domingo, 4 de dezembro de 2011

Israel vs Palestina: Prólogo - Xô, doutrinação Shabak!


Na semana passada, o governo de Israel tomou mais duas medidas arbitrárias inconcebíveis em um regime democrático.
Amordaçou a informação fechando a rádio liberal Kol Hashalom Vozes da Paz, criada por ativistas palestinos e israelenses que trabalham em boa camaradagem.
Vozes da Paz é uma órgão de imprensa importante, autorizado pelos Acordos de Oslo, porque dá espaço a todos os segmentos das populações de ambos os lados, tentando inclusive abrir diálogo com militantes políticos palestinos e com colonos sionistas de extrema direita. Em uma tentativa democrática de estabelecer comunicação e promover a paz.
Mas em vez da rádio pacifista, o governo criou a rádio Galey Israel Ondas de Israel, que veicula ideias mais de ódio do que de paz, tanto na Cisjordânia quanto em Israel, onde suas ondas vagueiam, e a mensagem é transmitida, como quem não quer nada.
E assim Binyamin Netanyahu continua coerente com seu governo expansionista e cada vez mais arbitrário.
Segundo um parlamentar de extrema-direita, "Uma estação de rádio esquerdista que se transforma em instrumento de incitação não pode ser autorizada a transmitir para o público."
Enquanto que Mossi Raz, ex-parlamentar que co-dirige a rádio, e outros democratas ficaram preocupados com a escalada das restrições democráticas que a população israelense vem sofrendo.
Raz declarou ao jornal inglês The Guardian que "É uma decisão política. Estou muito preocupado. Não tem democracia aqui. As pessoas acham que democracia é apenas o direito de voto, mas não é apenas isto. Não tem democracia sem liberdade de imprensa." "E de expressão" acrescentou um judeu militante de Direistos Humanos, se referindo às leis anti-boicote e de financiamento estrangeiro que só prejudica as ONGs, e a mudança do controle da Corte Suprema para o Parlamento.
Jornalistas israelenses vêm reclamando bastante da censura nos meios de comunicação.
O Canal 10, uma estação de TV independente, está quase fechando porque o Governo condicionou uma negociação do pagamento de suas dívidas à demissão do jornalista que revelou o "patrocínio" de viagens privadas de Binyamin Netanyahu antes de ser primeiro ministro.
O âncora do Canal 2, Yair Lapid, por seu lado, disse que Um governo incontinente está silenciando vozes dissidentes."   
Voltando à rádio Kol Hashalom, a mordaça em si já é repreensível, mas o pior é que a sede da rádio não é em Israel e não transmite nem de Jaffa, nem de Haifa nem de Tel Aviv - transmite de Jerusalém Oriental e de Ramallah... na Cirjordânia.

E depois do anúncio feito por Mahmoud Abbas das próximas eleições em Maio de 2012 na Palestina, em retaliação à ousadia do Fatah e o do Hamas concordarem que está na hora do povo voltar às urnas (a última eleição autorizada pela "Comunidade Internacional" aconteceu seis anos atrás com o resultado que se sabe), o governo de Israel voltou a bloquear os fundos de pagamento dos 153.000 funcionários da Autoridade Palestina e simplesmente pagar as contas.
Pois é, até o dinheiro gerado diretamente pela Palestina é "coletado" em grande maioria por Israel e transita pelos bancos de Tel Aviv que transferem ou não os fundos até para pagamento de funcionários, o que é o mínimo.    
Faz parte dos Acordos de Oslo e beneficia sobretudo israel que cobra 3% de todo o dinheiro dos impostos que coleta. E beneficia também os bancos, pois enquanto o dinheiro "dorme" na conta...  
Avigdor Lieberman, o sionista integrista que ocupa o Ministério das Relações Exteriores disse que faria tudo para que o dinheiro não fosse transferido.
A situação é tão esdrúxula, para não dizer absurda, que desta vez até os aliados israelenses de carteirinha,Tony Blair, Ban Ki-moon e Hillary Clinton solicitaram a Netanyahu, em público (ao telefone ficou entre eles) que liberasse os fundos sem os quais os palestinos não vivem.
A resposta de Tel Aviv, off the records, foi que com este comportamento negativo e irresponsável eles não podem esperar business as usual.  
O Comportamento negativo e irresponsável da Autoridade Palestina, ao qual referem, é o de ter conseguido o reconhecimento da Unesco e estar tentando a obtenção da cadeira na ONU que garanta ao povo o direito de ter carteira de identidade e passaporte palestino, que lhes dê o direito de existir e de transitar como você e eu em seu território e fora.
Israel e os EUA consideram que os palestinos precisam da bênção de ambos para pleitear o que a ONU lhes deve desde 1947. E definem o comportamento da Autoridade Palestina de unilateral, embora a iniciativa desta seja diplomática, respeitando as vias oficiais internacionais.
Ao contrário do que Israel fez em 1948. Vamos ver a história direitinho nos próximos blogs.

