domingo, 18 de setembro de 2011

Palestina, 194ª Nação Unida?


Para todo cidadão do mundo lúcido e justo, o reconhecimento do Estado da Palestina é um Direito Moral inalienável e que a nossa geração tem de corrigir este lapso das gerações passadas.
Como foi, após a Segunda Guerra Mundial, o Direito dos judeus terem um pedaço de terra que lhes desse a Nação que lhes faltava.
É desumano viver sem identidade.
A controvérsia atual levantada pelos governos de Israel e dos Estados Unidos é então surreal.
O próprio Barack Obama, em 2009, afirmou no Cairo em discurso memorável: Os israelenses têm de saber que do mesmo jeito que o direito de Israel existir não pode ser negado, também não pode o da Palestina.
De 2009 para cá, como se sabe, o Presidente dos EUA virou a casaca, subiu e desceu do muro, até o Primeiro Ministro de Israel transformá-lo em vassalo.

A arte do grafiteiro palestino no muro que já estampa Yasser Arafat,  sob olhar vigilante dos soldados isralenses:
O que o 20 de setembro muda? É o que dizem as letras árabes
O apoio incondicional de Barack Obama a Binyamin Netanyahu é incompreensível em todos os sentidos.
Primeiro, porque o candidato do “Yes, we can!” prometeu, entre as coisas que podia, justiça; e portanto, inaugurou o mandato pressionando o governo de extrema-direita de Tel Aviv para que se preparasse para a independência da Palestina.
Segundo, porque o presidente do “Sorry, we can’t” abandonou o tema do Direito e da Liberdade para empenhar-se em uma ajuda política incompreensível ao Primeiro Ministro de Israel.
Uma dedicação cega  de mão única que põe em perigo o (acanhado) capital simpatia que os Estados Unidos recuperaram nos países árabes (e no mundo) após sua promissora eleição.
Obama, em relação a Netanyahu, parece aquela estória da mulher de malandro: quanto mais apanha, mais ama e mais se dedica a quem a debilita e quebranta.
Foi humilhado em Israel: Na visita oficial de seu vice-presidente John Biden, que havia ido, em seu nome, negociar o congelamento das colônias na Cisjordânia. Biden recebeu um tapa na cara: Em vez de dar ouvidos ao eminente embaixador de Obama, Netanyahu anunciou a construção de novas invasões durante sua estadia.
Foi humilhado nos Estados Unidos: Em visita a Washington, Netanyahu fez um discurso na Casa Branca dando lições ao Dono da Casa sobre o direito histórico judaico à Palestina e o perigo que os nativos representavam para esta reivindicação sionista.
Obama ficou furioso, a portas fechadas, e nos bastidores mandou seu recado. Porém, o apoio ao Primeiro Ministro continuou firme.
Até quando Netanyahu atacou a Flotilha da Liberdade em águas internacionais, nove turcos foram assassinados e o mundo inteiro criticou, chocado.
Até quando Netanyahu recusou pedir desculpas à Turquia, apesar da fórmula milagrosa confeccionada pela Casa Branca ter sido aceita por ofensor e ofendido.
Até sabendo que Netanyahu teme seu ministro das relações exteriores Avigdor Lieberman mais do que se preocupa com o bem-estar de seus concidadãos.
Até sabendo que para o Novo Egito, Netanyahu e Mubarak são farinha do mesmo saco. Os próprios israelenses já manifestam nas passeatas que entenderam isto.       
Mesmo sendo humilhado e estando consciente da inconsciência de sua oposição à criação do Estado da Palestina e de seu subsídio financeiro a um governo cada vez mais distante dos valores democráticos que os EUA admiram, Obama continua apostando que o lobby extremista judeu sionista vai reelegê-lo, em vez de apostar em Rick Perry...
Esquece uma lei Física elementar: os extremismos se atraem como ima.

