domingo, 25 de fevereiro de 2018

USA & Israel or Iran, de onde vem o perigo?


Há dois Irãs. Um real e um alegórico.
Internacionalmente, para quem não conhece o país e seus habitantes, o alegórico se sobrepõe ao real porque não há como lutar contra a máquina midiático-poltício-econômica ocidental. 
Conforme a propaganda fomentada pela grande mídia subserviente ao lobby sionista e aos Estados Unidos, o Irã é um inimigo de amigos da paz e do progresso. A hasbara (propaganda em hebraico) é tão repetida e eficiente, que o país foi transformado em um pária global (Rússia e Putin, idem).
O engodo é que o Irã viola tratados e normas em busca psicótica de munir-se de bombas atômicas que avassalem os "coitados" dos israelenses armados ate os dentes de armas químicas e nucleares; primeiro; depois, o mundo inteiro.
Nos Estados Unidos e em Israel existe um consenso profundo e inflexível sobre a "monstruosidade" do Irã. E a propaganda espalha-se pelo mundo ocidental, ignorante do país em questão.
O papel dos EUA nessa impostura é hercúleo: peitar o bully persa "em defesa da democracia e da paz global".
Portanto, quando Barack Obama quis abrir o mercado iraniano às corporações estadunidenses e decidiu sentar à mesa de negociações com Teerã sobre o nuclear para as sanções econômicas que estrangulam o país e empobrecem a população, pareceu um avanço. Obama foi elogiado, um acordo foi assinado, apesar dos iranianos desconfiarem dos gringos por jamais terem cumprido a palavra. Tinham razão. No fim, Teerã manteve seu lado da barganha, reduzindo o estoque nuclear existente e o enriquecimento de urânio a um nível inferior ao necessário à fabricação de armas, enchendo as centrífugas de concreto, enviando material de "dupla utilização" para a Rússia e permitindo a inspeção da AIEA nas datas marcadas.
Nesse ínterim, os EUA suspenderam o bloqueio em parte. Com uma chantagem monetária que favorizasse os negócios com as multinacionais estadunidenses e dificultasse contratos com empresas europeias e as nossas. E a condição de vida dos iranianos continuou difícil.
Até aí, da parte dos EUA, havia pelo menos um semblante de respeito ao acordo, e uma concórdia de fachada.
Porém, o compadre de Binyamin Netanyahu, Donald Trump, está determinado a destruir "the worst deal ever". O simples fato de começar a esbravejar contra o Irã e ameaçar o retorno total das sanções já está espantando investidores estrangeiros, de cujo dinheiro o Irã precisa para reergue-se de décadas de bloqueio gringo. Respeitado cegamente pelos países ocidentais que temem a cólera do império e sobretudo das multas vertiginosas, devidas à ditadura do dólar.
O pior é que os líderes europeus, americanos, asiáticos, e as pessoas em geral, que podiam fazer algo, calam-se. Encolhem-se diante do bully e de sua hasbara.
