domingo, 11 de setembro de 2016

ARBITRIO: From Brasil to Palestine


BRASIL: Frente Ampla por eleição. DIRETAS, JÁ!

A indiferença e o egocentrimo das classes dominantes levam fatalmente à corrupção moral e financeira. 
A corrupção moral e financeira leva inexoravelmente ao poder a qualquer preço.
A sede de poder a qualquer preço leva perigosamente à exclusão e ao arbítrio.
O arbítrio leva indubitavelmente à usurpação dos direitos inalienáveis à cidadania.
A usurpação dos direitos inalienáveis à cidadania leva ao controle da informação.
O controle da informação leva à perda do conhecimento.
A perda do conhecimento leva à ignorância individual e coletiva.
A ignorância em dose dupla leva ao enfraquecimento do indivíduo e da sociedade inteira.
O enfraquecimento do indivíduo e da sociedade leva ao empobrecimento cultural e educativo.
O empobrecimento cultural e educativo leva à alienação e à subserviência.
A alienação leva ao Brasil no qual cresci durante a ditadura militar - aculturação total.
A subserviência leva à rivalidade mesquinha, egoísta, a fim de obter favores e garantir-se o mínimo, em detrimento do civismo.
A rivalidade mesquinha leva à desumanização do cidadão.
A desumanização do cidadão leva à indiferença e ao egocentrimo, então, generalizados em todas as camadas sociais.
A indiferença e o egocentrismo generalizados levam ao suicídio social, com a vitória, amarga e ilusória, do individualismo.
Ponto final.
O arbítrio começa com a manipulação da informação. 
O maior inimigo do cidadão é a manipulação da informação que resulta sempre na privação de conhecimento.
O Brasil está vivendo um caso extremo, nítido, desta manipulação. Manipulação orquestrada pela Globo e pela editora Abril, mas apoiada massivamente pelos demais orgãos de imprensa escrita, televisiva de propriedade de grandes grupos capitalistas. Mais a chamada rede social dos Facebooks e outros veículos vulneráveis a operações de propaganda da NSA em cumplicidade com Tel Aviv.
O Brasil só atingiu o extremo do arbítrio, o GOLPEachment, porque nossa elite financeira é ignorante e egoísta; portanto, míope e suicida.
A classe média alta, a alta, o empresariado - na América Latina toda o problema é igual - parece viver apenas para uma conta bancária, de preferência em paraísos fiscais e de pelo menos seis dígitos. Sem preocupar-se com a qualidade de vida de ir e vir sem perigo.
Nossa elite financeira tranca-se em casas de muros altos, guarita com guardas super-armados, ou em condomínios que batiza de nomes estrangeiros achando que é chic e não entende que se condena a viver em um presídio.
Nossa elite financeira não entende que o mundo que cria para seus filhos e netos apoiando os (Fora!) Temer e (Cadeia!) Cunha é um mundo cada vez mais excludente e restrito para si mesmos.
Nossa elite financeira sofre de catarata social, além da carência crônica de cultura e de conhecimento.
Nossa elite financeira não entende que para deixar para os netos um mundo em que viverá bem e livre, tem de apoiar programas sociais que erradiquem paulatinamente a miséria, a pobreza, e melhore a condição de vida da sociedade inteira (em vez de puxar o tapete de governos que investem nestes).
Nossa elite financeira tem de entender que sem conhecimento, seus filhos e seus netos reproduzirão seus erros e acabarão vivendo em guetos ainda mais policiados e só poderão sair de casa em carros blindados, por ruas cercadas de muros, vigiadas por guardas munidos de armas tradicionais e químicas.
O Brasil inteiro tem de entender que o melhor para o país e para nossos filhos, netos, bisnetos, é Diretas Já! E votar em um/a candidato/a que construa um Brasil mais justo e mais instruído.
 
Entretanto, como disse acima, o Brasil é a ponta visível do iceberg do resultado catastrófico da manipulação da informação que priva o cidadão de conhecimento.
Na América do Norte e na Europa, a grande mídia age com mais nuância e sua manipulação é menos evidente. Embora esteja presente em igual proporção, com vestimenta diferente.
Jornalistas sofrem pressão diáriamente para tirar espaço de assuntos que seus editores pressionados pelos patrões de imprensa querem condenar ao esquecimento.
O Yêmen, é um dos assuntos. Ou melhor, o papel criminoso que a Arábia Saudita representa nessa parte do mundo. A grande mídia teima em querer convencer o leitor ou o espectador que os yemenitas que estão sendo massacrados são xiitas perigosos dos quais os sunitas da Arábia Saudita estão nos protegendo com armamento fornecido pelos Estados Unidos. Não. A população yemenita é a maior vítima desta campanha desenfreada da Arábia Saudita pela hegemonia regional a fim de estender seu arbítrio além de suas fronteiras. Como fez patrocinando o Daesh em cumplicidade com o Qatar.
Aliás, fala-se pouco que o tal Estado Islâmico é sunita. Por que será?

