BRASIL
Mais um golpe patrocinado pelos EUA?!
É a Operação Condor com juízes e parlamentares salafrários em lugar de generais
Jornalistas Livres: 12 Maio, 2016
Jornalistas Livres: 12 Maio, 2016
Dilma peitou o golpe
Glenn Greenwald: A Democracia Brasileira Sofrerá um Duro Revés com a Posse de um Inelegível e Corrupto Neoliberal
Temer no comando: "Loteamento dos bens brasileiros, o distanciamento dos BRICS, Alca em lugar de Mercosul".
Conversa Afiada
Cunha fora da Câmara; e a cadeia, é para quando?João Pedro Stédile diz o que se pensa dos dois pesos e duas medidas
Wanderley: O STF estuprou a Constituição. pegou CUNHA DEPOIS DE PERDER A SERVENTIA
João Capiberibe: o voto é a única saída
COM ESTE MANIFESTO ESTAMOS CONVOCANDO A TODOS PARA UM ATO UNITÁRIO EM DEFESA DA DEMOCRACIA. SERÁ NA PRÓXIMA SEGUNDA-FEIRA, DIA 11 DE ABRIL, ÀS CINCO DA TARDE, NA FUNDIÇÃO PROGRESSO, NA LAPA, RIO DE JANEIRO.
O que vivemos hoje no Brasil é uma clara ameaça ao que foi conquistado a duras penas: a democracia. Uma democracia ainda incompleta, é verdade, mas que soube, nos últimos anos, avançar de maneira decidida na luta contra as desigualdades e injustiças, na conquista de mais espaço de liberdade, na eterna tentativa de transformar este nosso país na casa de todos e não na dos poucos privilegiados de sempre.
Nós, trabalhadores das artes e da cultura em seus mais diversos segmentos de expressão, estamos unidos na defesa dessa democracia.
Da mesma forma que as artes e a cultura do nosso país se expressam em sua plena – e rica, e enriquecedora – diversidade, nós também integramos as mais diversas opções ideológicas, políticas, eleitorais.
Mas nos une, acima de tudo, a defesa do bem maior: a democracia. O respeito à vontade da maioria. O respeito à diversidade de opiniões.
Entendemos claramente que o recurso que permite a instauração do impedimento presidencial – isso que em português castiço é chamado de ‘impeachment’ – integra a Constituição Cidadã de 1988.
E é precisamente por isso, pelo respeito à Constituição, escudo maior da democracia, que seu uso indevido e irresponsável se constitui em um golpe branco, um golpe institucional, mas sempre um golpe. Quando não há base alguma para a sua aplicação, o que existe é um golpe de Estado.
Muitos de nós vivemos, aqui e em outros países, o fim da democracia.
Todos nós, de todas as gerações, vivemos a reconquista dessa democracia.
Defendemos e defenderemos, sempre, o direito à crítica, por mais contundente que seja, ao governo – a este e a qualquer outro.
Mas, acima de tudo, defendemos e defenderemos a democracia reconquistada. Uma democracia, vale reiterar, que precisa avançar, e muito. Que não seja apenas o direito de votar, mas de participar, abranger, enfim, uma democracia completa, sem fim. Em que cada um possa reivindicar o direito à terra, ao meio-ambiente, à vida. À dignidade.
Ela custou muita luta, sacrifício e vidas. Custou esperanças e desesperanças.
Que isso que tentam agora os ressentidos da derrota e os aventureiros do desastre não custe o futuro dos nossos filhos e netos.
Estamos reunidos para defender o presente. Para espantar o passado. Para merecer o futuro. Para construir esse futuro. Para merecer o tempo que nos foi dado para viver.
Leonardo Boff
Chico Buarque de Hollanda
Wagner Moura
Fernando Morais
Eric Nepomuceno
Father Daniel Berrigan in his own words
E a lista da Odebrecht?
João Capiberibe: o voto é a única saída
"Elite" brasileira, inconsciente e egoísta?
