MARIÂNGELA BERQUÓ enfoca a Geopolítica: Rogue State of Israel II: Licenced to Lie Cheat Kill?

Mensagem de Anonymous a Israel

Faixa de Gaza: "Horror"!
como dizia Marlon Brando em Apocalipse Now.
E somos todos cúmplices passivos

Question to a child, Sara Naim, in Gaza:

- "How old are you?"

- "Three wars, and still growing."
I hope she survives this one too and afterwards there shall be no more occupation, no more abuse, no more wars; only freedom, a national identity, a sovereign State of Palestine; that is to say, dignity and a future. The very rights that Israeli children have been enjoying since 1948 and Palestinians have been unfairly and unjustly denied since the Nakba.

"Those who refused to accept Hamas in a Palestinian government negotiating with Israel, get Hama in another futile and useless round of war."

GUSH SHALOM
Publicado no jornal israelense Ha’aretz July 11, 2014

Using public relations efforts to build public support for military action is not a new idea. But spending money on tweets to shape global perceptions may be the next frontier for such efforts. That is a new Israeli idea: to step up PR efforts on social media.
On July 16, Israeli Prime Minister Binyamin Netanyahu, seeking to build support for an escalation of Israeli military operations in Gaza, bought tweets to speak ill of Hamas and promote Operation Protective Edge.
Needless to say that conventional and social media, under Israeli/US governments "spell", are also spreading accusations of anti-semitism to put pressure on those who dare to criticize the occupation and all the evils that it brings to Palestine, and to Israel.
Enough is enough. It's time to stop this nonsense once and for all.

"Stop the Killing, End the Occupation!
We will not remain quiet as the bombs are falling!
In the past month, Israel raided several thousand homes, and arrested over 600 Palestinians, including women and children [in the West Bank].
Also in the last few weeks, everyday forms of racism and violence, by the state and its officials, have escalated exponentially.
Ongoing occupation, daily oppression, house demolitions, destruction of lives.
The Israeli government is relentless - demolishing in Hebron, expropriating lands in the Naqab / Negev, brutally suppressing popular protests, attacking Gaza.
Once again, Israel launched yet another irresponsible and unnecessary military 'operation,' at the expense of the residents of the south, who, together with Gazans, deserve to live in dignity, without constant and daily threats.
Bombardments and casualties lead nowhere, except for further bombings, rockets and blood. Stop militarism, end the occupation!"
Gush Shalom, ONG de Direitos Humanos, Tel Aviv

17/07/14: US president Barack Obama spoke with israeli prime minister Binyamin Netanyahu and offered to help broke a truce, though the State Department 'clarified' that it would not talk directly with Hamas, which Washington considers a terrorist organisation.
So they talked with Egyptian Dictator general Sissi, who has been persecuting Palestinian refugees in his country since his Coup d'Etat.
Wait a minute, if they don't talk with Hamas, how can they broke any deal?
It is surreal.
Furthermore, Obama's message was quickly 'undermined' by US ambassador in Tel Aviv, Dan Shapiro, who told Israeli Army Radio that Israel would enjoy American support 'even if it decides' to launch a ground invasion. (which means that the ground invasion is imminent).

Maybe that's why the IDF have just decided to target Hamas' learders. Which will only aggravate the situation. Palestinian Resistance doesn't lie in individuals. It lies in the survival of a people. Generation after generation.
Meanwhile, the serial murders Binyamin Netanyahu, Avigdor Lieberman, Ehud Barak, enjoy their freedom and US unconditional friendship.
Nice. Very nice. Very humane and impartial. No double standards at all.

Life in Gaza explained
Vida em Gaza

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, reuniu-se com o ditador do Egito no dia 17 de julho, general Sissi, a fim de discutir um cessar-fogo bilateral, em vez do primeiro acordo unilateral que não incluiu nenhum representante palestino. E que por isso, foi recusado pelo Hamas, que ficou sabendo de seu teor através da imprensa.
"We're in a really critical 24 hours," disse um diplomata ocidental. "If there's no ceasefire in the next two or three days, pressure will increase on [the Israeli prime minister, Binyamin] Netanyahu for a ground operation."
Pressão de quem? Dos israelenses, de Washington ou a tal pressão é uma invenção para a investida terrestre agora que a Faixa de Gaza já está em escombros?
Não há eletricidade, nem água e está faltando gêneros de primeira necessidade pois a IDF (Forças Armadas israelense) destruiram toda a infraestrutura pública da Faixa. Mas tudo bem, contanto que a segurança de Israel esteja assegurada. É o que pensam e dizem os sionistas inveterados.

O governo de Israel mandou os gazauís evacuarem suas casas para eles as bombardearem à vontade sem ouvir recriminações internacionais esporádicas. E querem que as famílias vão para onde? E depois, para onde voltar? Para os entulhos depois de ficarem sem nada?
Quanto a Avigdor Lieberman, o ministro das Relações Exteriores de Israel, de extrema-direita e morador de uma das colônias ilegais na Cisjordânia, fez questão de deixar claro aos jornalistas que "the reports of a ceasefire, are far from representing reality, I spoke with the prime minister, and for now they are incorrect".
O representante do Fatah no Cairo reiterou que não havia acordo, ainda, mas que iam continuar tentando. Pois a situação na Faixa é desesperadora.

Por enquanto, o dia 12 continua sendo o dia mais sangrento da Operação militar israelense Protective Edge na Faixa de Gaza. Quando 18 membros da mesma família foram assassinados de uma vez só.
E pela primeira vez, um batalhão naval penetrou em Gaza de madrugada pela praia. Encontrou resistência do Hamas, quatro soldados da IDF foram feridos e bateram em retirada. Pois os palestinos são bucha de canhão, mas a vida de israelense é sagrada.
É certo que a infantaria só vai entrar na Faixa quando não correr mais perigo. E com os escudos humanos bem visíveis. Ou seja, como sempre faz na Cisjordânia e cada vez que ataca Gaza - pondo meninos palestinos em cima dos tanques para garantir sua segurança. A covardia reina. E este comportamento é constante.
Até agora, nesta "guerra" desproporcional ao extremo, Israel só sofreu uma perda. Os primeiros feridos foram estes quatro dos batalhões navais. Militares profissionais que estão lá pra isso; dar as caras quando o país exige.

Os feridos palestinos já chegam a centenas. Mortos, a mais de duzentos. Feridos graves, dezenas.
Contudo, O secretary of state estadunidense John Kerry teve o descabimento de dizer que estava "engaged with regional leaders to help to stop the rocket fire so calm can be restored and civilian casualties prevented". Como se as únicas vidas que contassem fossem mesmo as dos israelenses. Uma vergonha.

