domingo, 29 de maio de 2016

Israel vs Palestina : Operações Militares XI (2000-5)


No dia 28 de setembro de 2000, o general "Bulldozer" Ariel Sharon, candidato a primeiro ministro de Israel nas próximas eleições, força passagem, escoltado por cerca de 100 soldados das forças israelenses de ocupação, no pátio da mesquita al-Aqsa, em Jerusalém, provocando uma reação imediata dos palestinos e uma repressão violenta da IDF.
No dia 29, os soldados israelenses, despreparados, atiram nas passeatas na Cisjordânia, ferindo e matando universitários desarmados.
No dia 30, o escândalo mediático vem de Gaza, onde um sniper da IDF mata Muhammad Durrah, menino de 12 anos que o pai tentava desesperadamente esconder atrás de si para salvar o filho das balas. A imagem capturada pelas câmeras da France 2 correm o mundo e deixam os seres humanos chocados com a execução sumária.
Assim começou a Segunda Intifada, que, oficialmente, duraria até Mahmoud Abbas, novo presidente da Autoridade Palestina, assinar os Acordos de Sharm el-Sheik com o próprio general Ariel Sharon (que nesse ínterim virara primeiro ministro de Israel), no Egito. A ONG israelense  BT'selem  registraria a morte de 3.315 palestinos e de 972 israelenses, até setembro de 2005.
Mas o canto do cisne dessa Intifada foi mesmo a morte de Yasser Arafat (Abu Amar), em novembro de 2004. Seu sucessor, Mahmoud Abbas (Abu Mazen), romperia em seguida com a política de resistência e começaria uma caça às bruxas em seu território ocupado que nocautearia o Fatah, o Hamas e toda oposição à sua 'estratégia' conciliatória com o ocupante e Washington. Estratégia que resultaria na vitória eleitoral do Hamas nas eleições de 2006 e em cisão no Fatah.

2001
Maio. Operation Santorini. No dia 07 de maio, a marinha israelense intercepta a regata palestina Santorini perto de Haifa, procedente do Líbano e em direção ao litoral do Sinai. A embarcação libanesa fora alugada pela Frente Popular para Libertação da Palestina, sob o comando do controvertido Ahmed Jibril, para levar armas para a resistência em Gaza.

