domingo, 28 de dezembro de 2014

Desperdício Waste


No fim do primeiro ano deste blog, em dezembro de 2010, fechei o ciclo de hidropolítica com uma matéria sobre o valor e o desperdício de água. O crime que são os banhos demorados, as torneiras que pingam ou a água que jorra por negligência intolerável, descargas puxadas mais de uma vez sem necessidade, etcétera e tal.
O problema da água continua grave. Até no nosso país, (vide o caso de São Paulo) que detém cerca de 16% da água da Terra e porém,...
O grande problema é a água potável. O desperdício de água deveria ser criminalizado de alguma forma.
Como já falei no problema de água potável mais de uma vez neste blog por conhecer lugares e pessoas que passam sede ou tomam água ruim para a saúde, hoje vou tratar de elemento imprescindível sólido em vez de líquido.
Neste período de festas de fim de ano, Natal e Virada, vou ser desmancha prazeres, ou não, lembrando que comida, que chega às nossas mesas no quotidiano direto de mercados, é um privilégio negado a milhões de pessoas e algumas, muitas, se alimentam do que catam nos lixões das grandes e pequenas cidades.
Nós desperdiçamos toneladas. Eles carecem de uma pitada.

Food Waste Footprint I

No ano passado o Mechanical Engineers, Waste Not, Want Not revelou que metade dos alimentos produzidos no mundo não é comido e sim jogado fora.
Os países ocidentais abastados ficaram chocados. Sobretudo porque soube-se também que 925 milhões de habitantes do planeta passavam fome.
O mundo produz cerca de 4 bilhões de toneladas de alimentos por ano, mas a metade é descartada por diversas causas. Não disponho de estatísticas brasileiras, mas os europeus jogam no lixo metade da comida que compram. Um costume que deve ser o mesmo das classes média e alta brasileiras.
E antes da fruta e do legume chegarem às nossas cozinhas, já passaram por um processo seletivo de forma, tamanho e aparência e muitos deles, cerca de 30%, não passam no exame de exigência estética do consumidor que foi acostumado nos últimos anos com produtos aparentemente "perfeitos".
Enquanto selecionamos a fome global aumenta e vira um problema que tem de ser resolvido e não apenas nos países sub-desenvolvidos ou em desenvolvimento como também no dito Primeito Mundo.
Para pegar um exemplo europeu e outro americano, ater-me-ei a dois países anglófonos.
Na Inglaterra, por exemplo, de seus 53 milhões de habitantes, 13.2 milhões vivem na pobreza, dentre estes, 5.8 milhões na miséria, o que significa que lutam para abastecer sua mesa com comida básica.
Nos Estados Unidos, 16,7% de seus 316 milhões de habitantes vivem na pobreza ou extrema pobreza. O que significa que há cerca de 58 milhões de estadunidenses que se alimentam mal ou vivem em carência alimentar. Enquanto a população de classes média e alta desperdiçam alimento sem pensar nos milhões de necessitados.
No Brasil o número é decrescente. O que é uma prova de nosso desenvolvimento econômico de mãos dadas com o social seguindo o modelo do verdadeiro primeiro mundo que é a Escandinávia. Que agrade ou não os elitistas, país rico é realmente país sem pobreza e sem miséria. A Índia e a China apresentam crescimentos altos e constantes, mas a pobreza aumenta. Parecem estar naquela conversa fiada do Delfim Neto durante a ditadura - Vamos deixar o bolo crescer para repartir (as migalhas) mais tarde. Mas a economia social não funciona assim. Prova disto é a chocante desigualdade dos Estados Unidos em que tanta gente morre de fome e sem assistência médica enquanto outras se esbaldam.

Food Waste Footprint II

Voltando à vaca morta, há poucas semanas a FAO (United Nations Food and Agricultural Organization) puxou de novo o alarme declarando que dois bilhões de pessoas poderiam ser alimentadas anualmente com comida desperdiçada em festas, hotéis, mercados, agriculturas e cozinhas particulares.
Por isso bolou uma plataforma interativa a fim de reduzir as perdas, que poderiam facilmente alimentar os 925 milhões de terrestres que passam fome.
A FAO reiterou que cerca de 1.3 bilhões de toneladas de comida, ou seja, os 30 por cento da produção global, são desperdiçadas. Ainda não se sabe quão eficaz será a tal plataforma na solução do problema. Porém, dizem os analistas que mesmo que não se saia do impasse da alimentação global a constatação e a vontade política já valem a pena porque são em si um avanço, em relação à indiferença.
A plataforma se chama "The Global Community of Practice of Food Loss Reduction". É acessível na Internet e informa como reduzir o desperdício.
"We need to close the gap between people being aware of this problem and what they do when they are standing in the grocery store or in the kitchen," diz Dana Gunders, uma cientista ligada ao Natural Resources Defense Council, um grupo que advoga pelo meio-ambiente nos Estados Unidos.
Pois os estadunidenses são os que mais desperdiçam no planeta. Nós brasileiros não ficamos muito atrás, não apenas comida, mas água e produtos não recicláveis - ou recicláveis que são misturados com lixo orgânico e viram poluentes daninhos para o meio-ambiente em vez de objetos reaproveitáveis que re-sirvam a sociedade.
Pois como diz Dana, "Awareness is the first step the more specific the information [available on the portal] the more helpful it is in terms of reductions."
Veja bem as estatísticas: Mais de 40 por cento de grãos, frutas e legumes são desperdiçadas. 20 por cento de sementes e 35 por cento dos peixes pescados não chegam às cozinhas.
Em nossos países em que comida abunda nos mercados e mesas da maioria, o desperdício acontece em restaurantes e residências quando os consumidores jogam fora produtos que acham que estão vencidos ou maduros demais para serem consumidos. Nos mercados jogam fora frutas e legumes danificados ou que não estejam esteticamente perfeitos, embora as frutas e legumes geneticamente modificadas pela Monsanto aparentem a mesma "perfeição" estética que o botox na cara de homens e mulheres que privilegiam a aparência.
A maior parte da comida perdida nos países emergentes, no qual o nosso enquadra perfeitamente, acontece durante o transporte e armazenamento, já que a infraestrutura para refrigeração e preservação são frequentemente inadequadas.
Problemas com a conservação também ocorrem nas casas que durante o verão deixam de fora da geladeira frutas e legumes que poderiam estar dentro e sendo retirados duas horas antes de serem usados para não estragarem.
Padeiros que participam do programa da FAO esperam que a nova plataforma ajude os fazendeiros e os leve a "share experiences to concretely reduce losses".
No terreno, os fazendeiros podem entre-ajudar-se compartilhando novas técnicas artesanais ou mecânicas no site da plataforma e assim contribuir à solução dos problemas de colheita e estocagem em outras fazendas menos bem informadas.
Feeding 9 billion

Concretamente, o World Food Programme já distribuiu recipientes de metal e sacos de armazenamento a 400 camponeses do Burkina Faso e Uganda, como um teste no continente africano.
E deu certo. Constataram que melhor estocagem já reduziu a perda na colheita a apenas dois por cento durante um período de 90 dias e o programa está sendo estendido a mais 41 mil lavouras. O objetivo do WFP a médio prazo é reduzir 70% das perdas.
No início os camponeses e até os fazendeiros acolhem as novas medidas com ceticismo, mas como diz Simon Costa, um dos gerentes do programa, em seguida "their disbelief quickly turned to jubilation when they discovered their harvest was in perfect condition", ao contrário da rápida deterioração de antes.
Um manual de aproveitamento máximo da produção está disponível na internete
Gana Gunders diz que a teconlogia apropriada a cada caso além de conservar a comida fresca mais tempo ajuda o agricultor - em pequena e larga escala - a administrar o ciclo dos mercados com mais eficiência. "Many farmers want tohold some of their produce for some time after the harvest, as prices rise when less food is available on the market. Small farmers are some of the worst affected by hunger in many developing countries".
E como a Monsanto é um parasita que envenena a América inteira graças a lobbies eficientes, é claro que está também na África, onde a corrupção é omnipresente. Gana Gunders observou que vários agricultores de países africanos que não tinham acesso a sacos de armazenamento borrifavam os tais pesticidas tóxicos diretamente na comida após a colheita.
"Kids were eating the peas and literally dying from the pesticides. The sealable bags eliminated the need for this and allowed farmers to store the crops for longer and seel at a better price".
Nos nossos países desenvolvidos e que a agricultura é extensiva, o problema da morte lenta é mais grave ainda. Pois os fazendeiros jogam os pesticidas da Monsanto de aviões que voam rasteiro. Depois os alimentos são despachados para os mercados em perfeito estado, é claro. Como o botox, as aparências enganam. O botox é questão pessoal. Mas os agrotóxicos e os produtos geneticamente modificados são uma questão social controvertida que se agrava dia a dia e é cada vez mais perigosa para a saúde a médio e longo prazo.
Nós cidadãos comuns podemos lutar contra a Monsanto (ver blog 02/06/13) comprando produto orgânico dos agricultores que resistem a duras penas ao assédio dos vampiros estadunidenses. Custam mais caro, mas quem puder pagar, ou melhor, privilegiar a boa alimentação na hierarquia do consumo familiar, vale a pena. Para a saúde e para o paladar.