O que vivemos hoje no Brasil é uma clara ameaça ao que foi conquistado a duras penas: a democracia. Uma democracia ainda incompleta, é verdade, mas que soube, nos últimos anos, avançar de maneira decidida na luta contra as desigualdades e injustiças, na conquista de mais espaço de liberdade, na eterna tentativa de transformar este nosso país na casa de todos e não na dos poucos privilegiados de sempre.
Nós, trabalhadores das artes e da cultura em seus mais diversos segmentos de expressão, estamos unidos na defesa dessa democracia.
Da mesma forma que as artes e a cultura do nosso país se expressam em sua plena – e rica, e enriquecedora – diversidade, nós também integramos as mais diversas opções ideológicas, políticas, eleitorais.
Mas nos une, acima de tudo, a defesa do bem maior: a democracia. O respeito à vontade da maioria. O respeito à diversidade de opiniões.
Entendemos claramente que o recurso que permite a instauração do impedimento presidencial – isso que em português castiço é chamado de ‘impeachment’ – integra a Constituição Cidadã de 1988.
E é precisamente por isso, pelo respeito à Constituição, escudo maior da democracia, que seu uso indevido e irresponsável se constitui em um golpe branco, um golpe institucional, mas sempre um golpe. Quando não há base alguma para a sua aplicação, o que existe é um golpe de Estado.
Muitos de nós vivemos, aqui e em outros países, o fim da democracia.
Todos nós, de todas as gerações, vivemos a reconquista dessa democracia.
Defendemos e defenderemos, sempre, o direito à crítica, por mais contundente que seja, ao governo – a este e a qualquer outro.
Mas, acima de tudo, defendemos e defenderemos a democracia reconquistada. Uma democracia, vale reiterar, que precisa avançar, e muito. Que não seja apenas o direito de votar, mas de participar, abranger, enfim, uma democracia completa, sem fim. Em que cada um possa reivindicar o direito à terra, ao meio-ambiente, à vida. À dignidade.
Ela custou muita luta, sacrifício e vidas. Custou esperanças e desesperanças.
Que isso que tentam agora os ressentidos da derrota e os aventureiros do desastre não custe o futuro dos nossos filhos e netos.
Estamos reunidos para defender o presente. Para espantar o passado. Para merecer o futuro. Para construir esse futuro. Para merecer o tempo que nos foi dado para viver.
Leonardo Boff
Chico Buarque de Hollanda
Wagner Moura
Fernando Morais
Eric Nepomuceno
Apesar desses brasileiros golpistas de classe alta mas pobres de espírito e de todos os males e horrores que atingem e avassalam os seres vivos, há pessoas que vêm ao mundo para ajudar em sua evolução e provar que a ética, a moral, o combate pela paz e pela solidariedade continuam vivos e são possíveis da juventude ao último suspiro.
Um caro amigo um dia me perguntou o que eu achava de pessoas que "foram de esquerda na juventude e que com a idade viraram reacionárias". Como não acredito que ninguém "vira" nada, respondi que a meu ver, tais pessoas nunca têm postura ideológica definida, portanto, na juventude seguem a onda própria à idade e ao entrarem no mundo profissional não viram a casaca e sim trocam a camiseta do Che pela que estiver na moda em seu meio e/ou que mais adequar às suas ambições pessoais. As posições dessas pessoas não são pensadas, integradas em sua personalidade, e sim acidentais.
Gente desse tipo constitue a maioria absoluta da população mundial, simplesmente porque ativismo, dedicação a causas humanitárias, compromisso com o próximo, exigem esforço, dedicação, coerência, exigem que se olhe menos para si e mais para a frente, para trás, para o lado, para baixo em vez de grudar o olhar no alto da escada do capital. Sobretudo, significa ter de ambicionar o bem geral como um bem próprio em vez de focar em sucesso pessoal. Enfim, ser cristão legítimo e não apenas no rótulo religioso-social.