Observadores da ONU puderam constatar que cerca de 80% dos mortos palestinos são civis, ou seja, não integrantes das forças de resistência.
Os 15 membros do Conselho de Segurança se reuniram e solicitaram a Israel e ao Hamas "to respect "international humanitarian laws" and stop the loss of life".
Is he for real?!
Interessante, a demanda é sempre no plural embora se saiba de quem é a única responsabilidade - do ocupante que aterroriza, sequestra, tortura e mata sem parar adultos e crianças nos territórios ocupados.

What the main stream media don't tell you

O que a grande mídia omite

O Hamas não provoca Israel com seus foguetes; se defende.
Não age; reage.
Sem Ocupação não precisaria haver Resistência.
A culpa é do ocupante e não do resistente. Por que os governos ocidentais se sentem obrigados a condenar os foguetes do Hamas no mesmo nível das sangrentas agressões das potentes Forças Armadas israelenses? Incompreensível.
E o Hamas só voltou a lançar os foguetes após a IDF ter assassinado 9 resistentes de surpresa. Para provocar, com certeza, quando a paz começava a reinar entre Gaza e Ramallah.
A demanda de Binyamin Netanyahu para que os gazauís deixem Gaza é surreal. Ir para onde, já que a Faixa é uma grande prisão que abriga 1 milhão e 800 mil habitantes?

Os (poucos) jornalistas estrangeiros que correm os hospitais super-lotados, carentes de material médico, para informar-se são unânimes: "Most of the casualties we are seeing here are, overwhelmingly, civilians. It really is a horrendous scene," como disse a colega da Al Jazeera.
A IDF está com milhares de soldados em volta do gueto de Gaza esperando que suas forças Aérea e Naval dêem cabo da resistência. Nesse ínterim, aproveita para bombardear até centro de deficientes físicos. Aliás, a maioria das deficiências dos pacientes foram causadas justamente por bombardeios precedentes.
As ambulâncias também são alvo dos aviões da IDF, assim como a imprensa.

Motti Almoz, porta-voz da IDF, deixou claro que esta carnificina que estamos presenciando é só o prólogo:
"We are going to attack there with great force in the next 24 hours due to a very large concentration of Hamas efforts in that area." Esta área é o norte de Gaza. Ousou mandar as famílias evacuarem seus lares "for their own safety." Palavras, palavras, ir para onde? Ir morrer mais ao sul, na cidade de Gaza ou em Raffah? Não há nenhum lugar seguro na Faixa de Gaza, a IDF e o governo de Israel sabem.
Representantes da França, Inglaterra e Estados Unidos aproveitaram uma reunião já marcada em Viena para assunto iraniano para abordar um meio de obter uma trégua, enquanto Tony Blair está representando o Quarteto para o Oriente Médio (- Rússia) no Cairo, conversando com o ditador Sissi, cúmplice israelense ativo do bloqueio da Faixa destruindo os túneis e impedindo o abastecimento dos mercados.
Os Estados Unidos puseram lenha na fogueira de Binyamin Netanyahu para que atacasse e agora se prontificam para apagar o fogo no propósito de dar-se crédito. Crédito de quê? De cúmplice do ocupante, de seu afilhado sionista que há anos procede a limpeza étnica?
O problema é sempre o mesmo. São sempre os aliados de Israel que negociam. Mushir al-Massri, do Hamas, afirmou que o Hamas não foi envolvido de nenhuma maneira na formulação dos termos de cessar-fogo e só ficou sabendo através da imprensa. O que é um fato. Tudo foi definido pelo Quarteto em consulta apenas com o governo de Israel. O Hamas foi posto diante do fato consumado. "We rejected the proposal in style because no body consulted with us in formatting it, [and] in content because its articles are a free service to the [Israeli] occupation", disse Mushir. Isto também é um fato.
Por que não chamar representantes do Irã e da Rússia para ter pelo menos simpatizantes do ocupado em vez do ocupante?
Aliás, por que não deixar o assunto nas mãos do Conselho de Segurança das Nações Unidas que foi criado em 1948 justamente para resolver este tipo de problema?
Qualquer cessar-fogo que não incluir o fim da ocupação é uma nuvem de fumaça a mais em favor de Israel. Sem o fim da ocupação, o terror dos drones vai continuar, as invasões civis na Cisjordânia vão aumentar, e os soldados e os colonos/invasores continuarão a humilhar e aterrorizar os donos das terras que ocupam, sem vergonha.
Fim da Ocupação, já! É o único slogan admissível.

Israel vs Palestina by the numbers

Israel vs Palestina em números

"What's happening in the Gaza Strip, the West Bank, and East Jerusalem is not a war between two armies.

The Palestinian people are an unarmed people, people who live under occupation.

It's time now for the international community, and especially the Quartet and the Security Council to take their responsibility to guarantee the international protection of our people."
Abu Mazen (Mahmoud Abbas) presidente da Autoridade Nacional Palestina.

Since September 2000, Israeli forces have killed more than 3,000 Palestinians who did not participate in hostilities, according to B’Tselem’s data. But the military justice system has convicted only six Israeli soldiers for unlawfully killing Palestinians, with the longest jail sentence seven-and-a-half months, according to Yesh Din, another rights group. Human Rights Watch has called for Palestine to seek access to the International Criminal Court to deter serious international crimes by all sides. “In case after case after case, Israeli forces are firing live ammunition from assault rifles at Palestinians armed with rocks or nothing at all,” Whitson said. “Since the military can’t be bothered to enforce its own regulations against these soldiers or the commanders giving them orders, it’s time for Palestine to go to the ICC.”

"I have never heard about an occupation that believes [and make believe] it is the victim. And the only victim.
Let's not forget there is an ongoing attempt to dehumanise the Palestinians. To make it easy for us to kill them. If they are not humans like us, then there is no problem in attacking them."
Gideon Levy, jornalista israelense com coluna semanal (sexta-feira) no jornal Ha'aretz de Tel Aviv.

"Even a single night in jail is enough to give a taste of what it means to be under the total control of some external force.
And it hardly takes more than a day in Gaza to appreciate what it must be like to try to survive in the world's largest open-air prison, where some 1.5 million people on a roughly 140-square-mile strip of land are subject to random terror and arbitrary punishment, with no purpose other than to humiliate and degrade.
Such cruelty is to ensure that Palestinian hopes for a decent future will be crushed, and that the overwhelming global support for a diplomatic settlement granting basic human rights will be nullified. The Israeli political leadership has dramatically illustrated this commitment in the past few days, warning that they will "go crazy" if Palestinian rights are given even limited recognition by the U.N."
Noam Chomsky, professor no M.I.T.