2002
Janeiro. Operation Noah's Ark. No dia 03 de janeiro, outra operação marítima que terminou com a captura no dia seguinte, em águas internacionais, da fregata Karine A, que navegava em direção da Faixa de Gaza. Desta vez, a iniciativa do carregamento de armas para ajudar a resistência na Intifada, foi de um membro do Fatah, Omar Akawi, afastado de Yasser Arafat na década de 80 por "conducting private business which conflicted with his official status."
Tanques em Belém
Março-Maio. Operation Defensive Shield. A maior operação militar israelense na Cisjordânia desde 1967.
A ODS começou no dia 29 de março com incursões das forças de ocupação em Ramallah, durante as quais a IDF sequestrou Yasser Arafat na Muqataa, centro administrativo palestino, sitiando-a e a cidade. Em seguida os soldados israelenses ocuparam Tulkarem e Qalqilya, no dia 1° de abril; Belém, no dia 02; Jenin e Nablus, no dia 03. Em menos de uma semana, sem contar Hebron que vive em permanente estado de sítio, as seis maiores cidades palestinas na Cisjordânia estava ocupadas por tanques e soldados israelenses munidos até os dentes de armas pesadas. Estas cidades e cidadezinhas, vilarejos e campos de refugiados situados nos arredores das mesmas.
Tel Aviv anunciou o fim da operação 'arrastão' no dia 21 de abril.
A Operação tentacular consistiu do seguinte:
. Tropas e veículos armados israelenses invadiram os aglomerados urbanos impondo toque de recolher e Tel Aviv declarou essas cidades, vilarejos e campos de refugiados "special closed military areas".
. O toque de recolher causou disúrbios severos na população civil, presa em casa enquanto a aviação israelense bombardeava.
. Restrição de movimento de cidadãos estrangeiros, incluindo jornalistas, médicos, enfermeiros, monitoradores de direitos humanos e funcionários de organismos internacionais de forma geral.
. A IDF saiu pelas casas as pondo de cabeça pra baixo e prendendo os homens 'suspeitos' de envolvimento direto na resistência.
. A IDF invadiu repartições públicas, ONGs, emissoras de rádio e televisão, depredando os imóveis e destruindo o material de trabalho; também na sede dos serviços de segurança da Autoridade Palestina.
. A IDF bloqueou o socorro médico das áreas sitiadas e atacou ambulâncias e para-médicos.
. A IDF usou civis palestinos, adultos e meninos, como escudo humano, os obrigando a bater à porta das casas que invadia e se postando atrás.
. Mais de 8.500 palestinos foram presos entre o dia 27 de fevereiro e o dia 20 de maio. 2.500 deles, detidos durante essas invasões domiciliares em fevereiro e março, foram soltos nas semanas seguintes; já os outros 6 mil e algo, presos durante a ODS, após o dia 29 de março, ficaram incomunicáveis nos presídios israelenses sofrendo horrores e sem direito a advogado.
. 497 palestinos foram assassinados durante a ODS;
. 1.447 sofreram ferimentos graves;
. O toque de recolher ininterrupto, que durou dias, afetou cerca de um milhão de pessoas. Mais de 600 mil ficaram presos em casa sem víveres vitais e sem assistência médica durante mais de uma semana; enquanto que cerca de 220 mil residentes sobreviveram sem tais gêneros de primeira necessidade por mais tempo;
. O fechamento interno e externo dos centros urbanos motores da Cisjordânia paralisaram as atividades econômicas e escolares durante mais de um mês;
. Os alimentos se rarificaram e as restriçõs de importação de alimentos durante e após a ODS provocaram aumento dos preços na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, alguns produtos básicos como farinha ficaram caríssimos.
. Mais de 2.800 residências foram parcialmente demolidas e 878 foram totalmente destruídas, deixando mais de 17 mil pessoas desabrigadas;
. Residências fora dos campos de refugiados (que foram os mais visados) em Belém, Jenin, Nablus, Ramallah e Tulkarem e dos vilarejos vizinhos também sofreram danos estruturais de menor e maior gravidade;
. Em oito municípios cisjordanianos, cerca de 55 mil aulas foram perdidas;
. A IDF danificou deliberadamente cinquenta escolas palestinas. Dente elas, 11 foram totalmente destruídas, nove vandalizadas, 15 usadas como quartéis militares e deixadas em mau estado, e 15 foram transformadas em centros de detenção provisória.
Para maiores detalhes da Operação Defensive Shield, ler os seguintes blogs:
11/11/12: Sítio de Ramallah;
25/11/12: Belém (2 de abril a 10 de maio, sítio e ataque da Basílica da Natividade)
16/12/12: Jenin (1° ao 11 de abril)
13/01/13: Nablus (03 a 08 de abril)
27/01/13: Fim, prisão de Marwan Barghouti, intelectual que por causa da ocupação aderiu à resistência e virou chefe do Tanzim (ala armada do Fatah) e homem de confiança de Yasser Arafat. Considerado o 'Nelson Mandela palestino'. Marwan continua encarcerado até esta data, apesar do movimento nacional e internacional para que seja libertado. Por merecimento e por ser tido como herdeiro de Arafat e contar com o respeito de todos os partidos que constituem a OLP.
Em julho de 2002, a ONG israelense BT'selem recolheu depoimentos de soldados da IDF e de palestinos sobre a ODS: Operation Defensive Shield: Soldiers' Testimonies - B'Tselem., revelando os bastidores da carnificina.
Junho: Operation Determined Path. Foi uma nova operação militar que a IDF deslanchou no dia 22 de junho, logo após a ODS. O propósito desta era atingir os objetivos frustrados na recente operação e que o colunista do Haaretz Uri Benziman deu por outro fracasso logo no início.
A ODP começou no dia seguinte ao dia em que Shaul Mofaz, chefe de gabinete do primeiro ministro de Israel, admitir no Knesset que a Operação Defensive Shield fracassara em todos os sentidos. Tanto no militar quanto na mídia.
De fato, quanto mais Israel matracava a Cisjordânia com bombas, tanques, tiros, depredações e prisões arbitrárias, mais a resistência crescia e tinha sucesso em seus atentados, cujas vítimas israelenses eram alardeadas nas manchetes de jornais e televisões do mundo inteiro, criando uma falsa imagem da realidade no terreno e omitindo que de um lado estava um exército de ocupação super-bem-equipada com as armas mais sofisticadas do mercado, e do outro, grupos de resistência que lutavam pela liberdade com armas muitas vezes ultrapassadas e bombas artesanais.
Aproveitando o papel de vítima que as imagens dos atentados suicidas lhe proporcionavam, Tel Aviv armou esta operação certa de que fizesse o que fizesse, a IDF seria absolvida na grande mídia.
O resultado foi a reocupação das cidades recentemente evacuadas, a destruição de vários prédiso 'suspeitos' e a prisão de cerca de 300 suspeitos de resistência.

2003
OutubroOperation in Ain es Saheb. Bombardeio de um campo da Frente Popular pela Libertação da Palestina que seu comando geral usava, mas que já desativara. A IDF afirmou que o campo era usado pelo Jihad e o Hamas, sem conseguir provar nada. Tel Aviv se vangloriou, junto à mídia, do sucesso do bombardeio, do campo abandonado.