Monsanto's crimes explained by an 11-year-old
Menino explica crimes da Monsanto 

Eis abaixo algumas dicas de como economizar ou bem administrar seus alimentos: Love Food Hate Waste.; 
Tips on what to do with leftovers, and how to reduce waste, visit:  Love Food Hate Waste.

Outras dicas. Further tips:
Making the most of the food we buy (PDF 4MB) is a handy guide to help you run your own Love Food Hate Waste campaign or activities, with ideas to suit a range of audiences and event styles.
In addition to the activities in the handy guide above, there is a range of other tools to help engage your community in the simple steps we can all take to make the most of food, cut waste and save Money.

  • Food Waste Diary front coverFood Waste Diary (PDF 1.2 MB), a great challenge to see how much food is really wasted and why this happens.
  • Toolkit for cookery classes (PDF 7 MB) provided by Love Food Hate Waste to support kitchen know-how and top tips for good food management. (Can also be used for workshop environment or cookery demonstrations).
  • Storage Game (Somerset) (PDF 7.5 MB), provided by Love Food Hate Waste and adapted by SWP for Somerset. This game provokes discussion about what to do with leftover items and considers food safety. (Before you print, please note a laminated version of game is free to hire from SWP with otherdisplay items.)
  • Quick Quizzes, developed by SWP to support local campaign events. These are a great ice-breakers: Food for thought (PDF 46 KB)Savvy storage (PDF 42 KB).
  • For further information, see Love Food Hate Waste support materials page for more items available locally, such as posters, recipe cards and display equipment.
Concluindo com uma nota cívica, meus pais e avós me ensinaram a jogar comida fora dentro de sacos, isto é, protegidas, caso um indigente precisasse catar os restos para alimentar-se. Assim o meu desperdício serviria para alguém. Ensinaram também a não desperdiçar, mas demorei a assimilar esta noção básica de solidariedade. Aprendi a proteger a comida mais depressa do que a determinar a defasagem entre a vontade de comer ( o dito "olho maior do que a barriga") e minha capacidade estomacal de "estocagem", que hoje são perfeitamente controláveis e controladas e não deixo absolutamente nada no prato. Nem por lorota de "etiqueta social". Noção que acho obsoleta e inexplicável. Boa educação é respeitar o próximo e não desperdiçar nada.
Portanto, quem quiser contribuir com os esforços dos organismos internacionais e nacionais e preservar sua saúde, lembre-se, além de não desperdiçar nem um grão, fuja de frutas e legumes perfeitos e lustrosos. Quase todos são geneticamente modificados. Veneno a curto, médio ou longo prazo sobretudo para as mulheres grávidas, pois podem transmitir aos fetos agrotóxicos por estes assimilados.

E para não esquecer a Palestina e a carência crônica da Faixa de Gaza

FELIZ 2015

Norman Finkelstein - Champion of the Palestinian Cause
Real News 

domingo, 21 de dezembro de 2014

O calvário dos Palestinos cristãos sob ocupação

Muita gente ignora ou irreleva o fato de boa parte dos palestinos ser cristã. Ignoram porque se "informam" pela grande mídia que prefere que se pense que os israelenses exterminam muçulmanos fanáticos como os sanguinários que executam seus oponentes friamente na Síria e no Iraque. 
Acontece que isto é mentira, é claro. Até os religiosos do Hamas são menos extremistas do que os judeus que imigram para Israel por causa de incentivos financeiros e no final das contas se instalam na Cisjordânia em terra alheia, que dizem de cara lavada que não é dos donos legítimos e sim deles por ser sua "terra prometida".
Terra Prometida é argumento conto da carochinha para gente de má-fé ou de cobiça ilegítima. 
Com a aproximação do Natal e eu de férias no meu país tropical, vou ceder espaço a uns vídeos que mostram o que é ser cristão na Palestina ocupada e com sua liberdade cerceada. Assim, quem sabe, os cristãos que ainda conseguem defender a limpeza étnica que Israel vem procedendo na Palestina entendam que ignorância, embora não seja pecado capital oficializado, pode ser letal e danifica a alma.  
Ver blog do dia  22/12/13

I am a Palestinian Christian

Being a Palestinian Christian

How is Israel controlling the Church 

Religious rights of Palestinians denied

Palestinian Christians under attack


Inside Story: The Continuing Plight of Palestinian Christians

FELIZ NATAL!! aos cristãos
Chanuka Samach! aos meus amigos judeus
e como dizia O Aniversariante do dia 25,
Paz na Terra aos homens de boa vontade

