domingo, 1 de maio de 2016

Muro&Apartheid vs Direito inalienável Brasil: Não ao golpe!


BRASIL
1° de maio contra o golpe


PRESSIONE: MAPA DA DEMOCRACIA


Na semana passada, em conversa com uma velha amiga - a favor dos golpistas por não querer ver o PT nem pintado de ouro, quem dirá no governo - tentei explicar-lhe o perigo do que estava aconcentendo no Brasil e confrontei-me a uma barreira de desinformação e preconceitos intransponível. 
Aí vi a história se repetindo em câmara lenta, inflexível. Imagino que tenha acontecido a mesma coisa em 1964, quando quem enxergava além da ponta do nariz, enxergava o precipício para onde o Brasil caminhava, por vontade dos EUA e por inconsequência da classe alta. Um Brasil então e agora, dividido entre o essencial e o secundário. Entre autocrático e democrático.
"A vulgaridade da mídia brasileira"
Quando tentei argumentar com informações, fatos, a meu ver, irrefutáveis no mesmo nível de debate (tais como remover, no tapetão enlameado do Congresso, um presidente eleito, sem justa causa, é abrir um precedente perigoso para a democracia porque tira a segurança da soberania do voto cidadão) ela apelou para a ignorância de clichês "globais" e de sua rede social.
Para completar, disse que não era só a burguesia, como eu dizia, que pensava como ela. As pessoas de classe social mais baixa também pensavam que o país estava sendo mal governado e queriam tirar a presidente eleita, segundo ela.
Aí eu pensei, e não disse para não perder a amiga por quem desde a juventude tenho grande estima: Bem, que a pessoa pouco instruída pense assim, dá para entender porque se desinforma na Globo. Mas que você, que faz parte de uma classe privilegiada em todos os sentidos, estudada, engula a propaganda golpista da Veja, aí a porca tem de torcer o rabo.
Eu achava e disse aqui mesmo anteriormente que o Brasil estava dividido em classes, mas não. Neste momento de crise, de definição ideológica, o país está dividido em seres pensantes e em seres bitolados, incapazes ou sem nenhuma vontade de ver o que quer que seja em macro.
Minha decepção foi com meu conterrâneo Henrique Meirelles, que entrou na quadrilha golpista. Dos males o menor, espero que não seja por ideologia e sim para garantir o governo do nosso estado de Goiás. Mas quaisquer que tenham sido as promessas a ele feitas, sua adesão é injustificável.

Jovens fazem escracho na frente do senador golpista Antonio Anastasia
No dia 21 de abril tinha sido na casa do vice-presidente golpista Michel Temer
 

O que me reconforta é saber que não estou sozinha no combate contra a quadrilha Cunha&Temer. Há dentro e fora do Brasil mais gente que enxerga e pensa do que estes que desceram às ruas pedindo o impeachment. Esta minoria é barulhenta, pois tem dinheiro e tempo de brincar de passeata de babá a tiracolo - além de controlar a grande-mídia e dar espaço para a manipulação nas redes sociais - porém, não consegue amordaçar os estrangeiros e nem obrigar os jornalistas a ignorarem a opinião de cidadãos famosos e conscientes. E estas cabeças pensantes são o que há de melhor na sociedade brasileira.   
Como por exemplo, Maurício Lima, talentoso fotógrafo tupiniquim que cobre temas graves pelo mundo afora. Fez questão de posicionar-se contra o golpe ao receber o prêmio Pulitzer por seu competente trabalho junto a refugiados em 2015.
Além do Maurício, quem diria? Paulo Coelho.
Intelectuais, advogados e ativistas na Argentina: Buenos Aires faz ato contra o golpe no Brasil.
O Nobel de Direitos Humanos Adolfo Pérez Esquivel.: Golpe é para recolonizar a América Latina
* O Movimento UnB contra o golpe emitiu nota com críticas acerbas ao ex-reitor Cristovam Buarque (PPS)  por ter virado golpista, portanto, a favor das universidades públicas, segundo o programa da dupla bandida Temer&Cunha: Movimento “UnB contra o golpe“ detona Cristovam 
Ciro Gomes analisa a situação do Brasil: em Harvard.