Pois o órgão de imprensa oficial sionista New York Times e outros controlados pelo mesmo lobby nos Estados Unidos , na Europa, e inclusive no nosso país, distorcem o debate público. Tiram o Irã do rol de nação-estado legítimo com o qual se  lida por vias diplomáticas e sim como um monstro selvagem que tem de ser domado, vencido e enjaulado.
É nessa distorção normativa que reside a injustiça. Que não é própria a Trump. Obama, em sua má-fé, ou ignorância, durante as negociações, retratou o acordo como uma oportunidade para o Irã jungar-se à comunidade internacional e enfatizou que novas restriç 5es impediriam o Irã de armar-se. Esse enquadramento semântico, em si, -vinda de um presidente negro, democrata, que se dava ares de intelectual de mente aberta - reforçou no inconsciente coletivo a imagem falsa e absurda de o Irã ser um estado desonesto como Israel, e de ter planos clandestinos para construir armas nucleares e quantos danos causar.
A lógica da quimera é histórica. Data de 1953, quando a CIA deu um golpe em Teerã tirando Mohammed Mossadegh da presidência para a qual fora eleito democraticamente.
Por que os EUA interviram em um país soberano para instalar um ditador, Mohammad Reza Pahlevi, no trono?
Porque Mossadegh estava nacionalizando a indústria petroleira e o que era bom para os iranianos era ruim para os carteis ocidentais de petróleo.
O mito do lobo mal nasceu quando em 1979, forças revolucionárias derrubaram a ditadura do Xá, e o aiatolá Ruhollah Khomeini purgou as forças progressistas de esquerda, excluiu os Estados Unidos do país e instalou a República  Islâmica do Irã.
Desde então, os Estados Unidos punem sistematicamente a recalcitrância do Irã de ajoelhar-se diante da Casa Branca e de rejeitar sua ditadura econômica.
Sua primeira tentativa de subjugar Teerã foi patrocinando uma guerra devastadora servindo-se de Saddam Hussein como testa de ferro e do Iraque como boi de piranha. Pôs um arsenal milionário nas mãos de Bagdá e o uso de armas químicas deixou uma cicatriz indelével na população iraniana.
De lá para cá, Tel Aviv, Washington e Ryad cercaram militarmente o Irã por todos os lados, financiando grupos terroristas disfarçados de "rebeldes" para desestabilizar  os poucos aliados iranianos no Oriente Médio.
A confiança de Teerã em Washington, que já era frágil, se fragmenta dia a dia com as intervenções militares dos EUA e de Israel nos países vizinhos.  Concomitantemente, a Casa Branca e Tel Aviv fecham o cerco e põem em perigo o único país estável da região. Paradoxalmente, o único em que, há uma convivência pacífica entre judeus, cristãos e muçulmanos.  O único que não cultiva terroristas e que é livre do extremismo do Daesh e do al-Qaeda, em cujo combate errado e desorganizado os EUA provocou o caos na Líbia, Síria e Iraque.
Tomara que apareça um líder lúcido que contradiga a hasbara que os aiatolás têm de ser derrubados para o bem dos iranianos. Não é verdade. A população não quer a queda dos aiatolás. Quer estabilidade econômica.
E os líderes iranianos, Hassan Rouhani na cabeça, querem diálogo e paz.