O título do blog de hoje, ou seja, esta palavra desconhecida para a maioria, vem de Israel.
Shabak é um acrônimo de Shérūt ha-Bītāhōn ha-Klālīa, vulgo Shin Bet, como o Serviço Secreto Israelense interno (tipo o SNI no Brasil dos militares) é chamado. 
O Mossad é a CIA local e o campo de atuação do Shin Bet é o "território nacional", no qual leia-se Israel, Cisjordânia e Faixa de Gaz..., como se os Territórios Ocupados fossem de Israel de direito e de fato, o que para bom entendedor já é sintomático. 
O que me interessa hoje não são as ações do Shin Bet, condenadas pelas ONGs de Direitos Humanos pela crueldade (como o DOI-CODI dos nossos militares), mas sim o adjetivo em que virou a palavra.
"Educação Shabak" é como os israelenses, e os palestinos que sobreviveram em Israel bem que mal à Naqba, definem o processo de doutrinamento que recebem desde a infância nas escolas.
Como minha geração foi "instruída" nos cursos de "Moral e Cívica" do Primeiro Grau, de "OSPB" do Segundo e "EPB" da Universidade.
Em Israel, o processo consiste de inculcar nos israelitas o sionismo exacerbado e extirpar da memória árabe sua identidade cristã ou islamita distanciando este cidadão de segunda classe emocionalmente dos compatriotas encurralados nos Territórios Ocupados e na Faixa de Gaza.
Às vezes tenho a impressão que todo o Ocidente sofre a lavagem cerebral da educação shabak que leva o cidadão brasileiro, francês, estadunidense, etc. a acreditar que o principal objetivo da vida é acumular bens e dinheiro, e no plano geopolítico do Oriente Médio, a identificar-se com o algoz em detrimento da vítima. Inclusive a grande maioria da mídia. 
As imagens indutivas são tão fortes que até hoje, embora faça cinco anos que os palestinos puseram fim aos atentados suicidas, no imaginário popular individual e coletivo estes atos isolados lamentáveis ocupam muito mais espaço do que os abomináveis bombardeios de 2006 e 2008/9 do Líbano, da Faixa de Gaza, que deixaram centenas de mortos e cidades inteiras destruídas, e as agressões quotidianas que os palestinos sofrem de soldados e colonos israelenses, que os insultam e destroem suas casas e o fruto de seu trabalho.
O general Golbery do Couto e Silva não conseguiu nos transformar nas ovelhas passivas que pretendia porque vivíamos no Brasil e sentíamos na pele os efeitos do regime e víamos o que os militares faziam.
Já que nem todo mundo quer e pode dar um pulo na Cisjordânia e na Faixa de Gaza para ver e sentir o drama palestino, e como contra todo mal tem um antídoto, o que combate a Educação Shabak é a informação, simples e accessível.
Eu sou apenas uma fonte entre tantas outras. Como os documentários, sites e filmes que recomendo abaixo e tento selecionar o melhor possível.

