John Kerry, o novo ministro das relações exteriores dos Estados Unidos, lá chamado Secretary of State, passou a semana enrolado com a Síria.
Ele foi à Arábia Saudita visitar o príncipe Saud al-Feisal (ditador aliado, portanto, "bonzinho") a fim de "assegurar apoio saudita" para seu plano de armar os rebeldes "moderados" da Síria.
Rebeldes moderados... Bom, boa sorte para quem conseguir distinguir o joio do trigo no terreno e não armar o rebelde errado.
Como aplaudi a saida da madame Clinton e a nomeação de John Kerry( em vez da primeira escolha de Obama - a embaixadora EUA na ONU Susan Rice ) lamento muito ter de discordar dele tão cedo.
Lamento mesmo.
Primeiro, porque ele afirma estar determinado a impor a Israel a solução dos dois Estados no Oriente Médio - que a boa vontade e o bom senso perdurem!
Segundo, porque ao contrário da madame Clinton - que tinha agenda própria e ignorância internacional proporcional à ambição presidencial que a obceca - Kerry é mais preparado para o cargo e tem boas ideias.
Simplificando, ele é um "good american".
Um pouco menos bitolado do que o célebre Quiet american de Grahan Greene, parece.
Suas posições no Senado indicam pelo menos dinamismo e curiosidade.
Porém, como intenção e gesto raramente se traduzem em sucesso, neste caso sírio, tenho de discordar do plano de Kerry porque até arrepio quando ouço falar em "armar os rebeldes".
Não é que eu queira que Bashar el-Assad se sinta livre para esmagar gente e prédio desenfreadamente até que a Síria seja totalme arrasada. É que há duas coisas que não consigo entender.
A primeira é como esta seleção entre moderado - extremista é possível, hoje, na Síria.
É, na teoria. Mas na prática,é uma miragem.
Por exemplo, por desencargo de consciência, os Estados Unidos podem armar a Free Syrian Army, reforçar seus militantes e ajudá-los a destruir o país mais depressa.
Mas como a transferência militar vai passar, como sempre passa nessa região, pela Arábia Saudita e não dá para confiar de jeito nenhum nessa família real...
Os ditadores sauditas sempre detestaram os Assad - alauitas incontroláveis - e estão sempre prontos a ajudar os Estados Unidos de olhos fechados. Contanto que a Casa Branca não conteste a legitimidade de seu próprio regime autoritário.
Por este prisma, podem garantir sem perigo que as armas, cada vez mais pesadas, continuem a atravessar as fronteiras dos países vizinhos.
Mas quem garante que a família real saudita vai armar a Free Syrian Army e não os para-militares islamitas que se infiltraram para combater Assad? Ora, muitos destes são sunitas Wabbabis ou salafistas - como os responsáveis pelo atentado das Torres Gêmes em Nova Iorque e como os governantes sauditas.
O esporte preferido de grupos salafistas como al-Nusra é perseguir os xiitas.
E como acontece com todo fanático extremista, só suas próprias convicções são admissíveis. Portanto, depois de acabar com Assad e os alauitas, vão certamente acabar com outros grupos xiitas. Em seguida, com os sunitas moderados da Irmandade Muçulmana. E depois..., bem, depois acabarão com todos os não salafistas. Até chegar à limpeza dentro do próprio clã.
O extremismo não tem nuança e nem limite. (A charge à esquerda critica o "wabbabismo" através das baratas que saem da Arábia Saudita para infestar os demais países árabes).
John Kerry, os EUA, a Grã-Bretanha, a França, enfim, os países ocidentais que estão privilegiando a luta armada - em vez da solução russa de forçar, literalmente, todos a uma reunião civilizada para conversar - estão brincando com fogo.
Aliás, embora não seja neófito em política internacional, Kerry pisou na bola em Ryad.A uma pergunta se armar os rebeldes não era uma preocupação (a mais), falou sobre a ajuda militar que Assad estaria recebendo da Rússia, do Irã,... e do Hezbollah.
Peraí!
No mês passado os israelenses divulgaram com estardalhaço que haviam capturado um comboio de armas de Assad para o Hezbollah... Quem está armando quem mesmo?
O certo é que ninguém sabe de nada.
Só se sabe que tanto Assad quanto os "rebeldes" bombardeiam hospitais e o que querem.