Why should mainstream media and American politicians salivate over instability and the prospect of regime change in Iranian?
It’s not Washington's business to dictate the future of Iran or be a dimwit cheerleader from the sidelines. Besides, actual American interests would run antithetical to an Iranian regime ouster, were we not wagged by the Israeli-Saudi tail.
But, of course, from a humanitarian perspective, the protests in Iran are more complicated.
One factor in Iranian protests is the expectation that electing Rouhani and his Nuclear Deal would reap economic benefits for the average Iranian. Due to the perpetual fear that the Nuclear Agreement may be undercut by Donald Trump over the past year, investments into Iran have not flowed in as hoped, leaving a weaker economy. Faced with austerity, government corruption and shattered expectations, a substantial number of working class Iranians have taken to the streets.
When Trump and Binyamin Netanyahu voice support for Iranian protesters, patent hypocrisy rules the roost. Trump has encouraged violence against U.S. protesters during his campaign rallies and denounced black football players for kneeling during the national anthem. Netanyahu has had Palestinian activists’ Facebook accounts deleted and oversees the IDF’s policy of detaining, injuring and occasionally killing protesters in occupied Palestine.  Their rhetoric towards Iran’s protests not merely makes explicit their (and the Saudi) long-held desire of seeing the Iranian regime fail. It may also suggest a possible behind-the-scenes CIA action, similar to the 1953 coup that overthrew Iranian Prime Minister Mohammad Mossadegh.
American politicians and media should remember that protests happen everywhere. Usually, they don’t cheer them on or have masturbatory hopes for state failure – only in cases of purported enemy states, like Russia, Venezuela and Iran. When Palestinians protest, implicit in U.S. media and politicians’ attitudes is that they deserve to be brutalized by the IDF, allegedly for the sake of Israel’s security. As Kenyans protested and violence killed thousands of people in 2007, U.S. media and politicians here were insouciant. When Black Lives Matter protested in U.S. cities, armored vehicles greeted them, followed by undercover agent infiltration. But when Iran has demonstrations that last for over a week, the U.S. government and media adorn vulture masks and salivate. They care not about “democracy” in Iran but serve American misconceived interests dictated by the Israeli-Saudi tail.
But, one may think: isn’t there good reason for regime change, as Iranians live under tyranny and their government is a chief sponsor of terrorism?
First, let’s deconstruct the patently false myth that Iran is a sponsor of terrorism.
Iran assisted the U.S. at the beginning of the 2001 Afghan invasion, because the Salafi/Wahhabi-influenced Taliban and Al Qaeda view Iran as an enemy – an ‘apostate’ Shia state. Secondly, Iran has assisted the U.S. in fighting ISIS in Iraq and Syria; ISIS is another radical, Wahhabi-influenced group that regard Shia as the worst kind of apostate, an enemy from within.
Thirdly, yes, Iran supports both political parties Hizbollah and Hamas; less of the latter, due to differences over the Syrian Civil War. Hizbollah remains an armed political group within Lebanon that acts as a check on Israeli aggression, and played a key role in ending of the decades-long Israeli occupation of southern Lebanon. Additionally, this ‘terrorist’ group has fought ISIS and al-Nusra (al-Qaeda) in Syria. Furthermore, in 2015, Hizbollah leader Hassan Nasrallah condemned the Charlie Hebdo attacks; if Hizbollah was an ‘Islamic terrorist’ group, Nasrallah’s denunciation would be odd, indeed…Imagine an actual Islamic terrorist group like Boko Haram condemning the Hebdo attacks: it’s not going to happen. Hizbollah is not a terrorist organization, but simply opposes perceived U.S. interests in the Middle East.
Hamas, though less close with Iran in recent years, has every right to fight Israel’s illegal occupation of Palestine, under Geneva Protocol 1, Articles 43 and 44. While Hamas’s suicide bombings of Israeli civilians during the Second Intifada can be accurately described as terrorism acts copied from Zionists brigades behaviour until 1948, Israeli Defense Forces’ attacks on Palestinian civilians have far eclipsed any Hamas-induced civilian violence against Israelis. Since 2005, Hamas has ended suicide bombing tactics en 2005, while the IDF continues to mow down Palestinians in exorbitant numbers until now.
Therefore, Iran’s support of these armed political groups does qualify it as a terror sponsor, but rather a supporter of the oppressed underdog. This derives, in part, from the Shias’ devotion to Husayn ibn Ali. Husayn died after facing extreme privation at the 680 Battle of Karbala; he fought for what Shias believe was just cause against the tyrannical Umayyad Caliph Yazid I’s army.
But, isn’t Iran a despotism?
No. There really is no evidence to suggest that Iranians are not, by and large, supportive of the country’s theocratic-republican system, which mixes the theocratic rule of an ayatollah with a democratic parliamentary system. Iranians desire reform and improved economic conditions, but not a change to the Shia republic’s system of governance.
Iran’s ‘Death to America’ chant at pro-government demonstrations is hard-liner rhetoric that most Iranians want to end; it derives from hardliners’ aversion to U.S. imperialist policies in the region. Contrary to neo-conservatives’ beliefs, the slogan does not advocate for the actual death of Americans or even seek the U.S. government’s downfall.
There is an Iranian ambivalence toward the U.S. While Iranians generally hold a favorable attitude towards the American people, they are averse to the U.S. government’s “Haq-khordan-trampling of rights” of Iranians. This includes subverting Iranian politics throughout history and trying to prevent Iran from developing nuclear energy.
Is Iran a perfect liberal democracy – far from it. But isn’t that the case for innumerable nations, including France (where the right to boycott Israel was taken from its Citizen) and the United Stares that control every step of its citizens, communications and the media? Besides blackmailing the world with the dollar dictatorship.
However, in context, Iran remains significantly more democratic than most countries in the Middle East.
So, let’s quit cheerleading for an overthrow of Iran’s government, and allow Iranians to sort out their own grievances.



