domingo, 19 de junho de 2016

Ditadura do dólar vs Democracia monetária internacional


Jo é a quinta a partir da esquerda
Antes de entrar no assunto principal, tenho de falar  que na semana passada, a humanidade perdeu mais uma vida. Esta foi brutalmente tirada de uma mulher cheia de vida e de qualidades raras . Jo Cox era deputada inglesa do Labour Party. Mas era mais do que isso. Ou melhor, ela representava os interesses públicos na íntegra.
No meu Brasil cheio de políticos desonestos, corruptos, bandidos de carteirinha, uma Jo Cox parece um sonho impossível.
Aliás, em qualquer país do mundo.
Jo fazia parte desses políticos suis generis, mas que deveriam ser a regra e não a exceção que a confirma. Ela era idealista, corajosa, brilhante e combativa.
Seu assassino teria agido sozinho, em ato de demência neo-nazista. Recuso-me a lhe dar espaço e cartaz.
O que me interessa hoje é homenagear esta mulher que dignifica a classe política e os seres humanos de toda profissão e estirpe.
Jeremy Corbyn, o líder de seu partido, ao ouvir a notícia, disse que "the whole of the Labour Party and Labour family - and indeed the whole country - will be in shock at the horrific murder of Jo Cox today." O choque foi além das fronteiras inglesas. Chegou à Palestina, onde Jo contava com admiradores agradecidos por sua amizade indefectível.
Jo fazia parte do Labour Friends of Palestine e redigiu um pedaço do  relatório publicado em 2015 instando Israel a terminar o bloqueio da Faixa de Gaza.
Em fevereiro de 2016, Jo condenou as ameaças dos conservadores de proibir o boicote de Israel dizendo que era "a gross attack on democratic freedoms. It is our right to boycott unethical companies."
Jo foi uma das pioneiras na defesa dos refugiados sírios e antes de entrar na política partidária, integrou a ONG humanitária Oxfam. Max Lawson, um de seus colegas descreveu-a perfeitamente: "Jo was a diminutive pocket rocket from the north. She was a ball of energy, always smiling, full of new ideas, of idealism, of passion."
Jo dava voz aos sem vozes. Ela encarnava a moral no Parlamento inglês. Dobrava a resistência mais emperdenida com seu fundo ético e sua forma polida pelos professores de Cambridge.
Jo era uma verdadeira humanista. Uma verdaeira humanitarian. Vai fazer falta. Muita falta.
 