Outro escândalo abafado é a pressão que Barack Obama sofre há anos para afastar-se ao máximo de Vladimir Putin. É impressionante. O lobby das coorporations e de armamentos, apadrinhado por Hillary Clinton, são os maiores responsáveis pela demonização e a incitação a uma nova guerra fria. Uma das poucas coisas positivas do governo Obama é sua resistência a ceder às pressões em relação à Rússia e ao Irã.
É por isso que o medo de uma Terceira Guerra Mundial patrocinada por Hillary Clinton é o pesadelo de todo governante europeu que a conhece um pouquinho.

The Listening Post: Globo's power to influence (30/08/16)


O arbítrio no Oriente Médio é mais forte ainda.
Israel já deixou de ser uma democracia que respeita as liberdades individuais e coletivas há muitos anos. Sem contar a censura que pratica. A última jornalista a sofre os efeitos desta foi Abby Martin, que adquiriu merecida proeminência jornalística na RT no programa Breaking the Set.
Abby é mulher, inteligente, competente, independente e preocupada com a aquisição e transmissão de conhecimento - enfim é jornalista na íntegra. Por isso, apavora políticos e multinacionais que prejudicam o mundo.
Prova disso, Israel vedou-lhe entrada na Faixa de Gaza - embora seja território palestino, só entra em Gaza jornalista credenciado por Tel Aviv. Ou pelo Egito, que no final das contas é o mesmo, já que Cairo hoje recebe ordens de Washington. Controle pouco é bobagem.
Abby está na Palestina preparando um documentário para seu ótimo programa na Telesur, The Empire Files. Na Cisjordânia, foi vigiada por onde andava. Discreta ou acintosamente. Como todos os jornalistas hoje em dia na Palestina, foi vigiada diretamente por agentes israelenses. E também por nativos, sob as ordens de Mahmoud Abbas, que instalou progressivamente um estado de arbítrio em que reprime, prendre e interroga seus compatriotas que incomodam o ocupante, de quem recebe ordens.
Arrest Warrant Issued For Amy Goodman in North Dakota After Covering Pipeline Protest.
Outra jornalista de primeira qualidade que está sendo prejudicada pelo arbítrio é Amy Goodman, produtora executiva do órgão de imprensa independente Democracy Now!. Amy está sendo perseguida em pleno Estados Unidos, que se diz campeão das liberdades democráticas. O governo de North Dakota lançou um mandado de prisão contra ela no sábado por causa de sua cobertura dos últimos conflitos sociais no estado.
Toda a minha solidariedade e apoio às duas eminentes colegas!

Falando em arbítrio e espionagem, Israel está distribuindo panfletos na Cisjorânia, em árabe, incitando os palestinos a denunciarem quem exercer o direito de boicote. Pois, a perversidade da ocupação é tão grande, que os produtos que os palestinos encontram no supermercado vém de onde? De Israel e das invasões judias que lhes despojam de seu patrimônio!


E a hasbara continua a todo vapor. Em seu último oficial, o crápula que governa Israel, ousa dizer que quem condena as invasões ilegais na Cisjordânia são defensores da "limpeza étnica que os palestinos (!!) estão querendo fazer ao exigir um Estado" deles. Desta vez, a hasbara não funcionou. OS EUA não gostaram de ser acusados. Netanyahu has no shame and no boundary. Netanyahu’s ‘ethnic cleansing’ earns strong rebuke from State Department and sparing outrage all over the world . This time the hasbara didn't work.

Enquanto isso, mais de 60 cidades espanholas declararam apoio total e irrestrito ao movimento BDS de boicote a Israel. Inclusive Santiago de Compostela.
O papa Francisco já começou a fazer millagre.


Boa notícia: Embora o criminoso de guerra Binyamin Netanyahu tenha sido recebido na Holanda com honras, a lua de mel entre os políticos e Israel está acabando. Apesar do lobby sionista continuar firme e forte, como mostra o vídeo abaixo.
 

BRASIL
Real News: Did the US play a role in Dilma's ouster?
 Protestos Brasil

The Future of Palestine
 The new anti-semitism and the holocaust
 Abby Martin: Chevron vs the Amazon
 

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