Eu tive o desprazer de encontrar pessoas horrendas no exercício da minha profissão. Mas como Deus é grande, como dizem os muçulmanos, em compensação, de vez em quando, Ele põe em uma esquina do caminho tortuoso pessoas extraordinárias, exemplos do bem encarnado, provas de que o cristianismo pode e deve sim, ser praticado de verdade, com gestos concretos que melhorem as condições de vida de todos e que inspirem um, dez, cem, mil, quem sabe um dia, milhões, quando não os dois bilhões que somos, a representarem um papel útil à sociedade como um todo que integramos e não como partículas egoístas, desagregadas.
Anteontem, sexta-feira, dia 06 de maio, um desses seres fora de série no sentido intrínseco de originalidade admirada e admirável, foi enterrado em Nova York.
O padre jesuíta Daniel Berrigan morreu no dia 30. Calei-me sobre o assunto no domingo passado porque estava processando a notícia previsível, devido às suas condições de saúde e idade avançada, quasinho 95 anos (nasceu no dia 9 de maio), porém, de digestão difícil.
Como diz Millôr Fernandes em uma de suas fábulas fabulosas, o importante não é a morte e sim o que ela nos tira. Pois é. Não sofro por ele, que com a vida que teve foi certamente recebido no céu pelo Filho e pelo Pai pessoalmente, com um abraço de agradecimento. Sofro pela perda, dos próximos e da humanidade inteira.
Dan era um padre ativista. Do tipo dos nossos da teologia da libertação - Dom Hélder, Dom Pedro, Dom Thomas e quantos sacerdotes católicos menos graduados - mas mais ainda, porque discursava, escrevia, manifestava, a tal ponto que durante a guerra do Vietnã, ele e o irmão Philip, também padre, durante tempos, fizeram parte da lista de "most wanted" do FBI porque incomodavam, muito, os lobbies da indústria de armamentos e as autoridades belicistas da Casa Branca e do Pentágono.
Phil, o mais novo da dupla ativista, morreu há pouco mais de 10 anos. Durante a vida, os dois irmãos influenciaram muita gente que abraçou suas causas político-humanistas por causa deles. Junto com eles. Os vídeos no fim do blog, da Democracy Now, mostram uma parte ínfima, mas significativa.
Todos os jornais dos Estados Unidos fizeram obtuários mais ou menos elogiosos primeiro de um, agora do outro, conforme a tendência ideológica, e o New York times teve a oportunidade de comprovar, uma vez mais, sua memória seletiva quando se trata da ocupação da Palestina e outros assuntos.
Na página que dedicou ao padre guerreiro do pacifismo, ao abordar o discurso que Dan fez em 1973 criticando Israel como uma potência militarista e agressiva, o jornal deu mais espaço aos detratores do padre, que, como de praxe, o trataram então de anti-semita por causa de suas palavras premonitórias, então citadas em um artigo do NYT.
A crítica que valeu ao padre ativista a fúria da comunidade sionista há 43 anos foi parte de em uma palestra aos doutorandos da Association of Arab University em Washington, que tinha passado batido até a comunidade judia cega aos crimes israelenses reclamarem e o NYT publicar uma crítica dois meses depois do evento.
Na verdade, a palestra de Daniel Berrigan foi anti-guerra em geral e nela, comparou Israel ao regime de apartheid então vigente na África do Sul e à autocracia militar dos Estados Unidos - em plena guerra, perdida, de subjugação do Vietnã : "Israel is a military settler state in the same moral basket as the United States, seeking a biblical justification ofr crimes against humanity", disse Dan, e não parou aí: "The world had known criminal Christian communities, but we had never known a criminal Jewish community. In the wake of the Holocaust, the Jews arose like warriors, armed to the teeth… Israel entered the imperial adventure.” Para completar, o padre politizado e bem informado revelou em palavras a violência que Israel cometia: "A similar racist ideology to Nazism is creating the myth of the barbarian Arab [in Palestine].”