PALESTINA

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Rogue Israel vs Palestina: Anexação & Genocídio camuflados



O projeto sionista de limpeza étnica da Palestina é meticuloso e progressivo, respaldado pela hasbara, que inspirou a propaganda nazista de Goebbels.
Os sionistas não são peremptórios e desajeitados como os nazistas. Não. O holocausto programado e executado paulatinamente por  Ben-Gurion, Golda Meir,Yitzhak Rabin, Ehud Barak, Ariel Sharon, Binyamin Netanyahu é sutil.
Na trama da tragédia palestina, não haverá momento, evento ou ponto definitivo que marque a História como o dia de anexação, a ser conspurcado como a Nakba pelas futuras gerações.
A anexação está sendo feita dia a dia, semana a semana, mês a mês, ano a ano, década a década, desde 1917.
O processo é deliberado e contínuo; planejado nos mínimos detalhes. Como fazem os psicopatas.
A primeira fase foi a da imigração de ashkenasim, judeus europeus, depois de sefaradim, judeus árabes, que despojaram os fellayin (camponeses palestinos) de suas terras e os citadinos de seus comércios, concessões públicas, etecetera. Tudo bem financiado por Edmond de Rothschild, outros magnatas sionistas, sob o patrocínio do império britânico.   
As colônias que deformam a Cisjordânia hoje repetem o modus operandi da invasão sionista que aconteceu de 1917 a 1948, mas que começou no século anterior, sob os auspícios do barão Rothschild. 
A segunda fase começou cinquenta anos após a primeira campanha de ocupação que levou à auto-proclamação do estado de Israel em um pedação da nação palestina usurpada e sistematicamente pilhada, com a cumplicidade da Inglaterra.
Esta fase, atual, contou e conta com o apoio do império que desbancou o britânico, o estadunidense. Desde o início, infalível, qualquer que fosse o partido no poder. Do reconhecimento apressado do estado de Israel na ONU até Jerusalém ser presenteada aos ocupantes pelo Congresso e pelo presidente dos Estados Unidos.
De uma colônia a outra, o número de colonos ilegais chegou a 500 mil. 
Do mesmo jeito que os yishuv (colono judeu) fizeram até 1945.
Naquela época, o fato foi consumado porque já havia imigrantes demais instalados, empresas funcionando, escolas, e todos os grandes negócios de água, energia, infraestrutura, haviam sido tomados dos palestinos e passados para os imigrantes europeus.
Hoje o processo é semelhante e eficaz do mesmo tanto.
Em 1948 os yishuv culminaram sua ocupação com um estado, celebrado e pronto para continuar o projeto do Grande Israel do mar Mediterrâneo ao rio Jordão.
À anexação da Cisjordânia talvez falte um marco. Pois é feita de pequenas vitórias celebradas em gabinetes ministeriais. Tais como uma lei que move uma universidade da jurisdição de um conselho de ensino superior para outro. Um time de futebol de colônia que participa do campeonato nacional israelense, uma colônia a mais, uma empresa a mais que se instala em terras palestinas com incentivos fiscais e emprega os nativos como mão de obra semi-escava, como faziam os yishuv em sua época.
Quando a anexação for efetivada unilateralmente, como com o estado de Israel auto-proclamado, a Comunidade Internacional não se exaltará. O Conselho de Segurança da ONU não realizará sessão de emergência. A União Europeia não ameaçará sanções.
Porque o fato está sendo consumado diariamente com leis ilegais, infrações às leis internacionais e crimes de guerra que ficam impunes e se repetem.
A anexação será. É. E basta, arrotarão os fora-da-lei que governam Israel.
O Knesset (congresso israelense) acabou de aprovar uma lei que coloca as universidades das colônias nos territórios palestinos ocupados sob a égide do Conselho Israelense para o Ensino Superior, organismo civil criado para supervisionar universidades e faculdades dentro do estado israelense.
Essa lei ilegal não é uma exceção no Knesset e sim uma regra, repetida constantemente nas duas últimas décadas.
Ora, segundo o Direito Internacional, Israel "governa" a Cisjordânia com um regime militar. E a Lei internacional reza que a aplicação do direito civil a um território ocupado equivale a anexação. Pois é. São passos, "invisíveis" e negligenciados, que Israel dá, semanalmente, em direção à anexação irrevogável.