2004
Maio. Operation Rainbow.
Esta operação ocorreu na Faixa de Gaza, dos dias 18 a 23 de maio.
Durante apenas o primeiro fim-de-semana, Rafah o bombardeio ininterrupto do bairro Brazil, em Rafah, deixou 158 famílias desabrigadas e mais de dez mortos. Feridos mais ou menos graves, 30 vezes mais mais. O que levou alguns jornalistas como Chris McGreal, do Guardian, a questionar se não era uma vingança cega de Ariel Sharon  e não uma operação para desmantelar túneis, que foi a desculpa dada.
No final das contas, 61 palestinos foram assassinados, dentre eles 10 meninos, e 183 residências foram destruídas, deixando 304 famílias desabrigadas.
Enquanto a Operação Rainbow destroçava Rafah, a IDF continuava suas mini-operações em Jenin e Nablus, destruindo mais casas e causando mais mortes.
Setembro. Operation Days of Penitence.
Esta 'penitência' foi do dia 29 de setembro ao dia 16 de outubro (durante um feriado religioso judeu correspondente à nossa Semana Santa) e também foi na Faixa de Gaza, mas no norte, nos campos de refugiados Beit Hanoun, Beit Lahia e Jabalia.
Nos 17 dias de ataque aéreo e terrestre, Israel matou 133 palestinos (incluindo 31 meninos), destruiu 85 casas e causou estragos em centenas mais. O número de feridos foi estimado a dezenas, e o de crianças traumatizadas, a centenas, se não milhares.
A desculpa que o general Ariel Sharon usou para os "Dias de Penitência" foi uma raridade, a morte de dois meninos de Sderot por foguetes das Brigadas Qassam, do Hamas (nos doze anos de uso desse meio de resistência, esses foguetes que pesavam entre 20 a 90 quilos, praticamente inofensivos para a vida humana, menos de cinquenta civis foram atingidos.)
A "penitência" começou com Israel bloqueando a fronteira e apertando o cerco da Faixa. Em seguida, Tel Aviv declarou estado de sítio e tolheu os movimentos dos habitantes, dos jornalistas e do SAMU local. Alguns destes inclusive eram parados a tiros. Tanto jornalistas quanto os para-médicos que tentavam prestar socorro.
No início, a IDF separou a Faixa em três zonas separadas por checkpoints pesados que lacravam os três campos de refugiados para que os soldados agissem à vontade.
Depois encheram a Faixa de checkpoints, bloqueram estradas com blocos de cimento, montes de areia prensada, e não se podia transitar entre as cidades.
As bombas então caíram à vontade.

2005
Agosto-setembro. Operation Shevet Ahim.
Organizada pelo general primeiro-ministro Ariel Sharon, esta foi a operação de desmantelamento das colônias judias na Faixa de Gaza e o desengajamento local da administração israelense.
Esta operação unilateral foi vista por muitos como uma maneira de Ariel Sharon "stall negotiations and increase Israeli presence in the West Bank", ou seja, protelar as negociações de paz, deixar a Faixa desgovernada (já que entregou as chaves da administração aos palestinos sem nenhuma preparação nem transmissão de balanço), e aumentar sua presença militar e colonial na Cisjordânia, que era o território realmente cobiçado.
A presença física de soldados e colonos desapareu, contudo, Israel manteve controle total da Faixa, a policiando por ar, mar, e controlando tudo o que entrava e saía do enclave.

Burning Consciences Israeli soldiers speak out
Soldados israelenses que serviram a IDF durante a Segunda Intifada, breaking the silence
 
NEWS

PALESTINA
Real NewsDialogue on Israel and Palestine with Tariq Ali and Norman Finkelstein (23/05/16)


Mondoweiss: South African Nobel Laureate John Coetzee on Israel and apartheid.
Jewish Voice for Peace- Palestinians message to Airbnb: We can't live there, so don't go there

BRASIL
Estrella, o geólogo que descobriu o futuro do Brasil 
explica porquê o PRÉSAL tem de ser nacional 

Young Turks comenta o golpe, legendado em português

Apesar da reativação do Ministério da Cultura, a ocupação do MinC continua pela democracia

Fora Temer! no MinC

domingo, 22 de maio de 2016

"The Banality of Evil" no Brasil, em Israel na Palestina

O Brasil que resiste aos golpistas

Quem tem um mínimo de cultura já ouviu falar na frase "a banalidade do mal". 
Quem tem certa cultura sabe que foi dita por Hannah Arendt (1906-1975), filósofa judia discípula de um dos maiores pensadores do século XX, seu compatriota alemão Martin Heidegger (1889-1976). 
Quem tem cultura e espírito crítico, já leu seus artigos publicados em 1963 no New Yorker ou/e o livro "Eichmann em Jerusalém", onde a frase foi escrita.
Resumindo a obra, Hannah, que cobriu o processo do nazista Eichmann, em Jerusalém - após este ter sido sequestrado por uma brigada do Mossad em Buenos Aires violando as fronteiras internacionais (que como se sabe, não se aplicam a Israel) - defende a tese que qualquer um é capaz de cometer atos horrendos, desumanos, por falta de espírito crítico e de princípios morais firmes. Baseia sua teoria, que venho comprovando ao longo de minha carreira de jornalista, no fato de Eichmann, de intelecto limitado e um dos organizadores e instrumentadores do holocausto orquestrado por Hitler, ter agido sem preconceito, sem malícia, sem ideologia, simplesmente por obediência e carreirismo.
A Palestina é, e o Brasil está sendo, vítima desta banalidade do mal a que está sujeita a humanidade inteira. 