Documentário de Essam Billan: Inside Shin Bet (48')

Por lembrar na semana passada de Juliano, de Vittorio e a batalha pela justiça da qual ambos foram trágica e precocemente arrancados, resolvi atender aos pedidos que me fazem amiúde de esclarecer a história do conflito israelo-palestino.
É para os que recusam a Educação Shabak que se destina a história, legítima, mas vista pelo prisma do vencido, que começa neste blog e terminará em janeiro de 2012.
Vou tentar desfiar, com a ajuda de fatos e de dados recolhidos em ONGs de Direitos Humanos israelenses, os porquês, quem e quando.
Sendo alérgica a ocupação, espoliação, opressão, “limpeza” humana programada, minha posição no conflito é clara. Sou contra a ocupação israelense da Cisjordânia – militar e através das colônias – e a favor dos dois Estados autônomos e livres convivendo um ao lado do outro, como povos civilizados.
Como desejam os democratas liberais de ambos os lados.
Mas tem jornalistas, jornais, que desejam outra coisa, o contrário. Quem discordar de mim pode lê-los e me deixar de lado. Isto se chama democracia, liberdade.
Porém, não conheço nenhum ser humano, inclusive repórter acostumado com as piores atrocidades, que tenha estado de cabo a rabo na Cisjordânia e na Faixa de Gaza e que consiga "entender" a política de limpeza étnica do governo de Israel na Palestina.
Dito isto, volto a precisar que não tenho nenhuma antipatia por Israel e nem pelo povo israelense, muito pelo contrário.
Haifa e Tel Aviv são bolhas animadas (vide filme homônimo de Eytan Fox) cheia de boas pessoas interessantes, inteligentes, simpáticas, que não se consideram superiores a nenhuma outra gente. Estas pessoas bem-intencionadas querem viver em paz com os vizinhos em pé de igualdade, e quem sabe até serem amigos – parentes já são, já que têm a mesma raiz semita.
Estão longe de ser maioria; se fossem, o governo seria outro e agiria de outro jeito. Mas fazem tanto barulho quanto os compatriotas influenciados pela Educação Shabak e por isto sua liberdade de expressão vem sendo embargada.
Como sou da geração brasileira que ainda se lembra da ditadura, vejo os sinais do autoritarismo, me arrepio e me solidarizo com os democratas engajados na luta contra este governo belicoso e expansionista que envergonha a memória de seus antepassados. 
A história que vou desenrolar nestas três semanas é para quem gosta de conhecer todas as verdades antes de escolher a sua. Que questiona a propaganda veiculada pelos lobbys e pelos meios de comunicação com agenda própria ou que trabalham com comunicados oficiais dos poderosos que escrevem a história.
Eu só enxergo o óbvio, sinto, raciocino e me ponho no lugar do outro para entender o que ele sente, passa, sofre sem poder fazer nada.
Nesta onda brava do Oriente Médio, antes de abordar a história, vou navegar abaixo por certos mitos ou/e “inverdades” que ouço amiúde de israelenses integristas ou doutrinados e de simpatizantes de Israel que nunca pisaram nos territórios palestinos ocupados e que talvez por isto defendam o que a maioria das pessoas no mundo considera indefensável.

A primeira é uma inverdade muitas vezes repetida até muitos acreditarem: O conflito Israel/Palestina é religioso.
Não é não.
É um confronto entre duas nações.
É um conflito político e expansionista entre um Estado com grande potência bélica que ocupa um outro que nem existe de fato e que não tem direito de armar-se, defender-se e revidar.
Apesar dos componentes religosos, sociais e outros que acabam exacerbados pelos extremistas, a questão não é religiosa, é de território.
A Palestina não era terra de ninguém quando os judeus chegaram. Era uma terra habitada por 500.000 pessoas das quais 90% eram já de dezenas de gerações.
Conheço muitos judeus esclarecidos que sabem disto e condenam o governo de Israel com mais veemência ainda. Morrem de vergonha de alguém confundir a riqueza da religião hebraica com os atos bárbaros praticados pelo governo de Israel, através dos colonos e dos soldados, nos territórios ocupados.
Eles, como eu, quando ouvem alguém dizer que faz parte de uma raça superior, mais inteligente, mais talentosa, do povo escolhido, lembram de Hitler e arrepiam de pavor! E você, leitor?

