domingo, 27 de julho de 2014

Rogue State of Israel VIII : Licenced to Lie Cheat Kill?

"Solução Final" de Israel na Faixa de Gaza?

Hamas and other Palestinian factions have agreed to a 24-hour humanitarian truce in the Gaza Strip, starting at 2pm local time (11:00 GMT).
Sami Abu Zuhri said in a statement on Sunday the group took the decision after studying a UN proposal for a ceasefire and taking into consideration the situation of the people of Gaza and the Muslim Eid al-Fitr celebrations expected to start on Monday.  
There was no immediate word from Israel, which called off its own 24-hour truce earlier in the day after Hamas fired a volley of rockets into southern and central Israel. Israeli artillery shelling since this morning killed 11 peopleMore than 6,000 injured since Israel launched its offensive on the Mediterranean enclave, home to 1.8 million Palestinians.
A top US Department of Defence intelligence official has just warned his President that the destruction of Hamas would only lead to something more dangerous taking its place, as he offered a grim portrait of a period of enduring regional conflictWhich every single specialist knows for years.


O número de mortos palestinos no 20° dia de ataque israelense era de 1.061 até o meio-dia de domingo. Cerca de 80% de civis. Dentre os quais, cerca de 50% de mulheres e crianças.
Israel já perdeu 43 soldados nos confrontos com o Hamas. Apesar de todo seu aparato e proteção militar.
Israel voltou a bombardear hoje cedo.
The death toll from the 19-day Israeli offensive on Gaza reached 1.061 on Saturday, according to the Gaza health ministry, as Israel extended the initial 12-hour ceasefire by four hours - shortly before it was due to end.
The Israeli army says one of its soldiers has been killed by shell fire near the Gaza Strip, pushing the number of troops killed since the start of ground operations to 43.
Israel resumed bombing this morning.

Dia de balanço em Gaza: perda e destruição por todo lado
Os gazauís voltaram às casas à procura de familiares desaparecidos.
Encontraram 147 corpos

Hamas recusa o cessar-fogo proposto por Israel/EUA 
porque não resolve o problema do bloqueio
e nem da ocupação a médio e longo prazo