"It’s about land. The Israelis of Sederot are coming under rocket fire from the Palestinians of Gaza and now the Palestinians are getting their comeuppance. Sure. But wait, how come all those Palestinians – all 1.5 million – are crammed into Gaza in the first place? Well, their families once lived, didn’t they, in what is now called Israel? And got chucked out – or fled for their lives – when the Israeli state was created.
And – a drawing in of breath is now perhaps required – the people who lived in Sederot in early 1948 were not Israelis, but Palestinian Arabs. Their village was called Huj. Nor were they enemies of Israel. Two years earlier, these same Arabs had actually hidden Jewish Haganah fighters from the British Army. But when the Israeli army turned up at Huj on 31 May 1948, they expelled all the Arab villagers – to the Gaza Strip! Refugees, they became. David Ben Gurion (Israel’s first Prime Minister) called it an “unjust and unjustified action”. Too bad. The Palestinians of Huj were never allowed back.
And today, well over 6,000 descendants of the Palestinians from Huj – now Sederot – live in the squalor of Gaza, among the “terrorists” Israel is claiming to destroy and who are shooting at what was Huj. Interesting story."
Robert Fisk, analista geopolítico do jornal inglês The Independent

Hamas in Gaza Strip

Hamas na Faixa de Gaza

O general Sissi, ditador do Egito, intermediou no dia 14 uma proposta de cessar-fogo provisório feita pelo Quarteto para o Oriente Médio no único propósito de adiar o problema e deixar Israel com imagem de bonzinho por aceitar uma proposta que perpetua seus privilégios e a limpeza étnica gradual que Israel vem fazendo na Palestina. Eis a íntegra da proposta que Israel aceitou e o Hamas recusou por não abordar o cerne do problema, que é a ocupação. Sem ocupação, repito, não haveria foguetório nem Resistência.
Só que a proposta foi concebida sem nenhuma consulta bilateral. Nem o presidente da Autoridade Nacional Palestina, nem o Primeiro Ministro do governo unitário, nem o Hamas participaram da mesa redonda que decidia a vida dos interessados. Daí a negativa do Hamas, que ficou sabendo do documento abaixo através da imprensa.
Confira o teor do Acordo de cessar-fogo e veja se resolve alguma coisa.

1. Owing to Egypt’s historical responsibility, and out of belief in the importance of achieving peace in the region, protecting the lives of innocents, and ending the bloodshed;

Egypt calls upon Israel and all of the Palestinian factions to enact an immediate ceasefire, due to the fact that escalation and mutual violence, and the victims that will result, will not be in the interest of either party as such, during the period of the ceasefire, both sides shall abide by the following:
a. Israel shall cease all hostilities against the Gaza Strip via land, sea, and air, and shall commit to refrain from conducting any ground raids against Gaza and targeting civilians.
b. All Palestinian factions in Gaza shall cease all hostilities from the Gaza Strip against Israel via land, sea, air, and underground, and shall commit to refrain from firing all types of rockets, and from attacks on the borders or targeting civilians.
c. Crossings shall be opened and the passage of persons and goods through border crossings shall be facilitated once the security situation becomes stable on the ground. [which will only happen with the end of occupation, therefore, which is not mentioned anywhere]
d. Other issues, including security issues shall be discussed with the two sides. [as always, but the discussions never follow]
2. Method of implementation of the initiative:
a. It has been decided to initiate implementation of the de-escalation agreements at -- : -- hours (GMT) on -- / 7 / 2014, pending the implementation of a full ceasefire within twelve hours of the announcement of the Egyptian initiative and its unconditional acceptance by both sides.
b. High-level delegations from both the Israeli government and the Palestinian factions shall be hosted in Cairo within 48 hours of the initiation of the initiative’s implementation in order to conclude talks for the consolidation of the ceasefire and resume confidence-building measures between the two sides talks shall be held with each of the two sides separately (in accordance with the agreements for the consolidation of de-escalation in Cairo the consolidation of de-escalation in Cairo in 2012).
c. Both sides shall commit to refrain from taking any actions aimed at undermining the implementation of the agreements; Egypt shall receive guarantees from both sides of their commitment to implementing what has been agreed and shall follow up on its implementation and engage with either side in the case of any action that impinges on its stability.

Quem se manifestou primeiro foi o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, "we are still under occupation and resistance is the right of our people."
Depois um líder odas Brigadas Qassan, o braço armado do Hamas: A proposta é "an initiative of bowing and submission. It was not worth the ink it was written with".
Khaled al-Batch, um líder do Jihad na Faixa, recusou categoricamente: "It is not acceptable to start observing a ceasefire for short term then negotiate the terms. We have experienced this in the past and it has failed. What is needed now is to agree on the demands of the Palestinian people, chiefly ending the siege and opening the border corsing, then a zero hour can be agreed upon. Otherwise, history will repeat itself, period."
A declaração oficial foi feita por Ismail Haniyeh, líder do Hamas na Faixa, na TV al-Aqsa: "Our people were avoiding the war but the Zionist enemy began it, he announced it, he prepared for it, he started to kill the women, children and families, destroy homes. Entire families were eliminated.
"Every drop of blood is dear to us. My heart and all the people are standing beside these families, but this bloodshed pushes us towards being more committed to our rights and to stopping this aggression, to end this situation in Gaza and the West Bank."
a. It has been decided to initiate implementation of the de-escalation agreements at -- : -- hours (GMT) on -- / 7 / 2014, pending the implementation of a full ceasefire within twelve hours of the announcement of the Egyptian initiative and its unconditional acceptance by both sides.
b. High-level delegations from both the Israeli government and the Palestinian factions shall be hosted in Cairo within 48 hours of the initiation of the initiative’s implementation in order to conclude talks for the consolidation of the ceasefire and resume confidence-building measures between the two sides talks shall be held with each of the two sides separately (in accordance with the agreements for the consolidation of de-escalation in Cairo the consolidation of de-escalation in Cairo in 2012).
c. Both sides shall commit to refrain from taking any actions aimed at undermining the implementation of the agreements; Egypt shall receive guarantees from both sides of their commitment to implementing what has been agreed and shall follow up on its implementation and engage with either side in the case of any action that impinges on its stability.
Não é que o Hamas não queira cessar fogo e nem negociar. É que quer garantia das Nações Unidas que vai acabar a política dos dois pesos e duas medidas e que haverá uma intervenção internacional para pôr fim à ocupação, em vez de soluções paliativas pontuais que só beneficiam a expansão territorial de Israel sem que este país que desrespeita as leis internacionais leve nem um tapinha na mão, quem dirá um mero puxão de orelha.