Na segunda parte desta postagem, vou apresentar uma jornalista mirim palestina, terna e guerreira, que é um exemplo para os adultos que esquecem as aulas de ética que tivemos na faculdade de jornalismo. Por isso, por ela, e porque quero deixar nos anais que assino embaixo, eis abaixo a íntegra do manifesto que jornalistas brasileiros  independentes e assessores de imprensa assinam contra o golpe - link para assinatura no fim do texto: 
Nós, jornalistas brasileiros abaixo-assinados, viemos nos manifestar à Nação em defesa da democracia e do Estado de Direito. Não é a primeira vez, na história republicana do Brasil, que os jornalistas são obrigados a se pronunciar pela salvaguarda das conquistas sociais, das políticas públicas e das garantias democráticas obtidas nas lutas travadas, desde os primórdios da nossa nacionalidade, pelos verdadeiros democratas e pela ampla maioria trabalhadora de nosso povo. 
Três décadas após o fim do regime militar, nos vemos novamente sob a ameaça do autoritarismo. A cada dia, crescem os sinais de que está em curso um golpe de Estado contra a presidente Dilma Rousseff, eleita de forma legítima e democrática, e que, a despeito de qualquer crítica que se faça a seu governo, não está ligada a nenhum fato que dê base legal a um pedido de impeachment. No entanto, parlamentares que acumulam denúncias de corrupção, como Eduardo Cunha, e alguns dos principais partidos políticos do país já contabilizam votos no Congresso Nacional com esse intuito e negociam abertamente um futuro governo, num clima de golpismo institucionalizado. Em nome do combate à corrupção, a Operação Lava Jato atropela garantias constitucionais duramente conquistadas, como a neutralidade do Judiciário, o direito ao devido processo legal e a presunção de inocência. 
A hostilidade crescente nas redes sociais extravasa para as ruas, e o convívio plural e civilizado no espaço público, que em tempos recentes havia avançado bastante, já se turva. Queremos romper esta teia de ódio! Lembramos que o combate à corrupção também apareceu como pretexto para o golpe de 1964. A memória nacional não pode ser tão curta. Repudiamos a corrupção e exigimos a punição de corruptos e corruptores, mas sempre com respeito às regras do Estado Democrático de Direito. Não aceitamos o retrocesso. Para nós, a democracia é um valor supremo, irmão da soberania popular. 
Defendemos os direitos sociais - o patrimônio público, as reservas de petróleo do pré-sal, as empresas estatais, os direitos trabalhistas, os avanços contra o racismo e o machismo, a redução da miséria e da desigualdade - ameaçados pelos adversários da democracia, muitos dos quais são notórios corruptos. Como jornalistas profissionais, denunciamos o papel nefasto que as grandes empresas de comunicação têm desempenhado na presente crise. Beneficiadas pela falta de regulamentação do artigo 220 da Constituição, que proíbe os monopólios no setor, utilizam sua posição no controle da mídia como ponta-de-lança na ofensiva política contra o governo federal, em defesa dos interesses econômicos das elites nacionais e estrangeiras e dos partidos políticos que as representam. 
Essas empresas transformam seus veículos noticiosos em alto-falantes para que fontes ocultas no aparelho de Estado alardeiem vazamentos seletivos de informação, visando a destruir reputações e a soterrar o direito de defesa. Quando criticadas, usam como escudo a liberdade de imprensa, mas negam a seus jornalistas - empregados assalariados - a cláusula de consciência, que permitiria a cada qual se recusar a agir contra a ética e em defesa da rigorosa apuração jornalística e da verdade dos fatos. Assim, multiplicam-se casos de profissionais assediados por determinações superiores e obrigados a se subordinar a orientações com as quais não concordam para manter seu sustento. 
Não podemos nos conformar com o clima de intimidação reinante em diversas redações. Trabalhamos pela pluralidade na mídia impressa, falada, televisada e na internet, por um jornalismo ético e de qualidade, pelo respeito ao direito social à informação e ao operário da notícia, o jornalista. Neste momento tormentoso, vamos nos manter a todo custo nas trincheiras da luta democrática e social. Queremos ao nosso lado todas e todos os que mantêm apreço pela democracia e pelos avanços que apontam para um Brasil mais justo, mais desenvolvido, mais independente e mais soberano. 
Vamos nos somar, nas ruas, aos que se opõem ao impeachment e a outros meios ilegítimos com os quais pretendem derrubar o governo que resultou de eleições legítimas. Não vamos deixar que nos calem. Não ao golpe! Viva a democracia! 
Assino embaixo.
Ciro Gomes desabafa: "Michel Temer é um conspirador filho da puta"