BRASIL

Há meses que a "elite" brasileira - tanto empresarial (que admitiu participação no golpe) quanto a social e jurídica - vem banalizando o mal por ganânia, ignorância ou sabe-se lá que razão incompreensível.
Na semana passada, um ente querido discordou de minha análise sobre o golpeachment dizendo que a verdadeira razão era a Economia.
Resolvi responder seu email, com todo respeito, aqui, porque talvez haja algum leitor que pense como ele.
Sou jornalista profissional, analista geopolítica, portanto, tenho a obrigação de focar meu olhar além da aparência para enxergar o que se esconde atrás da evidência e da propaganda. A meu ver, a Economia não é um fim e sim um meio de atingir um fim que é 99 por cento das vezes de interesse das classes dominantes.
Na Alemanha, na década de 30 do século XX, Hitler a usou como pretexto para edificar o nazismo e destruir paulatinamente toda oposição às suas ideias totalitárias até a Segunda Guerra Mundial e os campos de concentração de judeus, comunistas, homossexuais, enfim, todos os não arianos e os oponentes ao seu regime.
Quem viveu o período ou quem conhece a história do Brasil, sabe que em 1964, a elite reacionária foi às ruas pedindo a cabeça do presidente João Goulart por causa da reforma agrária, de suas medidas sociais e por seu distanciamento dos EUA.
A história está se repetindo como se os 20 anos de ditadura não tivessem ensinado nada à geração intermediária.
A mesma classe social estudada, mas inculta, desprovida de espíritio crítico e de inteligência abstrata (quando não, pobres de espírito, como Eichmann), que gritou palavrões nos estádios durante a Copa das Confederações e a Copa do Mundo insultando a presidente, enlameou o país inteiro - que riu amarelo, mais de bobo alegre do que por realmente achar graça. Espero.
Depois de pagarem esse mico internacional, os líderes do golpe tiveram o despudor de incitar os brasileiros a não assistirem "Aquarius" por o elenco denunciar o golpe com elegância, diga-se de passagem. Sem os palavrões usados pela "elite" nos estádios. Segundo os golpistas, os atores "envergonharam"... quem? Eles? já provaram que não têm vergonha na cara. Os brasileiros de respeito, ficaram foi honrados e agradecidos à Sônia Braga e seus colegas por terem mostrado ao mundo que o Brasil é superior a esses ladrões de colarinho branco da Câmara, do Senado, e dos burguesinhos que desfilam com babá em passeata.

Marieta Severo bota os pingos nos is no MinC
Patrícia Pillar, idem
Baianos desconhecidos, idem
Em Floripa, idem

Dilma em BH na semana passada, nos braços dos 99%
Depois de fechar o Ministério da Cultura como em 1964, o próximo passo dos golpistas talvez seja de lançar os auto-colantes da era Médici: "Brasil, ame-o ou deixe-o", para tentar marginalizar os resistentes manipulando um patriotismo destorcido nos inocentes úteis que querem proteger seu magro ou gordo patrimônio financeiro a qualquer preço.
O meu Brasil brasileiro é constituído de um povo majoritariamente honrado e de intelectuais e artistas conscientes do perigo e prontos para defender com unhas e dentes nossa Constituição, nossa liberdade de falar, agir, e de escolher quem governa nosso país, em vez de parlamentares, juízes e promotores que só querem derrubar o PT e não o bem do Brasil.
Se o judiciário responsável realmente quisesse moralizar o país, já teria feito limpeza no Congresso e nos estados nos livrando da quadrilha inteira da Lavajato e dos ladrões estaduais, qualquer que fosse o partido. Teria feito um favor ao Brasil, a todos nós. Mas, não, a condenação de José Dirceu a 23 anos de prisão (!) prova que a agenda do judiciário também está traçada desde o início. É partidária e não equânime, como a Justiça que se preza.
Voltando à vaca morta para finalizar, a Economia que Temer defende é a dos Estados Unidos, a das corporations que querem nossos recursos naturais. Não é a nacional. Não é a sua. Não é a minha.
A Economia vai mal em toda parte. Não é um golpe que resolve uma crise mundial. Os golpistas sabem que a Economia não foi/é um catalizador e sim um subterfúgio para que as forças reacionárias sequestrassem nossa democracia, uma vez mais.
A Economia vista pelos golpistas tem tanto cunho político elitista quanto a política de Temer e sua corja tem cunho econômico em benefício próprio e da minoria favorecida.
Banalizar o mal o disfarçando ou justificando-o como se tivesse um motivo, é um perigo.
Todo ato é político. Da omissão ao compromisso ao "apolítico". Assim como a Economia.

