Enquanto Donald Trump celebra sua vitória e Vladimir Putin o cumprimenta de maneira sóbria, o primeiro ministro da Rússia, Dimitri Medvedev foi encarregado de uma tarefa político-estratégica de sabotagem da hegemonia US no Oriente Médio - reanimar as Peace Talks entre Israel e Palestina.
Com esta iniciativa diplomática que era exclusivamente gringa até uma semana atrás, o Presidente da Rússia manda um recado à OTAN e a Washington: Doravante, sou eu que dou as cartas na Terra. Washington vai ser um contra-peso e não mais um peso pesado.
Dimitri chegou em Jericó ontem para, segundo o comunicado oficial: "talks with Palestinian leader Mahmoud Abbas. The pair are expected to sign a number of agreements and treaties as part of the trip." Após passar por Tel Aviv e dizer a Binyamin Netanyahu, sem rodeios, a que veio.
No plano policial, a Rússia também galgou grandes degraus. O major russo Aleksandr Prokopchuk que dirigia a Interpol em Moscou, acabou de ser eleito vice-presidente da organização internacional com 127 votos a favor, 10 contra e 8 abstenções. A Interpol só opera no combate internacional de crimes comuns - não interfere no combate de crimes políticos, religiosos e militares - mas é eficiente e prestigiosa.
Ouve-se em Moscou que o grande vitorioso nas eleições dos EUA não é Trump e sim Putin.
Com esta iniciativa diplomática que era exclusivamente gringa até uma semana atrás, o Presidente da Rússia manda um recado à OTAN e a Washington: Doravante, sou eu que dou as cartas na Terra. Washington vai ser um contra-peso e não mais um peso pesado.
Dimitri chegou em Jericó ontem para, segundo o comunicado oficial: "talks with Palestinian leader Mahmoud Abbas. The pair are expected to sign a number of agreements and treaties as part of the trip." Após passar por Tel Aviv e dizer a Binyamin Netanyahu, sem rodeios, a que veio.
No plano policial, a Rússia também galgou grandes degraus. O major russo Aleksandr Prokopchuk que dirigia a Interpol em Moscou, acabou de ser eleito vice-presidente da organização internacional com 127 votos a favor, 10 contra e 8 abstenções. A Interpol só opera no combate internacional de crimes comuns - não interfere no combate de crimes políticos, religiosos e militares - mas é eficiente e prestigiosa.
Ouve-se em Moscou que o grande vitorioso nas eleições dos EUA não é Trump e sim Putin.
Não que o presidente da Rússia tenha influenciado o resultado (embora os vazamentos de wikileaks tenham saído na hora certa da reta final).
Não que o Kremlin veja o novo ocupante da Casa Branca como um aliado (embora seja mais fácil Trump ser pragmático do que a Clinton, que apóia todas as loucuras de Israel, é uma warlady e anti-Putin primária).
E sim porque a vitória desse palhaço mostra, segundo analistas russos, que o "american establishement" está descontrolado e fraco.
Com Donald Trump em Washington, Putin está pronto para sentar-se no trono do reino mundial.
Mas como o presidente da Rússia é gato escaldado e não confia em estadunidense nem com documento assinado, deve esperar Trump dar o primeiro passo. Ou seja, que mostre sua verdadeira cara (se tiver algo atrás da máscara) e mostre suas cartas no baralho da política internacional.
Na Síria, por exemplo, pode ser que, ao contrário de Obama, Trump apóie Putin em vez de minar o terreno ainda mais.
A questão iraniana dependerá do grau de subserviência de Washington a Tel Aviv ser maior do que a pressão das coorporations gringas que estão lucrando com a abertura restrita à sua exploração do mercado do país.
A Palestina ainda é um enigma porque embora tenha ido à AIPAC e embolsado dinheiro sionista, Trump é menos comprometido com o lobby israelo-militar-ocupacionista do que a Clinton. Apesar de um de seus "patrocinadores" ser Sheldon Adelson, um dos maiores investidores nas colônias judias ilegais na Cisjorânia. Binyamin Netanyahu espera que Trump apóie sua limpeza étnica da Palestina sem dar um pio.
Dito isso, faço conjecturas vazias, pois, de fato, a presidência de Trump é a mais imprevisível da história dos Estados Unidos.
Não conheço ninguém, nenhum analista fiável, que possa e saiba dizer hoje o que esse cara realmente pensa e pretende.
Não que os presidentes anteriores fossem mais previsíveis - Barack Obama provou que há distância entre intenção, promessa e gesto concreto. E sim porque seu programa é um grande vazio e ele representava um papel que talvez mude, ao chegar ao governo.
Aliás, tenho ouvido que a vitória de Trump foi a do ódio, da exclusão, do racismo, do neo-fascismo, etcétera e tal.
Eu discordo.
Acho que a chegada de Trump à Casa Branca deve-se ao rumo que o partido Democrata tomou ao escolher a Clinton como candidata em detrimento de Bernie Sanders.