AJ+: Iran Nuclear Deal one year ago 


Os Estados Unidos destruíram Saddam Hussein e transformaram o Iraque em uma tragédia gore. Só porque queria controlar a água do Tigre & Eufrates e porque Saddam queria mudar a moeda de comércio do petróleo e acabar assim com a hegemonia econômica e o potencial de chantagem financeira que a Casa Branca exerce sobre o resto do planeta.
Os EUA estão apoiando Temer e sua corja no golpe de estado no Brasil porque o PT afastou nosso país de sua ascendência redutora e dependente e ousou integrar os BRICS que nos dá uma perspectiva de futuro e crescimento responsável e independente. Do lado da Rússia, cujo presidente pretende, a médio prazo, que os BRICS utilizem outra moeda de comércio internacional em vez do dólar que mantém o império estadunidense e reduz os outros países em estado permanente de dependência.
Tanto Saddam Hussein quanto Vladimir Putin, representam, ao ver dos gringos, perigo de peso à sua ascendência planetária. Pois sem poder manipular sua moeda fora, como manipula dentro de suas fronteiras, o declínio do gigante com pés de barro seria iminente.  
Este prólogo é para falar sobre as promessas não cumpridas que os EUA fizeram para o Irã e a ditadura do dólar que subjuga todos os países do mundo e faz dos Estados Unidos um déspota que impõe seus interesses através da arma monetária. O dólar é seu meio de mainupar sua economia e a alheia.
Quando ouço a Casa Branca defender o livre comércio, a globalização sem fronteiras, pergunto-me sempre onde estão meus colegas da área econômica que não contestam esta piada e não esclarecem que só haverá livre comércio internacional de verdade quando a ditadura do dólar terminar e os países puderem negociar como e com quem quiserem, sem terem de submeter-se à censura estadunidense.
Pois os Estados Unidos prezam a liberdade, pelo menos em palavras, mas a escolhida por ele e em seu solo, de preferência.
Além das fronteiras, só existe uma liberdade aceitável: a de submeter-se a seu jugo politico e financeiro.
O acordo nuclear assinado com o Irã é uma das provas de quão relativa é a soberania dos países emergentes e também dos desenvolvidos, em um mundo regulado autoritariamente pela moeda estadunidense.
Um ano após a assinatura do tratado nuclear com o Irã e cinco meses após o anúncio oficial do fim das sanções, a esperança de normalização da vida dos iranianos reduziu-se a cinzas.
Os EUA, uma vez mais, estão provando que sua palavra e sua assinatura não valem nem um centavo de real.
Em princípio, as sanções internacionais foram suspensas após o IAEA (International Atomic Energy Agency) confirmar que Teerã cumpriu todas as exigências de controle nuclear.
Porém, o Oriente Médio vive atolado em promessas ocidentais não cumpridas e em sonhos esmagados pelo imediatismo predador dos Estados Unidos.
Ao assinar o tratado com os seis países mais importantes do mundo, o Ayatollah Ali Khamenei estava cético, mas deixou o presidente negociar porque seu povo está carente, devido ao ostracismo em que os EUA/Israel os condenaram.
O presidente Hassan Rouhani, por sua vez, apesar de cético, deu mais um voto de confiança à Casa Branca por pragmatismo responsável. 
Porém, entre os jornalistas internacionais, circula um slogan que Teerã deveria ter repetido como uma mantra para não confiar nos gringos: Washington both give and take away. Com  a mesma cara de santo própria aos charlatões empedernidos.
Em 1997, o Irã elegeu Mohamed Khatami que era um estadista. Queria uma sociedade civil mais laica possível, em um regime religioso como o de seu país. O que os Estados Unidos fizeram com ele? Trataram-no com escárnio e o resultado foi a eleição de Ahmedinejad. Este, mais condizente com a idéia que o ocidente fazia dos iranianos, serviu perfeitamente os interesses de Washington de demonizar Teerã.
Com Rouhani quase cometeram o mesmo erro, mas acabaram dialogando, mas como a história já provara, a intenção manifestada não se traduziu nos gestos esperados.
Rouhani também está sendo enganado e isso pode acabar mal.
Pois, de fato, o Irã não foi reintegrado no sistema econômico-financeiro global como prometido.
Por isso, a insatisfação popular está crescendo e os extremistas estão usando esta enganação como argumento de propaganda da 'clarividência' da ala conservadora que o aiatolá Khameini representa.
O pior é que têm razão quando dizem que os EUA "have not acted on their promises and only removed the sanctions on paper." Por isso o povo o escuta quando repete que "Ayatollah Khameinei is the saviour."
Pois é, como sempre, graças ao mau comportamento da Casa Branca, qualquer que seja o presidente. 
Como os EUA mantiveram algumas sanções incompreensíveis, os bancos europeus temem fazer negócios com o Irã, como deviam, por causa do risco de uma armadilha da "justiça" e de agências administrativas US que continuam à caça de pseudo-evidências de "Iranian money lawndering, the financing of 'terrorism' and monetary crime", que possam ser punidos com multas astronômicas como a que o banco francês BNP Paribas teve de pagar.
A moral não tem nada a ver com esse procedimento judicial. O importante é encher os cofres gringos com os euros do resgate. 
Segundo os colegas do Economist, "some american bankers won't even hand over their business cards to Iranians."
Porém, empresas patrocinadas pela Casa Branca como a Boeing e outras grandes empresas estadunidenses, que ganham licitações do governo iraniano não por competência e sim por ingerência das restrições fixadas pelos EUA nos negócios feitos através da sua moeda, que é a do comércio internacional. As empresas gringas acabam, como no caso da Boeing, negociando com exclusividade por receberem autorização de Washington enquanto as concorrentes estrangeiras não recebem nem notícia da liberação do negócio em dólar. Todas as empresas e governos ocidentais, da Europa e da América, sem contar os dos outros continentes, são prejudicados pelo protecionismo descarado engendrado pela chantagem USA-monetária.
O caso de hoje é o do Irã, mas não são só os iranianos que sofrem com as arbitrariedades dos Estados Unidos com a ditadura do dólar. Nossos países sofrem do mesmo tanto, mas de meneira velada. No caso brasileiro, com o golpeachment contra a Dilma e sem dúvida com o sucateamento de nosso patrimônio nacional.
E há os que sofrem de maneira explícita. Estes são os que Israel declara como inimigos. O Hizbollah libanês é uma dessas vítimas.
O caso do Hizbollah é pior ainda do que o do Irã. Além dos bancos estrangeiros, Washington proibiu inclusive os bancos libaneses de tratar com qualquer membro ou simpatizante do partido. Sob pena de perder os direitos de fazer transações comerciais em US dollars. Ou seja, condenar-se à falência.
É claro que a liderança do Hizbollah atacou publicamente seu presidente Riad Salameh por sua subserviência aos EUA. Entretanto, a Casa Branca algemou o coitado e escondeu a chave. Ora, 65 por cento dos depósitos feitos em bancos libaneses são em dólar e 70 por cento de todas as transações comerciais, idem. Quebrar o bloqueio estadunidense ao Hizbollah seria a bancarrota do sistema financeiro do Líbano.
A US Office of 'Fair' Assets Control listou 99 contas com supostas ligações com o Hizbollah, incluindo obras de caridade, escolas e empresas de comunicação. Nem os deputados do Hizbollah, eleitos democraticamente, estão isentos desse terrorismo financeiro.
O exemplo do Libano, espremido pela chantagem do dólar, serviu de aviso aos bancos europeus e é por isso que nenhum deles e nenhum governo ousa fazer negócio com Terrã, apesar do fim do bloqueio.
No fim de semana passado, explodiu uma bomba no Blom Bank em Beirute, um dos que se dobram à Casa Branca. Foi uma chuva de estilhaços de vidro, que lembra mais as manipulações da CIA do que o modus operandis do Hizbollah, designado como responsável.
Além do mais, quando o Hizbollah bate, não esconde a mão como os EUA e sim a dá a palmatória. Ao contrário do Pentágono que fomenta guerra híbrida mundo a fora a fim de encher seus cofres com desgraça estrangeira.
Voltando ao Irã, apesar das aparências, o Nuclear Deal está indo por água abaixo porque os EUA não estão cumprindo sua parte do trato e a população continua sofrendo com os efeitos das sanções econômicas.
Por causa disso, os extremistas estão ganhando terreno contra Rouhani, e seu cargo periclita.
Graças a Barack Obama. A maior fraude do século XXI.
Hillary Clinton é muito pior do que ele, é claro. A ogra é uma mistura de Margareth Thatcher (autoritarismo) Golda Meir (impiedoso sionismo) e Imelda Marcos (cobiça, vaidade, egocentrismo). Mesmo. Se for eleita, vai, com certeza, praticar seu esporte preferido: fomentar guerras para servir o lobby de armamento, e dar mais dinheiro para Israel fazer sua limpeza étnica na Palestina mais depressa ainda, até o ultimo bebezinho.
Nesse ínterim, a ditadura do gólar US vai prejudicar muita gente. Inclusive o Brasil e nossa democracia que a Casa Branca e Tel Aviv estão sequestrando descaradamente.


