aço ficar incontrolável, gerou o ISIS derrubando Saddam Hussein porque este estava para mudar a moeda de negociação do petróleo e isto punha em risco o American Way of Life, facilitou a ascenção do ISIS na Síria combatendo Bashar el-Assad cegamente; tudo isso, a com a cumplicidade de países árabes pouco recomendáveis.
Esta região que cubro é cheia de problemas que cedo ou tarde afetam o mundo todo porque foram criados pelos EUA e algum país europeu no período colonial.
Colonialismo, qualquer que seja o lugar e o objetivo, é barra pesada.
Para mim, o pior caso é o da Palestina. Como diz Khaled Meshaal acima, é a ocupação mais longa da História e a única prática colonialista contemporânea. É uma aberração humana, política, social e econômica. Enfim, uma aberração total que revela o pior da política internacional e o pior do ser humano em sua capacidade surpreendente do quanto pode ser deshumano.
O destino político da Palestina poderia estar nas mãos dos BRICs se o Brasil mantivesse sua posição e puxasse os demais para o lado certo. Mas em ano eleitoral, é pouco provável, e se o Aécio for eleito vai ser ainda menos provável, pois o PSDB costuma dizer Amém aos Estados Unidos.
Portanto, sobra os próprios Estados Unidos e Inglaterra. Mas aí a jurupoca pia. Pois são os mestres dos dois pesos e duas medidas.
Vejamos Barack Obama. Qual foi sua resposta quando as Nações Unidas declararam a Faixa de Gaza um desastre humanitário, com todos os recursos essenciais destruídos e infra-estrutura médico-hospitalar explodidas pela agressão brutal isralense que matou 1.980 palestinos, 80% de civis, inclusive 469 crianças, 243 mulheres (9 delas, grávidas) e feriu mais de 10.693 pessoas, dentre elas 3084 crianças e 1.970 mulheres?
Obama disse que a "comunidade internacional" não pode ficar de braços cruzados diante de tal atrocidade e e autorizou intervenção militar que parasse os bombardeios israelenses indiscriminados de hospitais, escolas, postos de saneamento e centrais elétricas?
Obama apressou-se em mandar "conselheiros" militares para ver como o sítio de Gaza poderia ser quebrado, como fez com os Yazidis no Iraque que estavam supostamente sitiados?
Obama organizou distribuições aéreas de víveres aos gazuís sedentos e famintos, de gêneros de primeira necessidade, como fez com os Yazidis no Iraque?
Ele ligou para o primeiro ministro israelense Binyamin Netanyahu para dizer que os ataques barbáricos tinham de parar imediatamente ou os EUA parariam de apoiá-lo e de mandar para Israel a "ajuda anual" de $4 bilhões de dólares? Já que sem o apoio político e financeiro estadunidense Israel não conseguiria continuar com sua interminável violação das leis internacionais durante os 66 anos que vem oprimindo os palestinos e roubando sua terra?
Não? Pois é. Então o que Obama fez frente ao desastre humanitário em Gaza?
Quando o estoque de gasolina israelense acabou, os EUA logo mandaram barris para reabastecimento dos F16 e tanques para Israel continuar seus crimes.
E quando o estoque de munição de Israel diminuiu, os EUA abriu-lhe as portas de seu estoque próprio para que a quinta potência militar do planeta se servisse à vontade para continuar a bombardear a população cercada por todos os lados.
Não é que eu ache que os Yazidis não precisem ser ajudados, é que o problema deles foi aumentado desproporcionalmente com a intenção de desviar a atenção da Faixa de Gaza e para os Estados Unidos posarem de salvadores de uma pátria que eles mesmos destroçaram.
Por que a discrepância entre a iniciativa de David Cameron e de Barack Obama socorrerem os Yazidis e a falta de ação de ambos para pelo menos aliviar as condições desumanas em que a Palestina se encontra?
Por que em vez de ajudarem a resolver o problema Downing Street e a Casa Branca põem lenha na fogueira isralense com apoio político, financeiro e militar para queimarem os palestinos em fogo lento na Cisjordânia e rápido e rasteiro na Faixa de Gaza, repetindo o mantra "Israel tem direito de defender-se" quando é Israel o predador flagrante?
Simplesmente porque Israel fez ambos governos acreditarem ser indispensável ao controle de uma região que possui o que cobiçam: petróleo, e lhes acena com uma miragem: segurança.
Israel e os países ditatoriais do golfo - do Egito ao Bahrein - podem cometer crimes de guerra, torturar e matar seus oponentes, sem correr nenhum risco de "intervenção humanitária" da parte de nenhum deles, nem da França, que virou farinha do mesmo saco.
