domingo, 8 de janeiro de 2012

Vox populi, Vox Dei?



Antes de perguntarem, vou sim, continuar a História Israel vs Palestina, começada no dia 05 de dezembro passado, mas vai ser de 15 em 15 dias, para dar espaço a outros assuntos importantes na minha área.
Como por exemplo, agora que voltei à labuta após as férias curtas no nosso país tropical (banhado pela chuvarada, oriunda dos danos no ecosistema, que há alguns anos cobre o nosso sol de verão) quero atualizar a situação das revoltas e conquistas que abordei no ano passado tentando fugir da mesmice das retrospectivas que chovem no molhado.
Não sei se vou conseguir, mas vou tentar.
A expressão Vox populi, vox Dei deste título, foi lida pela primeira vez em uma correspondência do monge inglês Alcuin de York para o rei dos francos Carlos Magno, que dominou a Europa no século VIII até 814.
Desde então ela virou palavra de ordem dos democratas e de chacota para déspotas e aristocratas.
Na época, Alcuin a imortalizou, mas na negativa, pois a frase completa que escreveu em 798 foi ...Nec audiendi qui solent dicere, Vox populi, vox Dei, quum tumultuositas vulgi semper insaniae proxima sit, ou seja, ...E estas pessoas que continuam a dizer que a vox do povo é a voz de Deus não deveriam ser ouvidas, pois a natureza turbulenta da multidão está sempre muito próxima da loucura.
Eu sempre tento me situar no campo dos justos e dos democratas do mundo, mas às vezes concordo com Alcuin na íntegra. Quando isto acontece é por razões distintas; é quando um homem, um partido ou uma comunidade sectária manipula o povo em interesse próprio.
Porém, na maioria das vezes que pronuncio esta frase me restrinjo à célebre versão encurtada.
Hoje a escrevi acima em homenagem à emancipação de um povo dividido em várias nacionalidades, que começou a tomar as rédeas de seu destino no ano passado e quaisquer que fossem ou sejam nossos temores e vontades ocidentais, não vai parar no meio da estrada da liberdade que pegou em 2011 e que continua a percorrer em 2012 em uma dinâmica própria.
O Despertar Árabe foi o grande acontecimento internacional de 2011. Pois além de sua importância intrínsica, inspirou revoltas econômicas nacionais na maioria dos países ocidentais, de Occupy Wall Street dos Estados Unidos à Austrália, contra os 1% de nababos que beneficiam da desOrdem econômica mundial.

Os movimentos de rebeldia no Ocidente foram contra os bancos que são as versões locais de Mubarak, Ben Ali e Gaddafi. As Agências de câmbio e os bancos estadunidenses são intercambiáveis e envenenam o mercado com suas taxas e com seu vai e vem entre o governo e instituições bancárias, em uma promiscuidade de arrepiar.
Ao ponto que até a mídia especializada, que deveria informar o público incauto, pega leve quando trata destes casos. Bate e sopra; cutuca, mas não move uma palha.
Como a grande maioria dos repórteres estadunidenses que cobrem o Oriente Médio evitando sempre qualquer crítica possível a Tel Aviv. Os comunicados de imprensa dos lobistas da IDF (exército israelense) são divulgados como fatos incontestáveis para explicar aos compatriotas que podem confiar nos "negociadores da paz" de Washington, que os israelenses são os mocinhos e os palestinos os bandidos,  e quão moderados são os "mocinhos" e quão violentos são os "bandidos".
Os banqueiros ocidentais podem destruir as economias domésticas e de mercado, gritar, espernear, infringir a lei, e continuam sendo os "mocinhos" na farsa mediática.
Mas quando os protestadores de Wall Street botam a boca no trombone e exigem que os grandes banqueiros responsáveis pelo caos econômico sejam julgados como Mubarak, são chamados de anarquistas e de terroristas sociais.
Na visão da elite socio-econômico-mediática os ditadores árabes têm de ser derrubados, julgados e condenados por seus crimes políticos, porém, os ditadores da finança ocidental não podem responder por seus crimes econôcios e sociais. São intocáveis. Até quando, não se sabe. Pelo menos até quando nossos jornais também forem controlados por esta elite que transita livremente nos templos financeiros e nas instâncias máximas que governam nossos Estados.