  
"Almost a thousand Israeli personalities have alkready signed na appeal to European parliaments for their governments to recognize the State of Palestine.
I am honored to be among the signatories, which include former ministers and members of the Knesset, diplomats and generals, artists and businessmen, writers and poets, including Israel's three outstanding writers Amos Oz, David Grossman and A. B. Yehoshua.
We believe that the independence of the Palestinian people in a state of their own, next to the State of Israel, is the basis for peace, and therefore as important for Israelis as it is for Palestinians. This, by the way, has been my firm conviction ever since the 1948 war.
The extreme right wing, which has ruled Israel in recent years, holds the opposite belief. Since it wants to turn the entire area between the Mediterranean Sea and the Jordan River into the "nation-state of the Jewish people", it totally rejects the setting up of a Palestinian state.
These, then, are the battle lines:
A Palestinian state in the West Bank and the Gaza Strip, with East Jerusalem as its capital, an Israeli-Palestinian peace treaty, the end of the occupation, peace between Israel and the entire Arab and Muslim world, or a Greater Israel, continuous occupation or annexation, more settlements and ethnic cleansing, permanent war.
Israel has to choose.
So has the world.
Lately, several European parliaments have called upon their governments to recognize the State of Palestine. We want to encourage that process.
The Portuguese parliament did so last Friday, following the parliaments of the UK, Ireland, France and Spain. The European parliament, an institution with growing influence and power, has done so, too.
These are only recommendations. But the government of Sweden has officially recognized the State of Palestine. Some misguided spirits have stated that this was the first recognition of Palestine by a European Union country. That is quite wrong: Palestine has already been recognized by the EU countries of Bulgaria, Cyprus, the Czech Republic, Hungary, Malta, Poland, Romania and Slovakia, as well at the European non-EU states of Albania, Azerbaijan, Belarus, Bosnia & Herzegovina, Georgia, Iceland, Montenegro, Russia, Serbia, Turkey and Ukraine.
Quite an impressive list. But is it important?
The American Declaration of Independence stresses the importance of a "decent respect for the opinion of mankind".
The Israeli declaration of independence does not include this phrase, but its whole composition shows that is an attempt to explain its aims to the world and attain world-wide diplomatic recognition.
However, David Ben Gurion, who read the declaration aloud at the founding meeting, soon after announced his doctrine: "It is not important what the Goyim say, the important thing is what the Jews do!"
Is this really true? Doesn't the opinion of mankind count?
It was perhaps true 150 years ago, when Benjamin Disraeli proclaimed the British policy of "Splendid Isolation". I doubt it. Even then, Great Britain was deeply involved in European and world affairs.
Since then, the world has changed profoundly. Governments have become much more democratic, mass education has broadened the basis of public opinion, undreamt of means of mass communication have promoted transparency, some speak of the "world village".
Public opinion has a huge impact on politicians in democratic countries, and even in dictatorships. Where public opinion leads, governments sooner or later follow. Public sentiments become governing policy. This has diplomatic, economic and even military consequences.
The United Nations is the chosen vessel for voicing the "opinion of mankind".
After its founding, Israel fought a hard battle for acceptance in the world organization. The declaration of independence, which promised democracy and equality for all inhabitants, played an important role in this struggle.
Yet Ben Gurion used to call the UN "Um-Shmum" (UM is the Hebrew acronym of the United Nations, adding the letters “Shm" is the Yiddish way of expressing contempt.
For more than 40 years now, this contempt has never been shaken. Israeli leaders relied on the US to block each and every Security Council resolution that the Israeli government disapproved of, irrespective of its content. If the UN had been asked to reaffirm the Ten Commandments contrary to Israeli wishes, the US would have vetoed them.
Now, for the first time in UN history, this sword of Damocles may disappear. The US has hinted that it may not veto a Security Council draft resolution that the Israeli government strenuously objects to.
Incredible! No US veto? It's like saying that the sun may not rise tomorrow.
How come? What has happened?
The simplest answer is that Barack Obama, like so many others, is fed up with Binyamin Netanyahu. Our prime minister has burned one bridge too many.
He has humiliated the US president time and again. He has let loose the hounds of AIPAC against him. And he has done the worst he can do to a politician: he has openly supported his opponents in the last two election campaigns.
The Prime Minister's support of Mitt Romney was nothing short of scandalous. Netanyahu, following the orders of his owner, the primitive but enormously powerful casino mogul Sheldon Adelson, campaigned for Romney openly and unabashedly. In return, Adelson created and finances the Yisrael Hayom ("Israel Today") newspaper, which, being distributed gratis, now has the widest circulation in the country. Its sole editorial policy is to support Netanyahu through thick and thin.
In the recent US mid-term elections, AIPAC assisted the Republicans again, helping them to turn the Senate into an anti-Obama bastion.
Obama has kept quiet. But he would be superhuman if he didn't plot his revenge. He has done so by secretly encouraging the Europeans to go on with their pro-Palestinian efforts. Now he has come out into the open. The US has announced that it is considering not to use its veto.
At stake is a Palestinian draft that would have the Security Council set a one-year time limit for achieving a peace agreement and a three-year limit for the end of the occupation and the creation of a Palestinian State along the 1967 borders. For right-wing Israelis, that comes near to the end of the world.
At stake is also a French draft, which does not go so far but also sets a two-year time limit to peace negotiations.
These drafts would have been unthinkable just a year ago. They show Israel's deepening isolation.
No polititian likes radical breaks. After 41 years of an unbroken record of American use of the veto on behalf of Israel (and almost nobody else), not vetoing would be a revolutionary step. It may have a profound impact on US domestic politics, including the next presidential elections. It may hurt Hillary Clinton's chances (perhaps an additional temptation for Obama.)
Also, important US strategic interests are involved. The Arab world may be in chaos, but it still unanimously supports the Palestinian cause diplomatically. America is relying on Arab participation in the coalition that is fighting against the Islamic State (ex-ISIS). An anti-Palestinian veto at this juncture would hurt all Arab governments who are inclined to join. Jordan, for example. Saudi Arabia. Egypt.
John Kerry, poor John Kerry, is rushing around meeting with "everybody and his wife" (as we say in chauvinist Hebrew slang) to find a solution. He is threatening Mahmoud Abbas with cutting off his funds. But Abbas rightly tells him that he has nothing to lose – if he cannot show some achievements very soon, the West Bank may well explode and the Palestinian Authority disintegrate.
In desperation, Netanyahu went to Rome to meet Kerry personally and had a stormy session with him. It seems that Kerry didn't promise anything. Sa'eb Erekat had an even stormier session with Kerry, with shouting, table banging and all.
Ex-president Shimon Peres, out of office but still an inveterate spit-licker, went to help Netanyahu with the French. He appealed to the (converted Jewish) Foreign minister, Laurent Fabius, and pleaded with him not to hurt Netanyahu on the eve of elections. 
Tzipi Livni, forgetting that she was dismissed from the government and is now a leader of the opposition, phoned Kerry to support Netanyahu.
Kerry took up the idea. He asked everybody to do everything to postpone the matter until after the Israeli elections.
Interfering in another country's internal elections? God forbid! Who would dream of such a dastardly thing!?
Yet whatever the US does or does not do is interfering in our elections.
If it uses its veto, that is direct and blatant support of the extreme right-wing in Israel. It would show that Netanyahu was right all along, that America is in our pocket, that Israel's isolation is a myth, that we can go on doing what we are doing, occupation, settlement and all.
If the US does not use its veto and a pro-Palestinian, pro-peace resolution is adopted, it would prove that the left-wing is right in asserting that the "opinion of mankind" does count, that the not-so-splendid isolation of Israel is growing to dangerous proportions, that a change of government and policy is urgently needed.
This week, Obama threw an international bomb: after 56 years of burning enmity between the US and Cuba, he announced the resumption of diplomatic relations. This shows that he has decided to use the two years left to him in power, without the possibility of being re-elected, in order to do what he realy wanted to so all the time, but was afraid to do. He can spite the Congress do what his soul desires.
He can decide to act now decisively to achieve Israeli-Palestinian peace.
Let's hope he does.'
Uri Avnery. 20/12/2014
Médico norueguês Mads Gilbert talks to Al Jazeera:
People are questioning Israel  20/12/2014

MERRY CHRISTMAS!!!


domingo, 14 de dezembro de 2014

Israel vs Palestina: História de um conflito LXIII (06/07 2007)



A chamada Batalha de Gaza foi curta. Só durou cinco dias. Do dia 10 ao dia 15 de junho.
De um lado a  PG / Presidential Guard - Guarda Presidencial, do Fatah, que eram policiais comandados por Mohammad Dahlan, treinados pelo MI6 da Inglaterra e armados pelos mesmos e os EUA.
Do outro a Executive Force - Força do Executivo, para-militares do Hamas comandados por Ismail Haniyeh, treinados em casa e usando armas contrabandeadas e tomadas do Fatah.
No primeiro dia do conflito o Hamas capturou vários membros do Fatah e jogou Mohammed Sweirki, um oficial da PG, do alto de um prédio de 15 andares.
Em retaliação, o Fatah matou Mohammed al-Rifati, o imã da Grande mesquita de Gaza, e crivaram a casa de Ismail Haniyeh de balas.
No dia 11, os chefes dos dois partidos, Mahmoud Abbas e Ismail Haniyeh viraram alvos de atentados, sem consequência grave.
No dia 12, o Hamas se pôs a atacar bases do Fatah com centenas de militantes meio desordenados. Conquistaram a base principal de Jabaliya e sitiaram a de Gaza atacando com tiros e granadas.
No dia 13, o Hamas atacou o controle do quartel da GP no norte de Gaza e o quartel de Khan Younis, matando cinco pessoas.
No dia 14, o Hamas assumiu o controle do quartel-general do Fatah em Gaza e confiscou seu arsenal e veículos militares fornecidos pelos EUA. Mais de doze pessoas morreram no combate e no final o Hamas exibiu à imprensa os jeeps, os morteiros, os coletes à prova de balas e todo o resto do material militar estrangeiro confiscado. Depois rezaram no local, que chamaram de "heresy compound".
No mesmo dia ouviu-se uma explosão em Gaza. Era um armazém de armas do Fatah que Mohammed Dahlan mandara explodir para que não caissem nas mãos do Hamas. O chefe do Fatah na Faixa sabia que suas horas estavam contadas.
Na tarde do mesmo dia, o Hamas tomou o controle de Rafah, no sul da Faixa na fronteira com o Egito.
Dahlan gritou que foi um "golpe militar" do Hamas. E o Hamas respondeu: "Os Estados Unidos arquitetou um plano para armar o Fatah com o objetivo de remover o Hamas do poder na Faixa de Gaza. Combatentes do Fatah, chefiados por Mohammed Dahlan com apoio logístico da CIA estavam planejando um golpe sangrento contra o Hamas. Então nós nos adiantamos e assumimos o controle antes disso acontecer" - "The US drew up a plan to arm Fatah cadres with the aim of forcefully removing Hamas from power in Gaza. Fatah fighters, led by commander Mohammed Dahlan with logistical support from the US Central Intelligence Agency, were planning to carry out a bloody coup against Hamas. Then, Hamas pre-emptively took control over Gaza."
No dia 15 de junho o Hamas já controlava a Faixa de Gaza de norte a sul.