A segunda é uma das mantras que os israelenses repetem de pai para filho e para os estrangeiros que passam por lá, para justificar seu desprezo pelos "animais" que eles fazem tudo para exterminar.
Mostram as terras irrigadas que cultivam, produtivas centímetro por centímetro, e mostram um pedaço de terra palestina ainda não confiscada, enchem a boca e dizem: veja como são incapazes e atrasados!
O que omitem é que as laranjas de Jaffa, tão conhecidas na Europa, eram cultivadas pelos palestinos antes de 1948 até as terras serem confiscadas, os donos serem deportados e os ocupantes de hoje desviarem toda a água para a própria agricultura e para os colonos, cuja diversão favorita é destruir e queimar lavouras e oliveirais palestinos ancestrais.
Dezenas de casos já foram levados a tribunal. Nenhum foi julgado.
Como boa goiana, sei que sem água, nem erva daninha pega.
Sem contar o lucro do turismo cristão, embora a maior parte dos sítios históricos se encontrem na Cisjordânia e a manutenção seja feita pelos palestinos, é só Israel que ganha.

O terceiro é o mito alimentado por uma certa mídia: Em 2000, as negociações de Campo David, apadrinhadas por Bill Clinton, capotaram por causa da partida enraivecida de Yasser Arafat.
De jeito nenhum.
É verdade que Yasser Arafat partiu no meio do Encontro, mas foi por indignação com a proposta de Ehud Barak.
Veremos os detalhes quando atingirmos este ponto na História do conflito que começarei a traçar na semana que vem.
Embora eleito pelo Partido Trabalhista, desde que assumiu o governo em 1999, Ehud Barak, em vez de devolver aos palestinos pelo menos um ínfimo do que lhes pertencia, incrementou a expansão das invasões/assentamentos na Cisjordânia confiscando terras, demolindo casas, aumentando as invasões já montadas e construindo novas.
Quando Ariel Sharon o sucedeu no governo era só prosseguir no terreno minado.
Desde então, a situação só tem piorado.
Até Netanyahu voltar ao poder com ideias mais extremistas, com o apoio de Shimon Peres no alto, de Ehud Barak de um lado e Avigdor Lieberman do outro, para agir com maquiavelismo e crueldade.   
Aí ouço também o argumento de que Sharon fez o gesto de "boa vontade" de evacuar as colônias da Faixa de Gaza... Pois é, mas para bombardeá-la à vontade dois anos mais tarde.
Se isto não for tática de guerra em vez de tática de paz, o mundo em que vivemos não é nem o purgatório. É o inferno.

O quarto ponto é uma inverdade e um ultrage: Os palestinos mandam os filhos jogarem pedras nos soldados da IDF (exército israelense) para provocarem a própria morte e a mídia lhes dar espaço.
Como imaginar que os palestinos não se importem que os filhos morram, que sejam assassinados?!
Se num país livre os pais não conseguem controlar os movimentos dos rebentos (só os trancando a sete chaves, e olhe lá!), como os palestinos, em situação de ocupação, de guerra, conseguiriam evitar que os filhos, indo para a escola e se defrontando com obstáculo armado que os impede de ir à aula, demonstrem sua impotência e raiva jogando pedras na barreira bélica, na esperança, vã (mas sem esperança a vida não vale nada) de forçar passagem e reocupar o espaço que é seu e que lhe foi arbitrariamente confiscado?