Muitos grupos "rebeldes" sequestram, estupram e matam indiscriminadamente. Até mais do que as tropas oficiais.
Mas isso não se pode falar porque não é "policamente correto" revelar os tropeços dos "rebeldes".
Circular na Síria a salvo, só com o Exército de Assad e com seus oponentes da Free Syrian Army.
E olha lá!
Nesta guerra civil, se já teve, não tem mais bandido e mocinho.
Armar não é solução para nada. Talvez bloquear os radares de Assad, mas tem de ser em concertação com a Rússia, o Irã e a China.
Se não, aí a jurupoca vai piar.
Até quem não está no terreno e não segue os eventos vê que a situação na Síria está deteriorando sem parar.
Dizem as ONGs internacionais que mais de 70.000 pessoas já foram mortas nestes dois anos de combate.
É uma estimativa possível. Embora seja impossível contabilizar com certeza.
Quase dois milhões de habitantes foram obrigados a deslocar-se. Dentro e para fora das fronteiras. Os países vizinhos estão cheios de refugiados.
São eles que são entrevistados pelos jornalistas que não têm acesso à Síria ou têm medo de adentrar zonas inóspitas.
E é a versão deles que vai para os jornais e provoca revolta dos estrangeiros de alma sensível ou descendentes de sírios.
Aliás, na semana passada, conversando com uma executiva de uma das maiores ONGs internacionais de Direitos Humanos, a ingerência na Síria voltou à pauta. Por causa destes depoimentos horríveis.
Seu argumento foi uma variação sobre o mesmo tema que alimenta as reuniões mundanas de pessoas "politicamente corretas" nas capitais europeias.
A maioria absoluta destas boas almas sempre foi a favor da ingerência.
Há alguns meses, estas pessoas defendiam apoio, incondicional, aos rebeldes, e um bombardeio puro e simples.
Hoje em dia, argumentam que a OTAM deveria ter agido em 2011 e acabado com Bashar el-Assad no início. (E calam-se quanto aos atentados que a oposição a Assad tem levado a cabo matando muitos civis.)
Os que defendem a medida drástica de intervenção direta, citam como exemplo a Tunísia e o Egito.
Eu, refratária a mudar o mundo em jantares e bares, mantenho minha posição de pé firme.
A ingerência só se justifica e só dá frutos democráticos e pacíficos quando é exercida em um conflito internacional.
Ou seja, entre dois países que se confrontam e um deles corre o risco de ser riscado do mapa - como foi o caso do esfacelamento da ex-Iugoslávia; ou quando um país ocupa outro e procede a uma limpeza étnica - como o que Israel está fazendo há décadas na Palestina.
Ou seja, entre dois países que se confrontam e um deles corre o risco de ser riscado do mapa - como foi o caso do esfacelamento da ex-Iugoslávia; ou quando um país ocupa outro e procede a uma limpeza étnica - como o que Israel está fazendo há décadas na Palestina.
Aliás, as mesmas pessoas apressadas em intervir na guerra civil na Síria emudecem quando a questão é intervir na Palestina.
(É aquela velha história da "coragem" de opiniões consensuais. Só tomada quando não representa perigo na própria vida social.)
(É aquela velha história da "coragem" de opiniões consensuais. Só tomada quando não representa perigo na própria vida social.)
Voltando à vaca já esquálida da Síria, onde o problema é doméstico, sou contrária à intervenção estrangeira para salvar qualquer que seja o lado.
Transpondo para a geopolítica, roupa suja tem realmente de ser lavada em casa.
Pois um estranho que interfere, intercede para o que parece mais fraco, toma partido sem conhecer o fundo da história que gerou a discórdia. Entra mesmo é de gaiato.
Ora, o visível é quase sempre claro.
O invisível, ninguém, mas ninguém mesmo que está de fora da família, da comunidade, da nação cujos cidadãos beligeram, tem condições de determinar quem é mesmo culpado, se a culpa não é compartilhada e como ajudar a vítima sem aumentar o trauma.
A experiência me levou à humildade.
O visível na Síria, no ano de 2010, que viu o surgimento do que foi chamado Primavera Árabe, era um regime autoritário dirigido por Bashar, herdeiro do golpista Afez el-Assad.