O que adianta uma trégua, um cessar-fogo que não decida nada?
Só adianta para "melhorar" a imagem de Israel que despencou no mundo inteiro e dar-lhes tempo de atacar outras vezes com mais força daqui a pouco ou no ritmo que vêm fazendo, de dois em dois anos.
Foi por isso que o Hamas declinou a proposta que Israel fez através de seus porta-vozes estadunidenses e franceses.
É impossível para o Hamas, impossível para os gazauís, impossível para a Palestina inteira, após a imensa perda das últimas semanas, aceitar um cessar-fogo que não implique no mínimo o fim do bloqueio.
Se a ONU fizesse valer o seu peso e seu Secretário Geral representasse as 193 nações em vez de representar apenas os Estados Unidos e cumprir apenas os seus desejos, nem abordaria um cessar-fogo que não atacasse o mal pela raiz. Ou seja, a cadeia de causas que levaram ao atual conflito.
Primeiro a ocupação pura e simples da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.
Segundo, na Cisjordânia, o fim da colonização/invasão militar e civl israelense.
Segundo, na Faixa de Gaza, a ruptura da cadeia de eventos desde 2005 quando Ariel Sharon retirou as colônias judias da Faixa - porque eram inviáveis e para poder bombardear à vontade mais tarde.
Aliás, todos os problemas deste conflito começaram com o general buldozer Ariel Sharon. Esse homem era o mal personificado.
Quando Sharon tirou as colônias israelenses da Faixa, o fez como estratégia de comunicação, para efeito de propaganda, em demonstração de "boa vontade". Concomitantemente, as colônias na Cisjordânia só aumentavam, mas a mídia fez vista grossa, e os Estados Unidos aplaudiram o "ato de coragem" do general cínico que sabia muito bem que aquilo era distração, nada mais.
Acontece que Sharon tirou as colônias, mas manteve seu domínio da Faixa inteira.
Manteve o controle do espaço aéreo - drones armados da IDF sobrevoam dia e noite a Faixa com um barulhinho típico intimidante que faz com que a população viva em sobressalto (o foguetório esporádico do Hamas que "apavora" os civis em Israel comparado com esta tortura constante é bobagem); manteve o controle das águas; manteve o controle do comércio; manteve o controle do movimento dos habitantes e da terra fronteiriça com Israel. Engolindo inclusive mais um pedacinho da já exígua Faixa.
Em outras palavras, a Faixa de Gaza continuou ocupada.
Em 2006, com a vitória eleitoral do Hamas nas eleições democráticas, viraria uma prisão completa.
Foi uma manobra estratégica sem falha. Israel deu uma de bonzinho aos incautos e dar munição de defesa ao padrinho gringo; conseguiu adiar suas obrigações com a OLP, negociadas e prometidas a Yasser Arafat sob as vistas de Bill Clinton - cuja mulher, Hillary, é patrocinada pela AIPAC, o maior lobby sionista dos Estados Unidos.
Pois bem, antes de retirar-se fisicamente da Faixa, o general Bulldozer assegurou-se junto com George W. Bush e Tony Blair - os dois criminosos que deveriam estar na Háguia em vez de dando palestras - que o Hamas seria decapitado pelo conflito político e armado deste com o Fatah que os três provocaram na Faixa em 2007. Quando os Estados Unidos e a Inglaterra, mancomunados com Israel, armaram o Fatah para que desse cabo do Hamas na Faixa. Não deu.
O Hamas saiu vitorioso e em vez de dominado, botou o Fatah pra fora como traidor da pátria. O que foi.
A partir daí a OLP ficou enfraquecida porque ficou dividida, as colônias/invasões israelenses na Cisjordânia foram crescendo e as negociações "de paz" foram feitas com um Mahmoud Abbas enfraquecido que era considerado pelos palestinos mais próximos de Tel Aviv do que de Gaza.
O Fatah passou a governar a Cisjordânia e o Hamas, a Faixa de Gaza.
De lá pra cá, Israel transformou a Faixa em prisão ao "ar livre" sob barulho constante dos drones que atiram bombas de vez em quando para mostrar sua presença e intimidar mais ainda matando e bloqueia tudo que entra e sai do presídio de 1 milhão e 800 mil pessoas. Mas seu território continuou o mesmo.
De lá pra cá, a Cisjordânia foi só perdendo terreno, literalmente, para a ocupação civil, através das invasões /colônias judias (que a imprensa brasileira chama carinhosamente de assentamentos), o muro foi se insinuando em suas vidas como uma serpente, os checkpoints foram controlando seus mínimos movimentos, a Autoridade Nacional Palestina criou uma polícia subserviente a Tel Aviv e os cisjordanianos se acostumaram a baixar a cabeça para não levar coronhada nem tiro no joelho ou na cabeça por simplesmente levantá-la ao cruzar com colonos e soldados que invadem suas terras.
De lá pra cá, a Faixa de Gaza sobrevive bem que mal ao bloqueio de cabeça alta. O Hamas construiu túneis entre a Faixa e o Egito (bombardeados quase todos pela IDF e pelo general Sissi nos últimos meses) para "importar" gêneros alimentícios, e armas, e exerce seu direito de resistir.
Quando Ariel Sharon terminou o seu Disengament Plan na Faixa de Gaza em 2005, 643 gazauís haviam sido mortos por colonos e soldados da IDF, e o Hamas havia matado 43 invasores/colonos.
O general israelense declarou então: "My disengagement plan ... will improve Israel's security and economy and will reduce friction and tension between Israelis and Palestinians. My plan will create a new and better reality for the State of Israel. And it also has the potential to create the right conditions to resume negotiations between Israel and the Palestinians".
O presidente da autoridade palestina Mahmoud Abbas declarou: "The Israeli pullout was the result of the sacrifices, patience and wisdom of our people… The most important step after the withdrawal will be how we protect, rebuild".
Since then, the second Palestinian Intifada, or uprising, against Israeli occupation began in 2000, throwing Hamas into the spotlight as the group led much of the armed resistance.
Hamas won the 2006 Palestinian legislative council elections. Following its election victory, the United States, European Union and Israel imposed severe economic sanctions on the Palestinian territories.
This exacerbated political tensions between Hamas and Fatah, the leading Palestinian political party. The rival factions then fought bloody battles in the West Bank and Gaza for control of the territories.
After a tentative agreement to form a unity government in 2007, the Fatah-led Palestinian Authority retained control over the West Bank, while Hamas governed the Gaza Strip.

In June 2008, Egypt brokered a six-month ceasefire between Hamas and Israel. Hamas promised to halt rocket attacks while Israel agreed to ease an embargo that had stopped humanitarian aid from getting through, and to stop military raids into Gaza.
On November 4, 2008, Israel launched a military incursion into a residential area of Dayr al-Balah in Central Gaza in an attempt to arrest Hamas members. Israel insisted that this was not a violation of the ceasefire. After several weeks of repeated flare-ups in violence, Hamas announced the end of its truce with Israel.