Binyamin Netanyahu sublinhou na semana passada a necessidade de avançar esses planos de forma organizada e não com propostas ad hoc de políticos que querem ocupar manchetes de jornais. E fazendo isso, chamam atenção para o crime organizado que está sendo bem executado na calada.
Tel Aviv já mudou até a nomenclatura. A Palestina já não é chamada de Palestina desde 1967. Mas até pouco tempo, Cisjordânia, ou seja, West Bank, era o termo empregado em todas as circunstâncias. Nos últimos meses, anos, o discurso mudou totalmente.
Por exemplo, na última reunião com o Likud (partido de extrema direita no poder) na segunda-feira passada, Netanyahu disse "no que diz respeito à questão da aplicação da lei israelense na Judeia, na Samaria e no Vale do Jordão", ou seja, além da Linha Verde fronteiriça, ou seja, na integralidade dos territórios palestinos da Cisjordânia, "deve ser uma legislação feita pelo governo e não pelo Legislativo. Este é um processo com consequências históricas... Agiremos de forma inteligente".
A forma e o fundo do que disse foram gravíssimos
A gravação vazou, porém, a mídia focou em outra parte de sua intervenção - anódina, comparada com esta - na qual afirmou que Israel está coordenando e mantendo discussões com a Casa Branca em relação aos planos de anexação.
O gabinete do primeiro ministro foi forçado por Washington a retrair essa parte da declaração. Mas a gravação existe e nela Netanyahu descreve aberta e descaradamente como planeja aplicar as leis (ilegais) de Israel nos territórios palestinos ocupados.
Fazendo isso, tocou no discurso principal. Onde tudo muda.
A anexação não é mais um tema que o Direito israelense sussurra a portas fechadas e em conferências marginais. O governo israelense já descartou as convenções vigentes de dois Estados. E isso passa desapercebido pela grande mídia e é ocultado nas capitais ocidentais. Os únicos que ousam encarar a realidade são duas pessoas que jamais se investiram na solução justa de dois estados - Donald Trump, que botou as cartas na mesa, e John Kerry, que não fez nada, quando teve oportunidade, porque não era a vontade política de seu patrão, Barack Obama, em cujo governo as colônias ilegais quase duplicaram.
A anexação é falada como se fosse um resultado em si. Mas a anexação não é o objetivo final. O objetivo final é simplesmente fortalecer e consolidar o Grande Israel do Mediterrâneo ao Jordão, sem a Faixa de Gaza, que está sendo assassinada lentamente, como veremos abaixo.
A anexação é uma simples ferramenta para concretizar o processo em andamento desde 1917.
Espero que uma das leis que o Knesset e o governo de Israel aprovem em breve chame a atenção de alguém com poder de agir, da grande mídia e da tal comunidade internacional.
Mas o problema é que, com raríssimas exceções, as leis, individualmente, são insignificantes. Os crimes que elas caucionam são bárbaros, mas ao olhar incauto, não parecem aberrantes.
Porém, uma a uma, todas juntas, representam uma anexação dos territórios palestinos ocupados. Por enquanto, com os palestinos dentro, enfim, os que sobrarem. Pelo menos na Cisjordânia, para servirem de mão de obra barata ou escrava.
Na Faixa de Gaza, o projeto é diferente. É de holocausto. Veja abaixo.


Bombas israelenses. Drones israelenses. Cortes de energia impostas por Israel. E não há como escapar. Não há saída por terra, mar ou ar. A vida cotidiana em Gaza é moldada pela política israelense genocida, que transformou o enclave costeiro em uma prisão de máxima segurança onde os presos são famílias - mães, pais, filhos, avós, cujo único crime é ter nascido em Gaza, na Palestina. Dá para imaginar viver do nascimento à velhice (quando não é morto bem mais cedo) desse jeito?
assim?
Gaza is crumbling

Para quem nãos abe, a Faixa de Gaza é uma faixa estreito do território palestino no litoral do Mar Mediterrâneo. Tem apenas 25 quilômetros de comprimento e seis de largura. O enclave costeiro tem cerca de 2 milhões de habitantes, portanto, é um dos lugares mais densamente povoados do planeta.
Três quartos da população gazauí é composta de refugiados expulsos de suas terras e cidades em 1948, durante a Nakba,ou seja, o massacre organizado por Israel para "limpar" a Palestina dos palestinos para os imigrantes sionistas se instalarem em suas propriedades urbanas e rurais. O bloqueio que Israel instalou há 11 anos condenou 80 por cento das famílias à pobreza.


Gaza hospital