Dan Berrigan não mediu palavras também em sua descrição do novo genocídio pós-guerra: "It is a tragedy that in place of Jewish prophetic vision, Israel should launch an Orwellian nightmare of double talk, racism, fifth-rate sociological jargon, aimed at proving its racial superiority to the people it has crushed. …Israel has not abolished poverty and misery; rather she manufactures human waste, the byproducts of her entrepreneurs. the military-industrial complex. Israel has not freed the captives, she has expanded the prison system, perfected her espionage, exported on the world market that expensive blood-ridden commodity, the savage triumph of the technologized West, violence and the tools of violence. Her absurd generals, her military junk are paraded on national holidays before the narcotized public. The model is not the kingdom of peace, it is an Orwellian transplant, taken bodily from Big Brother’s bloody heart." E concluiu com uma estocada nos judeus que se diziam humanos e liberais: "Were I a Jew in Israel, I would be living as I do in the U.S., in resistance to the state and being hunted by the police or in prison."
Dan Berrigan foi a primeira pessoa a denunciar a corrupção (que persiste) do Israeli establishment e cumplicidade entre seu país e a nova potência bélica na "era Vietnã" : “major American Jewish leaders were capable of ignoring Asia’s holocaust in favor of economic and military aid to Israel.”
Apesar das pressões, agressivas e assíduas, de todos os lados, Dan Berrigan nunca se deixou intimidar. Que o crucificassem! Reiterou o que disse em uma entrevista no ano seguinte: "One reason that speech, famous or infamous as it may be, aroused so much controversy and so much really deep opposition, was that I was trying to raise some questions that are forbidden in the American community. Among those questions I would put first the uses and misuses of violence by any state Then I had to be willing to swallow hard and take on some of the tremendous difficulties of talking about Israel, knowing as I did the bloody history of the Jewish people and the bloody history of the state of Israel itself, and knowing the profound feeling of the American Jewish community with regard to Israel."
Apesar das campanhas de difamações que duraram meses e anos, dependendo do grau de envolvimento do difamante na hasbara israelense, uma voz judia saiu em sua defesa. Uma voz importante. O professor do M.I.T. Noam Chomsky, que em seu livro Middle East Illusions destrói as mentiras tecidas contra o jesuíta desviando os holofotes para seu detrator, Hertzberg que propagava a hasbara que "Israel’s acceptance of Jewish refugees from the Soviet Union and Arab countries is an example of the Jewish passion for the poor and forgotten.” "Não", negou então Noam, na verdade, a incitação à imigração dessa população estrangeira "was evidence of the Zionists’ need to build a Jewish state on an ethnocentric basis." De humanitária, a medida não tinha nada.
Esta é o quarto obituário que publico neste blog. Para pessoas que considero insubstituíveis por terem sido impecáveis e/ou exemplo de lucidez, determinação inspiração e coragem para denunciar - dando de si com altruísmo ímpar - os crimes dos poderosos e corrigir o máximo de danos que os seres desumanos causam em seu processo de 'ascensão' social, política, econômica, indiscrimada.
O primeiro foi um jornalista-ativista, o Vittorio, que a Palestina, a família, os amigos e quantos mais, perderam em 2011, e cuja vida, breve demais, registrei à minha maneira em 17/04/11.
A segunda foi a Danielle, humanista 'incorrigível', com cuja entrevista inaugurei este blog em 2010 e a quem disse adeus aqui no dia 27/11/11.
Depois foi a vez de um arquiteto, o nosso Oscar, que homenageei publicando nosso bate-papo em 09/12/12.
Hoje foi a vez de um padre, o Dan, Daniel Berrigan, uma das razões de eu ser tão orgulhosa da minha religião, além da das centenas de padres, freiras e "civis" célebres ou anônimos como estes acima que militam com generosidade cristã pelo mundo afora, sem falsa profecia e dirigindo os holofotes da mídia não para si e sim para o quê/quem precisa.
Dan, obrigada.
Deus o guarde.