Em Ramallah, sob pressão do Quarteto, Mahmoud Abbas declarou Estado de Emergência e dissolveu o recém-formado governo unitário, sob ameaça do quarteto de que senão o governo cairia por outros meios.
Nos documentos confidenciais que o jornalista estadunidense David Rose publicaria em 2008 na revista Vaniry Fair, a participação dos Estados Unidos neste episódio foi patente. Nos documentos vasados, David Wurmser, conselheiro do então vice-presidente Dick Cheney, acusa o governo de George W. Bushdiz de “engaging in a dirty war in an effort to provide a corrupt dictatorship [led by Abbas] with victory.” Ele disse que não acreditava que o Hamas tivesse nenhuma intenção de tomar a Faixa de Gaza antes do Fatah forçar a barra. “It looks to me that what happened wasn’t so much a coup by Hamas but an attempted coup by Fatah that was pre-empted before it could happen”.
Segundo declaração posterior de Alastair Crooke, ex-funcionário do MI6 e então conselheiro do presidente da União Europeia Javier Solanas, The then British Prime Minister Tony Blair decided in 2003 to tie UK and EU security policy in the West Bank and Gaza to a US-led counter-insurgency against Hamas. This lead to an internal policy contradiction that pre-empted the EU from mounting any effective foreign policy on the "peace process" alternative to that of the US. At a political level, the EU "talked the talk" of reconciliation between Fatah and Hamas, Palestinian state-building and democracy. At the practical level, the EU "walked the walk" of disruption, detention, seizing finances, and destroying the capabilities of one [Hamas] of the two factions and prevented the parliament from exercising any function.
Segundo Crooke, as condições que o Quarteto estabeleceu ao Hamas - com as quais a União Europeia concordou após as eleições de 2006 - não foram diretivas para abrir caminho diplomático e sim condições estudadas para que o Hamas as rejeitasse. Trocando em miúdos, segundo Crooke, os serviços de inteligência britânicos e estadunidenses prepararam um "soft" coup to remove Hamas from power in Gaza.
Mas o tiro saiu pela culatra.

O Hamas que dispunha de um arsenal acanhado e ultrapassado, confiscou milhares de armas de pequeno porte, oito veículos de combate e 15 mil fusis. Deixou cerca de 400 mil armas nas mãos de grupos de resistência menores dizendo que sabia que seriam usadas para combater Israel e não compatriotas. Só tomou as armas que pudessem ser usadas contra eles.
Durante os combates, ambos os lados foram longe demais e a desumanidade deixaria sequelas psicológicas em todos eles. A desconfiança reinaria durante muito tempo.
Aliás, o Hamas passou a desconfiar do Fatah e de suas alianças suspeitas. Os Palestine Papers revelariam mais tarde a quantidade de dinheiro investido no projeto de Tony Blair e George W. Bush no treinamento e no armamento dos Serviços de Segurança da Autoridade Palestina, a construção de prisões para prender membros do Hamas, os batalhões militares formados para enfrentar o Hamas, e o plano para depor o Hamas na Faixa de Gaza e assassinar seus líderes. O Quarteto ligou-se inclusive com países árabes  - Arábia Saudida e Egito na cabeça - para treinar soldados e além disso provocar a desestabilização do Hamas cortando-lhe as fontes de renda e de armamento.

Foi por causa disso também, do que foi visto por muitos palestinos como traição, que o Hamas ganhou as eleições em 2006.
Os documentos recuperados pela Al-Jazeera provaram que Khaled Meshaal não estava delirando quando dizia que o Fatah vendera a alma para o diabo. Mahmoud Abbas trabalhou de mãos dadas com seus inimigos que exigiam o aniquilamento do partido rival sem nenhum escrúpulo nacional.
A manobra baqueou os membros do Hamas e os deixou muito desconfiados do Fatah "pela fraqueza de submeter-se ao golpe baixo".
Os EUA, Tony Blair e Israel apostaram em provocar um ressentimento eterno que tornasse a reconciliação dos dois partidos palestinos impossível, assim como uma aproximação entre a Faixa e a Cisjordânia. Porém, é como briga de família. Afinal de contas é o mesmo povo que compartilha a mesma história, a mesma nação e almejava o mesmo - liberdade e soberania da Palestina - embora os dois partidos divergissem em relação aos meios.
É interessante, na época que o Hamas ganhou as eleições, um representante da União Europeia disse o seguinte a Saeb Erekat, negociador palestino: Otte _EU has to deal with the reality of a Hamas-led government… In this respect, EU position is different from the US.  Erekat:_How is this position different?  OtteUS wants to see a Hamas government fail. The EU will encourage Hamas to change and will try to make things work as much as possible."
Entretanto, a União Europeia acabou fazendo o que os Estados Unidos queriam e como disseram os representantes da ONU, o Qarteto ajudou Israel provocando a divisão e marginalizando o Hamas lhe estabelecendo condições impossíveis a fim de demonizá-lo ainda mais, após os Estados Unidos já lhe terem colado no Congresso e na mídia a etiqueta de "terrorista".
Quanto à Autoridade Palestina e ao Fatah, o Quarteto fez promessas que jamais cumpririam. Mahmoud Abbas entenderia mais tarde que não vendera a alma para o diabo, a presenteara, embora tivesse pago um preço muito caro. Mas esta conscientização demoraria.

07/2007, em Balata, campo de refugiados em Nablus, meninos compõem um espetáculo de marionete. 
O vídeo mostra a realidade que estas crianças traumatizadas copiam.

Em Julho Mohammad Dahlan se demitiria do cargo de conselheiro de segurança nacional, mas sua demissão não passou de uma formalidade. Mahmoud Abbas dissolveu o tal conselho logo depois do Hamas assumir o controle da Faixa de Gaza.
A maior parte do executivo do Fatah julgou e condenou Dahlan pela perda da Faixa em uma semana. Dahlan perdeu inclusive sua casa em Gaza, confiscada no fim da batalha. Foi fácil porque ele, o comandante das tropas e o estrategista do golpe não estava presente na Faixa durante os confrontos. Nem ele nem nenhum alto funcionário do Fatah. Abandonaram seus homens, os deixaram à mercê dos rivais.
No dia 15 de julho, o Primeiro Ministro israelense anunciou que incluiria Zakaria Zubeidi - líder das Brigadas al-Aqsa em Jenin - na anistia prometida aos membros das organizações de resistência militar do Fatah.

Pressionado pelo Quarteto, Mahmoud Abbas decretou estado de emergência porque assim poderia desconsiderar a Constituição, demitir o Primeiro Ministro Ismail Haniyeh do Hamas, e nomear Salam Fayyad, do Fatah, em seu lugar.
Portanto, George W. Bush, Tony Blair e Ehu Olmert conseguiram seu golpe de estado "light", após uma mini-guerra civil que fez muitos mortos.
Ismail Haniyeh não aceitou sua demissão e acusou Abu Mazem de cumplicidade do complô liderado pelos Estados Unidos para destitui-lo do cargo para o qual fora eleito.
E apesar da mágo e do sangue derramado, não reagiu como o demônio que o Quarteto pintara. Descartou qualquer tentativa interna ou externa de separação da Faixa de Gaza da Cisjordânia e reiterou os objetivos do Hamas de obter um Estado Palestino nas fronteiras de 1967 compreendendo a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, com a capital em Jerusalém.
Quanto a Israel, estava regozijante, pois considerava o moderado Fatah mais maleável sozinho do que com o Hamas. O que era e e um fato.
Ehud Olmert disse então que estava "pensando seriamente" na proposta do então chefe de Relações Exteriores da União Europeia Javier Solanas de mandar soldados da ONU para a fronteira com o Egito a fim de controlar o Hamas, e a Ministra das Relações Exteriores Tzipi Livni pressionou o Egito, junto com Washington, para que fechasse os túneis que os gazauís estavam cavando para transportar gêneros diversos para Gaza, dizendo que serviam ao transporte de armas para o Hamas.
Ao que um líder do Hamas respondeu: "Se não houvesse bloqueio, não haveria túneis. Se não houvesse ocupação, não haveria resistência. Se não nos agredissem, não precisaríamos revidar. Só queremos ter vida normal como todo mundo".
O que se responde nesse caso? Pois é.
Mas o Ocidente inteiro, inclusive a ONU, aderiu à demonização do Hamas. O Secretário Geral da ONU, Gan Ki-moon instou os países ocidentais a apoiar os "esforços de Mahmoud Abbas para estabelecer a ordem"; a União Europeia concordou e prometeu US$40 bilhões à Autoridade Palestina, em uma tentativa de incitar os gazauís a rejeitarem o Hamas. E a Secretary of State dos EUA Condoleezza Rice prometeu não deixar "one and a half million Palestinians at the mercy of terrorist organizations" e acrescentou que o Oriente Médio estava confrontado com uma escolha fundamental "between violent extremism on the one hand, and tolerance and responsibility on the other."
Pretendiam isolar o Hamas economicamente, militarmente e diplomaticamente na Faixa de Gaza e foi o que fizeram. Sem nenhuma preocupação humanitária com a população de lá. Transformaram o Hama em pária internacional. Ao mesmo tempo, deram o golpe em Mahmoud Abbas porque pararam também o processo de paz e intensificariam a colonização israelense da Cisjordânia. Embora em encontro com George W. Bush no dia 19 de junho em Washington, Ehud Olmet tivesse se referido a Mahmoud Abbas como "president of all Palestinians" e tivesse prometido cooperar com ele "to provide the Palestinians with a real, genuine chance for a state of their own".
Em conversa telefônica com W. Bush anterioremente, Abu Mazem (Abbas) havia exprimido sua decisão de "resume the political process", voltar à mesa de negociação e "manter os canais políticos abertos".
Até a Liga Árabe defendeu Mahmoud Abbas e condenou o Hamas.
Todos contavam que o bloqueio levasse os gazauís a se voltarem contra o Hamas. Mahmoud Abbas negou inclusive a tentativa de reaproximação que o Hamas tentou, e este avisou que não aceitaria perseguições de seus membros na Cisjordânia.
Quando os meses de junho e julho terminaram, parecia que os palestinos precisariam muito mais do que de retórica para lavar o sangue que correra entre eles desde o segundo semestre de 2006.
E mais importante do que isso, pecisariam dar um jeito na crise humanitária que já estava apontando na Faixa de Gaza por causa do bloqueio israelense. A população, sem os túneis de contrabando, não sobreviviria nem um mês.