The Listening PostBrazil: Behind the Dilma Rousseff inpeachment story…

Is the US manipulating the Coup d'Etat in Brazil?
Os EUA estão manipulando o golpe 2016 no Brasil como em 1964?
Nossos promotores e juízes deixam Cunha livre, mas a Suiça está agindo: Suíça abre inquérito contra Cunha
RealNews sobre o Brasil
 

PALESTINA
AJ+:: Murder at checkpoint, 28/04/16
 
AJ+: Israel finally releases the 12 year-old Palestinian girl after 2 and a half months in prison

Resolvi fechar as postagens sobre a Israeli Apartheid Week com um novo alerta ao muro que é a prova concreta da política israelense de ocupação, usurpaçã e apartheid. Os dois vídeos que abrem este capítulo palestino são notícias frescas, desta semana. O terceiro, é atemporal, já que a extensão do muro da vergonha só aumenta.
Pertinho da gruta em que Jesus Cristo nasceu em Belém, na Cisjordânia, encontra-se uma das maiores monstruosidades das quais os homens são capazes.
Parafraseando o arcebispo de Canterbury, Inglaterra, "a symbol of everything wrong with the human heart". Esta frase define o muro de separação que Israel vem construindo nos últimos dez anos além da Linha Verde traçada pela ONU entre as duas nações.
Para quem chegou a conhecer o muro de Berlin, saiba que a "obra" israelense tem mais do dobro de altura. O de Stalin tinha 3m60cm. O de Sharon/Barak/Netanhyahu tem 8 metros de concreto armado do chão até o alto.
Este pedaço da barreira que choca os cristãos de verdade, sensíveis à iniquidade, separa Belém de Jerusalém e está à vista dos estrangeiros como se fosse uma obra arquitetônica legal e de qualidade.
Essa barreira física que facilita a expansão das invasões judias e separa os camponeses palestinos de suas lavouras, que ficaram do outro lado, é só um fragmento da monstruosidade que envergonha os estrangeiros que a veem e os israelenses dotados de humanidade.
A barreira de separação instalada pelos israelenses compreende 760 quilômetros de comprimento - cerca do dobro da Linha Verde.
A maior parte consiste de cerca elétrica (foto da direita - a da esquerda é de Aushwitz), mas em 30 quilômetros o concreto impera.
A construção das cercas de arame farpado e muros/barreiras de concreto têm sido para os palestinos mini-catástrofes individuais e comunitárias. Lavouras e residências foram desapropriadas e derrubadas, e mais pais de família brandem chaves de casas que lhes foram confiscadas para a construção desses indecentes baluartes, quando não de colônias para novos invasores estrangeiros se instalarem.
Em muitos lugares, quando conseguem, os camponeses acampam em suas lavouras cortadas de casa pelo muro. Se não conseguirem dormir no "local de trabalho", perdem o sustento porque atravessar para o outro lado para cuidar da plantação é um via crucis imprevisível, que depende da "boa vontade" de soldados sádicos.
Quando se vê a proliferação das cercas de arame farpado e dos mastondontes de concreto armado, é difícil imaginar que o apartheid material, explícito, só começou no início do milênio. 
Até o fim do segundo milênio, nenhum político israelense evocara a construção deste muro que separa Israel da Cisjordânia em um processo de ocupação sem pecedentes.
A primeira vez que o assunto veio à tona foi após o fiasco de Campo David no ano 2000. E por incrível que pareça, a ideia não saiu da cabeça de nenhum membro de partido de direita propriamente dita e sim do Meretz e do Trabalhista, tidos então como de esquerda, ou progressistas. 
O general Ehud Barak era então Primeiro Ministro e contava com a cumplicidade do casal Clinton.
Voltando de Campo David, onde acabara de propor a Yasser Arafat o "plano de paz" de um Estado Palestino repicado e monitorado por suas Forças Armadas, para defender-se das críticas internas pelo fracasso, com a maior cara de pau, Barak atacou com uma frase surreal que ficaria nos anais - "Nós lhes oferecemos tudo, mas eles escolheram a violência".