Portanto, para que a Palestina consiga a justiça que merece e precisa, para que a Faixa de Gaza seja livre e ligada por estrada com uma Cisjordânia desocupada de invasores israelenses civis e militares; enfim, para que a Palestina seja una, autônoma, livre e soberana é preciso que os cidadãos do mundo omem a frente. Que façamos nossa parte com os meios influentes dos quais dispomos: pressão nos nossos parlamentares, nos nossos governantes, e o boicote. Foi assim que a África do Sul livrou-se do apartheid.
O apartheid na África do Sul acabou porque o país virou um pária na sociedade mundial. Fora das competições esportivas. Fora dos eventos artísticos, acadêmicos e culturais. Fora do comércio internacional.
É para este poço que temos de empurrar Israel para que saiba que não é impune. Que se quiser viver no mundo convivendo com as outras nações tem de ser de igual para igual e não como superiores. Tem de respeitar as leis internacionais impostas a todas. As leis que regem as relações civilizadas entre povos e nações, unidas pela manutenção da paz e justiça, como foi estabelecido após os horrores da Segunda Guerra Mundial que Israel reproduz hoje na Palestina.
Insisto mais uma vez e não vou parar! A resposta cidadã pacífica que cada um de nós pode dar à impunidade que os "grandes" deste mundo proporcionam a Israel dando-lhe armas e licença para esmagar e matar é o Movimento BDS (Boycott Divestment Sanction).
O boicote é a nossa voz, que é mais forte do que a dos Camerons, dos Obamas e da pior de todos, a venal Hillary Clinton.
Comece não comprando nada da Hewlett Packard, não comprando nenhum material Caterpillar, não comprando nenhum produto de beleza Ahava, enfim, baixe a aplicação e consulte a lista em caso de dúvida.
Barack Obama seems disgusted by Binyamin Netanyahu. But even so, this feeling, shared by 98% of the world, unfortunately, is not strong enough to make him do the right thing.
What was Obama's response to the United Nations declaring Gaza a humanitarian disaster, as essential resources ran out and medical facilities collapsed, following Israel's brutal assault that killed 1,980 Palestinians - most of them civilians, over 469 of them children, 243 women (9 of them pregnant) - and injured more then ten thousand, including 3.084 children and 1970 women?
Did Obama say the "international community" cannot stand by when such an atrocity is taking place, and authorise military strikes to stop Israel's random bombing of hospitals, schools, water and sewage facilities and power stations?
Did he rush military "advisors" to see how the siege of Gaza could be broken, as he did when it was the Yazidis in Iraq who were supposedly suffering a siege?
Did he organise aid drops by the US airforce to bring food and essential supplies to the people of Gaza under siege, as he did to the Yazidis?
Did he call Israel's prime minister Benjamin Netanyahu to tell him the barbaric attacks had to stop immediately or else the US would end its support and annual aid to Israel of US$4 billion a year? As without this political and economic support, Israel could not continue its endless violations of international law during the 66 years that it has stolen Palestinian land and oppressed the Palestinian people.
No? Then what did Obama do about the humanitarian disaster in Gaza?
When Israel's fuel stocks for its armed forces in Gaza were running low, Obama rushed a tanker to Israel to enable stocks to be replenished, so the Israeli campaign of mass murder could continue.
And as Israel's profligate use of shells and bombs thinned out its stock of weapons, the US opened its ammunition stockpile to make sure the world's fifth most powerful military force could continue bombing the population of one of the world's most crowded areas.
No wonder Netanyahu was so effusive about the support Israel got from "best friend" Obama during the attack on Gaza.
Not only did Obama and Cameron support "Israel's right to defend itself with this mass slaughter, they had little to say about Israel's inhmane siege of Gaza that has brought unimaginable suffering to its 1.8 million inhabitants for over seven years.
Why the discrepancy between the sudden impulse to rush aid to the Yazidis and the lack of action to alleviate the parlous condition of Palestinians in Gaza?
Simple. Israel is a pivotal ally in the US and UK strategy to maintain control of the region that contains the world's most valuable asset: oil.
Israel, like the swathe of Arab dictators and despots in the region who serve US interests -- from Egypt to Bahrain -- can get away with war crimes, torture and mass murder of opponents, without the slightest risk of a "humanitarian intervention".
Ending the siege of Gaza will require the continuing growth of the worldwide solidarity movement for Palestinian rights. The spontaneous international indignation need to be turned into pressure on our political leaders who support Israel crimes against the Palestinian people, whatever atrocities are committed.