Sei que para um cidadão brasileiro bem nascido, leia-se, no hospital, com mãe e pai, tendo crescido livre convivendo com seus compatriotas pra cima e pra baixo com babá-celular, é difícil imaginar o que significa nascer e crescer em seu país ocupado por soldados e invasores estrangeiros que falam outra língua, o privam de água que jorra da terra de seus ancestrais, o acordam de madrugada abruptamente com um bulldozer que está destruindo a sua casa o deixando na rua sem nada, o encurrala em cercas de arame farpado e de cimento armado e ainda por cima, o trata como animal e o humilham cada vez que você sai de casa.
Dá para imaginar?
Não?
Tente imaginar a cidade em que mora com checkpoints por toda parte, com barricadas, soldados armados e de cara amarrada.
Para ir trabalhar você tem de fazer fila, ser revistado, ser despido na frente de estranhos e dos filhos, e esperar a boa vontade do soldado estrangeiro que é tão rápido quanto uma tartaruga para decidir se você pode ou não passar.
Quando dá na telha, o oficial dá ordem de fechar o checkpoint e você, para chegar ao trabalho, tem de dar mais uma volta de mais de hora para chegar a quatro quarteirões de sua casa, cercada de um muro que corta a rua e que esconde o outro lado, uma paisagem milenar familiar aos seus antepassados.
Para ir à escola é o mesmo calvário.
Pior ainda, pois você é menor e todo obstáculo é super-dimensionado. Os checkpoints são estratégicos em ruas vizinhas e você caminha, caminha, em sua prisão murada, e quando está chegando, encontra um checkpoint que não estava lá nos dias passados, era por isto que tinha dado esta volta saindo de casa uma hora adiantado para chegar à escola que fica a meio, um ou dois quilômetros de casa.
As meninas, quando cruzam com professoras também bloqueadas, têm aula na rua, sentadas no chão, os cadernos no joelho, conformadas.
Os meninos às vezes fazem o mesmo e outras vezes jogam pedra, para desabafar. Quem já sentiu sabe que sentimento de impotência aperta o peito e é difícil segurar; é barra.
Isto quando meninos e meninas não são apedrejados das janelas dos prédios de invasores instalados em Jerusalém Oriental.
E mesmo assim, 90% dos palestinos chegam à Universidade. Não conheço muita gente com tanta força de vontade.
Aliás, este é outro mito: que os israelenses são inteligentes e os palestinos burros. Se fossem, não teriam uma porcentagem tão alta de sucesso educacional com meios tão precários. O maior valor em uma família palestina é a educação, o estudo.
"Imparcialidade jornalística" além de quimera (como já disse no ano passado), em assuntos graves como este significa omissão, consentimento, cumplicidade com o inadmissível. Com o insuportável.


Trocando em miúdos, por que dou mais espaço a este conflito entre tantos outros nesta e nas demais regiões que cubro?
Já expliquei no ano passado. Não é por parcialidade, pois esta implica em um interesse próprio arquitetado.
Apenas informo sobre uma situação que interpela minha humanidade.
Este conflito reflete todas as injustiças das quais o homem é capaz quando é movido por ignorância, cobiça e ódio.
Este conflito reproduz todo tipo de opressão possível de um povo sobre outro desprovido de meios e apoio para que se levante: ocupação de terra; humilhações e abusos quotidianos de adultos e crianças; detenções arbitrárias; confisco de riquezas naturais (1); apartheid; confinamento murado e de arame farpado...
No dia em que a ONU oficializar o Estado da Palestina na fronteira completa de 1967, pelo menos a metade dos problemas internacionais serão solucionados, o mundo se reconciliará com Israel e Jerusalém vislumbrará, quem sabe, um pouco de luz e de paz.
Enquanto isto, para que a morte de Vittorio e Juliano não tenham sido vãs, sinto-me na obrigação de continuar a batalha que os dois, Naji Salim al-Ali, Rachel, James, Peter e tantos mais, iniciaram e travaram, ao preço de suas vidas, sem jamais vender a alma.          

Palestina antes de 1948
        
"No matter what's happening in the Middle East - the Arab Spring, et cetera, the economic challenges, high rates of unemployment - the emotional, critical issue is always the Israeli-Palestinian one."
King Abdullah II

Documentário: Occupation 101; de Sufyan e Abdallah Omeish
Documentário: Defamation, de Yoav Shamir
legendado em italiano

Documentário/livro: The Israel Lobby (US), dos professores John Mearsheimer e Stephen Walt

Channel 4: The Israel lobby in United Kingdom, de Peter Oborne (48', 2009)
Press TV: UKPolitics and the Israely Lobby (7')

Documentário: American Radical, the trials of Norman Finkelstein


Livro: Stay Human
De Vittorio Arrigoni
http://guerrillaradio.iobloggo.com/





Conferência do professor Noam Chomsky na Brown University, EUA 

"By 2001, there were 225,000 Israeli settlers in the West Bank and Gaza. The best offer made to the Palestinians -- by President Clinton, not Prime Minister Barak -- was to withdraw 20 percent, leaving 180,000 in 2009 settlements covering about 5 percent of the land. The 5 percent figure is quite misleading. It describes only the actual footprints of the settlements. In addition, there are other large areas that have been taken or earmarked for future expansion -- roadways that joined the settlements with each other and to Jerusalem, and life arteries, so-called, that provide water, sewage, electricity and communications. These range in width from 500 to 4,000 meters, and Palestinians cannot use or even cross many of these connecting links."
Jimmy Carter, Council on Foreign Relations

Shovrim Shtika - Breaking the Silence

 

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