Gaza em junho 2007, Israel não dá trégua
Em julho, também não.
Na Cisjordânia, Bil'in continua a resistir ao muro da vergonha
 
Em Nablus, o Project Hope levava e leva esperança à garotada desesperançada
 

"What happens when one and a half million human beings are imprisoned in a tiny, arid territory, cut off from their compatriots and from any contact with the outside world, starved by an economic blockade and unable to feed their families?
Some months ago, I described this situation as a sociological experiment set up by Israel, the United States and the European Union. The population of the Gaza Strip as guinea pigs.
This week, the experiment showed results. They proved that human beings react exactly like other animals: when too many of them are crowded into a small area in miserable conditions, they become aggressive, and even murderous. The organizers of the experiment in Jerusalem, Washington, Berlin, Oslo, Ottawa and other capitals could rub their hands in satisfaction. The subjects of the experiment reacted as foreseen. Many of them even died in the interests of science.
But the experiment is not yet over. The scientists want to know what happens if the blockade is tightened still further.
Whar has caused the present explosion in the Gaza Strip?
The timing of Hamas' decision to take over the Strip by force was not accidental. Hamas had many good reasons to avoid it. The organization is unable to feed the population. It has no interest in provoking the Egyptian regime, which is busy fighting the Muslim Brotherhood, the mother-organization of Hamas. Also, the organization has no interest in providing Israel with a pretext for tightening the blockade.
But the Hamas leaders decided that they had no alternative but to destroy the armed organizations that are tied to Fatah and take their orders from President Mahmoud Abbas. The US has ordered Israel to supply these organizations with large quantities of weapons, in order to enable them to fight Hamas. The Israeli army chiefs did not like the idea, fearing that the arms might end up in the hands of Hamas (as is actually happening now). But our government obeyed American orders, as usual.
The American aim is clear. President Bush has chosen a local leader for every Muslim country, who will rule it under American protection and follow American orders. In Iraq, in Lebanon, in Afghanistan, and also in Palestine.
Hamas believes that the man marked for this job in Gaza is Mohammed Dahlan. For years it has looked as if he was being groomed for this position. The American and Israeli media have been singing his praises, describing him as a strong, determined leader, "moderate" (i.e. obedient to American orders) and "pragmatic" (i.e. obedient to Israeli orders). And the more the Americans and Israelis lauded Dahlan, the more they undermined his standing among the Palestinians. Especially as Dahlan was away in Cairo, as if waiting for his men to receive the promised arms.
In the eyes of Hamas, the attack on the Fatah strongholds in the Gaza Strip is a preventive war. The organizations of Abbas and Dahlan melted like snow in the Palestinian sun. Hamas has easily taken over the whole Gaza Strip.
How could the American and Israeli generals miscalculate so badly? They are able to think only in strictly military terms: so-and-so many soldiers, so-and-so many machine guns. But in interior struggles in particular, quantitative calculations are secondary. The morale of the fighters and public sentiment are far more important. The members of the Fatah organizations do not know what they are fighting for. 
The Gaza population supports Hamas, because they believe that it is fighting the Israeli occupier. Their opponents look like collaborators of the occupation. The American statements about their intention of arming them with Israeli weapons have finally condemned them.
That is not a matter of Islamic fundamentalism. In this respect all nations are the same: they hate collaborators of a foreign occupier, whether they are Norwegian (Quisling), French (Petain) or Palestinian.
In Washington and Jerusalem, politicians are bemoaning the "weakness of Mahmoud Abbas".
They see now that the only person who could prevent anarchy in the Gaza Strip and the West Bank was Yasser Arafat. He had a natural authority. The masses adored him. Even his adversaries, like Hamas, respected him. He created several security apparatuses that competed with each other, in order to prevent any single apparatus from carrying out a coup-d'etat. Arafat was able to negotiate, sign a peace agreement and get his people to accept it.
But Arafat was pilloried by Israel as a monster, imprisoned in the Mukata'ah and, in the end, murdered. The Palestinian public elected Mahmoud Abbas as his successor, hoping that he would get from the Americans and the Israelis what they had refused to give to Arafat.
If the leaders in Washington and Jerusalem had indeed been interested in peace, they would have hastened to sign a peace agreement with Abbas, who had declared that he was ready to accept the same far-reaching compromise as Arafat. The Americans and the Israelis heaped on him all conceivable praise and rebuffed him on every concrete issue.
They did not allow Abbas even the slightest and most miserable achievement. Ariel Sharon plucked his feathers and then sneered at him as "a featherless chicken". After the Palestinian public had patiently waited in vain for Bush to move, it voted for Hamas, in the desperate hope of achieving by violence what Abbas has been unable to achieve by diplomacy.
The Israeli leaders, both military and political, were overjoyed. They were interested in undermining Abbas, because he enjoyed Bush's confidence and because his stated position made it harder to justify their refusal to enter substantive negotiations. They did everything to demolish Fatah. To ensure this, they arrested Marwan Barghouti, the only person capable of keeping Fatah together.
The victory of Hamas suited their aims completely. With Hamas one does not have to talk, to offer withdrawal from the occupied territories and the dismantling of settlements. Hamas is that contemporary monster, a "terrorist" organization, and with terrorists there is nothing to discuss.
So why were people in Jerusalem not satisfied this week? And why did they decide "not to interfere"?
True, the media and the politicians, who have helped for years to incite the Palestinian organizations against each other, showed their satisfaction and boasted "we told you so". Look how the Arabs kill each other. Ehud Barak was right, when he said years ago that our country is "a villa in the jungle".
But behind the scenes, voices of embarrassment, even anxiety, could be heard.
The turning of the Gaza Strip into Hamastan has created a situation for which our leaders were not ready. What to do now?...
...Our government has worked for years to destroy Fatah, in order to avoid the need to negotiate an agreement that would inevitably lead to the withdrawal from the occupied territories and the settlements there. Now, when it seems that this aim has been achieved, they have no idea what to do about the Hamas victory.
They comfort themselves with the thought that it cannot happen in the West Bank. There, Fatah reigns. There Hamas has no foothold. There our army has already arrested most of Hamas' political leaders. There Abbas is still in power.
Thus speak the generals, with the generals' logic. But in the West Bank, too, Hamas did win a majority in the last elections. There, too, it is only a matter of time before the population loses its patience. They see the expansion of the settlements, the Wall, the incursions of our army, the targeted assassinations, the nightly arrests. They will explode.
Successive Israeli governments have destroyed Fatah systematically, cut off the feet of Abbas and prepared the way for Hamas. They can't pretend to be surprised.
What to do? To go on boycotting Abbas or to provide him with arms, to enable him to fight for us against Hamas? To go on depriving him of any political achievement or to throw him some crumbs at long last? And anyway, isn't it too late?
(And on the Syrian front: to go on paying lip service to peace while sabotaging all the efforts of Bashar Assad to start negotiations? To negotiate secretly, despite American objections? Or continue doing nothing at all?)
At present, there is no policy, and no government which could determine a policy.
So who will save us? Ehud Barak?
Barak's victory in this week's Labor Party leadership run-off has turned him almost automatically into the next Minister of Defense. His strong personality and his experience as Chief of Staff and Prime Minister assure him of a dominant position in the restructured government. Olmert will deal with the area in which he is an unmatched master - party machinations. But Barak will have a decisive influence on policy.
In the government of the two Ehuds, Ehud Barak will decide on matters of war and peace.
Until now, practically all his actions have had negative results. He came very close to an agreement with Assad the father and escaped at the last moment. He withdrew the Israeli army from South Lebanon, but without speaking with Hizbullah, which took over. He compelled Arafat to come to Camp David, insulted him there and declared that we have no partner for peace. This dealt a death blow to the chances of peace, a blow which still paralyzes the Israeli public. He has boasted that his real intention was to "unmask" Arafat. He was more of a failed Napoleon than an Israeli de Gaulle.
Will the Ethiopian change his skin, the leopard his spots? Hard to believe.
Shimon Peres, the person who in 55 years of political activity had never won an election, did the impossible this week: he got elected President of Israel.
Many years ago, I entitled an article about him "Mr. Sisyphus", because again and again he had almost reached the threshold of success, and success had evaded him. Now he might feel like thumbing his nose at the gods after reaching the summit, but - alas - without the boulder. The office of the president is devoid of content and jurisdiction. A hollow politician in a hollow position.
Now everybody expects a flurry of activity at the president's palace. There will certainly be peace conferences, meetings of personalities, high-sounding declarations and illustrious plans. In short - much ado about nothing.
The practical result is that Olmert's position has been strengthened. He has succeeded in installing Peres in the President's office and Barak in the Ministry of Defense. In the short term, Olmert's position is assured.