A simpatia dos democratas ocidentais e dos revolucionários de bar estava com o punhado de "rebeldes" da Irmandade Muçulmana que gritava "Abaixo Assad". Sem entrarem nos meandros do porquê de a Irmandade Muçulmana querer derrubá-lo.
Por que queriam tirar Assad de Damasco?
Não porque Bashar era ditador e ponto final.
Era porque seu pai havia permitido o bombardeio de Hama trinta anos antes a fim de estancar o crescimento da Irmandade Muçulmana, calá-la na marra e empurrar para o exílio suas vozes religiosas exaltadas.
Errou, é claro.
Sua atitude e suas medidas de repressivas foram e são condenadas e condenáveis.
Mas o problema é da Síria e dos sírios.
Errou, é claro.
Sua atitude e suas medidas de repressivas foram e são condenadas e condenáveis.
Mas o problema é da Síria e dos sírios.
Aí outros argumentam que não é normal que Assad, um alauíta, isto é, de confissão religiosa minoritária, controle o país onde os sunistas são majoritários.
Pois é, mas as mesmas pessoas que dizem isso calam-se quando o assunto passa para o Bahrein, que vive um caso inverso com consequências iguais ou piores do que na Síria - uma família sunita que governa com violência uma população xiita majoritária. (vídeo abaixo)
É certo que a Irmandade Muçulmana estaria em pior situação do que estava, pois Assad talvez não perdoasse a rebeldia (apesar de prometer anistia).
Porém, esta é a história da Síria.
Duvido que um governo novo mude o jeito do "olho por olho" de governar.
Porém, esta é a história da Síria.
Duvido que um governo novo mude o jeito do "olho por olho" de governar.
Se, se, se, enfim, se não muda nada.
São águas passadas.
O se final é que uma providência tem de ser tomada para que Damasco, Aleppo e todas as antiguidades maravilhosas que estão hoje em pedaços sejam protegidas dos assaltos de "rebeldes" com agenda própria. Eles acham que atacando as igrejas, os sítios arqueológicos romanos, enfim, a riqueza milenar síria, atacam Assad.
Rebeldia seletiva da qual não se pode falar porque cristão que defende sítio cristão é reacionário. Cristão "moderno" só pode condenar vandalismo contra mesquitas e sinagogas.
E qualquer quer seja o acordo, querendo ou não, tem de incluir Assad e o partido Bath.
Nem que seja para ele proceder a uma democratização à russa, a passos lentos, mas em direção a uma mudança de mentalidade.
Pois até Bashar sabe que tem de democratizar.
Porém, tem de ser à maneira que a Síria pode e conhece.
Enfim, o jeito que o país achar melhor. Não nós.
Continuo com a mesma opinião de 2010. A revolta na Síria não foi popular como na Tunísia e no Egito. Lugares em que a Irmandade Muçulmana acabou aproveitando a deixa para sequestrar o movimento dos estudantes e galgar ao poder nas costas dos revolucionários.
(E o problema foi só adiado).
Se a revolta na Síria tivesse sido popular mesmo, Assad não teria conseguido manter-se no poder nem a pau - literalmente. Os soldados teriam desertado para o lado dos familiares e o governo teria vindo abaixo. Isto é um fato.
Na Síria, nem o general amigo-irmão de Bashar el-Assad, ao desertar e emigrar para a Turquia - a fim de pleitear o trono que dizia que Bashar vagaria em curto prazo - conseguiu induzir deserção em massa das tropas que comandava.
Nem ele, nem outros oficiais graduados, nem os ministros que abandonaram Damasco.
Portanto, a maioria da população não deu as costas a Assad.
E no final das contas, é sempre a maioria que decide.
Como disse em relação ao Irã, em ditadura, o processo de amadurecimento da população é gradual, progressivo. A emancipação de um povo tem seu próprio ritmo. Ritmo que não pode ser acelerado por vontades e forças alheias ao processo.
Os EUA intervieram no Iraque com resultados dramáticos. E na Líbia, que está caminhando para o caos social a passos largos.
Pensar o contrário, que os "coitados" dos sírios PRECISAM da ajuda ocidental, porque são fracos, é um paternalismo insuportável.