Foi uma falência moral. O partido apoiou uma candidata corrupta até a alma sabendo do risco que corria. Ou melhor, menosprezando o eleitorado e ignorando o princípio básico da política: a diversidade. A possibilidade do eleitor escolher entre dois lados distintos e claros.
Com Trump e Clinton, os estadunidenses se encontraram diante do mesmo perfil inconfiável. Tinham a escolha entre a foice e o punhal. Escolheram a foice porque o punhal é uma arma dissimulável que pode ferir, matar, de surpresa.
Trump cuspiu um monte de mentiras a seus eleitores e lançou uma tonelada de acusações verdadeiras contra a candidata Democrata. Esta, não tinha moral para rebater e foi se atolando na lama em que vive há décadas. A única chance que os Democratas tinham contra Trump era Benie Sanders. Pois havia uma escolha clara entre a fabulação e a verdade, entre discurso oco e argumentos político-econômico-sociais embasados.
Os Democratas, em vez de escolherem um candidato idôneo, embarcaram no barco furado da Clinton e hoje os EUA estão como a Inglaterra com o Brexit - de ressaca e isolados.
Do que adianta passeatas quando a democracia é exercida e dá errado? (Apesar do sistema eleitoral dos EUA ser tudo, menos democrático a cem por cento, é o vigente).
O cara foi eleito, agora tem de deixá-lo governar. É o princípio democrático. Que tem de ser respeitado com uma oposição ferrenha a medidas anti-democráticas.
O partido Democrata hoje é como o Partido Socialista na França e como o Partido Trabalhista na Inglaterra antes de Jeremy Corbyn. Distanciado de suas bases. Desvinculado dos princípios em que foi criado. Dominado por uma elite que culpa tudo e todos, menos a si mesma, ao ser merecidamente derrotada.
Não foram apenas racistas, homofóbicos, misóginos, fascistas que elegeram Trump. Clinton sofreu suas maiores derrotas em zonas "brancas" em que Obama estava firmemente implantado.
O voto dado a Trump não foi majoritariamente radico-sectário, foi de raiva. De protesto à mundialização protagonizada pelos 1% que condenam seus compatriotas ao desemprego e à precariedade ao "deslocalizarem" suas fábricas para países que empregam mão-de-obra semi-escrava.
No Brasil é o mesmo. Lula e Dilma estabeleceram regimes de proteção de emprego e boas condições de trabalho ao operário, ao funcionário, e a "elite" financeira golpista levou suas fábricas para a China e passou a reunir-se em Shangai nos hotéis 5 estrelas com filtro anti-poluição nos quartos.
(Aliás, o casal Temer e Trump se assemelham tanto!)
A mondialisação foi criada pelos magnatas financeiros para servir apenas seus interesses.
Qualquer que seja o país, esses 1 por cento não têm partido, não têm ideologia, não têm nenhum espírito cívico ou humanista. Só querem lucrar, cada vez mais, com o trabalho alheio.
A Clinton representava essa elite indiferente e ávida de dinheiro.
Não foi o palhaço neo-fascista que ganhou. Foi a ogra corrupta que perdeu.
O ponto positivo é que, desta vez, estamos livres dela para sempre.
Não que o Kremlin veja o novo ocupante da Casa Branca como um aliado (embora seja mais fácil Trump ser pragmático do que a Clinton, que apóia todas as loucuras de Israel, é uma warlady e anti-Putin primária).
E sim porque a vitória desse palhaço mostra, segundo analistas russos, que o "american establishement" está descontrolado e fraco.
Com Donald Trump em Washington, Putin está pronto para sentar-se no trono do reino mundial.
Mas como o presidente da Rússia é gato escaldado e não confia em estadunidense nem com documento assinado, deve esperar Trump dar o primeiro passo. Ou seja, que mostre sua verdadeira cara (se tiver algo atrás da máscara) e mostre suas cartas no baralho da política internacional.
Na Síria, por exemplo, pode ser que, ao contrário de Obama, Trump apóie Putin em vez de minar o terreno ainda mais.
A questão iraniana dependerá do grau de subserviência de Washington a Tel Aviv ser maior do que a pressão das coorporations gringas que estão lucrando com a abertura restrita à sua exploração do mercado do país.
A Palestina ainda é um enigma porque embora tenha ido à AIPAC e embolsado dinheiro sionista, Trump é menos comprometido com o lobby israelo-militar-ocupacionista do que a Clinton. Apesar de um de seus "patrocinadores" ser Sheldon Adelson, um dos maiores investidores nas colônias judias ilegais na Cisjorânia. Binyamin Netanyahu espera que Trump apóie sua limpeza étnica da Palestina sem dar um pio.
Dito isso, faço conjecturas vazias, pois, de fato, a presidência de Trump é a mais imprevisível da história dos Estados Unidos.