Aplicou a hasbara aprendida com o ministro da propaganda nazista, Joseph Goebbels, e convenceu a grande mídia internacional e os políticos israelenses "liberais progressistas" a virarem a casaca e apoiarem o projeto que lhes foi apresentado. Ou seja, o da construção de um muro de separação na Linha Verde.
Enfim, não exatamente na Linha Verde.
Enfim, onde os generais Ariel Sharon e Ehud Barak achassem adequado a seus projetos de ocupação completa da Palestina.
O importante era que enclausurasse os palestinos, protegesse os cidadãos israelenses dos "terroristas" e que na "pior das hipóteses", os nativos acabassem pedindo arrego e corressem de medo dos abusos físicos e verbais, além da desapropriação de suas propriedades ancestrais.
O interessante é que muitos destes políticos que aprovaram o Muro, achavam que só "precisavam de um pedaço suficiente que os protegesse dos ataques" e que permitisse diminuir o número de soldados que policiam e subjugam a população ocupada.
Outros mais ingênuos, ou que teimavam em acreditar que seus compatriotas israelenses não pudessem repetir a História de guetos, genocídios, no século seguinte, diziam que a barreira evitaria as incursões das forças de ocupação contra os civis palestinos nas cidades e nas casas de família. Ou seja, que "melhoraria as condições de vida" da população ocupada. Era surreal. 
Nessa época já não era segredo que os soldados da IDF invadiam vilarejos, centros de cidades e campos de refugiados atirando aleatoriamente e que a busca de "terroristas" acabava quase sempre em assassinato de mulheres e crianças que se encontravam por acaso na linha de tiro de um soldado. Sem contar as notórias operações de intimidação e de punição coletiva, que picavam as consciências dos liberais como o ataque esporádico de um picapau.
camponês palestino em sua lavoura cortada
Outra coisa incrível no projeto original dos Trabalhistas é que os colonos judeus, no início, discordaram do muro e foram eles que atrasaram as obras que hoje incentivam e exigem inclusive através de representantes parlamentares.
Os invasores civis não eram refratários ao muro, no início, por causa da irregularidade legal, é claro. Nem por questões humanitárias. E sim por temerem que as barreiras os separarassem de Israel e ficassem ilhados em território alheio.
Até esses israelenses, infratores das leis internacionais, descobrirem o projeto sofisticado que Ariel Sharon poria em prática - os arames farpados e muros de concreto armado concentrariam os palestinos em espaços reduzidos, delimitados, e deixaria a Cisjordânia para que os judeus importados desfrutassem do território à vontade - com os soldados da IDF garantindo sua impunidade e com estradas exclusivas, nas quais podiam atropelar, despreocupados, adultos e crianças palestinas que as atravessavam, já que para eles, e sua própria justiça, um palestino equivale a um animal, quando não de um objeto banal.  
Separation Wall Cuts off Children from School 
Em 2002, já existia a cerca de arame farpado que concentrava os palestinos da Faixa, inspirada no modelo nazista dos campos de exterminação, mas na Cisjordânia, ainda não.
Do arame farpado passou ao cimento armado. A teconlogia nazista foi bastante aprimorada.
Enquanto isto, Ariel Sharon começou a levantar cercas eletrificadas semelhantes em várias regiões da Cisjordânia, enquanto o muro era paulatinamente concretizado além da área anunciada.
A Linha Verde foi desconsiderada e as barreiras fizeram um circuito estranho que retalhava a Cisjordânia abocanhando território, sem vergonha, com o cuidado de deixar o máximo de palestinos enclausurados.
Nos dois primeiros anos as barreiras já haviam propiciado a Israel a subtração de mais dez por cento da Cisjordânia.