Voltando à fonte da revolta, quem diria que a humilhação de um jovem em dezembro de 2010 em Sidi Bouzid, cidadezinha situada a duzentos quilômetros de Tunis, capital da Tunísia, fosse provocar uma cadeia regional de conscientização e rebeldia?
O dia 17 de dezembro nasceu em Sidi Bouzid como todos, mas naquele dia, a frustração frente à injustiça econômica e à repressão do autoritarismo levaram o jovem Mohamed Bouazizi, vendedor de frutas de 26 anos, reagir mal à afronta pública de uma policial que confiscou sua banca e à incapacidade de recuperá-la no órgão administrativo responsável. Despejou combustível no corpo e imolou-se, em um gesto desesperado. Morreu no dia 4 de janeiro de 2011.
A informação alastrou-se por twitter e facebook formando a corrente que todos sabem e dez dias mais tarde, o presidente Zine El Abidine Ben Ali foi derrubado do poder e o fogo da liberdade saltou as fronteiras para os vizinhos árabes.
Na praça Tahrir, no Cairo, apareceram bandeiras tunisianas e o movimento contra o presidente Hosni Mubarak começou incendiando o país inteiro até sua queda no dia 11 de fevereiro.
A palavra de ordem na região era Ash-shaab yurid isqat an-nizam, O povo deseja a queda do regime!
Os gritos reivindicativos ganharam as ruas de Arábia Saudita (onde a imprensa foi logo amordaçada, os primeiros manifestantes presos de cara, assim como Manal al-Sherif por ter iniciado campanha contra a proibição das mulheres ao volante, o rei Abdullah ganhou o apoio das autoridades religiosas na proibição de protestos públicos e petições por reformas no país e disponibilizou US$37bilhões para programas sociais);

Argélia, onde promessas de reforma e um cabresto firme em que o presidente Abdelaziz Bouteflika mantém a população bastaram para calar a insatisfação crescente; Iraque, onde os jovens se revoltaram em Bagdad, Basra, Kut, em cidades menores e em regiões kurdas, e a presença militar estadunidense impediu que as reivindicações de melhores condições de vida se generalizassem, até sua retirada em dezembro;

Jordânia, onde a ira do povo começou em janeiro, foi acalmada com promessas de reformas, até o povo voltar às ruas em setembro para protestar contra o Tratado de Paz assinado com Israel em plena mobilização de reconhecimento da Palestina - cerca da metade dos seis milhões de habitantes do país, inclusive a raínha Raina, são ligados à Palestina por raízes ou casamento.
Por outro lado, as reformas político-econômico-sociais do rei Abdullah ainda não foram cumpridas e o crescimento político da Irmandade Muçulmana nos países vizinhos os está tornando populares sobretudo junto à população mais carente; portanto, a poeira não vai baixar tão depressa quanto o rei gostaria;
Kuwait, cujo emir Sabah IV calou os súditos loguinho;
Mauritânia, país pobre africano cujo presidente fez o que pôde sem muita violência e em junho nomeou uma celebridade internacional para o Ministério da Cultura, o cineasta Abderrahmane Sissako, cujos filmes tratam de problemas sociais graves, como a difícil condição feminina;
Marrocos, dominado pelo rei Muhammed VI (aliado íntimo dos EUA) que foi rápido no gatilho da repressão e do amordaçamento da mídia, mas não conseguiu impedir um estertor reivindicativo em junho em Rabah onde os gritos de liberdade e dignidade voltaram a aflorar.
Enfim, nestes países acima, onde a repressão causou poucas vítimas fatais, o povo está mais ou menos conformado, mas a revolução parece ter sido apenas adiada para daqui a pouco ou mais tarde.