Glenn Greenwald entrevista Dilma no Palácio da Alvorada cercado de policiais
(É incrível precisar de jornalista estrangeiro fazer uma entrevista imprescindível! Cadê os brasileiros?)

Eis a entrevista de Glenn com Lula, um mês antes desta acima com a Dilma. Apesar de suas "pedaladas" inaceitáveis, Lula diz muitas verdades que valem a pena ser lembradas.
Portuguese with English subtitles 

Conversa Afiada

TV Afiada

E como tudo no Brasil termina em música...
Caetano arrasa no show protesto no MinC no dia 20 de maio
E a galera avisa: Fora Temer! Golpistas, fascistas, não passarão!
Caetano Veloso sang his song "Hatred" and the audience finished the sentence with Temer's name
Músicos clássicos: "Fora Temer" em paródia 
Carmina Burana, de Carl Orff
Aleluia, de Handel
Pra não dizer que não falei de Flores, do Geraldo Vandré, em coro popular
 

PALESTINA
Na Palestina a banalidade do mal é ainda mais visível.
Por um lado, Mahmoud Abbas e a velha guarda do Fatah fazendo o trabalho sujo de Israel na Cisjordânia.
Por outro, o ocupante se radicalizando.
Passou desapercebido pela mídia, mas em Israel também houve um golpe que põe em risco a democracia interna e prejudica bastante os palestinos.
Falou-se na nomeação do fascista Avigdor Lieberman para o Ministério da Defesa, cargo público mais influente de Israel abaixo do de primeiro ministro - o terceiro é o Chefe do Estado Maior, o quarto, do vice. Não vou estender-me nesse indivíduo que virou ministro da defesa porque ele é ainda mais abominável do que Binyamin Netanyahu, por fora e por dentro, e só de pensar nele, arrepio de nojo.
O leão invisível na nomeação desse indivíduo asqueroso é mais importante do que a nomeação propriamente dita.
No dia de celebração do holocausto, o general Ya'ir Golan, vice-comandante do Estado Maior, fez um discurso (escrito) bastante divulgado em que um parágrafo escandalizou Israel: "If there is something that frightens me about the memories of the Holocaust, it is the knowledge of the awful processes which happened in Europe in general, and in Germany in particular, 70, 80, 90 years ago, and finding traces of them here in our midst, today, in 2016.".
Verdade irrefutável.
Vale dizer que os israelenses têm uma característica que não é só deles, mas que em Israel é doentia. Quando confrontados a uma verdade inconveniente, os israelenses tapam o sol com peneiras que justifiquem discursos e atitudes repressivas contra os palestinos, e ao mesmo tempo, fabricam contra-argumentos ou hasbaras que os exonerem de sua culpa imensa.
O general Golan não é nem liberal, nem anti-sionista, nem bonzinho - participou ativamente das três últimas operações genocidas em Gaza sem dar um pio e subiu na hierarquia reprimindo os palestinos com todos os meios bélicos e cruéis disponíveis. Só que é pragmático e como todo militar, tem instinto de preservação e conhece a realidade no terreno melhor do que os políticos. Por isso caiu na real e verbalizou em público o que os israelenses lúcidos e com espírito crítico pensam e uns pouquíssimos dizem. Foi apedrejado pelo governo e pela mídia (conhecemos este filme no Brasil, da grande mídia a serviço do horrível) por tentar proteger seu país do suicídio.
O general Golan é muito respeitado na IDF. Seu discurso foi pensado e conversado com seus colegas do alto comando militar. Tanto que recebeu apoio de seu superior direto, general Gadi Eisenkot, e do ministro da Defesa general Moshe Ya'lon, que por não retirar seu apoio ao colega acabou perdendo o cargo de ministro... para Lieberman. Foi um golpe, diferente do dos nossos parlamentares, mas um golpe.
Pois não se há de esquecer que os oficiais da Wehrmacht também discordavam das idéias e/ou dos meios de Adolf Hitler e tentaram pará-lo antes que levasse o país à ruína. A tentativa de assassinato fracassou e o exército alemão continuou a cometer barbaridades na frente oriental. Barbaridades que a IDF repete e aprimora há décadas na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
Como concordo plenamente com Hannah Arendt e estou convencida que um Hitler pode surgir em qualquer parte do mundo em que as condições favorizarem sua emergência, Israel hoje, com Lieberman no Ministério da Defesa, é um perigo real. Eminente e iminente porque além do fascismo evidente que ele representa, há os generais Ehud Barak, Moshe Yalon, e outros criminosos de guerra que se encontram acidentalmente fora do governo e que acusam sua "guinada" extremista não por se oporem ao projeto sionista de limpeza étnica da Palestina e sim por temor de alienação da comunidade internacional à qual Israel estará condenado com um genocício expeditivo, além de explicito.
O objetivo de Lieberman, Barak, Yalon, Golan, e civis como Livni, é o mesmo. O que muda é a maneira de realizar o crime. O crime é o sionismo. O projeto do grande Israel, impossível, em uma terra que há séculos e milênios é palestina.
A sociedade israelense já banalizou a limpeza étnica da Palestina e está propensa a abraçar a ideologia do primeiro predador que a manipule com jeito. Avigdor Lieberman pode ser sim, um novo Hitler. E ao contrário da Alemanha da década de trinta, encontrará pouquíssima oposição de fundo.
A história dá voltas e se repete nos lugares em que menos se espera.
Mas a história se repete sempre, de forma nítida, com avisos intermitentes e sinais crescentes.
A nomeação de Lieberman é um deles.
Com a ogra Hillary Clinton no governo dos EUA, o terreno vai estar livre para Netanyahu, Lieberman e os sionistas que não latem, mas mordem e matam, condenarem o Oriente Médio a Apocalipse Now"Horror!" Repetia Marlon Brando no final. Pois é.
Por causa da banalização do mal e de sua banalidade intrínseca.
The social clima in Israel/ O clima social em Israel, by Dan Cohen and David Sheen
Dan CohenOn April 19, 2016, thousands rallied at Tel Aviv City Hall in support of an Israeli soldier who had been filmed executing an immobilized Palestinian man. As I filmed the gathering crowd, I was attacked by one rally-goer, then by a mob of rally-goers. Articles about the rally and the attack: (1) https://electronicintifada.net/blogs/...(2) http://mondoweiss.net/2016/04/thousan... Video of the rally itself: http://bit.ly/elorazaria.