And in the meantime, the experiment in Gaza continues, Hamas is taking over and the trio - Ehud 1, Ehud 2 and Shimon Peres are shedding crocodile tears."
Uri Avnery, 16/06/2007

A organização da resistência em Bil'in em dois capítulos

Documentário Journeyman: The Prisoners' Children
A situação dos filhos das presas políticas palestinas

Reservista da IDF, forças israelenses de ocupação,
Shovrim Shtika - Breaking the Silence  I


domingo, 7 de dezembro de 2014

Intifadas vs chacais

Faithwashing the History of Palestine

Cada Intifada tem sua característica, mas todas têm o mesmo objetivo: dos palestinos se rebelarem de maneira ativa contra o ocupante com atos concretos que o atinjam e o façam sentir pelo menos um ínfimo do que eles sentem no dia a dia.
A primeira Intifada aconteceu no fim da década de 80 e foi uma rebelião cidadã, espontânea, de desobediência civil através de greves e de outros tipos, numerosos atos pacíficos e uns tantos atos agressivos. Aconteceu com o propósito de ser a única, de dar uma sacudida em Israel para que entendesse que a justiça dos dois Estados autônomos e soberanos era a única solução possível.
Israel não entrou nos trilhos, aprendeu a lição que queria, ou seja, substituiu os funcionários palestinos importando mão de obra estrangeira para assim resolver o problema de mão de obra barata não mais se reproduzisse. O fato positivo da Intifada foi o retorno de Yasser Arafat com seus companheiros da OLP à Palestina após anos e anos de exílio. O tiro que saiu pela culatra, foi o incentivo de Israel ao incipiente Hamas.
A Segunda Intifada começou  no ano 2000 e como a desobediência civil era um recurso exaurido, a revolta nessa década foi militarizada sob a tutela de Yasser Arafat e do Fatah. Foi com ela que os palestinos conseguiram os Acordos de Oslo que não vingaram por causa dos assassinatos de Yitzak Rabin e depois o de Yasser Arafat, e também porque nem Rabin, apesar do mito de seu nome, parou a expansão das colônias judias na Cisjordânia. E foi por isso que Arafat "subvencionou" por baixo do pano seus 'braços' militares durante a Intifada.
Os atentados tiraram o sono dos israelenses do lado de cá e de lá da Linha Verde e até os habitantes de Tel Aviv saíram de sua bolha. Com esta Intifada os palestinos não conseguiram nada porque uma resistência militar sem apoio político era impossível. Sem Arafat, qualquer revolta tornou-se inviável, já que seu substituto Mahmoud Abbas chegou a perseguir não apenas os resistentes do Hamas, como também os do Fatah pondo muitos na cadeia a "pedido" de Israel, através de seu porta-voz Tony Blair - o sanguessuga insasiável.
Em junho de 2014 começou uma mini Intifada de uma nova geração que emerge e diz basta! Há um tipo de 'omerta' entre os jornalistas, políticos, diplomatas, que faz com que a palavra seja murmurada, cochichada, dita off the record mas ainda pouco escrita e declarada. Como se a palavra em si intimidasse até quem a diz em voz alta. Apesar da palavra ser evitada, um fato é um fato e não há como negá-lo. Os palestinos de Jerusalém sempre viveram atormentados, mas há alguns meses os invasores judeus também andam amedrontados; saem de casa com o coração nas mãos, temendo um atendado. Os colonos para-militares continuam a atirar ao alvo das presas fáceis que são os jovens e meninos palestinos desarmados.
O que fazer quando se revolta contra a quarta potência militar do planeta privado de recurso militar?
A repressão é dura e a mini-intifada talvez sucumba. Mas reemergirá com certeza. O ideal seria traduzir-se pela desobediência civil. Mas para isso precisaria de um líder. E a Autoridade Palestina esmagou todos os mais afoitos.
As colônias judias na Cisjordânia impedem que a IDF bombardeie sem reticências como faz em Gaza. Toda operação militar é terrestre. Porém, apesar do muro da vergonha, os colonos judeus, sobretudo os que ousaram se instalar em prédios de moradores palestinos em vez das colônias fortificadas, estão à mercê dos nativos invadidos e espezinhados. Daí até a França, cujo governo atual é sionista descarado, ter decidido jogar a carta retórica do Estado palestino que Barack Obama não ousa nem mencionar.