Foi então que as Nações Unidas despertaram para a repetição da História - guetos, campos de concentração, etcétera e tal. Então a Corte Internacional de Justiça da Háguia declarou a ilegalidade do projeto macabro e ordenou a interrupção do projeto, desmantelamento do circuito concretizado, devolução imediata das terras palestinas confiscadas e compensação financeira aos danos causados.
A Corte Internacional de Justiça concluiu seu parecer ordenando que os países membros das Nações Unidas não reconhecessem a situação ilegal resultante da constução do muro e proibindo que prestassem qualquer assistência, financeira e empresarial, na amplificação e manutenção desse status quo ilegal.
Mas como sempre acontece quando Israel está em causa, Tel Aviv fez pouco caso da injunção do Supremo Tribunal Internacional como se este fosse composto de impotentes imbecis sem nenhuma autoridades. Prosseguiu seu esquema de furto e separatismo, e nenhuma tropa da ONU nem da OTAN interveio para impor o respeito devido à Corte que rege a Justiça no planeta Terra.
(O casal Clinton, auxiliares das grandes corporações, estava saindo da Casa Branca, mas deixou o circo armado para os sionistas, que ficaram bem protegidos. Depois foi George W. Bush, depois Barack Obama,e se a Clinton for eleita, Deus proteja os palestinos!)

B'TselemWest Bank road for Israelis only2008.

Físicamente, as barreiras variam entre muros imensos de concreto, arames farpados elétricos e arame laminado. Os israelenses usam também cães adestrados para o ataque nas patrulhas - as centenas de crianças e adultos machucados e deformados por mordidas não são computados no número de feridos no conflito.


As barreiras são pontuadas por guaritas e atalaias ocupadas por soldados armados de fusis e câmeras.
Guaritas que viram postos de checkpoints ocasionais de obstrução de trânsito dos palestinos para a escola e o trabalho.

PressTV video: 'Israeli wall killing hope for Palestine state'


As barreiras mais estradas mais terras limítrofes bloqueadas pelas Forças de ocupação têm entre 60 a 100 metros de largura. Portanto, são cem metros a mais que tomam de terra palestina.
O caminho do muro foi feito com o propósito de dividir a Cisjordânia em guetos. Seis guetos nos total. Estes contêm 98 enclaves com mais de 315 mil palestinos cercados de arame farpado, muros e atalaias.
Mais de quinze mil pessoas foram deslocadas em 145 localidades que o muro atravessa e mais 90 mil são diretamente ameaçadas pela ampliação da empreitada.
Jerusalém foi ilhada dos municípios que a compõem, separando famílias, trabalhadores do local de trabalho, estudantes de suas escolas e universidades, camponeses de suas terras lavráveis.

Palestinian remix: Drone footage of the apartheid wall (2014)

Em Israel, chamam o muro de "hafrada", separação, em hebraico.
Fora de lá, ela é chamada de "apartheid", to set apart, dividir. Termo criado na África do Sul em que a população nativa era considerada cidadã de terceira classe pelos afrikaaners, os brancos que a colonizaram.
Os governos israelenses sucessivos justificam a barbaridade com seu "direito sagrado"(!) de defender-se custe o que custar. A desculpa foi a Segunda Intifada, embora a Primeira tenha vindo e ido sem que nenhum muro determinasse que parasse e que a Terceira, apesar do muro, está aí para provar que não há como conter a determinação de um povo em reconquistar sua terra, sua liberdade, sua cidadania usurpadas.
O argumento defensivo é conversa fiada.
O muro existe para facilitar a limpeza étnica da Palestina.
A resistência armada parou em 2005 porque os palestinos decidiram pará-la criando o movimento de boicote, BDS, que vem sendo reprimido em vários países ocidentais, sob pressão de Israel.
Se os palestinos quisessem retomá-la com argumentos mais contundentes do que uns golpes com facas de cozinha, nenhum muro conseguiria impedi-los de pôr sua rebelião em prática.
Determinação e perseverança é o que não falta nesse povo pisoteado desde 1948 e que sobrevive em um regime de apartheid desde 1967.