Enquanto isso, o Congresso belga lançou a candidatura de Marwan Barghouti ao Prêmio Nobel da Paz. Belgian Parliament nominates Marwan Barghouti for Nobel Peace Prize

When a little child says "If we would have died it would have been better." Unbelievable this is tolerated. This horror and inhumane siege & bombing that has never stopped since 2014 Operation Protective EdgeKnow this is life in Gaza because of Israel: 
Quando uma criança diz: Teria preferido morrer durante os bombardeios em 2014 do que ir morrendo aos poucos, dá calafrio.

IMEU: 75% of Palestinian children interviewed reported enduring physical violence by Israeli forces after being arrested / 75% dos meninos palestinos entrevistados pelo IMEU denunciaram abusos durante a detenção.


Note how Israel has intentionally choked the Gaza Strip, including, crucially, 
by preventing the "exit" of goods.

AJ+: Political tourism in Jerusalem
The Banality of Evilby Margareth Von Trotta with Barbara Sukowa. Full movie 1h39'

domingo, 15 de maio de 2016

Na Palestina, 69 anos de Nakba. No Brasil: Não, ao GOLPEachment!

BRASIL
Ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa: Eleições, já! 

Conversa Afiada

Wikileaks:
Encontros secretos do traidor da pátria Michel Temer & cupinchas com o governo dos EUA.  

Dois pesos e duas medidas
da mídia golpista
.  

 