Compare how Israelis and Palestinians are alerted to incoming bombs

Compare como israelenses e palestinos são alertados sobre ataques

NAMING THE 237 identified DEAD on hundreds of Israeli strikes on the Palestinians since Monday, July 7, until 20:00 GMT, July 17.
The 42 victims under 18 in yellow .
Nome dos 237 gazauís mortos já identificados. Estatística apenas desta Operação Protective Edge, de segunda-feira dia 7 de julho às 20:00 GMT do dia 17.
Os 42 menores de 18 anos em amarelo.
1. Mohammed Shaaban, 24, killed in Gaza.
2. Amjad Shaaban, 30, killed in Gaza.
3. Khader al-Bashiliki, 45, killed in Gaza.
4. Rashad Yassin, 27, killed in the Nusseirat refugee camp.
5. Mohammed Ayman Ashour, 15, killed in Khan Younis.
6. Riad Mohammed Kawareh, 50, killed in Khan Younis.
7. Bakr Mohammed Judeh, 22, killed in Khan Younis.
8. Ammar Mohammed Judeh, 26, killed in Khan Younis.
9. Hussein Yousef Kawareh, 13, killed in Khan Younis.
10. Mohammed Ibrahim kawareh, 50, killed in Khan Younis.
11. Mohammed Aahed Habib, 22, killed in Gaza.
12. Ahmed Moussa Habib, 16, killed in Gaza.
13. Saqr Ayesh al-Ajuli, 22, killed in Jabalia.
14. Ahmed Nael Mahdi, 16, killed in Gaza.
15. Basil Salem Kawareh, 10, killed in Khan Younis.
16. Hafez Mohammed Hamad, 30, Islamic Jihad commander, killed in Beit Hanoun.
17. Ibrahim Mohammed Hamad, 26 killed in Beit Hanoun.
18. Mahdi Mohammed Hamad, 46 killed in Beit Hanoun.
19. Fawziya Khalil Hamad, 62, (female) killed in Beit Hanoun.
20. Dunya Mahdi Hamad, 16, killed in Beit Hanoun.
21. Suha Hamad, 25, killed in Beit Hanoun.
22. Suleiman Salman Abu Sowaween, 22, killed in Deir al-Balah.
23. Siraj Ayad Abdelal, 8, killed in Khan Younis.
24. Abdel Hadi Jumaa al-Sufi, 24.
25. Rashid al-Kafarneh, 30, killed in Beit Hanoun.
26. Nayfeh Farajallah, 80,
27. Abdel Nasser Abu Kweik, 60, killed in Beit Hanoun.
28. Khaled Abu Kweik, 31, killed in Beit Hanoun.
29. Mohammed Arif, 13, killed in Gaza.
30. Mohammed Malake, 18 months, killed in Gaza.
31. Hanaa Malake, 27, (female) killed in Gaza.
32. Hatem Abu Salem, unreported age
33. Mohammed Khaled al-Nimre, 22, killed in Gaza.
34. Sahar Hamdan al-Masri, 40, (female) killed in Beit Hanoun.
35. Mohammed Ibrahim al-Masri, 14, killed in Beit Hanoun.
36. Mohammed Khalaf al-Nawasra, 4, killed in al-Maghazi.
37. Nidal Khalaf al-Nawasra, 5, killed in al-Maghazi.
38. Aicha Najm, 20, (female) killed in al-Maghazi.
39. Salah Awad al-Nawasra, 6, killed in al-Maghazi.
40. Mahmoud Nahed al-Nawasra, unreported age.
41. Amal Yousef Abdel Ghafour, 27, (female) killed in Khan Younis.
42. Raneem Judeh Abdel Ghafour, 18 months, killed in Khan Younis.
43. Ibrahim Daoud al-Balaawi, 24, killed in Rafah.
44. Abdel Rahman Jamal al-Zamli, 22, killed in Rafah.
45. Ibrahim Ahmed Abdeen, 42, killed in Rafah.
46. Mustafa Abu Murr, 20, killed in Rafah.
47. Khaled Abu Murr, 23, killed in Rafah.
48. Mazen Faraj al-Jarba, 30, killed in Deir al-Balah.
49. Marwan Isleem, 27, killed in Deir al-Balah.
50. Hani Saleh Hamad, 57, killed in Beit Hanoun.
51. Ibrahim Hamad, 20, killed in Beit Hanoun.
52. Salima Hassan Maslam al-Arja, 60, (female).