A barreira de separação não passa de um meio a mais para encurralar os palestinos, surrupiar-lhes o máximo de território e deixar os colonos à vontade para expandir-se à vontade.
Algumas cidades palestinas, como Ni'lin, estão quase inteiramente muradas e sua economia e a vida social asfixiadas. Sem contar os efeitos psicológicos de viver e em guetos, monitorado e aterrorizado.
Ni'lin resiste com protestos pacíficos toda sexta-feira, combatidos com bombas de gás lacrimogêneo que os soldados da IDF atiram, bem protegidos, do outro lado do muro. 
Além das estradas separadas, os israelenses tiveram  uma "brilhante idéia" para resolver o problema do trânsito palestino sem passar em terra confiscada e sem perturbar os colonos - construir passagens subterrâneas entre as cidades para que adultos acedam ao trabalho, os jovens às escolas e universidades, e os doentes a hospitais. Todos em fila indiana nos túneis apertados e abertos poucas horas ao dia e alguns apenas 15 minutos. O objetivo da restrição também foi "bem" pensado. O maquiavelismo visa semear zizania e atritos entre familiares e amigos devido à janela reduzida de passagem e a necessidade de atravessar para o outro lado. Isto leva a disputas por lugar, desentendimento entre amigos e até familiares, e no fim, os "túneis humanitários" visam mesmo é piorar as condições de vida comunitária.
Enquanto as disputas intestinas aumentarem entre os palestinos para transitar debaixo da terra - como ladrões e não como proprietários desta - os invasores estrangeiros podem circular ainda mais à vontade na superfície, e acaparar-se de cada vez mais território em volta desta versão aprimorada de campos de concentração urbanos.
É incrível do que a mente des/humanda é capaz.

Israel's Apartheid Wall - O muro israelense do apartheid

O fato é que a barrreira do apartheid passa além da Linha Verde violando ostensivamente os direitos humanos e direitos mínimos dos palestinos que vivem nas imediações da área construída.
Tirando o Vale do Jordão*, essas áreas ocidentais são as mais férteis da Cisjordânia. É por isto que Israel vedou aos palestinos o acesso a suas lavouras e que os "colonos" judeus as vêm ocupando para cultivo próprio.
Ora, a agricultura é a maior fonte de renda da Palestina.
Ou era.
A restrição de movimento prejudica não apenas a economia, mas a vida intrínseca. Os hospitais ficam inacessíveis e o sistema educativo periclita, já que alunos e professores ficam à mercê da vontade do ocupante de deixá-lo passar ou não e com que assiduidade.
Alguns moradores obtêm autorizações especiais para transitar em determinadas áreas, mas estas também não representam garantia imutável. Além de também terem de ser apresentadas nos checkpoints de filas intermináveis.
A situação do Vale do Jordão é a mais perigosa.
Acontece muito das Forças israelenses de ocupação forçarem os próprios moradores a demolirem suas residências - a fim de economizarem energia. Só que nem quando aplicam essa regra e deixam à família 48 horas para cumprirem a ordem, chegam antes com seus caterpillars, de surpresa e a família mal tem tempo de recolher o mínimo antes das paredes de sua casa vir abaixo e soterrar todos os seus pertences e, na maioria das vezes, gerações e gerações de história.
Trocando em miúdos, o muro se insinua em território palestino como uma cobra com um princípio simples: a maioria das invasões civis israelenses têm de ficar no lado ocidental da barreira em um território a ser absorvido por Israel.
The wall twists like a snake according to a simple principle: most of the settlements must remain on the western side of the wall, i.e. eventually to be absorbed into Israel.