Central to this movement must be the Boycott, Divestment and Sanction (BDS) campaign that has grown so significantly in recent years: it needs to have a real economic impact on Israel, just as the boycott campaign against apartheid South Africa did.
Baixe a aplicação Buycott para boicotar com mais facilidade
Are you already Buycotting Israel?
A Escócia está sendo o país mais ativo no boicote contra Israel.
Em Glasgow, hasteraram a bandeira palestina na prefeitura,
e em Edinburg boicotaram os representantes israelenses em seu famoso Festival de Arte.
Israeli play pulled out of Hedinburg Art Festival
The pro-peace protest was the largest in Israel since it launched operation Protective Edge on July 8, an offensive that has seen at least 1,980 Palestinian deaths and 67 on the Israeli side. It was organised by the opposition leftwing Meretz party, Gush Shalom, Peace Now, a group opposed to Jewish settlement building on occupied territory, and the communist Hadash party.Os israelenses pro-massacre foram 10 mil a se manifestaram na semana passada, mas ontem Tel Aviv foi palco de outra passeata que reuniu muito mais pessoas anti-guerra. Foi a maior passeata em Israel desde o começo da Operação Protective Edge. Parabéns à Gush Shalom e a todas ONGs e partidos organizadores.
There you are, drawing up a wonderful plan for the next war, preparing it, training for it, until everything is perfect.Everything would be so much easier if war had only one side. Ours, of course.
And then the war starts, and to your utmost surprise it appears that there is another side, too, which also has a wonderful plan, and has prepared it and trained for it.
When the two plans meet, everything goes wrong. Both plans break down. You don't know what's going to happen. How to go on. You do things you have not planned for. And when you have had enough of it and want to get out, you don't know how. It's so much more difficult to end a war than to start a war, especially when both sides need to declare victory.
That's where we are now.
How did it all start? Depends where you want to begin.
Like everywhere else, every event in Gaza is a reaction to another event. You do something because the other side did something. Which they did because you did something. One can unravel this until the beginning of history. Or at least until Samson the Hero.
Samson, it will be remembered, was captured by the Philistines, blinded and brought to Gaza. There he committed suicide by bringing the temple down on himself and all the leaders and people, crying out: "Let my soul die with the Philistines!" (Judges 16:30)
If that's too remote, let's start with the beginning of the present occupation, 1967.
(There was a forgotten occupation before that. When Israel conquered the Gaza Strip and all of Sinai in the course of the 1956 Suez war, David Ben-Gurion declared the founding of the "Third Israeli Kingdom", only to announce in a broken voice, a few dates later, that he had promised President Dwight Eisenhower to withdraw from the entire Sinai Peninsula. Some Israeli parties urged him to keep at least the Gaza Strip, but he refused. He did not want to have hundreds of thousands more Arabs in Israel.)
A friend of mine reminded me of an article I had written less than two years after the Six Day War, during which we occupied Gaza again. I had just found out that two Arab road-construction workers, one from the West Bank and one from the Gaza Strip, doing exactly the same job, were paid different wages. The Gaza man was paid much less.
Being a member of the Knesset, I made inquiries. A high-level official explained to me that this was a matter of policy. The purpose was to cause the Arabs to leave Gaza and settle in the West Bank (or elsewhere), in order to disperse the 400 thousand Arabs then living in the Strip, mostly refugees from Israel. Obviously this did not go so very well - now there are about 1.80 million there.
Then, in February 1969, I warned: "(If we go on) we shall be faced with a terrible choice - to suffer from a wave of terrorism that will cover the entire country, or to engage in acts of revenge and oppression so brutal that they will corrupt our souls and cause the whole world to condemn us."
I mention this not (only) to blow my own horn, but to show that any reasonable person could have foreseen what was going to happen.
It took a long time for Gaza to reach this point.
I remember an evening in Gaza in the mid-90s. I had been invited to a Palestinian conference (about prisoners), which lasted several days, and my hosts invited me to stay with Rachel in a hotel on the sea-shore. Gaza was then a nice place. In the late evening we took a stroll along the central boulevard. We had pleasant chats with people who recognized us as Israelis. We were happy.
I also remember the day when the Israeli army withdrew from most of the Strip. Near Gaza city there stood a huge Israeli watchtower, many floors high, "so that the Israeli soldiers could look into every window in Gaza". When the soldiers left, I climbed to the top, passing hundreds of happy boys who were going up and down like the angels on the ladder in Jacob's dream in the Bible. Again we were happy. They are probably Hamas members now.