BRASIL
n
seu
PALESTINA
Apartheid Adventures: Outlawing BDS
 
The Muslim Quarter of Jerusalem's Old City was cleared of its Palestinian inhabitants on the eve of the Ramadan Holiday, 5 June 2016, to make way for a flag procession by Jewish settlers and religious zionists, celebrating Israel usurpation of the city 49 years earlier.
Palestnian store owners, street merchants and shoppers preparing for that evening's celebratory feast were driven out of the lanes that fell along the route chosen by march organizers and pproved by Israel's Supreme Court. From a safe distance behind police barricades, palestinian Christian and Muslim residents of Jerusalem watched silently as these zionists Jews paraded through their quarters, singing songs of praise to Yahweh and calling for the ethinic cleansing of non-Jews.
Tens of thousands of Israelis took hours to Stream through the monumental Damascus Gate and weave their way rhrough the alleys of the Muslim Warter, eventually reaching their final destination, the holy Western Wall plaza where they were treated to musical performances and a series of speeches by top religious and political officals.
The video below shows the barbarian occupiers in action. Less disciplined but no less dangerous or hainous than the Nazi youth that paraded for Hitler's Third Reich.

AJ+: Why is Israel holding a clown without trial? Mphammed Abu Sakha, a Palestinian clown,  was given an extended sentence by an Israeli military court. He is being held in Israeli prison since December 2015, without charge of trial.
 
 
. Ben Ehrenreich: How Israel violence is inciting Palestinian intifada.
 
 
. Jonathan Cook: Why Israel is blocking access to its archives. Israel is concealing vital records to prevent dark periods in its history from coming to light, academics say.
Israel's anti-terror law 'dangerous' and 'anti-Arab'. The law will have a 'chilling effect' on Palestinian minority's solidarity efforts with Palestinians under occupation.
Como diz o ditado popular, 'A necessidade faz o sapo pular'. eis abaixo uns vídeos curtinhos da AJ+ que mostram a resistência gazauí através da criatividade e da esportividade.
Inspiring, como dizem meus colegas ingleses.

AJ+: Many people in Gaza lack secure access to food. So Italian chef Domenico Maurizio Loi visited Gaza to share his recipe secrets and change that trend.

AJ+: This man paints masterpieces using his daily coffee. Yazan Ghareeb hopes to educate people about Palestine's history using his artwork.

AJ+: Gazans are struggling to find cleand drinking water, but one resident has a solution. Rayez al-Hindi has built a solar power system to purify water. According to municipalities, it's working.

AJ+: A Faixa de Gaza é um dos lugares que registra o maior número de deficiências físicas, devidas, na maioria absoluta, à "dieta" à qual Israel submete a Faixa e aos bombardeios em massa ou isolados. Uma técnica estadunidense de basquete, humanista, foi lá ajudar paraplégicas.
 American coach Jess Markt is training women and teaching 20 coaches about wheelchair basketball, which is becoming a popular sport in Gaza.


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