Alternate Focus: Wall of Shame (2013-28')

'After the failed 2000 Camp David meeting, Ehud Barak, then Prime Minister, famously declared that “we have no partner for peace”. Since Barak was the main cause for the meeting’s failure, I dubbed him “peace criminal”.
Netanyahu gratefully picked up Barak's cry, and now the great majority in Israel believes this message implicitly.
(Recently I was interviewed by a Danish journalist. I told her: When we finish, stop the first taxi. Ask the driver about peace. He will tell you “Peace would be wonderful. I am ready to give back all the territories for peace. But unfortunately the Arabs will never make peace with us,”
An hour later the journalist excitedly called me: “I did as you told me, and the driver repeated your words one by one.”)
Uri Avnery, cronista do jornal israelense Haaretz

A maior exposição de grafite do mundo, no muro da vergonha que enforca Belém 
Banksy com a mão na massa nos territórios palestinos ocupados
Banksy at work on the Apartheid Wall 
* Jordan Valley Displacements and Demolitions continue.
On June 6th 2012, Israeli troops forced homeowners in the Jordan Valley to demolish their homes, having issued 24 demolition notices to four families. The forces did not wait the 24 hours, but evicted the families, who live in the north of the Valley. The head of the local council in Wadi Al Maleh Aref Daraghmeh, a Bedouin, said that the four families lived in the Al Mayte area of the Al Maleh valley were added to a long list of families who have been displace or are under threat of displacement in the region.
The occupation forces have recently demolished a large number of houses and have prevented residents from entering their lands and from working in the Jordan Valley. In another related development, a large number of families were displaced under the pretext of the Occupation Forces beginning training maneuvers.
The situation in the Jordan Valley is critical as it is part of Area C, under full Israeli control, but it is seen as essential for the Palestinians. In addition to it constituting a third of the West Bank and it being the only point at which Palestinians can access the outside world, also contains around 47% of the ground water resources of Palestine, as well as housing some of the most fertile agricultural land in Palestine. Since agriculture is the backbone of Palestine’s economy and will continue to be in the future, access to this land is essential for continued Palestinian existence.
Displacements and demolitions are a daily occurrence in Area C. The forced displacements in the Jordan Valley reflect the overall policy of Israel towards Area C, which amounts to ethnic cleansing, such that Palestinians become dependent on Israel for water and other necessities, as well as meaning the strangulation of the Palestinian agricultural sector.

Inside Story (2012): Israel and the Walls that surround it
 

Tenho o prazer de apresentar Janna Jihad palestina de 10 anos, a jornalistinha mais corajosa que conheço. Janna Jihad, Palestine's 10-year-old journalist, believes it is her duty to record Israeli injustices throughout the occupied West Bank and beyond.
* Al Jazeera videoIsraeli forces kill Palestinian siblings in cold blood, in alleged attack at the Qalandia checkpoint.

* Ben White's latest article: 

* Partidos políticos holandeses demandam sançõe contra Israel: 

Enquanto isso, na Inglaterra, está havendo uma campanha de difamação de deputados do Labour Party. Uma prova a mais da malícia e do poder do lobby sionista.
UK witch-hunt for anti-Semites exposes Zionist influence: Analyst

Israel city bans ad calling to end racial segregation in its maternity wards.  . Prefeito israelense do partido trabalhista censurou o anúncio abaixo, contra o apartheid nas maternidades. Nos hospitais israelenses, as parturientes israelenses judias e as palestino-israelenses cristãs e muçulmanas não são atendidas no mesmo lugar, nem do mesmo jeito. Asegregação racial e religiosa está aumentando em Israel inteiro.
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Apartheid Adventures
The Great Wall of Israel

Soldado das IDF, Forças israelenses de ocupação,
Shovrim Shtika - Breaking the Silence - 3
 

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