A Espanha e Portugal foram viveram regimes ditatoriais durante décadas. Em plena Europa. O general Francisco Franco e o econismta Antônio de Oliveira Salazar ficaram bem instalados em suas ditaduras represssivíssimas até a morte, natural, em ambos os casos. Sem que nenhum pas europeu pensasse em intervir para salvar os "coitados" dos espanhois e portugueses dos ditadores que se mantiveram tranquilos em seus tronos.
Por quê?
Por que intervir nos países árabes, dar lição aos iranianos, acelerar um processo para o qual o povo não está preparado?
Será que é por paternalismo, misturado de alta dose de imperialismo e cobiça dos 1% de bilionários que querem parasitar os recursos naturais alheios, custe o que custar?
E no final das contas, é sempre a maioria que decide.
Como disse em relação ao Irã, em ditadura, o processo de amadurecimento da população é gradual, progressivo. A emancipação de um povo tem seu próprio ritmo. Ritmo que não pode ser acelerado por vontades e forças alheias ao processo.
Os EUA intervieram no Iraque com resultados dramáticos. E na Líbia, que está caminhando para o caos social a passos largos.
Pensar o contrário, que os "coitados" dos sírios PRECISAM da ajuda ocidental, porque são fracos, é um paternalismo insuportável.
A Espanha e Portugal foram viveram regimes ditatoriais durante décadas. Em plena Europa. O general Francisco Franco e o econismta Antônio de Oliveira Salazar ficaram bem instalados em suas ditaduras represssivíssimas até a morte, natural, em ambos os casos. Sem que nenhum pas europeu pensasse em intervir para salvar os "coitados" dos espanhois e portugueses dos ditadores que se mantiveram tranquilos em seus tronos.
Por quê?
Por que intervir nos países árabes, dar lição aos iranianos, acelerar um processo para o qual o povo não está preparado?
Será que é por paternalismo, misturado de alta dose de imperialismo e cobiça dos 1% de bilionários que querem parasitar os recursos naturais alheios, custe o que custar?
Repito. A intervenção militar é impraticável.
É por saber disto que Putin - único presidente do mundo dito civilizado que está realmente bem informado sobre o que acontece na Síria - anda dizendo Basta. A todos os lados.
Ofereceu-se para resolver o problema à sua maneira. Como pode e como sabe.
Como?
Reunindo todos em volta da mesa de diálogo, a fim de concertarem um plano de reconciliação nacional.
Todos são, Assad e os chefes dos grupos rebeldes identificáveis + os países interessados na resolução do problema.
Tanto as potências ocidentais quanto os árabes.
Tanto as potências ocidentais quanto os árabes.
Pois Putin sabe que não adianta nada os Estados Unidos se reunirem só com seus aliados árabes - Arábia Saudita e os vizinhos de regimes igualmente autoritários - para os quais Assad é uma pedrona no sapato.
O único jeito de acabar com esta guerra civil e sectária é reunindo todos os interessados. Inclusive o Irã e o Hezbollah.
Até os Estados Unidos sabem por onde a solução tem de passar.
Contudo, preferem ver a Síria reduzida a migalhas, todas as maravilhas antigas espedaçadas, a história cristã dos primeiros séculos pulverizada, dezenas de milhares de civis virarem efeitos colaterais de uma disputa absurda, caduca, do que concordar em sentar à mesma mesa com um iraniano para dialogar de igual para igual.
Questão de princípio, dizem.
Questão de soberba, dizem, off the record, até alguns aliados.
Os EUA gostam de brigar, mas conversar, acham difícil - sua diplomacia está longe de fazer parte da elite diplomática internacional.
Vitória com drones é fácil e segura. Mas ganhar batalha verbal, aí precisa de discernimento e sabedoria.
A Síria só vai conseguir resgatar-se se Barack Obama baixar a crista, ser magnânimo (é pedir demais?) e deixar Vladimir Putin tomar as rédeas com prumo.
Gostam de dizer que a culpa dos excessos na Síria são de Putin. Que o Kremlin protegeu Assad por interesse próprio, impedindo que a OTAM interviesse como fez na Líbia.
É inegável que a Rússia tem interesse próprio na Síria - o único país no Oriente Médio e países árabes em que tem base militar.
É também inegável que a preocupação dos russos é legítima.
