A minha semana passada foi americana. Com um protagonista do nosso continente, o Papa, e dois estrangeiros, o presidente da Rússia Putin e o presidente da Autoridade Palestina Abbas.
Francisco me cativou ainda mais com sua moral que orgulha os 1.2 bilhões de católicos do mundo inteiro. Hoje, na geopolítica mundial, é figura de proa da arca universal. Foi a Cuba e levou os cubanos aos joelhos com sua presença e com o tête à tête emocionante com Fidel; foi aos EUA e lá convenceu Obama a receber Raul Castro, deu lição de moral a políticos, bispos, diplomatas e entusiasmou gregos e troianos em toda parte. É um dos três líderes mais poderosos da Terra. Com a qualidade de construir pontes entre os povos em vez de miná-las ou bombardeá-las como fazem os demais.
Vladimir Vladimirovitch cumpriu a palavra, encostou Obama na parede em tête à tête e disse: A Síria é minha e ninguém tasca! Vou limpá-la para vocês (que criaram o problema armando indiscrimandamente 'rebeldes' gregos e troianos), mas tenho uma condição sine qua non: Aliviem as sanções e parem de fazer bobagem na Ucrânia, inclusive armando os grupos fascistas. Obama fez o que faz sempre, resmungou mas conformou-se em deixar Putin determinar sua proeminência, embora publicament tenha continuado a cantar de galo. Frango, de fato, pois Moscou e Kiev já estão se reconciliando a despeito dos esforços ocidentais de cortarem os laços ancestrais que Nikita Sergueievitch Kruschov quebrou após uma bebedeira.
Na quarta-feira, dia 30 de outubro, a mensagem que o comandante militar russo mandou para os diplomatas estadunidenses foi clara e curta: "We bomb in one hour. Stay out of our way." Ponto Final. Vídeo abaixo.
Na quarta-feira, dia 30 de outubro, a mensagem que o comandante militar russo mandou para os diplomatas estadunidenses foi clara e curta: "We bomb in one hour. Stay out of our way." Ponto Final. Vídeo abaixo.
Depois veio o segundo bombardeio abaixo, que levantou controvérsia quanto ao alvo: Daesh ou 'rebeldes' apoiados pelos EUA? Qualquer que seja o alvo, é impossível combater em duas ou três frentes ao mesmo tempo. Usando a língua dos gringos, It's high time the US call off their dogs and let Assad's and Putin's armies put an end to ISIS once for all, in Syria.
Se os líderes dos 'rebeldes' pensassem no país e não em si, ajudariam o exército regular ou o deixariam combater o inimigo comum.
Putin na ONU
Invasão terrestre: HET! NO ground operations!
A Casa Branca está torcendo para os russos engajarem tropas no terreno para que a Síria vire o Afeganistão deles. Se os russos não entraram nem na Ucrânia que é quintal deles, por que entrariam na Síria? Putin é gato escaldado, conhece a história e pensa. Foi por isso que explicou a Barack Obama e vai tentar explicar ao obtuso François Hollande o óbvio: Por enquanto, o Daesh está expandindo as fronteiras de seu Estado Islâmico. Quando terminar, os tchechenos e outros extremistas do Cáucaso (por volta de dois mil, segundo seus cálculos) vão voltar para casa e semear o terror nas ruas de Moscou, de São Petersburgo, de Volgogrado (ex Stalingrado). Assim como nas ruas de Paris, Londres, Nova York, etcétera e tal. Apesar da miopia crônica que predomina em Wasington, Obama entendeu a visão a médio e longo prazo do presidente da Rússia que foi treinado para detetar e deter a cobra antes do bote. On the record, vai divulgar comunicados indignados, mas Off the record vai deixar Putin fazer o trabalho sujo que protegerá também suas fronteiras em futuro próximo.
E la nave va.
Mahmoud, por seu lado, prometera soltar uma bomba (política) na Assembleia das Nações Unidas e acabou soltando um traque. Decepcionou, uma vez mais. Parei de acreditar nos discursos onusianos do presidente da Autoridade Palestina, definitivamente, no ano passado. Cada vez que é questionado por seus compatriotas, enrola o keffyeh no pescoço (e não na cabeça como Yasser Arafat), vira Abu Mazen, gesticula e em seguida baixo os braços e volta a ciscar como uma galinha intimidada e esfomeada.