De lá pra cá, o Hamas ganhou as eleições e Israel fez três operações militares devastadoras na Faixa de Gaza que terminaram com um cessar-fogo que o Hamas aceitou com promessas de mudança e que no final deixou a Faixa devastada, muitos mortos, e tudo continuou do mesmo jeito, inclusive o bloqueio.
Em 2008/09 - Operação Cast Lead: A Operação Cast Lead começou no dia de Natal, quando o Ocidente estava distraído com as celebrações cristãs de fim de ano.
The Gaza war, also known as Operation Cast Lead, began on December 27, 2008. Israel immediately launched a widespread aerial bombing campaign, targeting more than 100 locations in the densely-populated Gaza Strip, including residential homes, police stations, schools, United Nations buildings, and hospitals.
An Israeli ground assault was launched on January 3, 2009. During the operation, Israeli forces fired shells containing white phosphorus, an illegal weapon that burns indiscriminately.
The conflict ended in a unilateral Israeli-declared ceasefire on January 18
.
No final, Israel perdeu 13 pessoas. 10 soldados (4 por fogo amigo) e 3 civis. E 518 feridos.
Os palestinos perderam 1391 gazauís (318 menores), ficaram com 5300 feridos (350 em estado crítico) e 11.154 casas foram destruídas. Sem contar a infra-estrutura pública. E os bens comerciais e públicos. Mortes palestinas acumuladas no fim das contas: 55 israelenses e 2.158 palestinos.
Declarações do primeiro ministro israelense Ehud Olmert:  "Israel embarked on Operation Cast Lead not as a first option but as a last resort, after we tried all other ways and options to bring quiet to the communities in the south". Líder do Hamas, Khaled Meshaal:  "None of the atrocities committed against our schools, universities, mosques, ministries, and civil infrastructure would deter us in the pursuit of our national rights. Undoubtedly, Israel could demolish every building in the Gaza Strip but it would never shatter our determination or steadfastness to live in dignity on our land". Secretary of State USA Condoleeza Rice: "The United States strongly condemns the repeated rocket and mortar attacks against Israel and holds Hamas responsible for breaking the ceasefire and for the renewal of violence in Gaza". Presidente do Egito Hosni Mubarack: "[There is a] danger of the latest Israeli threats and their repercussions on the stability and security of the region and the cause of Middle East peace... [Israel should] revisit its stances and policies, and... take tangible steps to build trust with the Palestinians".
E a situação dos gazauís piorou em vez de melhorar.
After the ceasefire came into effect, Hamas gave Israel a week to pull its troops out of the territory. Israel's land, air and water blockade of the Gaza Strip continued, however.
Meanwhile, Egypt came under criticism for not opening the Rafah crossing, the only point of access to Gaza that does not go through Israel.