That was the time when Yasser Arafat, son of a Gaza Strip family, returned to Palestine and set up his HQ in Gaza. A beautiful new airport was built. Plans for a large new sea-port were circulating.
(A big Dutch harbor-building corporation approached me discreetly and asked me to use my friendly relations with Arafat to obtain the job for them. They hinted at a very large gratuity. I politely refused. During all the years I knew Arafat, I never asked him for a favor. I think that this was the basis of our rather strange friendship.)
If the port had been built, Gaza would have become a flourishing commercial hub. The standard of living would have risen steeply, the inclination of the people to vote for an Islamic party would have declined.
Why did this not happen? Israel refused to allow the port to be built. Contrary to a specific undertaking in the 1993 Oslo agreement, Israel cut off all passages between the Strip and the West Bank. The aim was to prevent any possibility of a viable Palestinian state being set up.
True, Prime Minister Ariel Sharon evacuated the more than a dozen settlements along the Gaza shore. Today, one of our rightist slogans is "We evacuated the entire Gaza Strip and what did we get in return? Qassam rockets!" Ergo: we can't give up the West Bank.
But Sharon did not turn the Strip over to the Palestinian Authority. Israelis are obsessed with the idea of doing things "unilaterally". The army withdrew, the Strip was left in chaos, without a government, without any agreement between the two sides.
Gaza sank into misery. In the 2006 Palestinian elections, under the supervision of ex-President Jimmy Carter, the people of Gaza – like the people of the West Bank – gave a relative majority to the Hamas party. When Hamas was denied power, it took the Gaza Strip by force, with the population applauding.
The Israeli government reacted by imposing a blockade. Only limited quantities of goods approved by the occupation authorities were let in. An American senator raised hell when he found out that pasta was considered a security risk and not allowed in. Practically nothing was let out, which is incomprehensible from the “security” point of view of weapons “smuggling” but clear from the point of view of “strangling". Unemployment reached almost 60%.
The Strip is roughly 40 km long and 10 km wide. In the north and the east it borders Israel, in the west it borders the sea, which is controlled by the Israeli navy. In the south it borders Egypt, which is now ruled by a brutal anti-Islamic dictatorship, allied with Israel. As the slogan goes, it is "the word's largest open-air prison".
Both sides now proclaim that their aim is to put an end to this situation. But they mean two very different things.
The Israeli side wants the blockade to remain in force, though in a more liberal form. Pasta and much more will be let into the Strip, but under strict supervision. No airport. No sea-port. "Hamas must be prevented from re-arming".
The Palestinian side wants the blockade to be removed once and for all, even officially. They want their port and airport. They don't mind supervision, either international or by the Palestinian Unity Government under Mahmoud Abbas.
How to square this circle, especially when the "mediator" is the Egyptian dictator, who acts practically as an agent of Israel? It is a mark of the situation that the US has disappeared as a mediator. After the futile John Kerry peace mediation efforts it is now generally despised throughout the Middle East.
Israel cannot "destroy" Hamas, as our semi-fascist politicians (in the government, too) loudly demand. Nor do they really want to. If Hamas is "destroyed", Gaza would have to be turned over to the Palestinian Authority (viz. Fatah). That would mean the re-unification of the West Bank and Gaza, after all the long-lasting and successful Israeli efforts to divide them. No good.
If Hamas remains, Israel cannot allow the "terror-organization" to prosper. Relaxation of the blockade will only be limited, if that. The population will embrace Hamas even more, dreaming of revenge for the terrible devastation caused by Israel during this war. The next war will be just around the corner – as almost all Israelis believe anyhow.
In the end, we shall be where we were before.
There can be no real solution for Gaza without a real solution for Palestine.
The blockade must end, with serious security concerns of both sides properly addressed.
The Gaza Strip and the West Bank (with East Jerusalem) must be reunited.
The four "safe passages" between the two territories, promised in the Oslo agreement, must at last be opened.
There must be Palestinian elections, long overdue, for the presidency and the parliament, with a new government accepted by all Palestinian factions and recognized by the world community, Including Israel and the USA.
Serious peace negotiations, based on the two-state solution, must start and be concluded within a reasonable time.
Hamas must formally undertake to accept the peace agreement reached by these negotiations. Israel's legitimate security concerns must be addressed.
The Gaza port must be opened and enable the Strip and the entire State of Palestine to import and export goods.
There is no sense in trying to "solve" one of these problems separately. They must be solved together. They can be solved together.
Unless we want to go around and around, from one "round" to the next, without hope and redemption.
"We" – Israelis and Palestinians, locked for ever in an embrace of war.
Or do what Samson did: commit suicide".
Uri Avnery, 16/08/2014
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