Nem vou deter-me no assunto porque sei, como ele sabe, que é bobagem renegar os Acordos de Oslo dizendo o óbvio: "We cannot continue to be bound by these signed agreements with Israel and Israel must assume fully its responsibilities of an occupying power, because the status quo cannot continue... We will start the implementation of this declaration by all peaceful and legal means. Either the Palestinian National Authority will be the conduit of the Palestinian people from occupation to independence, or Israel, the occupying power, must bear all of its responsibilities. Israel’s refusal to commit to agreements signed render us an authority without real powers."Acusando Israel (“repeated, systematic incursions upon al-Aqsa aimed at imposing a new reality”) avisando que ("such actions create an explosive situation"), denunciando as promessas de peace talks e hasbara de Netanyahu ("It is no longer useful to waste time in negotiations for the sake of negotiations; what is required is to mobilise international efforts to oversee an end to the occupation in line with the resolutions of international legitimacy. Until then, I call upon the United Nations to provide international protection for the Palestinian people in accordance with international humanitarian law”) são palavras vãs, sem medidas concretas apropriadas.
Aliás, omitiu também a dissolução da Autoridade Palestina que preside.
Digam o que disserem, essas três lacunas esvaziaram suas declarações que para bom entendedor foram um sopro e não um trovão.
Aliás, o discurso de Abbas e Vichy é muito parecido: Não sou colaborador, faço tudo para proteger meu país e meu povo. Vichy ficou para a história com a má-fama que se sabe. Está na hora de Abbas virar Abu Mazen e inverter o processo histórico para ser lembrado de outra forma.
Está mesmo é passando da hora, pois seu discurso na ONU foi motivado por um fato irrefutável - os palestinos estão cansados de serem enganados, expoliados, humilhados e exterminados.
Na Cisjordânia, a celebração do hasteamento da bandeira palestina na ONU foi animada, mas super-vigiada por soldados e policiais israelenses armados.
A última pesquisa feita na semana passada na Cisjordânia revela que 57 por cento da população apoiam uma Terceira Intifada. Três meses atrás, os prós eram 49%. Se fizessem a mesma pesquisa na Faixa de Gaza o número seria muitíssimo mais alto.
Esta porcentagem é semelhante à do período que antecedeu a Segunda Intifada em 2000. Bastaria ou bastará uma gota d'água para a revolta recomeçar e o fogo alastrar. Khalil Shikaki, que fez a pesquisa, concorda: "If a spark comes along, there is absolutely no doubt that the Palestinian situation today is very, very fertile for a major eruption.”Sem a Segunda Intifada, Itzhak Rabin jamais teria concordado em assinar os Acordos de Oslo mesmo sabendo que não passava de uma armadilha para Yasser Arafat. Infelizmente, Tel Aviv só respeita, só ouve e só entende a linguagem da violência, que é a que usa sempre. (É por isso que se dá tão bem com Washington.
Pelo que vejo no terreno, a Terceira Intifada está começando, apesar de certos analistas a descartarem porque o movimento atual não tem características da Primeira nem da Segunda, exceto no tocante ao descontentamento. Porém, é justamente o fato da Segunda ter sido totalmente diferente da Primeira que acho que a Terceira também marcará pela diferença.
Se não houver um gesto concreto de Israel ou da ONU que responda à insatisfação e à impotência dos palestinos, a Insurreição será incontrolável.
Nenhum dos policiais envolvidos nos assassinatos foi condenado e um deles foi inclusive promovido.
As palavras de ordem das passeatas foram as mesmas de 15 anos atrás: The end to Israeli police tactics, que visam ativistas palestinos com medidas drásticas não usadas contra os judeus israelenses.
Desta vez, com a espada de Dâmocles da Terceira Intifada sobre a cabeça de Binyamin Netanyahu, este ordenou que os policiais controlassem seu ódio e preconceito e se mantivessem calmos.
Com certeza, se tivesse havido uma única morte a Intifada seria incontrolável, pois as atitudes dos soldados e policiais israelenses com os palestinos tem piorado assustadoramente.
Amjad Iraqi, da ONG Adalah que advoga pelos direitos cívicos dos cidadãos cristãos e muçulmanos árabes de Israel (quase 1/4 da população global) explicou: "It's been 15 years since 2000 and nothing has changed in both the way they [Israeli police] view Palestinians and how they treat them in practise. There has been an increase in 'targeted arrests and brutality' during protests by Arabs. Thousands of complaints are filed against the police, and charges are hardly ever made."
Adalah mostrou mais de 11 mil denúncias de maus tratos de cidadãos palestinos só entre 2011 e 2013. Apenas 3 por cento resultaram em condenações levíssimas. É claro que os palestinos em Israel são cidadãos de terceira classe (os de segunda, são os judeus de origem africana) e sem direitos. Haneen Zoabi, membro do partido Balad diz que o massacre de 2000 foi uma mensagem do governo: "It meant we were enemies ... It meant Israel won't punish any police officer for having killed Palestinians, and that we [Palestinians] are not in the position of real citizens. It shows that there is no difference between how Palestinians from both sides of the Green Line (separating Israel and the occupied territories) are treated ... Israel didn't investigate, didn't address anything in the courts."