Egypt said in 2009 that it could not fully open its border with Gaza because this would imply it recognised Hamas and its control over Gaza and would undermine the legitimacy of the Palestinian Authority.
Entre 2009 e 2012, a IDF matou 117 gazauís em mini-operações quotidianas diversas e os foguetes do Hamas mataram 6 israelenses.
Em 2012, foi a vez da Operação Pillar of Defense: On November 14, 2012, Israel killed Ahmed Jabari, chief of Hamas' military wing in Gaza, in a targetted air strike on his car in Gaza City. Hamas responded by firing a barrage of rockets at nearby Israeli towns.
Israel then embarked on an eight-day military offensive on Gaza, which it called Operation Pillar of Defense. 
Hamas said the rockets were fired as a reaction to the blockade on Gaza and the occupation of the West Bank.
Israel claimed that the operation was a response to an increase in the number of rockets fired into Israeli territory in the days and weeks preceding the operation. 
Durante esta Operação militar israelense, 6 israelenses morreram (2 civis) e 239 ficaram feridos (219 civis).
Os palestinos atiraram 765 granadas artesanais, 741 grad-rockets de longa distância, 135 tiros de morteiro.
Na Faixa de Gaza, 171 palestinos foram mortos (101 civis) e mais de mil foram feridos (971 civis). 
A IDF conduziu 1.500 bombardeios, 7 tiros de canhões da artilharia naval, 360 tiros de morteiro.    
No final, as declarações públicas foram as seguintes: O primeiro ministro israelense Binyamin Netanyahu: "Today we sent a clear message to Hamas and other terrorist organisations, and if it becomes necessary we are prepared to expand the operation… Hamas and the terror organisations have chosen to escalate their attacks on the citizens of Israel in the recent days [and] we will not tolerate a situation in which Israeli citizens are threatened by rocket fire". 
O líder das Brigadas al-Qassan (forças armadas do Hamas) "Israel has opened the gates of hell on itself … the occupation committed a dangerous crime and crossed all the red lines, which is considered a declaration of war. The occupation will pay dearly for this and we will make it regret the moment they thought about it".
Barack Obama: "There's no country on Earth that would tolerate missiles raining down on its citizens from outside its borders. So we are fully supportive of Israel’s right to defend itself from missiles landing on people’s homes and workplaces and potentially killing civilians. And we will continue to support Israel’s right to defend itself". O então presidente do Egito Mohamed Morsi: "We are in contact with the people of Gaza and with Palestinians and we stand by them until we stop the aggression and we do not accept under any circumstances the continuation of this aggression on the Strip".
No final das contas, Israel contava 61 mortos; a Faixa de Gaza, 2332.
Após o cessar-fogo, os Estados continuaram sua doação de 3 bilhões de dólares anuais para Israel junto com seu apoio incondicional na ocupação da Cisjordânia e do bloqueio da Faixa de Gaza e a situação dos gazauís só foi piorando.
Between 2012 and 2014, in short, in March 2013, the US, Israel, and the Palestinian Authority negotiated a deal to re-start stalled peace talks. The negotiations were given a deadline of April 2014.
Israeli officials promised to freeze some settlement construction and release 104 Palestinian prisoners, including 14 Palestinian citizens of Israel that have been in jail since before the Oslo Accords agreement was signed in 1993.
After Israeli-Palestinian peace negotiations stalled once again, Fatah moved towards reconciliation with Hamas in Gaza, and the two factions formed a Palestinian consensus government in early June.
Israel blamed Hamas for the June 12 kidnapping of three teenage settlers in the occupied West Bank. After the youth's bodies were found on July 1, Israel said that Hamas "will pay" for their deaths.
E veio a Operação defensive Edge em 2014 enquanto o mundo estava distraído com a Copa do Mundo.
Israel's Operation Protective Edge was launched on July 8, 2014. Israeli officials warned that they would carry out extensive air raids on the Gaza Strip. The military called up 40,000 reservists, while deploying around 1,500 soldiers around the perimetre of Gaza. And then came the raids, the strikes, the invasion.
Portanto, é compreensível que Khaled Meshaal, e os palestinos, apesar das enormes perdas humanas e materiais, não concordem com um cessar-fogo fictício. Que os deixe de novo presos, carentes e, literalmente, a ver e ouvir constantemente drones nos ares, e no mar, a ver navios.
Esta guerra desproporcional e injusta só vai ser a última se os intermediários entenderem que tem de acabar com o bloqueio e que a retirada unilateral da Faixa de Gaza foi uma medida estratégica (e não generosa) para enfraquecer a Autoridade Nacional Palestina e deixar a Faixa à mercê de Israel.
Não há como viver desse jeito. Barack Obama deveria fazer uma visita à Faixa de Gaza. Quem sabe ele enfrentaria a AIPAC e seus bilhões de dólares e que ao invés de ser cúmplice de crimes e ilegalidades, privilegiasse a justiça. É pena que nos EUA o vil metal fale tão mais alto do que a ética e a moral.

Protestos em Londres contra a invasão israelense 
Protesters in London show solidarity with Palestinians

Palestinians thank Obama from the bottom of their…graves: IN MEMORY

Ativista judeu Barnaby Raines explica a Sky News que ser contrário a carnificina não é ser anti-semita e sim justo e realista.

No vídeo abaixo, oito meninos holandeses contam a curta história de oito meninos palestinos asassinados durante a Operação militar israelense Defensive Edge na Faixa de Gaza nos últimos dias. 
In a new short film, eight Dutch children are telling the stories of eight Palestinian children killed during Israel's offensive in Gaza. The video, titled "We are no longer here, do you care?" shows the children in the situations where they were killed, such as playing on a beach, at a playground, or using Facebook.                        We are no longer here, do you care?
The Palestinian children whose names are given in this video are / Os meninos palestinos representados no vídeo são : Aahed Bakr, Ismail Bakr, Zakareyya Bakr, Mohammed Bakr, Ranim Abdul-Ghafoor, Anas Qandeel, Nour Al-Najdi and Sahir Abou Namous.


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