O Primeiro Ministro de Israel espaldado (ou acossado?)
por seu Ministro das Relações Exteriores (ao fundo),
o fascista declarado Avigdor Lieberman;
um dos "colonos" que moram nas invasões judias na Cisjordânia
 Quanto a Binyamin Netanyahu, bicho papão de israelenses, gazauís e cisjordanianos, estará em Nova Iorque esta semana com seu lobby, armado de toda munição (verbal) disponível, a fim de combater a criação do Estado Palestino.
Deve dar um pulo em Washington para cumprimentar o Republicano que ganhou do Democrata que perdeu a cadeira na Câmara por causa da política pró-Israel de Obama.

O que os israelenses temem com a criação do Estado da Palestina, além das invasões/colônias/assentamentos serem mais oficialmente ainda proibidas internacionalmente?
Temem que os palestinos tenham direitos iguais aos dos demais países. Dentre estes, o de solicitar proteção militar da ONU e de acionar a Corte Criminal Internacional, contra os crimes impunes, abusos territoriais (inclusive a ilegalidade do muro) e os ataques constantes de colonos e soldados bem mandados.
Vide vídeo de policiais israelenses a paisana prendendo Islam Jaber, palestino de 13 anos que estava jogando futebol perto de casa, em Jerusalém Oriental, na Cisjordânia. http://www.youtube.com/watch?v=VprzsYoUfjI&feature=player_embedded

Soldados israelenses prontos para o ataque, do outro lado do muro
O Plano B dos palestinos, caso (?) os Estados Unidos lhes fechem as portas e que fique por isto, é solicitar, via Assembléia Geral da ONU, o mesmo estatuto do Vaticano.
Washington sabe disto e sabe que não tem poder de veto nesta área, porém já disse que providenciará em seguida o corte dos fundos financeiros para a Palestina.
Ativistas de Direitos Humanos acham que se obama fizesse a mesma ameaça a Israel, neste caso, de cortar os bilhões de ajuda militar, Netanyahu pensaria duas vezes antes de prosseguir sua limpeza territorial e étnica na Cijsordânia e em Gaza.



Uma fonte do Shin Bet, Serviço Secreto Interno de Israel, alertou para o perigo das milícias de judeus extremistas, ativas na Cisjordânia. Estes grupos terroristas sionistas vêm atacando impunemente palestinos e ativistas israelenses de direitos humanos; além de destruir cisternas, queimar e arrancar oliveiras, depredar casas, escolas, universidades e até mesquitas.


Turki al-Faisal, ex-chefe do Serviço Secreto da Arábia Saudita e ex-embaixador em Washington já avisou que o veto dos Estados Unidos ao Estado da Palestina no dia 20 encerraria a “relação especial” entre seus dois países e faria que os EUA se tornasse “tóxico” no Mundo Árabe.
Vale lembrar que com a libertação do Egito, Ryad é o maior aliado, e o único peso pesado, de Washington nesse território do mundo bastante minado.


Mahmoud Abbas, Presidente da OLP (Organização pela Libertação da Palestina),
criada por Yasser Arafat, e da Autoridade Palestina.
Pronto para defender o Direito à Cidadania nas Naçõs Unidas 
A Assembléia das Nações Unidas vai viver um momento histórico nesta sexta-feira. Uma das maiores batalhas verbais ouvidas na Organização. Nesse dia, Mahmoud Abbas e Binyamin Netanyahu pronunciarão em plenário os discursos que anunciam as posições oficiais de seus dois países.

Na Líbia, onde as mulheres foram essenciais na luta contra Gaddafi (transportando balas nas bolsas, cozinhando e costurando para os guerrilheiros, vendendo jóias para financiar compra de jipes e com o apoio moral imprescindível à vitória), embora o Conselho Nacional de Transição de Benghazi, em reconhecimento ao trabalho fornecido, tivesse prometido que na Nova Líbia elas seriam embaixadoras e ministras, dos 41 ministérios só um foi confiado às guerrilheiras de bastidores: o das mulheres.


No Yêmen, onde a luta pela democracia continua,
o rapaz ostenta na cara as cores do país e as da Palestina








Artistas contra o Apartheid: http://youtu.be/V28HnPTYz-I;
Free Gaza Movement: http://www.freegaza.org/;
Lowkey:http://youtu.be/ET6U54OYxGw;http://youtu.be/kmBnvajSfWU; http://youtu.be/GO5Cay6GUkM
Global BDS Movement: http://www.bdsmovement.net

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