Como diz o colega da RT Pepe Escobar, na história política moderna, nenhum parlamento, nenhum tribunal, invalidou 54 milhões de votos em uma eleição presidencial livre e legal, e tão leviananamente como em Brasília.
A vitória de Dilma sobre o Aécio em 2014 foi honesta e incontestável.  O golpeachment que os juízes e os parlamentares corruptos brasileiros deram na Presidente e o menosprezo pelos milhões de brasileiros que votaram nela, é uma vergonha e um perigo para o Brasil e para o Cone Sul inteiro - escaldado e maltratado pela Operação Condor estadunidense que patrocinou a ditadura brasileira em 1964 com a ajuda da elite financeira e depois foi derrubando um a um os governos democráticos do Paraguai, Uruguai, Chile, Argentina.
Hoje a Operação Condor tem outro nome, Hybrid War. Mas o agressor tem o mesmo, Estados Unidos da América.
O motivo do crime também continua o mesmo: manter a hegemonia política e econômica do planeta.
Se há algo que a Casa Branca não suporta é que um país latino-americano não lhe seja submisso, que não deixemos que os EUA usem e abusem de nossos recursos econômicos e naturais como se fossem próprios e não alheios, nossos.
Eu nunca tive tanto orgulho de ser brasileira quanto durante os governos do PT. O Brasil peitou Bush, depois Obama (fraude total) sem nenhum complexo e com autoridade; criou os BRICS com outros países independentes (a India, governada por um fascista de carteirinha, nem tanto), e deixou os EUA a ver navios. Ou seja, Dilma deixou Obama, literalmente, falando sozinho e esperneando como um pirralho mimado a quem não lhe fazem todas as vontades. Foi o que bastou para a NSA grampear o telefone da nossa presidente e para a operação do novo golpe começar em 2012.
Sentindo que o Brasil não mais lhes pertencia, que o Presal era nacional e não gringo, que quem liderava a América do Sul não era mais os predadores do norte e sim nossa república tupiniquim, Washington recorrreu à velha tática com novos meios, dentre estes, pondo o vice-presidente em sua folha de pagamento para trair o Brasil traindo a nossa presidente. Ou Temer traiu a pátria sem recompensa financeira, só em troca da faixa de presidente e de onipotência?
A chamada Guerra Híbrida é uma guerra inventada pelo Pentágono para substituir as guerras tradicionais de bombas e soldados pelas redes sociais, pela difamação, por drones espiões e armados, e pela hasbara - criada pelos israelenses contra a Palestina nos moldes da propaganda  hitleriana e compartilhada com a Casa Branca para que ela a adaptasse ao contexto internacional em que os EUA atuam pilhando e oprimindo em um benefício único - o deles.
A guerra híbrida começou contra a Rússia. Em seguida, a bola da vez foi o Brasil e a classe alta caiu como um patinho nas redes de patifes do Congresso e juízes que talvez tenham um rabão preso e contas secretas em Tel Aviv e/ou outros paraísos fiscais amorais. A Suíça está começando a abrir as portas aos investigadores de dinheiro sujo, portanto, não é mais fiável para os bandidos de colarinho branco, e nem de toga (que desonram ao submeter-se ao jogo de poder dos EUA com a cumplicidade, uma vez mais, da elite ignorante brasileira, da qual, no final das contas, promotores e juízes também fazem parte).  Pensando bem, todos eles, de juiz a deputado a senador, talvez estejam apenas defendendo o seu, em detrimento da democracia, do povo brasileiro, enfim, do Brasil inteiro.
globo.jpgPois a Dilma pode ser acusada de incompetência, sim, mas como já disse aqui, incompetência não é crime - vide o presidente da França que vai cumprir o mandato até o fim.   Dilma não conseguiu encontrar um Plano B para combater a recessão, certo. Porém, nossa presidente não tem culpa no cartório, tirando essas tais pedaladas fiscais (assinadas também por Temer) que são uma banalidade empregada inclusive por Barack Obama (e desde Ronald Reagan, todos os presidentes gringos) nos EUA - cujo sistema, diga-se de passagem, os juízes brasileiros citam como exemplo de probidade - talvez por não conhecer por dentro. 

Se Dilma tivesse algum podre, os golpistas estrangeiros da Hybrid War brasileira já teriam encontrado e divulgado nas redes sociais, e na Globo/Veja, é claro.  
O tal Moro diz que se inspirou no modelo da limpeza feita na Itália, mas esqueceu de dizer que seu colega italiano virou deputado...
A juíza francesa que comandou o processo da Elf Acquitaine (petroleira francesa que era usada para financiar os partidos, como a Petrobrás) contra o Partido Socialista também virou deputada. Será que Moro também pleiteia um assento na Câmara Federal para usufruir das propinas que com Temer e a impunidade decorrente de seu sistema, com certeza, não vão parar?
Ora, quer queira quer não, a "elite" golpista tem de admitir que graças à Dilma, juízes e polícia ficaram livres para escarafuncharem onde e quem quisessem. E escarafuncharam. Contudo, só buscavam derrubar o PT e ao serem "surpreendidos" com os corruptos dos outros partidos, pararam. Por serem marionetes do PSD e do PMDB, por interesse econômico ou por ideologia direitista?   
Pelo jeito, a Lavajato que gerou tudo isso, deve terminar em pizza. Dividida entre Temer, ministros, parlamentares implicados no escândalo, juízes, promotores e agentes da polícia federal saudosos dos militares.