Portanto, na semana passada, foi a vez do parlamento francês aprovar um Estado da Palestina. Na Europa ocidental, foi o quarto país a fazer um gesto em favor dos palestinos. O da Suécia foi concreto com o reconhecimento do Executivo, direto (além dos 135 países da ONU que já reconhecem); na Espanha, a maioria absoluta dos deputados aprovou a demanda ao governo de formalizar o reconhecimento da Palestina como Estado; na Inglaterra o voto nas Câmaras parlamentares foi simbólico, porém extremamente crítico e claro na denúncia do culpado, Israel, e sua ocupação cruel e ilegal; e aí veio a moção simbólica aprovada no Parlamento francês no dia 02 de dezembro - 339 a favor, 151 contra - o reconhecimento do Estado da Palestina.
Moção sem ação positiva, no fundo, não representa nada para a Palestina além de um tapinha nas costas e um mea culpa velado por o presidente François Hollande ter indignado todos os franceses de boa vontade quando, durante a Operação bárbara Protective Edge em Gaza (julho/agosto) ter ligado para Binyamin Netanyahu, em pleno massacre, para dar-lhe apoio em seu "direito de defender-se" contra as centenas de mulheres e crianças que ele estava massacrando enquanto grupos de israelense se instalavam confortavelmente na fronteira com cervejas aplaudindo cada bomba. Na época, Hollande nem mencionou os gazauís, os palestinos, seu direito de defesa contra o ocupante que os bloqueia, esfomeia e "poda a grama" bombardeando.
Poir bem, o discurso do ministro das Relações Exteriores Laurent Fabius na Assembleia teve o mesmo tom protetor de Israel, mas com as nuâncias intelectuais de segundo e terceiro grau que caracterizam os franceses que falam algo para dizer o contrário. Eis o principal: " Far from being a semantic quarrel, the current motion is not en injunction but an invitation addressed by the government. So, there is no ambiguity over the issue of recognising the State of Palestine. The Parliament has the powers to decide, and it will do so, but under our Constitution, the exectuvie - and only the executive - is judge of the political expediency". E depois, "Alone or with the United States' assitance, both parties always managed to negotiate succesfully, howeever they failed to come to an agreement. particularly for domestic political reasons, the two sides failed to reach the final concessions imposed by signing a compromise. Therefore, we need to re-evaluate this method. We nedd to engage with both parties. Some suggest pressure from the international community will hel the two sides reach the indispensable final consensus and take the final step that will lead to peace."
Em seguida Fabius sugeriu uma conferência internacional (mais uma) e estabeleceu o prazo de dois anos para um ponto final. E aí deu o golpe mortal sem rodeios: "because in the absence of a time frame, how could we be sure this will not be just another process with no real prospect of success?"
On the record, Fabius não disse que a intenção do atual governo francês (sionista até a raiz dos cabelos) é facilitar o trabalho de Israel e não de ajudar a Palestina a livra-se do jugo da IDF, do Shin Bet e dos colonos judeus. Pois, se durante as tais negociações de dois anos os palestinos não concordarem em perder os quase 2/3 da Cisjordânia ocupada com as invasões judias que vão continuar aumentando, "Paris will not recognise the State of Palestine". Fabius não explicou o sentido das negociações e apenas acrescentou um prazo que permita justificar à base do partido socialista que o governo de François Hollande - que declara abertamente seu "love for Israel" em toda oportunidade e que se transformou em porta-voz da Casa Branca - que o governo tem alguma humanidade.
Não enganou ninguém, espero. Pois prazos já foram dados em todos os Acordos anteriores. No de Oslo (1993), patrocinado pela Noruega e fagocitado pelos EUA, o prazo para a Palestina ser Estado soberano nas fronteira das 1967 era de cinco anos. Este Acordo foi feito para acalmar os ânimos da Primeira Intifada que começou em 1987. O ano de 1999 chegou, passou, tudo piorou para os palestinos em vez de obterem o que fora estipulado, e aí veio a Segunda Intifada em 2000.
A reação da "comunidade internacional" foi então de convencer Israel a sentar à mesa e negociar. Não para fazer justiça e entregar aos palestinos o que lhes é devido, não, e sim para Israel parar de sofrer atentados. Então tiraram da cartola o coelho que chamaram de Road Map em 2003, ao qual Yasser Arafat resistiu até seu assassinato.
Com a ascensão ao poder de um Mahmoud Abbas mais do que conciliante, veio a vã conferência de Annapolis em 2007 em que Bush "called for a Palestinian state by 2009". Barack Obama o substituiu  e "called for the creation of a Palestinian state by 2011". Ambos prazos passaram e a importação de judeus só aumentou, o roubo de terra palestina foi acelerado, a vida dos palestinos se deteriorou na Cisjordânia e na Faixa de Gaza eles sobrevivem de teimosia.
Aí veio 2014, a Operação Brothers' keepers na Cisjordânia em junho com centenas de palestinos presos, a Operação Protective Edge na Faixa de Gaza com centenas de palestinos mortos e milhares de feridos, a Terceira Intifada mostrou a cara e está às portas de Israel, com ou sem muro, não haverá como parar a revolta, e por isso, os aliados incondicionais de Israel, que hoje se resumem aos Estados Unidos e a seus dois cães fieis França e Canadá, vêm com a solução chamativa da promessa de Estado e o velho prazo de dois anos. No fim dos quais, esperam que os palestinos já tenham se acalmado e Israel tenha já ocupado quase toda a Cisjordânia e massacrado mais uma vez os gazauís após continuar a esfomeá-los.
Laurent Fabius deu uma de Tony Blair, o chacal mor que preda e ajuda a depredar o Oriente Médio e além mares Mediterrâneo, Morto e Vermelho. No caso de Fabius, não acho que seja pelo lucro direto como o vampiro Tony blair. Quero acreditar que Fabius não apoie Israel para aumentar sua conta bancária e sim por convicção sionista. No caso de François Hollande, idem, além de sua fraqueza crônica que o levou a vender a alma da França bem baratinho para os Estados Unidos e fazer do Palais de l'Elysée uma filial subserviente da Casa Branca. Se os franceses tivessem o orgulho que os iranianos têm, se rebelariam contra mais este faux pas de seu Presidente, mas como também se americanizam, lavam as mãos.
Poucos relevaram dentro e fora da França a omissão total no discurso do Ministro das Relações Exteriores francês da ocupação israelense ilegal, do porquê dos palestinos se revoltarem, de seu direito legal e moral de ter um Estado. E é aí que a porca torce o rabo.
Não há como falar na incapacidade das "duas partes" chegarem a um consenso quando se sabe da disparidade que reside nestas palavras. Para Laurent Fabius, não é Israel que há décadas viola as leis internacionais expandindo as colônias ilegais, acentuando a judeinização de Jerusalém ocupada, mantendo Gaza sob bloqueio. Embora a culpa seja 90% de um só lado, nas entrelinhas do discurso de Fabius, ambas partes têm a mesma responsabilidade. Tanto o ocuupante quanto o ocupado. Deve ter faltado as aulas de lógica e matemática.
A única coisa que a posição do trio francês sionista Fabius/Hollande/Valls (Primeiro Ministro) mostra é que suas bases eleitorais estão pressionando para que se coloquem em fase com o movimento crescente da sociedade para que se corrija a injustiça imposta aos palestinos por negligência e cumplicidade com os sucessivos governos expansionistas israelenses. Contudo, para representar realmente a fama francesa de defensora dos Direitos Humanos, têm de ir além da retórica, apontar para o culpado sem rodeios e impor sanções a Israel como impõem ao Irã e à Rússia a mando de Washington. Mas pedir ao cão que lata contra seu dono talvez seja pedir demais. Mesmo este o tratando como cachorro vira-lata. Ora, no fundo, não se respeita vassalo. Os Estados Unidos menos ainda. Usa e abusa conforme sua necessidade iminente e depois o descarta como roupa surrada. A França não perde por esperar. Enquanto os ventos não mudam, fazem o jogo sujo de Washington defendendo os interesses de Israel.

Head to Head com Norman Finkelstein - 04/12/2014

Em seguida, Laurent Fabius, saiu em defesa de Israel indo atrás da Inglaterra e da Alemanha para convencê-los a apoiar uma Resolução de um Estado que despoje a Palestina das terras surrupiadas pelas colônias judias e de Jerusalém a fim de torpedear a Resolução que a Palestina, através dos países árabes, apresentará à ONU com a Palestina nas fronteiras de 1967 inteiras.
Eis o artigo do Haaretz que trata do assunto com fontes israelenses: Three EU powers draft Security Council resolution on Israeli-Palestinian deal

Eis como os soldados isarelenses tratam os meninos palestinos. Maneram quando veem a câmera.