Nos últimos quinze anos, mais de 40 palestinos cristãos e muçulmanos, cidadãos de Israel, foram mortos em passeatas pacíficas. Sem nenhuma repercução interna, externa, nem na vida dos assassinos.
PS. Após outro ataque em colonos judeus na Cisjordânia, Israel acabou de bloquear o acesso de Jerusalém antiga aos palestinos. Lenha na fogueira.
As palavras de ordem das passeatas foram as mesmas de 15 anos atrás: The end to Israeli police tactics, que visam ativistas palestinos com medidas drásticas não usadas contra os judeus israelenses.
Desta vez, com a espada de Dâmocles da Terceira Intifada sobre a cabeça de Binyamin Netanyahu, este ordenou que os policiais controlassem seu ódio e preconceito e se mantivessem calmos.
Com certeza, se tivesse havido uma única morte a Intifada seria incontrolável, pois as atitudes dos soldados e policiais israelenses com os palestinos tem piorado assustadoramente.
Amjad Iraqi, da ONG Adalah que advoga pelos direitos cívicos dos cidadãos cristãos e muçulmanos árabes de Israel (quase 1/4 da população global) explicou: "It's been 15 years since 2000 and nothing has changed in both the way they [Israeli police] view Palestinians and how they treat them in practise. There has been an increase in 'targeted arrests and brutality' during protests by Arabs. Thousands of complaints are filed against the police, and charges are hardly ever made."
Adalah mostrou mais de 11 mil denúncias de maus tratos de cidadãos palestinos só entre 2011 e 2013. Apenas 3 por cento resultaram em condenações levíssimas. É claro que os palestinos em Israel são cidadãos de terceira classe (os de segunda, são os judeus de origem africana) e sem direitos. Haneen Zoabi, membro do partido Balad diz que o massacre de 2000 foi uma mensagem do governo: "It meant we were enemies ... It meant Israel won't punish any police officer for having killed Palestinians, and that we [Palestinians] are not in the position of real citizens. It shows that there is no difference between how Palestinians from both sides of the Green Line (separating Israel and the occupied territories) are treated ... Israel didn't investigate, didn't address anything in the courts."
Nos últimos quinze anos, mais de 40 palestinos cristãos e muçulmanos, cidadãos de Israel, foram mortos em passeatas pacíficas. Sem nenhuma repercução interna, externa, nem na vida dos assassinos.
PS. Após outro ataque em colonos judeus na Cisjordânia, Israel acabou de bloquear o acesso de Jerusalém antiga aos palestinos. Lenha na fogueira.
Inside Story: The End of Oslo Agreement?
Inside Story - Can Netanyahu change Al Aqsa status quo?
Boa notícia: Israeli exports hit hard by Palestinian boycott, World Bank says. Maureen Clare Murphy.
Opinião: Who killed the Oslo Accords? Yezid Sayigh - Senior Associate, Carnegie Middle East Center, Beirute. Saeb Erekat - Atual Secretary-General of the Palestine Liberation Organisation.
Direitos Humanos: What does flag at UN mean to Palestinians? Al Jazeera speaks to Palestinians in the West Bank and Gaza Strip about what the flag-raising at the UN means to them.
Opinião: Who killed the Oslo Accords? Yezid Sayigh - Senior Associate, Carnegie Middle East Center, Beirute. Saeb Erekat - Atual Secretary-General of the Palestine Liberation Organisation.
Efeitos dos Acordos de Oslo
Mea culpa: A 48-Year Long Sin. As a Jew, an Israeli, and a former soldier, I cannot forget, and I expect the same of the society to which I belong. I expect us all to question the orders that guide our soldiers in Gaza. What was the policy that informed these orders? .read more ›
Por outro lado, a torcida para que a Rússia dê com os burros n'água na Síria é tanta que é até mau-olhado. Putin deveria mandar benzer seus soldados. Em Washington torcem ainda mais para que Putin ponha tropas no solo e que fique atolado como os EUA ficaram no Afeganistão, cuja campanha militar querem comparar com a da Rússia na Síria sem nenhum base. Já que os EUA em 2001 bombardearam o Afeganistão por vingança e a Rússia está bombardeando a Síria para salvar o que ainda pode ser salvo (pouca coisa) e prevenir danos posteriores em seu país.
De fato, Putin ingeriu-se na Síria por duas razões.