Resta esperar que nosso sistema judiciário acorde e veja que a democracia vale muito mais do que uma revanche contra um partido que "inflacionou as comissões" (como dizem uns hipócritas para defender a corrupção indefensável que vigora desde os militares nos governos estaduais e federal) mas que foi o único que tentou diminuir as injustas diferenças sociais e erradicar a miséria no campo e nas cidades - aliás miséria corrente e crescente nos EUA, que privilegiam, explicitamente, o poder financeiro e os 1% que financiam as campanhas eleitorais que elegem gente como Bush, Obama, meros vassalos do grande capital.
É este o Brasil que Temer/Cunha querem. Branqueado, machista (sem nenhuma mulher no comando), corrupto, injusto e subserviente aos Estados Unidos e aos magnatas estrangeiros do petróleo e qualquer negócio. Um Brasil só com universidades privadas para que só os ricos possam aceder ao ensino superior - como os generais destruíram o ensino público primário e médio.
Um Congresso composto por delinquentes comprovados que tiram uma presidente com ficha limpa, cujo "crime de responsabilidade" até a associação internacional de advogados julgou injustificável, é demais. Parece brincadeira ou piada sobre uma república bananeira. A não ser que seja isso mesmo que o Brasil tenha virado. É assim que os Estados Unidos nos vê, com certeza, pois estão impondo sua lei em Brasília por tabelinha como fazem em suas outras "filiais" além-mar.
Por outro lado, Temer e os demais golpistas querem a prisão de Lula, só dele, e que depois a Lavajato seja engavetada.  
Onde está a moral dessa história?
Quem votou no PT, votou por questões ideológicas, por querer um Brasil independente dos EUA, fortificado pelos BRICS, e comprometido com a criação paulatina, mas firme, de uma nação rica, de verdade, e não pobre como os Estados Unidos. Pois um país rico é sim um país que não deixa nenhum cidadão para trás.
E se o Brasil eleger de novo um presidente do PT? Os golpistas reincidirão no crime e farão tudo para tirá-lo como estão fazendo? A farça que estamos vivendo se repetirá com a cumplicidade "judicial" e na mesma impunidade?
Temer já deve ter avisado a Casa Branca, através do embaixador estadunidense que o contratara como espião traidor da pátria, com palavras próximas destas: Obrigada pela mãozinha! O pagamento segue com juros e correção monetária. Vamos sucatear todas as riquezas do Brasil (mediante comissão milionária) - petróleo, água, enfim, tudo o que vocês precisam e precisarem.
Vamos garantir os "America interests" no Brasil em detrimento do nacional, como na época dos militares e do Fernando Henrique. Pois controlamos a grande mídia, os poderes legislativo e judiciário, e a polícial federal, como nossos generais. Fiquem despreocupados. O petróleo daqui é seus, nenhum brasileiro tasca. E podem instalar as bases militares na Amazônia que vocês tanto querem. Governem o Brasil por tabela como governam a Colômbia.
To make a long story short (imagino que Temer e o gringo speak English instead of portuguese), este governo temporário (?) quer mesmo é se americanizar mais e deixar vocês pilharem nossas riquezas como e quanto quiserem.
Será que os brasileiros vão deixar?
Quem viver verá.

PALESTINA
NAKBA
Israeli historian Illan Pape explains the Nakba in 4 minutes 
Desde que comecei este blog que venho marcando a data de aniversário da Naqba, ou seja, da Catástrofe do início da limpeza étnica da Palestina. Na primeira vez (blog 15/05/2011 a ser visto antes deste) publiquei o nome das cidades que as milícias sionistas riscaram do mapa com massacres horríveis e tracei o histórico do genocídio realizado pelos sionistas para usurpar a Palestina dos nativos cristãos e muçulmanos. Este ano cedo a palavra a colegas, a documentários, a imagens.Eis o link das cidades palestinas destruídas durante a Naqba. Search the fate of Palestinian villages destroyed in the Nakba on this database.
 AJ+: Where did the Palestinians go? / O êxodo palestino.
 


Mapa interativo da limpeza étnica da

Imagens da Nakba'Palestinians will return to their stolen lands'In the Gaza Strip, Palestinians marked Nakba Day with demonstrations and exhibits highlighting their plight.

AJ+: 68 years after the Nakba, when most Palestinians were forced out of their homes during the creation of Israel, those who stayed behind are struggling to hold on to their homes. For residents like Basma, that means living with the constant threat of demolition, without sewage, electricity, paved roads or playgrounds

972mag 
Nakba Day: A 'clear challenge' to Israeli establishmentWhile the Nakba Law threatens publicly-funded institutions, there are signs of optimism at the grassroots level.
 AJ+: The World's biggest key
March of Return / Marcha do Retorno


Documentário Al Jazeera com o jornalista israelense Gideon Levy
Going against the Grain (47')

Documentário : Al Nakba
Episode I (47')
Episode II (47')https://youtu.be/yI2D5Fsd9lg
Episode III ( 47')https://youtu.be/5SKECszemmA
Episode IV (47')https://youtu.be/0m__A7MlDrk

Filme Al Nakba. Legendado em português
Conferência de Ilan Pappe: The Nakba of Palestine (28') 
Nurit Peled-Elhanan mostra como Israel usa a escola para desumanizar os palestinos
legendado em português


Siege of Gaza deepening as Obama's US looks to boost Israel funding
Grave crise de água em Gaza/ Gaza water crisis

Netanyahu reiterou há pouco a ocupação do Golan Heights, na frente de Putin

Putin on BBC (6'), bota os pingos nos iis
AJ+: Amy Goodman: How the media is ruining American election
 AJ+: My US candidate Bernie Sanders' foreign policy
CIA torture architects' day in prison
 BBC: Testing CIA torture techniques