Enquanto isso, Binyamin Netanyahu, encostado na parede ao ponto de demitir dois ministros importantes em seu governo, convocou eleições antecipadas. E o vampiro Orweliano Avigdor Lieberman, o único Ministro das Relações Exteriores do mundo que vive infringindo as leis internacionais, já que é um dos invasores civis de terras palestinas na Cisjordânia, já divulgou sua meta como Primeiro Ministro de Israel, caso seja eleito. Veja abaixo a entrevista que concedeu ao jornal estadunidense "especialista" no Oriente Médio Al Monitor.
Liberman outlines his regional peace plan : The way things looked on the morning of Dec. 2, Israel was headed toward early elections. Less than two years after its inception, Prime Minister Benjamin Netanyahu’s third government is falling apart — at the prime minister’s own initiative. The elections should be held in the spring and the fragmented, conflicted Israeli political system will try to reinvent itself. Contacts are being pursued to unite the center-left bloc, to unite the right bloc (Netanyahu and HaBayit HaYehudi leader Economy and Trade Minister Naftali Bennett, for instance), while the keys remain in the hands of Yisrael Beitenu leader Foreign Minister Avigdor Liberman. Will he join Netanyahu before or after the elections as he did in the past, or will he go for broke this time and take a quantum leap to become a major kingpin in the premiership contest? Interview with Al-Monitor, Foreign Minister Avigdor Liberman details his comprehensive regional proposal, including land and population swaps. Ben Caspit, posted December 2, 2014. Translators(S)Sandy Bloom.
Yvet (Liberman) is heading for the second option. On Nov. 28, he revealed his updated (peace) plan. On Dec. 3, he is scheduled to attend the Ministerial Council meeting of foreign ministers at the Organization for Security and Cooperation in Europe, where he will present his plan to anyone interested. This coming weekend, he will visit Washington, participate in the Saban Forum and meet high-level officials in the US administration. Here, too, his new diplomatic plan based on the “regional arrangement” concept will head the list of topics for discussion.    
Liberman has found for himself a new niche in the crowded Israeli political field: On the one hand, belligerence against Israel’s enemies, against terror and against some of those Israeli Arabs who identify with the Palestinians, and on the other hand, he presents a daring peace plan that includes steep concessions, the establishment of a Palestinian state, conceding neighborhoods in East Jerusalem and the territorial exchange of densely populated Israeli-Arab regions. He hopes that this way, he will become the “responsible adult” and position himself to the left of Bennett and Netanyahu, but to the right of the other center parties. This is the kind of niche that generally produces Israeli prime ministers. But Liberman still bears the heavy burden of proof. Does the Israeli public view him as a legitimate candidate, despite his Russian origin and heavy Russian accent? Will his evaporating electorate (immigrants from the former Soviet Union) be replaced by native Israelis searching for a leader? We will have the answers to these questions in a few months.   
Liberman’s peace plan leverages the advantage of a comprehensive regional agreement. Israel must negotiate with the entire Arab world, not only the Palestinians, and resolve the conflict “from the outside in.” Israel would be willing (in this context) for the establishment of a demilitarized Palestinian state on most of the area of Judea-Samaria. Then, to satisfy the Palestinian territorial demand (“for territory the size of the West Bank before 1967”), Liberman offers territorial exchange including population exchange. Israel would concede regions such as Wadi Ara and the Triangle in the north of Israel, populated by hundreds of thousands of Israeli Arabs who would become citizens of the Palestinian state. In exchange for these high-quality lands, Israel would be able to annex most of the settlement blocs.   
Liberman is willing to relinquish Jerusalem’s Palestinian “seam neighborhoods” and evacuate his own home in the far-flung Nokdim settlement in exchange for peace. He says expressly that “when debating between the unity of the people and the unity of the land, the unity of the people is more important.” Liberman adds this time an interesting twist to his original plan (first publicized in 2004): To increase the Jewish majority in Israel he is willing to encourage Israeli Arabs from mixed cities such as Jaffa and Acre to immigrate to the Palestinian state that will rise, in exchange for economic incentives.   In an interview with Al-Monitor on Dec. 1, Liberman addressed all these issues.
Al-Monitor:  How did you come up with the regional agreement idea?
Liberman:  Everything begins with the correct diagnosis. When the diagnosis is incorrect, then the doctor gives the wrong drugs and the patient doesn’t heal; on the contrary, he can get worse and even die. To this day, we related to the Israeli-Palestinian conflict as a separate conflict between two states. In my opinion, this definition is incorrect. Our dispute is not with the Palestinians but with the Arab world. The Arab world, in this context, has three dimensions: the Arab countries, the Palestinians and the Israeli Arabs. Until now, we have tried to resolve the conflict via the Palestinians. A great many good people with excellent intentions invested their best efforts in this attempt: [former President] Shimon Peres, [late Prime Minister] Ariel Sharon, [former Prime Minister] Ehud Barak, [former Prime Minister] Ehud Olmert, [late Prime Minister] Yitzhak Rabin. There were peace conventions and peace agreements and sessions, there was the discussion in Annapolis and the Taba talks and there was Camp David and Oslo. But the conflict has not been resolved, because the diagnosis was incorrect.
Al-Monitor:  What do you suggest?
Liberman:  I suggest that we take the three elements of the conflict, put them on the table together and resolve the conflict in all three issues at the same time. This must take place simultaneously.
Al-Monitor:  Why, in fact? The core issue of the conflict is the problem with the Palestinians. The moment that this is resolved, everything else will become insignificant, don’t you think?
Liberman:  I don’t believe that the Palestinian problem can be resolved separately. More than 20 years have passed since 1993, when the Oslo Accord was signed. The fact is, it hasn’t succeeded. Only the wide context of the Arab world will let us think outside the box and support the possibility of a solution. The Arab world is in a deep crisis, but every crisis also presents an opportunity.
Al-Monitor:  What do you mean?
Liberman:  This is the first time that the moderate Arab world understands and internalizes the fact that its real threat is not the Jews, not Zionism and not Israel, but the Muslim Brotherhood and Jabhat al-Nusra and Hamas and the Islamic State and al-Qaeda and all the terrorist factions of the different denominations over the generations. Therefore this is the first time that we can say to all these moderate countries, “Friends, we have a common enemy, let’s join hands and cooperate in the security realm as well as the economic realm.” That will give us a tremendous diplomatic advantage because we’ll emerge from the diplomatic isolation and cease being the automatic target for condemnations and verbal attacks. We’ll stop being the punching bag of the entire world at every international forum. The security advantage means cooperation with moderate nations, exchanging intelligence, joint efforts. With regard to this facet, our partners could gain very nice inputs. And there’s also the economic sphere. I am convinced that one day, we’ll have embassies in Riyadh, in Kuwait, in the Gulf States and other places. The combination of our initiative, technology and knowledge with their tremendous financial reserves can together change the world.
Al-Monitor:  To such an extent? You are beginning to sound like Shimon Peres, but then it turns out that you invest a great deal of thought and energy in an effort to empty Israel of its Arab citizens.
Liberman:  The Israeli-Arab component is very important. We shouldn’t focus on what they give up but on what they will gain. I have no intentions of starting the negotiation through the media, but it’s clear that a good deal in which everyone gains means that each side also has to forfeit something. I think that in the situation that has been created, we have a decent chance for such a deal.
Al-Monitor:  What kind of international responses do you get? Have you discussed this proposal with your counterparts in Europe, in the United States and in the Arab world?
Liberman:  I have talked about the idea with quite a few of my colleagues in Europe and also in North America. All in all, everyone understands that this is a serious idea that can’t be dismissed just like that. It is also clear that unilateral recognition of a Palestinian state won’t lead anywhere apart from more friction and bloodshed and more tragedies. To recognize a Palestinian state and force a timetable on Israel won’t get us anywhere. It will only worsen an already bad situation.
Al-Monitor:  What indications do you get from the Arab world?
Liberman:  I assume that there, too, people understand the situation and that we have a basis for discussion.
Al-Monitor:  The opposition in Israel called your ideas for shrinking the Arab-Israeli population in Israel as “a paid transfer.” The fact that you want to concede areas in which there is a clear Arab majority and offer money to encourage the Arabs of Jaffa and Acre to leave, raises old demons.
Liberman: This criticism is irrelevant and not to the point. In our time, we asked all the Jews around the world to come here, to Israel. We told them that anyone who identifies with the ideas of Zionism and feels himself a Jew is welcome. Now what I propose is the same thing, only with regard to the Palestinians. All those who identify with Palestinian ideas and feels himself to be Palestinian is invited to move to the Palestinian country. What is so terrible about that? They fight with all their might for the establishment of this state, and don’t want to enjoy the fruits of their labors afterward? So anyone who decides to move there will get our assistance. I think that this is logical and legitimate. When we evacuated thousands of Jews in the [2005 Gaza] disengagement, we also gave them compensation. In the case of Israeli Arabs, I am talking about [economic] incentives. After all, a portion of Israeli Arabs openly and proudly declare that they are Palestinians and identify with the Palestinians and not with their own state, Israel. So please, we will help them be Palestinians and do it without coercion and in an enlightened manner.
Al-Monitor:  Are you planning on presenting your plan to the Europeans and Americans later on in the week?
Liberman:  Definitely. So far, I have not heard people condemning or disqualifying the basic idea. I also spoke to US sources, who did not disqualify the idea outright. After all, they always tell us that we only know how to say “no,” and not to propose, initiate or say “yes.” So here we have a courageous peace plan with very painful concessions. This is a constructive Israeli proposal with inner logic and chances for success, as opposed to the other utopic proposals. In Israel also, when this plan was first publicized, I didn’t hear politicians condemning it. Not [Finance Minister] Yair Lapid, not [Justice Minister] Tzipi Livni, not even [former Minister] Moshe Kahlon. I have spoken with some of them. I intend to promote this plan with all my might and if I am elected to the premiership, I will take action to implement it."
O plano de Avigdor Lieberman é uma Naqba mais sofisticada, mas não deixa de ser uma catástrofe.
Documentário de Mustapha al Nabih: Stronger than words
Apartheid Adventures
XI