Os Estados Unidos dispõem de 662 bases militares em 38 países estrangeiros. E tem militares baseados em 130 dos 193 países membros das Nações Unidas.
Nos países árabes, suas bases principais são no Bahrein - Bahrain International Airport, Sheikh Isa Air Base; em Oman - Masirah Air Base, Thumrait Air Base; no Qatar - Al Udeid Air Base; na Arábia Saudita - Eskan Village; na Turquia - Incirlik Air Base; nos Emirados Árabes - Dhafra Air Base.
A Rússia só tem uma. Em Tartus, uma bela cidade que é um dos dois maiores portos da Síria. No Mar Mediterrâneo. Uma ilha de tranquilidade no grande campo de batalha que virou a Síria.
Foi por causa de suas bases militares que os EUA protegeram como puderam os regimes autoritários da Arábia Saudita, do Bahrein e do Yêmen dos movimentos revolucionários ferozmente reprimidos pelos dirigentes pró-estadunidenses.
Portanto, seria ingenuidade e até hipocrisia acusar Putin de defender Assad em benefício próprio.
É aquela história dos dois pesos e duas medidas. É esta história antiga, que a ONU foi criada para remediar, que atrapalha o equilíbrio dentro e entre os países do mundo.
Documentário da Al Jazeera: Bahrain, shouting in the Dark
Post Scriptum: uma lembrancinha de um pedacinho da maravilha arquitetural e histórica que era a Síria até 2010.
O país abriga (abrigava) sítios arqueológicos que datavam de antes e do início do cristianismo.
ALEPPO
APAMEA
AL BARA
BOSRA
DAMASCO
HAMA
KRAK DES CHEVALIERS
MALULA
MARQAB
PALMIRA
SERGILIA
Gostaria inicialmente parabenizá-la pelo seu jornalismo imparcial e esclarecedor q junto com Samy Adghirni da Folha q fala sobre o Irã,formam contrapontos importantes nos assuntos referentes ao Oriente Médio e Irã q deveriam ser referência no Brasil ao contrário da mídia a serviço da desinformação q pululam por aí em especial um blog do Estadão.
ResponderExcluirIsso posto,farei algumas considerações sobre o artigo acima,a saber:
1-A crença na origem do conflito estar numa agenda "maior" sionista sem a qual nada disso estaria ocorrendo.Recomendaria os links abaixo e apreciaria a sua opinião a respeito.
http://members.tripod.com/alabasters_archive/zionist_plan.html#5pn
http://www.newyorker.com/reporting/2007/03/05/070305fa_fact_hersh
file:///C:/Users/Eduardo/Documents/documento%20WEB/Press%20TV-%20A%20origem%20do%20conflito.htm
2-Com relação a sua citação:
"Só se sabe que tanto Assad quanto os "rebeldes" bombardeiam hospitais e o que querem.
Muitos grupos "rebeldes" sequestram, estupram e matam indiscriminadamente. Até mais do que as tropas oficiais."
Tenho familiares na síria vivendo diariamente o conflito e até aonde vai meu conhecimento da história política do país fica muito,muito mas muito difícil crer nas alegações acima sobre o exército.Poderia listar várias razões pra isso mas pra não tornar-me prolixo(já sendo,rs)me aterei a fazer a seguinte consideração:
Partindo do princípio q o povo sírio é altamente esclarecido e por terem visto o que aconteceu em sua vizinhança(Iraque,Líbia e Afeganistão)e mesmo não necessariamente todos gostarem de Assad,veem nele um símbolo de segurança,estabilidade e unidade do país(assim como vinha sendo antes do conflito)q nem de longe enxergam em sua oposição.E,pra q esse apoio persistisse até hoje o exército sírio como sendo formado por cidadãos sírios,em sua estratégia de combate ao terror não poderia nem pensar em cometer os mesmos crimes q seus inimigos,estes sim arrisco a dizer responsáveis por 99,9999% do q dizem por aí.Reconheço q em uma guerra difícil de ser combatida como essa(visto q ocorre dentro de sua própria casa)algum efeito colateral possa ocorrer mas não de forma deliberada por parte do exército.Agora com relação aos seus inimigos,com esses não tem havido nem dó nem piedade como não poderia ser diferente.Press TV e Agência Sana de Notícias são bons contrapontos.
Mais uma vez,Parabéns e sucesso!!