No Bahrein, Líbia, Síria e Yêmen o número de mortos, feridos e encarcerados deixaram marcas indeléveis nos vencedores e nos derrotados. As cicatrizes serão difíceis de curar.
No Bahrein, um reino ilhado no Golfo árabe em que a maioria chiita é governada por uma família sunita, os protestos ainda não acabaram, embora a violência da polícia tenha sido uma das mais criticadas e as centenas de presos venham sendo bastante maltratados. No domingo passado os estudantes que retornaram às ruas foram recebidos com bomba de gás lacrimogênio, à vontade.

No Yêmen, no finalzinho do ano, milhares de pessoas engrossaram as passeatas na bela capital Sanaa e em outras dezoito cidades. Exigem que o presidente Ali Abdullah Saleh (que no dia 23 de novembro acabou transferindo oficialmente seus poderes para o vice-presidente para livrar a cara) responda processo pelas centenas de mortes cometidas sob suas ordens.
O povo está preocupado porque oficiosamente Saleh parece não querer desencarnar e para salvaguardar-se, espera um visto de entrada nos EUA, para tratamento de saúde, e pode assim fugir à sua responsabilidade.

A Líbia pós-Gaddafi continua governada pelo Conselho Nacional de Transição de Benghazi que marcou eleições para junho ou julho deste ano. Mas sem um governo nacional, realmente centralizado, que governe de fato.
É falho em todos os níveis.
Por exemplo, Saif al-Islam, filho de Gaddafi, foi detido em novembro e continua preso em uma casa perto de Zintan, uma cidadezinha montanhosa no sudeste de Trípoli; sem direito a advogado, visita, rádio, internet, televisão e com a única companhia de guardas armados que o alimentam três vezes por dia.
A Corte Penal Internacional solicitou sua extradição à Háguia para ser julgado por crimes contra a humanidade, mas o Conselho de Benghazi está empurrando com a barriga uma decisão que talvez não possa tomar nem provar que pode julgar imparcialmente o filho de Gaddafi.
Saif denunciou para o representante de Human Rights Watch a incapacidade do Conselho de Benghazi de cumprir a palavra de estabelecer democracia e justiça.
De fato, mais de sete mil prisioneiros próximos de Gaddafi estão detidos em prisões espalhadas pelo país, no mesmo sistema "incomunicado" de Saif. Sem advogado e sem perspectiva de julgamento. E o CNT ainda nem começou a investigação da execução de Muammar Gaddafi.
É por isto que o novo governo da Tunísia recusou a extradição do ex-primeiro ministro Al-Baghdadi Ali al-Mahmoudi. Temem que seja torturado.
Mas Aisha, a filha de Gaddafi que encontrou refúgio na Argélia, resolveu acionar a Justiça por conta própria. Contratou o advogado israelense Nick Kaufman, especialista em crimes de guerra, para solicitar à CPI que investigue a morte do pai.
Donatella Rovera, uma representante da Anistia Internacional entende o porquê disto, "Atualmente, é difícil falar de um judiciário independente na Líbia, pois não existe nenhuma autoridade central da qual se possa falar".
Por pior que tenha sido Gaddafi e por mais inconsequente que tenha sido Saif, que surpreendeu todos os que o conheciam e o tinham por inteligente e ocidentalizado, todo crime tem de ser devidamente julgado. E a Háguia é o melhor lugar para isto.
Sobretudo no caso de Saif, que tem muita história para contar. Inclusive sua relação, bastante chegada, com Tony Blair e seu possível envolvimento na libertação, em 2009, de Abdelbaset al-Megrahi, o terrorista líbio responsável pela explosão do Boeing da Pan Nam em Lockerbie, em 1988. Atentado que causou a morte de 259 pessoas.
Ou será por isto que ele esteja sendo calado?
Enquanto estas questões básicas não se definem, os negócios vão de vento em popa em Benghazi, há pequenas escaramuchas tribais e a população respira, embora alguns ainda não se sintam à vontade para bater-papo nos bares - após 42 anos de boca fechada, falar livremente não é fácil. Minha geração brasileira, que "só" foi amordaçada durante 20 anos, sabe.  
O certo é que o país tem de ser construído do zero. Começando por um sistema jurídico e policial democráticos até escolas e hospitais.
A riqueza do petróleo, que nunca beneficiou o povo, tem de ser utilizada em bens-públicos e as feridas deixadas pela revolução, profundas como um precipício entre as tribos rebeldes e das forças pró-Gaddafi, têm de ser curadas e as divergências tribais resolvidas para que a paz possa reinar.
Contudo, a corrupção da nova elite e a "entrega" do país às multinacionais ocidentais estão longe de ser descartadas.
Apesar das incógnitas políticas e econômicas, para ajudar o povo a sair do buraco, que venham os turistas! A Líbia é muito bonita, as ruinas romanas estão entre as mais bem preservadas; o deserto, junto com o da Tunísia, é o mais impressionante do planeta, Trípoli tem sítios históricos que valem a viagem e os líbios, como todo árabe, tem aquele sentido brasileiro da hospitalidade.