Não conheço ninguém, nenhum analista fiável, que possa e saiba dizer hoje o que esse cara realmente pensa e pretende.
Não que os presidentes anteriores fossem mais previsíveis - Barack Obama provou que há distância entre intenção, promessa e gesto concreto. E sim porque seu programa é um grande vazio e ele representava um papel que talvez mude, ao chegar ao governo.
Aliás, tenho ouvido que a vitória de Trump foi a do ódio, da exclusão, do racismo, do neo-fascismo, etcétera e tal.
Eu discordo.
Acho que a chegada de Trump à Casa Branca deve-se ao rumo que o partido Democrata tomou ao escolher a Clinton como candidata em detrimento de Bernie Sanders.
Foi uma falência moral. O partido apoiou uma candidata corrupta até a alma sabendo do risco que corria. Ou melhor, menosprezando o eleitorado e ignorando o princípio básico da política: a diversidade. A possibilidade do eleitor escolher entre dois lados distintos e claros.
Com Trump e Clinton, os estadunidenses se encontraram diante do mesmo perfil inconfiável. Tinham a escolha entre a foice e o punhal. Escolheram a foice porque o punhal é uma arma dissimulável que pode ferir, matar, de surpresa.
Trump cuspiu um monte de mentiras a seus eleitores e lançou uma tonelada de acusações verdadeiras contra a candidata Democrata. Esta, não tinha moral para rebater e foi se atolando na lama em que vive há décadas. A única chance que os Democratas tinham contra Trump era Benie Sanders. Pois havia uma escolha clara entre a fabulação e a verdade, entre discurso oco e argumentos político-econômico-sociais embasados.
Os Democratas, em vez de escolherem um candidato idôneo, embarcaram no barco furado da Clinton e hoje os EUA estão como a Inglaterra com o Brexit - de ressaca e isolados.
Do que adianta passeatas quando a democracia é exercida e dá errado? (Apesar do sistema eleitoral dos EUA ser tudo, menos democrático a cem por cento, é o vigente).
O cara foi eleito, agora tem de deixá-lo governar. É o princípio democrático. Que tem de ser respeitado com uma oposição ferrenha a medidas anti-democráticas.
O partido Democrata hoje é como o Partido Socialista na França e como o Partido Trabalhista na Inglaterra antes de Jeremy Corbyn. Distanciado de suas bases. Desvinculado dos princípios em que foi criado. Dominado por uma elite que culpa tudo e todos, menos a si mesma, ao ser merecidamente derrotada.
Não foram apenas racistas, homofóbicos, misóginos, fascistas que elegeram Trump. Clinton sofreu suas maiores derrotas em zonas "brancas" em que Obama estava firmemente implantado.
O voto dado a Trump não foi majoritariamente radico-sectário, foi de raiva. De protesto à mundialização protagonizada pelos 1% que condenam seus compatriotas ao desemprego e à precariedade ao "deslocalizarem" suas fábricas para países que empregam mão-de-obra semi-escrava.
No Brasil é o mesmo. Lula e Dilma estabeleceram regimes de proteção de emprego e boas condições de trabalho ao operário, ao funcionário, e a "elite" financeira golpista levou suas fábricas para a China e passou a reunir-se em Shangai nos hotéis 5 estrelas com filtro anti-poluição nos quartos.
(Aliás, o casal Temer e Trump se assemelham tanto!)
A mondialisação foi criada pelos magnatas financeiros para servir apenas seus interesses.
Qualquer que seja o país, esses 1 por cento não têm partido, não têm ideologia, não têm nenhum espírito cívico ou humanista. Só querem lucrar, cada vez mais, com o trabalho alheio.
A Clinton representava essa elite indiferente e ávida de dinheiro.
Não foi o palhaço neo-fascista que ganhou. Foi a ogra corrupta que perdeu.
O ponto positivo é que, desta vez, estamos livres dela para sempre.
Noam Chomsky on Trump's election
Inside Story on Trump's election
PALESTINA
Empire Files: The Untold History of Palestine & Israel - october 2016
Empire Files: The Untold History of Palestine & Israel - october 2016
Breaking the Silence
Quotidiano sob ocupação: soldados da IDF invadiram o vilarejo de Zabubah, na Cisjordânia à caça de meninos. Encontraram uma turminha brincando e ao atacarem a meninada, um deles, de 11 anos, imobilizou-se de pânico e foi atacado pelo "valente" soldado. Fato banal nos territórios palestinos ocupados. É assim que os soldados israelenses se distraem. Armados até os dentes, atacam mulheres, meninos e adolescentes indefesos. Dos homens adultos, mantêm distância. Nestes, só atiram de longe.
Daily life Under occupation:On 2 November 2016,
soldiers entered the village of Zabubah and ran toward a group of
children who had gathered there. The children dispersed, but one of
them, an 11-year-old, froze. A security camera installed in the area
captured the images of an israeli soldier knocking the boy to the ground.
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