53. Mariam Atiah Mohammed Al-Arja, 11, (girl)
54. Hamid Shihab, 37, journalist, killed in his car that had the letters "TV" affixed to it in large red stickers when it was struck by an Israeli missile
55. Ibrahim Khalil Qanan, 24
56. Mohammed Khalil Qanan, 26
57. Suleiman Al-Astal, 55
58. Hamdi Badie Sawali, 33
59. Mohammed Al-Akkad, 24
60. Ahmed Sawali, 28, killed in Khan Younis.
61. Raed Shalat, 37.
62. Mahmoud Lutfi al-Hajj, 58, killed in Khan Younis.
63. Asmaa Mahmoud al-Hajj, 22, (female) killed in Khan Younis.
64. Tarik Saad al-Hajj, 18, killed in Khan Younis.
65. Saad Mahmoud al-Hajj, 17, killed in Khan Younis.
66. Najlaa Mahmoud al-Hajj, 29, killed in Khan Younis.
67. Fatima al-Hajj, 12, killed in Khan Younis.
68. Omar al-Hajj, 20, killed in Khan Younis.
69. Basima Abdel Fattah al-Hajj, 57, killed in Khan Younis.
70. Ahmed Salim al-Astal, 24, killed in Khan Younis.
71. Moussa Mohammed al-Astal, 50, killed in Khan Younis.
72. Raed al-Zawarea, 33, killed in Khan Younis.
73. Bahaa Abu al-Leil, 35, Islamic Jihad member, killed in Gaza.
74.Salem Qandil, 27, Islamic Jihad member, killed in Gaza.
75. Amer al-Fayyoumi, 30, Islamic Jihad member, killed in Gaza.
76. Abdallah Ramadan Abu Ghazal, 5, killed in Beit Hanoun.
77. Islamel Hassan Abu Jamaa, 19, killed in Khan Younis.
78. Mohammed Ehsan Farwane, 18, killed in Khan Younis.
79. Mahmoud Talee Wallud, 26, Islamic Jihad member, killed in Jabalia.
80. Hazem Ibrahim Baaloushe, 30, Islamic Jihad member, killed in a civilian car in Jabalia.
81. Udai Rafik al-Sultan, 27, killed in Jabalia.
82. Hassan Awda Abu Jamaa, 75, killed in Khan Younis.
83. Yasmin Mohammed al-Mutwak, 4, killed in Beit Hanoun.
84. Ahmed Zaher Hamdan, 24, killed in Beit Hanoun.
85. Mohammed Kamal al-Kahlout, 25, killed in Jabalia.
86. Sami Andan Shaldan, 25, killed in Gaza.
87. Jumaa Atiah Shallouf, 25, killed in Rafah.
88. Bassam Abdel Rahman Khattab, 6, killed in Deir al-Balah.
89. Abdellah Mustafa Abu Mahrouk, 22, killed in Deir al-Balah.
90. Anas Rizk Abu al-Qas, 33 killed in Gaza.
91. Nour Marwan al-Najdi, 10, killed in Rafah.
92. Mohammed Mounir Ashour, 26, killed in Rafah.
93. Ghalia Deeb Jaber Ghanem, 57, killed in Rafah.
94. Wissam Abdel Razek Hassan Ghannam, 31, killed in Rafah.
95. Mahmoud Razek Hassan Ghannam, 28, Islamic Jihad member, killed in Rafah.
96. Kifah Shahadeh Deeb Ghannam, 33, killed in Rafah.
97. Raed Hani Abu Hani, 31, killed in Rafah.
98. Shahraman Ismaeil Abu al-Qas, 42, killed in Al-Breij.
99. Mazen Mustafa Aslan, 63, killed in Al-Breij.
100. Mohammed Rabih Abu Humeidan, 65, killed in northern Gaza.
101. Shahd al-Qreinawi, 7, killed in Al-Breij.
102. Abdel Halim Abdel Moeti, 54.
103. Hussein al-Mamlouk, 47, killed in Gaza.
104. Saber Sukkar, 80, killed in Gaza.
105. Nasser Mohammed Sammame, 49, killed in Gaza.
106. Rami Abu Musaed, 23, killed in Deir al-Balah.
107. Mohammed al-Sumeiri, 24, killed in Deir al-Balah.
108. Husam Eddine al-Razayne, 39, killed in Jabalia.
109. Anas Youssef Qandil, 17, killed in Jabalia.
110. Abdel Rahim Saleh al-Khatib, 38, killed in Jabalia.
111. Youssef Mohammed Qandil, 33, killed in Jabalia.
112. Mohammed Idris Abu Sanena, 20, killed in Jabalia.
113. Hala Weshahi, 31, killed in the disabled centre in Jabalia.
114. Suha Abu Saada, 38, killed in the disabled centre in Jabalia.
115. Ali Nabil Basal, 32, killed in Gaza.
116. Mohammed Bassem al-Halabi, 28, killed in Gaza.
117. Mohammed al-Suweiti, 20, killed in Gaza.
118. Ibrahim Nabil Hamade, 30, killed in Gaza.
119. Hassan Ahmed Abu Ghoush, 24, killed in Gaza.
120. Ahmed Mazen al-Balawi, 26, killed in Gaza.
121. Rateb Sobhi Youssuf al-Saifi, 22, killed in Al-Zaitoun.
122. Azmi Mahmoud Taha Obeid, 51, killed in shelling on Radwan street.
123. Nidal Mohammed Ibrahim Abu al-Malsh, 22, killed in shelling on Radwan street.
124. Suleiman Saeed Younis Obeid, 56, killed in shelling on Radwan street.
125. Ghassan Ahmed al-Masri, 25, killed in shelling on Radwan street.
126. Mustafa Mohammed Taha Anabe, 58, killed in shelling on Radwan street.
127. Rifaat Yousef Amer, 36, killed in Gaza.
128. Mohamed Idriss Abo Sowaylim, 20, killed in Jabalia.
129. Fadi Yaqoub Sukar, 25, killed in Gaza.
130. Qassim Jabr Adwan Ouda, 16, killed Khan Younis.
131. Mohammad Ahmed Bassal, 19, killed in Gaza.
132. Muhannad Yousuf Daheir, 23, killed in Rafah.
133. Mahmoud Abdallah Sharahta al-Shammal, 53.
134. Shadi Mohammed Zaareb, 21, killed in Rafah.
135. Imad Bassam Zaareb, 21, killed in Rafah.
136. Nahed Naeem al-Batesh, 41, killed in Gaza.
137. Bahaa Majed al-Batesh, 28, killed in Gaza.
138. Qusai Issam al-Batesh, 12, killed in Gaza.
139. Aziza Yousuf al-Batesh, 59, killed in Gaza.
140. Mohammed Issam al-Batesh, 17, killed in Gaza.
141. Ahmed Naaman al-Batesh, 27, killed in Gaza.
142. Yahia Alaa al-Batesh, 18, killed in Gaza.
143. Jalal Majed al-Batesh, 26, killed in Gaza.
144. Mahmoud Majed al-Batesh, 22, killed in Gaza.
145. Marwa Majed al-Batesh, 25, killed in Gaza.
146. Majid Sobhi al-Batesh, unkown age, killed in Gaza.
147. Khaled Majed al-Batesh, 20, killed in Gaza.
148. Ibrahim Majed al-Batesh, 18, killed in Gaza.
149. Manar Majed al-Batesh, 13, killed in Gaza.
150. Amal Hassan al-Batesh, 49, killed in Gaza.
151. Anas Alaa al-Batesh, 10, killed in Gaza.
152. Qusai Alaa al-Batesh, unknown age, killed in Gaza.
153. Rami Abu Shanab, 25, killed in Deir al-Balah.
154. Khawla al-Hawajri, 25, killed in Nuseirat.
155. Mohammed Ghazi Arif, 35, killed in Gaza.
156. Ghazi Mustafa Arif, 62, killed in Gaza.
157. Ahmed Yousef Dalloul, 47, killed in Gaza.
158. Hijazia Hamed al-Hilou, 80, killed in Gaza.
159. Muayed al-Aaraj, 3, killed in Khan Younis.
160. Fawziya Abdelal, 73, killed in Gaza.
161. Haitham Ashraf Zaareb, 21, killed in Rafah.
162. Laila Hassan al-Awdat al-Maghazi, 41.
163. Hussam Ibrahim al-Najjar, 14.
164. Ruwaida Abu Harb, 30.
165. Izzedine Bulbul, 25, killed in Gaza.
166. Hussein Abdel Qader Muheisen, 19, killed in Gaza.
167. Qassem Talal Hamdan, 23, killed in Beit Hanoun.
168. Maher Thabet Abu Mur, 24, killed in East Rafah.
169. Mohammed Salem Abu Breis, 65, killed in east Deir al-Balah.
170. Saddam Mousa Moammar, 23, killed in east Deir al-Balah.
171. Moussa Shahda Moammar, 60, killed in east Deir al-Balah.
172. Hanadi Hamdi Moammar, 27, killed in east Deir al-Balah.
173. Adham Mohammed Abdel-Fatah Abdelal, 25, killed in Gaza.
174. Hamid Suleiman Abu al-Araj, 60, killed in Deir al-Balah.
175. Abdallah Mahmoud Baraka, 24, killed in Khan Younis.
176. Tamer Salam Qudeih, 37, killed in Khan Younis.
177. Ziad Maher al-Najjar, 17, killed in Khan Younis.
178. Ziad Salem al-Shawi, 25, killed in Rafah.
179. Mohammed Yassir Hamdan, 24, killed in Gaza.
180. Mohammed Shakib al-Agha, 22, killed in Khan Younis.
181. Mohammed Younis. Abu Youssef, 25, killed in Khan Younis.
182. Sara Omar Sheikh al-Eid, 4, killed in Rafah.
183. Omar Ahmed Sheikh al-Eid, 24, killed in Rafah.
184. Jihad Ahmed Sheikh al-Eid, 48, killed in Rafah.
185. Kamal Atef Yousuf Abu Taha, 16, killed in Khan Younis.
186. Ismael Nabil Ahmed Abu Hatab, 21, killed in Khan Younis.
187. Ahmed Younis. Abu Youssef, 28, killed in Khan Younis.
188. Bushra Khalil Zaareb, 53, killed in East Rafah.
189. Atwa Umeir al-Ammour, 58, killed in east Khan Younis.
190. Ismael Salim al-Najjar, 46, killed in Khan Younis.
191. Mohammed Ahmed Ibrahim al-Najjar, 49, killed in Khan Younis.
192. Suleiman Abu Louli, 33, killed in Khan Younis.
193. Sobhi Abdel Hamid Mousa, 77, killed in Khan Younis.
194. Ismael Fattouh, 24, killed in Gaza.
195. Saleh Saeed Dahleez, 20, killed in Rafah.
196. Yassir Eid al-Mahmoum, 18, killed in Rafah.
197. Khalil al-Ashafi, 66, killed in Hajar al-Deek.
198. Mohammed Abdallah al-Rahuk, 23, killed in Rafah.
199. Mohammed Ismael Abu Ouda, 27, killed in Rafah.
200. Mohammed Sabri al-Debari, 20, killed in Rafah.
201. Abdallah Mohammed Abdallah al-Arjani, 19, killed in Khan Younis.
202. Ahmed Adil Ahmed al-Nawajha, 23, killed in Rafah.
203. Mohammed Tayseer Sharab, 23, killed in Khan Younis.
204. Farid Mahmoud Abu Daqqa, 33, killed in Khan Younis.
205. Ashraf Khalil Abu Shana, 33, killed in Rafah.
206. Khodra Salameh Abu Dakka, 24, killed in Khan Younis
207. Omar Ramadan Hassan Abu Dakka, 24, killed in Khan Younis.
208. Ibrahim Ramadan, 10, killed in Khan Younis.
209. Ahed Bakr, 10, Gaza beach
210. Zakaria Bakr, 10, Gaza beach
211. Mohammed Bakr, 11, Gaza beach
212. Ismail Bakr, 9, Gaza beach
213. Abdel Rahman Khalil al-Sarhi, 37, killed in Gaza
214. Hamza Raed Thari, 6, killed Jabalia.
215. Akram Mohamed Abo Amer, 34, Killed in Khan Younis.
216. Kamal Mohamed Mohamed Abo Amer, 38, killed in Khan Younis.
217. Hussein Abdel Latif Al Astal, 23, killed in Kahn Younis.
218. Roqayyah Al Astal, 70, killed in Khan Younis.
219, Yasmin Al Astal, 4, killed in Khan Younis.
220. Osama Mahmoud Al Astal, 6, killed in Khan Younis.
221. Hussam Jamal Shamloukh, 23, killed in Sheikh Ajleen in Gaza.
222. Mohamed Kamel Abdel Rahman, 30, killed in Gaza.
223. Mohamed Mahmoud al-Qadim, 22, Deir al-Balah.