No final das contas da Primavera Árabe, quatro ditadores foram derrubados. Os dois primeiros citados, da Tunísia e do Egito, foram depostos, o líbio Muammar Gaddafi foi executado no dia 20 de outubro, e Ali Abdullah Saleh, do Yêmen, demitiu-se no dia 23 de novembro.
O ano de 2012 começou com grandes desafios que exigem decisões importantes.
Na Tunísia, segundo a ONU, mais de duzentas pessoas morreram durante a revolução e centenas foram feridas pelas forças militares de Ben Ali.
No tocante à política, a mudança é patente. Em outubro o país votou em um líder e elegeu Ennahdha, do partido islamita moderado. O atual presidente é Moncef Marzouki, um ativista de longa data, que devolveu a seus compatriotas o sorriso.
Porém, os revolucionários e a classe média tunisiana dizem que só saborearão o sucesso de seu Movimento quando houver mudança, social e econômica, concreta.

No Egito, a promotoria exigiu pena de morte para Hosni Mubarak, cujo julgamento está sendo seguido em todas as cidades.
Enquanto isto, o partido dos ativistas jovens que puseram o país de cabeça para baixo e enxotaram Mubarak só obteve 2% nas urnas e os Liberais laicos, apenas 9%.
Sessenta e dois por cento dos quinze milhões de eleitores que foram às urnas, segundo resultados preliminares, votaram nos partidos islamitas perseguidos durante o antigo regime, com predominância da Irmandade Muçulmana que dominará o Parlamento.
O destino do país está nas mãos da Irmandade, mas Mohamed Mursi, líder do partido, prometeu que a Assembléia Constituinte contará com representantes de todos os egípcios.
A eleição é baseada em um sistema complexo de representações e turnos. Os resultados definitivos de todas as Assembleias Legislativas locais e nacionais só serão conhecidos após as eleições que começarão no dia 29 de janeiro para a Câmara Alta, que corresponderia ao nosso Senado.
Após a posse, escolher-se-á uma comissão responsável pela nova Constituição. É por isto que a eleição presidencial está prevista só para fim de junho.
Os cristãos coptas, que vêm sofrendo perseguições em algumas regiões, estão divididos entre preocupação e otimismo. Mas é difícil imaginar como o Egito, que quer resolver seus problemas econômico-sociais e modernizar-se, obteria sucesso sem a contribuição da elite intelectual, sobretudo dos coptas.
Para o país sair do buraco o pragmatismo vai ter de falar mais alto do que o sectarismo e uma aliança ampla instalar-se.