"Victory is relative when you listen to the powerful. But we have a victory in our midst, because the entire world is on our side. So I say that we call for an end to the death penalty in this country, and we call for an end to the collective death penalty being meted out on the rest of the world by this criminal government." Daniel Berrigan, contra a pena de morte nos EUA.
"She lived as though the truth were true". DB, sobre Dorothy Day, fundadora do Catholic Worker Movement nos EUA.
“We are Catholic Christians who take our faith seriously. We use napalm because it has burned people to death in Vietnam, Guatemala and Peru and because it may be used in American ghettoes. We destroyed these draft records not only because they exploit our young men but also because they represent misplaced power concentrated in the ruling class of America. We believe some property has no right to exist. We confront the Catholic Church, other Christian bodies, and the synagogues of America with their silence and cowardice in the face of our country's crimes.” DB em 1968, após queimar, com napalm artesanal, centenas de convocações de recrutas para a guerra do Vietnã. Ato de protesto que lhe valeu prisão e ordem que se desculpasse, à qual respondeu: “Our apologies, good friends, for the fracture of good order, the burning of paper instead of children. How many must die before our voices are heard, how many must be tortured, dislocated, starved, maddened? When, at what point, will you say no to this war?”
“The ruin we have wantonly sown abroad has turned about and struck home. Thus: sin, our sin, has shaken the pillars of empire. What has befallen, we have brought upon ourselves. The moral universe stands vindicated.” By contrast, Berrigan was loath to label the actions of the terrorists as evil. “Biblically speaking, that sort of language is blasphemous.” DB após o ataque às torres gêmeas de NY em 2001.
"This is money being pushed down a rat hole, and it's bottomless... It will continue, as far as I can see, for the foreseeable future simply to lay waste to the land and the people, here and elsewhere, in the service of more kind[s] of indiscriminate killing.”DB, em 2002, a propósito da "guerra ao terrorismo".
"The evils of capitalism are as real as the evils of militarism and the evils of racism.” DB, quando apoiou o movimento Occupy Wall Street.
Apesar da idade avançada, Dan foi assíduo no movimento por um “overriding sense of responsibility for the universe and for helping to bring faith to the public and the public to the faith.”
Conseguiu. Com uma alegria incrível.
Daniel Berrigan recistes his poem "Some"
Para quem não se lembra da guerra do Vietnã, eis um ótimo documentário
Grace
Para quem não se lembra da guerra do Vietnã, eis um ótimo documentário
Documentary about the Vietnam War by Emilie de Antonio
In the Year of the Pig (1968)
For the record: Congratulations Sadiq! Congratulations Jeremy! Congratulations londoners!
PALESTINA
Na semana passada, um deputado do Knesset, ousou dizer ao Haaretz o que seus compatriotas pensam e já comentam sem vergonha: "São os soldados israelenses que deveriam estar calcinando as crianças palestinas e não os civis... O exército israelense não poder matar as crianças palestinas queimadas não passa de uma destorcida moral cristã".
* Don’t compare!
* Alternet, Max Blumental: Will Democratic Establishment Continue to Dedy its Base's growing support for Palestinian Human rights?
* Finkelstein Breaks His Silence. Tells Holocaust-Mongers, “It is time to crawl back into your sewer!”
The American Jewish scholar behind Labour’s ‘antisemitism’ scandal breaks his silence. Norman G. Finkelstein talks to Jamie Stern-Weiner about Naz Shah MP, Ken Livingstone, and the Labour ‘antisemitism’ controversy.
* Ben White's latest articles: tp://Calling time on Israel's rejection of Palestinian statehood.
/www.Is Israel a Democracy or an Ethnocracy?
* Nakba Week of Action - Palestine Solidarity Campaign;
The loss, known by Palestinians as the Nakba or 'catastrophe', was a violent dispossession and removal of the native Palestinian ... The actress Maxine Peak will be joined by a few literary names at the event in London.
AJ+: MP suspended for post anti-Israeli. Cumplicidade da Inglaterra.
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