224. Zainab Mohamed Saeed al-Abadla, 71, Khan Younis.

225. Mohamed Abdul-Rahman Hasouna, 67, Rafah.

226. Ahmed Raihan, 23, Beit Lahya.

227. Saleh Salem Fayyad, 25, Deir al-Balah.

228. Abdullah Salem al-Akhras, 25, Rafah.

229. Bashir Mohamed Abdul-Aal, 20, Rafah.

230. Mohammed Ziad Ghanem, 25, Rafah.

231. Mohamed Ahmed al-Hut, 41,Rafah.
232. Ismaeil Youssef El Kafarneh, age unknown, Beit Hanoun

233. Fullah Tarek Shehebar, age unknown, location unknown.

234. Jehad Essam Shehebar, age unknown, location unknown.

235. Wassim Essam Shehebar, age unknown, location unknown.

236. Hamza Hossam Al Abadleh, 29, killed in Khan Younis.

237. Rahaf Khalil Al Jabbour, 4, killed in Khan Younis.

Há mais de 1.700 palestinos com ferimentos graves. Muitos meninos. Ferimentos "leves", milhares. E mais de 120 mil gazauís desalojados. As estradas estão cheais de famílias ao Deus dará, sem saber para onde ir, sem saber como abrigar-se.
ISRAELI DEAD: 1. Dror Khenin, 37, killed near Erez crossing, checkpoint to enter Gaza Strip.
O foguetório das Brigadas Qassan feriram 10 israelenses.

Professor Noam Chomsky: Gaza is an open air prison

Como se sabe, faz 68 anos que o Estado de Israel foi constituído e os palestinos ficaram com 1/3 de suas terras ancestrais, sem Estado e sem proteção internacional.

Como se sabe, faz 47 anos que o Estado de Israel ocupa ilegalmente os territórios palestinos delimitados pela Organização das Nações Unidas.

(Os palestinos reivindicam o reconhecimento de seu Estado nas fronteiras de 1967, na chamada Linha Verde traçada pelas Nações Unidas.)

Como se sabe, a ocupação na Cisjordânia é civil e militar.