Primeiro para assentar sua autoridade na área. A foto ao lado mostra sua inferioridade militar na região dominada por EUA e OTAN.
A segunda é para garantir que as centenas de russos aliciados pelo ISIS não voltem para cometer atentados em Moscou, São Petesburgo (ex Leningrado), Volgogrado (ex Stalingrado)... Foi o que explicou a Obama, que tem vista curta, e é o que está explicando aos demais membros da OTAN: Vocês também têm cidadãos lá, que vão voltar quando o Daesh tiver feito suas conquistas regionais.
Putin foi treinado para ver além de um palmo. Barack Obama e François Hollande só enxergam o que está na cara e que pode render lucro ou/e ajudá-los nas pesquisas de opinião de imediado. (E é nas mãos de pessoas deste tipo que está o destino da humanidade!).
O canal de televisão russo Zveda (Estrela), disse na semana passada que os para-militares estão escondidos em ruínas de Palmyra, mas que estão sendo cercados: "The militants, who had been keeping the city under control and destroying priceless ancient monuments for months, are being killed in the air raids of the Syrian Air Force. During the most recent attack, 40 terrorists were destroyed in the province of Homs. And many militants of the Islamic State lay down their arms and surrender. "On September 20, in the village of Kanaker [município de Damasco] more than 500 fighters of the Islamic State and so-called moderate opposition laid down their arms," Syrian agency SANA reports, adding that there is a video of ISIS militants yelling to government troops. The militants were said to be mercenaries from Iran, Turkey and Sudan. They received weapons from Saudi Arabia, Jordan and Lebanon. There are also many US-made weapons and heavy equipment, reporters say."
Navios russos a caminho de Tartus
Pelo que sei, a Rússia dispõe na Síria de aeronaves Su-30CM polivalentes, complexos de mísseis móveis Pantsir-S1, helicópteros de combate Mi-24, helicópteros polivalentes Mi-17 e bombardeiros Sukhoi Su-24M .
Apesar de ter assistido de camarote (de sua base naval em Tartus, a única cidade síria incólumeaté agora, foto ao lado) à escalada da guerra civil na Síria e à infiltração do Nusrah durante quatro anos, nas últimas semanas era claro que a Rússia ia interferir porque chegaram muitos conselheiros militares em Damasco e seis MiG-31.
E pela primeira vez Moscou forneceu a Assad satélites de inteligência. "Previously, Jihadists managed to avoid attacks from government forces because NATO was providing them with satellite information on time. Now, it appears that NATO no longer shares the intelligence data with the Islamic State, although the alliance still continues providing this information to Frente al Nusra", dizem os russos.
Outra certeza é que a base militar russa em Tartus dobrou nos últimos anos e o Kremlin está agindo em concertação com o Irã e o Iraque, este último, decepcionado com a miopia estadunidense e o primeiro, gato escaldado, sabe que não há como confiar em promessas e acordos feitos por e com a Casa Branca.
Putin considera o apoio dos EUA aos 'rebeldes' sírios "illegal and ineffective. The U.S.-trained rebels are leaving to join the Islamic State with weapons supplied by Washington. It turns out that only 60 of these fighters [5.400 ao todo] have been properly trained, and as few as four or five people actually carry weapons. The rest of them have deserted with the American weapons to join ISIS."
É verdade. E há meses que dura esta debandada e os EUA fazem vista grossa. Enquanto isso, aumentam sua frota.
Em 2012 a Rússia tentara manerar (falei nisso no domingo atrasado), como mostra o vídeo abaixo da Press TV no fim de fevereiro de 2012.
O vídeo abaixo mostra que Putin reiterou sua demanda, de outra maneira, em meados de setembro deste ano e foi criticado, como sempre.
Aliás os EUA escolhem mau seus aliados. Sempre. Mas no Oriente Médio este erro tático é ainda mais grave. A Turquia prefere combater o PKK (kurdo) do que ajudar os únicos que resistem ao Daesh em seu território: os kurdos. E com a proximidade das eleições em novembro, a tendência é piorar.
Nesse ínterim, Israel bombardeou três bases miltiares sírias em 'retaliação a dois foguetes extraviados que caíram nos 70% da planície dos Golã que surrupiou da Síria e ocupa até hoje.
Segundo Abu Ali al-Jawlani, porta-voz do Syrian Revolutionary Command Council (RCC) em Quinetra e nos Golã, "There is an ongoing battle in the area north of Quneitra. Whoever wins that area will control key routes that connect Quneitra all the way to the countryside of Damascus".