E no vizinho abaixo, o Sudão, após quase cinquenta anos de uma guerra civil mediatizada por celebridades, em janeiro de 2011, a secessão foi efetivada.
O Estado do Sul, constituído por uma grande maioria cristã e de religiões indígenas, foi reconhecido pela ONU em seguida.
A separação legal não impediu que a violência continuasse na fronteira, causando cerca de três mil mortes.
E o presidente Salva Kiir este ano tem de enfrentar problemas econômicos e sociais complicados. Primeiro, tirar o país dos 80% de inflação em que está atolado e lidar com o retorno de 350 mil compatriotas e de cerca de um milhão de refugiados cuja volta está prevista em 2012.
No estado em que o país se encontra, prevê-se que cerca de 2,7 milhões de sudaneses do sul passem fome este ano.
E no meio deste caos social, a quem Salva Kiir acabou de fazer uma visita surpreendente?
A Binyamin Netanyahu.
Aparentemente, nada liga israel ao Sudão. Nem fronteira, nem religião, nem cultura, nem etnia. Por outro lado, são distanciados por mais de três mil quilômetros de terra e água...
Na perspectiva de Israel, o Suldão do Sul está geopoliticamente bem localizado porque serviria para bloquear uma suposta rota do Irã (um de seus maiores pesadelos) nessa área.
Como Tel Aviv só pensa em segurança total e armas para garantir o que não quer garantir com bom senso, desocupação e diálogo, o que a liga a Juba só pode ser armamento leve e pesado.
No fundo do poço, Salva Kiir escolheu vender a alma para o diabo (e para o braço armado da nossa América, no norte?) e virar base africana de um Israel governado por uma extrema-direita cega e implacável.
As vantagens fornecidas por Israel (e os EUA por trás?) são tantas, que Kiir chegou a declarar que está pronto a abrir uma embaixada em Jerusalém. Em toda ilegalidade internacional.

E por último, vem a Síria, palco de uma disputa de território acirrada entre Bashar el Assad e uma grande população revoltada.
Nos dez meses de revolta, a ONU afirma que mais de 5.000 mil pessoas foram mortas e o governo contra-ataca com a cifra de que os "terroristas" mataram 2.000 mil policiais.
Na verdade, ninguém sabe de nada. A Síria está fechada e os poucos jornalistas que acedem ao território vêem fatos isolados e não dispõem de nenhuma informação fiável. Até os observadores da Liga Árabe estão confusos
É certo que o regime de Assad, como o do pai e dos demais governantes anteriores, é autoritário e persegue seus opositores. Mas isto não é novidade.
A novidade é que o povo se diz farto.
Neste caso específico, há um componente religioso claro: Bashar é de confissão religiosa alauita, uma minoria chiita, e as outras duas facções muçulmanas chiitas e sunitas querem que ceda o lugar.
Os observadores da Liga Árabe afirmam que sua investigação in loco pode durar bastante, assim como sua intermediação e negociação com os beligerantes.
Voltaremos a este assunto mais tarde.

O ex-primeiro ministro de Israel Ehud Olmert foi indiciado por corrupção nas investigações do Caso Holyland, sob acusação de ter recebido propina, junto com o ex-prefeito de Jerusalém Uri Lupolianski e mais 17 funcionários do governo, para autorizar a construção de novas residências na cidade.
O Projeto Holyland é um dos maiores casos de corrupção da história de Israel. O processo começou em 2010 após uma denúncia anônima de que a construtora responsável teria desembolsado dezenas de milhões de shekels (moeda local) em propina para obter diminuição de impostos, de prazo e retirada de obstáculos ao seu empreendimento imobiliário no bairro Bayit VeGan de maioria de judeus ultra-ortodoxos.
Além do mal gosto de deformar a paisagem do sudoeste de Jerusalém, um pinheiral foi arrancado para acomodar o luxuoso complexo imobiliário e estima-se que pelo menos 300 objeções oficiais tenham sido arquivadas para viabilizar a obra.

"No matter what's happening in the Middle East - the Arab Spring, et cetera, the economic challenges, high rates of unemployment - the emotional, critical issue is always the Israeli-Palestinian one."
King Abdullah II

Global BdS Movement: http://www.bdsmovement.net/;
Lista de produtos das colônias a serem boicotados:
http://peacenow.org.il/eng/content/boycott-list-products-settlements.

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