Civil, com as invasões de judeus importados para as ditas "colônias" erguidas em cima de lavouras e lares palestinos, sob a proteção de soldados muito bem armados.
O muro não cerca os invasores e sim as cidades palestinas, para os "colonos" terem espaço à vontade. A ocupação militar está em checkpoints e em toda parte - impedindo inclusive acesso à escola, com soldados invadindo casas e se instalando também à vontade, e a IDF (Forças Armadas Israelenses de Ocupação) é onipresente no dia a dia de adultos e meninos, oprimindo e humilhando sem parar.
(Não me lembro se na escola aprendi que os nazistas agiram assim na Polônia, na França, enfim, nos países que ocuparam ou se é uma inovação israelense.)

Além de submeter os palestinos à brutalidade e à desumanidade da ocupação no quotidiano, de dois em dois anos, Israel põe sua máquina de guerra em marcha para destruir as infra-estruturas reerguidas, ir à caça, aleijar e matar o máximo de gente.
Em 2006 foi no Líbano, também durante a Copa do Mundo; em 2008/09 foi na Faixa de Gaza, no período natalino; em 2012, na Faixa de Gaza; e em 2014, idem, durante a Copa do Mundo, e com operações paralelas de menos intensidade na Cisjordânia.

E as operações militares são cada vez mais ferozes. Pois o arsenal do agressor se aprimora com a ajuda dos Estados Unidos e os "warmongers" voltam ao ataque tecnologia ultra-moderna esmagando pessoas e armas um tanto precárias.
Nas operações militares anteriores, além das armas ditas convencionais, usaram arma química - fósforo branco - sem nehuma penalidade. E bombas a fragmentação que até hoje aleijam e matam meninos no sul do Líbano e na Faixa de Gaza.

Israel é essencialmente um Estado Militar. Os cargos públicos importantes são ocupados por oficiais da reserva, os menos importantes também. No setor privado, idem.
De sua criação até esta data, Israel só teve três governantes civis. Os outros eram todos generais.
E militar vive de quê? De guerra. Em Israel, guerra é um ofício que os pseudo-civis banalizam e implementam a fim de testar os novos "brinquedos" adquiridos e gastar o patrocínio anual estadunidense de $3 bilhões de dólares; fazendo o quê? Matando gente. Ou melhor, como dizem os sionistas empedernedos e grande parte dos israelenses, matando animais; pois a seu ver, palestino não é gente.
Como também não eram os judeus aos olhos dos nazistas na Segunda Guerra Mundial.

Josh Earnest, o porta-voz da Casa Branca, desconsiderando a desigualdade entre o foguetório do Hamas contra drones armados, potentes caças e helicópteros, porta-aviões de guerra, que martelam a Faixa de Gaza de dia e de madrugada ferindo centenas e matando dezenas, declarou o apoio de Barack Obama a Binyamin Netanyahu, sucintamente, na sua voz mansa de sempre: "We strongly condemn the continuing rocket fire inside of Israel and the deliberate targeting of civilians by terrorist organisations in Gaza."
Já Alemanha, França e Nações Unidas , "urged restraint on both sides".

Moshe Yaalon, o ministro da Defesa israelense, anunciou a carnificina logo de cara: "We are preparing for a battle against Hamas which will not end within a few days."
A tática do governo israelense é a que já se conhece de longa data.
Primeiro a IDF põe suas Forças Aérea e Naval para esmagar toda a infraestrutura "militar" e pública da Faixa de Gaza: de central elétrica a escola, e para mandar o máximo de Gazauís para o hospital e para o cemitério.

Depois da "limpeza", mandam a infantaria com os tanques, os veículos armados e as tropas. Desta vez convocaram 40 mil reservistas que já estão estacionados em volta da Faixa.
Só para lembrar. Em dados de 2009, Israel era o segundo país do mundo, depois dos Estados Unidos, a gastar mais, per capita, em armamento. Gastava então US$1.882 por israelense. (A Rússia era o 24°). Não tenho dados atualizados sobre este tópico.
Porém, sei outras coisas. Que o orçamento militar israelense anual está entre US15 e US18 bilhões de dólares; tem potencial de infantaria de 187 mil soldados; e no ar, Israel dispõe de 680 aeronaves de combate, entre aviões e helicópteros; no mar, dispõe de 3 fregatas, 3 destroyers, 5 corvetes, 14 submarinos e 66 barcos militares costeiros; e em terra, dispõe de 3.870 tanques, 9.436 veículos armados (os tais cruéis), 706 SPGs (canhões auto-móveis blindados), 350 canhões M777 howitzer, 88 lança-mísseis MLRSs (multi-tarefas).
Pois bem, o que Abu Mazen diz acima é uma verdade irrefutável até para os sionistas cegos, surdos, mudos e seus cúmplices irresponsáveis e desalmados.
O que está acontecendo é um ocupante com Forças Armadas super potentes contra o ocupado que se defende como pode, com um foguetório, na Faixa de Gaza, e na Cisjordânia, sem nada.

Ninguém aguenta mais ouvir as frases cínicas dos iraelenses: "We're acting in self-defence"; "protecting our citizens"; "they've started it first"; "no other government would accept that rockets rain down on its people."
A capacidade de desinformação de Israel é tão grande que mesmo depois da Naqba e dos 47 anos de ocupação civil e militar da Palestina, até hoje os palestinos ainda não conseguiram que a verdade prevalescesse na mídia e na opinião pública internacional.
Até a BBC está com um discurso esquisito de situar Jerusalém em Israel. Um erro geográfico, já que Jerusalém está legalmente na Cisjordânia, que os OxBridge do canal jamais cometeriam. Portanto, é uma imposição editorial. Vinda de que escalão? Da direção ou do Primeiro Ministro? Dos jornalistas é certo que não.

Concluindo, guerra é de maneira geral uma continuação brutal da política e uma falha diplomática.
Os Estados Unidos têm o costume de usar as armas para conseguir o que querem na marra. Israel também.
Os envolvidos nesta escalada militar sabem, por experiência própria de 2008 e 2012, que todas as perdas humanas e materiais levarão a uma paralisia das negociações de paz.
Binyamin Netanyahu acha que com o ataque à Faixa de Gaza e as blitz brutais na Cisjordânia, Israel vai marginalizar o novo governo unitário da Autoridade Nacional Palestina. União entre o Fatah e o Hamas que ele não conseguiu engolir e nem tentou, pra dizer a verdade. E ficou bastante irritado com a boa acolhida internacional da reconciliação da OLP (Organização de Libertação da Palestina).
Por outro lado, a Operação Protective Edge visa ajudá-lo a manter sua própria coalizão governamental que está periclitando. E cada vez que um governo israelense periclita, ataca os palestinos para sua popularidade subir e manter-se graças à violência. É infalível.
E desta vez, o Primeiro Ministro e seus cupinchas de extrema direita querem punir não apenas o Hamas, mas o Fatah e Mahmoud Abbas, por terem "ousado" recorrer às Nações Unidas e por terem se reconciliado com o Hamas. Este clima de revanche era claro no governo e nas alas extremistas, cada vez mais potentes, que só falam em agir com "mais agressividade" (será possível?) nos territórios ocupados e expandir a colonização da Cisjordânia.