Israel quer chegar em Damasco? No dia 20 de agosto já bombardeara um carro perto de Quineitra matando cinco civis. Justificaram o assassinato dizendo que eram resistentes palestinos. Mas não eram. E se fossem? Que direito eles têm de invadir território estrangeiro para cometer crimes? Fazem isso porque confiam em sua impunidade.
Com Putin na jogada, Israel está começando a preocupar-se. Barack é um lacaio, mas Vladimir Vladimirovitch não leva desaforo pra casa.
Obama está dizendo que a intervenção da Rússia na Síria (a dos EUA foi bem-intencionada, é claro...) é "recipe for disaster'. O Presidente dos Estados Unidos parece ignorar que desastre pior do que está é complicado. Quem viver verá.
Para quem quiser entender melhor o ponto de vista do outro lado, ou seja, de Bashar el-Assad e Vladimir Putin, selecionei os seguintes vídeos da RT (Russian TV International). De lambuja tem um debate da Al Jazeera sobre o papel do Irã na jogada.
Com Putin na jogada, Israel está começando a preocupar-se. Barack é um lacaio, mas Vladimir Vladimirovitch não leva desaforo pra casa.
Obama está dizendo que a intervenção da Rússia na Síria (a dos EUA foi bem-intencionada, é claro...) é "recipe for disaster'. O Presidente dos Estados Unidos parece ignorar que desastre pior do que está é complicado. Quem viver verá.
Para quem quiser entender melhor o ponto de vista do outro lado, ou seja, de Bashar el-Assad e Vladimir Putin, selecionei os seguintes vídeos da RT (Russian TV International). De lambuja tem um debate da Al Jazeera sobre o papel do Irã na jogada.
RT: Entrevista com Bashar el-Assad (15/09/2015)
Cross Talk do discurso de Putin nas Nações Unidas
AJ: Can Teheran deliver a solution on Syria?
AJ Inside Story: Will Putin save Assad's Syria?
AJ War & conflict: Is Israel at risk of becoming an aparthei state?
Carta aberta de Roger Waters a Bon Jovi:
Dear Jon Bon Jovi, David Bryan, and Tico Torres,
Often in the past I have written detailed, and sometimes even persuasive, letters to colleagues in the music business, encouraging them not to give succor to the Israeli government’s apartheid policies by performing in Israel.
Having read Jon’s comments last week in Yedioth Ahronoth, I won’t waste my time drawing parallels with Apartheid South Africa and the moral stand that so many artists took then and that thousands are taking now in the face of decades of Israeli oppression of Palestinians.
So the die is cast, you are determined to proceed with your gig in Tel Aviv on October 3. You are making your stand.
You stand shoulder to shoulder
With the settler who burned the baby
With the bulldozer driver who crushed Rachel Corrie
With the soldier who shot the soccer player’s feet to bits
With the sailor who shelled the boys on the beach
With the sniper who killed the kid in the green shirt
And the one who emptied his clip into the 13-year-old girl
And the Minister of Justice who called for genocide
You had a chance to stand On the side of justice
With the pilot who refused to bomb refugee camps
With the teenager who chose eight prison terms over army service
With the prisoner who fasted for 266 days until freedom
With the doctor banned from entry for saving lives
With the farmer who was cut down marching to the wall
With the legless child growing up in the rubble
And the 550 others who won’t grow up at all
Because of the missiles and tank shells and bullets we sent
The dead can’t remind you of the crimes you’ve ignored. But, lest we forget, “To stand by silent and indifferent is the greatest crime of all.”
Roger Waters
O autor e humanista sueco Henning Mankell, grande defensor dos direitos palestinos ao ponto de participar da Freedom Flotilla for Gaza em 2010, morreu na noite do dia 05 para o dia 06 de outubro. Grande perda para a causa palestina, para seus leitores assíduos e para a humanidade, que perde um ser extraordinário.
Henning Mankell wanted to destroy the monster of Israeli apartheid. Sarah Irving
O autor e humanista sueco Henning Mankell, grande defensor dos direitos palestinos ao ponto de participar da Freedom Flotilla for Gaza em 2010, morreu na noite do dia 05 para o dia 06 de outubro. Grande perda para a causa palestina, para seus leitores assíduos e para a humanidade, que perde um ser extraordinário.
Henning Mankell wanted to destroy the monster of Israeli apartheid. Sarah Irving
Número de prisioneiros políticos Palestinos no mês de setembro.
Prisoners before Oslo
30
Prisoners serving a sentence above 20 years
457
Prisoners serving life sentences
501
Prisoners serving more than 20 years
30
Prisoners serving more
Presídios Israelenses onde os palestinos estão encarcerados.
Incluindo os na Cisjordânia. Excluindo o recém-abert Presídio (infantil) Oz
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