E após John Kerry ter sido claro que as negociações de paz chegaram a um impasse por sua causa, Netanyahu espera com esta Operação sair do isolamento diplomático com os Estados Unidos. O que já conseguiu, com Obama repetindo a lenga lenga do "Israel's right to defend itself". Aliás, o Presidente dos Estados Unidos vê nessa carnificina uma nova oportunidade dos EUA voltar em cena como salvador da pátria negociando um acordo de cessar-fogo avantajoso para Israel, já que em uma semana de bombardeio, a Faixa de Gaza está em escombros e os palestinos já estão sem fôlego.
E tudo está a favor de Israel, já que o ditador do Egito, o general Sissi, é cúmplice de Tel Aviv e de Washington. E se ele for mesmo o mediador, é certo que Israel vai levar vantagem, mesmo.
Agora se a Operation Protective Edge continuar no rítmo selvagem que está, Abu Mazen não vai conseguir segurar a Cisjordânia nem com a maior boa vontade. Ele se opõe com veemência a um levante popular e está segurando com mãos de ferro as Brigadas de resistência do Fatah aposentadas. Porém, se as mortes aumentarem ao rítmo de 20 por dia e o ataque demorar mais, vai ser difícil evitar a Terceira Intifada.

E me pergunto se Binyamin Netanyahu, desta vez, vai conseguir conter os palestinos-israelenses.
Netanyahu e Obama estão brincando com fogo.
Uma Intifada hoje não seria como nas décadas de 80 e nem como no início do terceiro milênio. Os palestinos estão cansados de serem maltratados e despojados. E os chamados árabes-israelenses, também estão cansados de ser cidadãos de segunda classe. A IDF corre o risco de ter de lutar em três frentes.
Aí a jurupoca vai piar.
Está passando da hora de atender o pedido de Yasser Arafat, reiterado por Mahmou Abbas, da ONU interver militarmente para impor a lei internacional. Ou seja, para pôr fim à ocupação com evacuação dos colonos e dos soldados israelenses.

"Beginnings matter. Questions about culpability and responsibility, about the narrow cynicism that defines so much of life in the Gaza Strip, sequence and motive - they all go to beginnings. Why are Israeli men and women battering and gnashing lives and livelihoods in that prison camp? How did it start? Why are they killing? What are they after? How will it end? The answers are embedded in our crusty beginnings.
How it started
In the beginning, Zionists invaded Palestine. They expelled the Palestinians and Gaza, an ancient place that hosted Ramses II, Alexander the Great, and Salahuddin, became a tent city. A wasteland for the dejected and destitute.
It didn't take long for Palestinians in Gaza to begin to fight to reclaim their homes from the Ashkenazis that displaced them. The Fedayeen - refugee militiamen - commenced with overnight raids as soon as the shock of their ignominious defeat began to wear.
The first Israeli massacre in Gaza occured in 1956. My father was a small boy at the time, but he remembers how the men were rounded up and shot. Today, his grand-nephews and -nieces, also refugees, also born in camps, cower in terror as the third generation of Ashkenazis in Palestine shows them their place. Life in the shadows, balanced precariously on obsidian with fire on either side - that's their inheritance.
The latest round
Among Israeli elites, Gaza is everything to everyone. Israeli politicians attack Gaza to enhance their electoral appeal. They use it to muzzle the opposition, to preserve a coalition or to distract from a domestic scandal. Israeli generals like to invade to provide troops with "battle" training or to test new wares, and to debut new formations and tactics; Hamas is not Hezbollah, after all.
Jewish-Israeli scientists, meanwhile, coordinate with the army to use the territory as a convenient testing ground for advanced, experimental technologies. Corporate Israel later repackages those technologies for global export. Those are the relationships - the status quo.
The recent move towards Palestinian reconciliation undertaken by the Hamas and PLO leaderships, threatened to end the political - if not material - isolation of Gaza. It posed a risk to the current state of things by providing Hamas, a political movement which came to power through elections, with a means for re-entering the realm of international legitimacy.
Once the Americans and Europeans agreed to recognise the new caretaker government, Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu began to seek a way out of his new, uncomfortable isolation. He could not attack the Palestinians solely for their political reconciliation - the Americans would admonish him for that. Nor, to his great consternation, could he convince world powers to repeal their endorsement of the new government. Desperately, he sought a way out.
It came in the form of tragedy. When the three Jewish-Israeli settler teenagers disappeared in the West Bank, the Israeli leadership claimed that they were still alive. Through its prerogative as the enforcement vehicle of Israeli apartheid, the army spent three weeks smashing into hundreds of homes and terrorising their occupants in the search for the three youths.
More than 500 Palestinian men were rounded up and imprisoned as Netanyahu clamoured for the teenagers' return and inveighed against Hamas, the group he claimed kidnapped the youths. No evidence was offered. Only bluster, bombast, and fatalistic conviction delivered in a sonorous tone of voice.

As Max Blumenthal has documented, it was all a shameful and cynical political show. The Israeli leadership knew within the first day of their disappearance that the youths were dead; bullet holes, blood samples and a telephone recording provided evidence of what happened. But the ever-receptive Jewish-Israeli public demanded revenge and by the time the extent of the sham was revealed, the Israelis had killed nine people in the West Bank and three more in the Gaza Strip through missiles they fired in "retaliation" for the West Bank murders.
Naturally, the Palestinians availed themselves of their right to self-defence. They used crude, unguided workshop missiles to reclaim the balance of fear that existed - thereby providing the Israeli leadership with more material for international consumption. It is now claimed that the Israeli bombardment of the Gaza ghetto had nothing to do with the murders of the three Jewish-Israeli youths. Instead, Israel is merely "responding" to Hamas' nihilistic provocations.
More than a month after the reconciliation, it appears that Netanyahu has succeeded - his balance has been restored. Israelis are free to indulge in a grand delusion of self-righteousness. "No normal country could tolerate terrorists firing missiles into its urban centres," they say.
"No normal country practises the crime of apartheid."
"No normal country demolishes the homes of suspects…
or punishes millions of people…
or seeks vengeance and vengeance and vengeance in a fit of bloody wrath," we might wearily." Ahmed Moor is a Palestinian-American who was born in the Gaza Strip. He is a Soros Fellow, co-editor of After Zionism (Saqi Books 2012) and co-founder and CEO of liwwa.com

Documentário: Children of Gaza