domingo, 30 de outubro de 2016

Israel vs Palestina: Operações Militares XIII (2008-09)

The children walking over the bricks of their destroyed homes, their mother putting up a tent, their father in jail... in tears and confusion looking at the tanks coming down the street, the soldiers and settlers holding metre-long machine guns... they stare... need I say more ...just imagine how it would feel to be a Palestinian....”  Reservista da IDF Breaking the Silence sobre operação militar israelense.
Reservista da IDF explica armamento "convencional"
2008
Fevereiro: Operation Warm Winter - Mivtza Horef Ham
Operação militar israelense na Banda de Gaza  do dia 28 de fevereiro a 3 de março de 2008.
Objetivo: punição coletiva pela eleição do Hamas.
Justificativa: foguetes da Brigada Qassam contra Israel.

No dia 27 de fevereiro, o Hamas, o Jihad e os comitês de resistência palestina em Gaza, decidiram responder aos ataques sistemáticos da IDF jogando uma penca de foguetes em Sderot, perto da Faixa. Uma meia dúzia de habitantes da cidade sofreu ferimentos leves, mas foi o bastante para Ehud Olmert, em plena crise política, aproveitar a oportunidade e fazer o que os primeiros ministros israelenses sempre fazem nesses casos - uma operação militar tonitruante para ganhar popularidade. Desta vez, voltando a bombardear Gaza.
O porta-voz da IDF declarou: "The operation is aimed at disrupting terrorist infrastructure in the Gaza Strip". Para reforçar a hasbara, um dos primeiros alvos foi o escritório de Ismail Haniyeh, primeiro ministro palestino eleito.
A Força Aérea da IDF bombardeou a Faixa durante 4 dias sem parar.
O dia 1° de março foi considerado o mais sangrento que os palestinos viveram desde o fim da Segunda Intifada.
No dia 2, começou a operação terrestre. Dois mil soldados da IDF invadiram a Faixa e ocuparam Jabalia e Shujaiya. Encontraram resistência armada  e perderam 2 homens.
Estas duas baixas na infantaria bastaram para a população reclamar, pois os israelenses são como os estadunidenses, a caixões alheios, olham de esgueio; caixões seus, pranteiam copiosamente.
Portanto, no dia seguinte, sentindo a incapacidade de controlar as perdas e temendo que sua popularidade caísse em vez de aumentar, Olmert ordenou que a IDF batesse em retirada 'estratégica', após destruir fábricas, armazéns, residências e prédios administrativos.
A retirada da infantaria foi noturna.
Em seguida, o primeiro ministro israelense anunciou o fim desta operação, mas prometeu que a IDF voltaria logo. E que nesse ínterim, os bombardeios intermitentes continuariam.
No fim da operation Warm Winter, mais de 120 palestinos estavam mortos. Segundo a B'Tselem, ONG israelense de direitos humanos, 54 deles eram civis - inclusive mulheres e crianças - 25. Por isso a B'Tselem exprimiu preocupação pelo "large number of children and other uninvolved Palestinian civilians among those killed and wounded in the Gaza Strip". Mais de 350 palestinos foram feridos.
Além dos mortos em Gaza, um menino palestino de 13 anos foi assassinado na Cisjordânia por soldados da IDF em passeata pacífica de apoio aos compatriotas gazauís. Dezenas de jovens foram feridos.
Do lado de Israel, três pessoas morreram: dois soldados e um civil. Oito ficaram feridos.
No dia 29, o ministro israelense da Defesa Matan Vilnai, pronunciou uma frase que chocou o mundo inteiro: "As the rocket fire grows, and the range increases... they [Palestinians] are bringing upon themselves a greater 'Shoah' because we will use all our strength in every way we deem appropriate..." "...os palestinos estão buscando para si mesmos uma shoah maior porque usaremos toda nossa potência e todos os meios que julgarmos apropriados...".
Alguns dias mais tarde, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou a resolução 33-1 que expressava "shock at the Israeli bombardment of Palestinian homes and the killing of civilians ... inflicting collective punishment against the civilian population." It also called "for the immediate cessation of all Israeli military attacks throughout the occupied Palestinian territory..."
Apesar de a resolução proposta pelo Paquistão condenar também "the firing of crude rockets ... which resulted in the loss of two civilian lives and some injuries in southern Israel," os países europeus se abstiveram na votação;  EUA e Canadá votaram contra; Rússia, China, India, Brasil, a favor.

Journeyman: Cleansing Gaza. Operação Cast Lead 2008/09 (14')
Following the reaction to this shocking documentary, Israel promised internal probe.It would never be implemented. https://youtu.be/cKHaowFEOsw
DezembroOperation Cast Lead.
Operação militar israelense em larga escala na Banda de Gaza. Durou do dia 27 de dezembro de 2008 a 18 de fevereiro de 2009.
Objetivo:  punição coletiva pela resistência.
Justificativa: foguetes da Brigada Qassam contra Israel.
A OCL começou no fim da manhã de sábado, às 11:30, encurralando os habitantes em sua faixa exígua.
Em um fim de semana no qual o ocidente cristão inteiro está de folga, desarmado e distraído com as festas natalinas e o reveillon. Inclusive a Palestina, já que sua população é constituída de muçulmanos e cristãos (proibidos de ir à missa do galo e de aceder às igrejas, mas a fé continua a mesma).
80 aviões de combate invadiram o espaço aéreo de Gaza e despejaram mais de 100 toneladas de explosivos na Faixa de cima abaixo nas delegacias, repartições da secretaria de segurança e outras repartições públicas. Sem nenhuma preocupação com os funcionários que estavam trabalhando ou com os prédios residenciais vizinhos.
Este primeiro ataque durou só 5 minutos. Mas foi devastador. Devido à organização, à força e armamento usados, e ao horário. É nessa hora que os meninos saem das escolas e estão brincando nos pátios ou voltando para casa. Vários foram mortos e dezenas foram feridos já nesse dia.
Cumprido este  objetivo, Israel isolou a Faixa do resto do mundo. Todos os postos de fronteira com Israel e Egito foram bloqueados aos jornalistas estrangeiros durante os 22 dias em que os cerca de 20 mil soldados de infantaria com sua pesada artilharia, a aeronáutica e a marinha israelense praticaram o genocídio.
No fim, quando os jornalistas foram autorizados a entrar para fazer seu trabalho de informar, encontraram casas, quando não em pedaços, esburacadas e vandalizadas de todas as maneiras inimagináveis, inclusive com insultos escritos nas paredes pelos soldados com seus escrementos. 
Pior, só em Sabra e Shatila, em 1982.
1.410 palestinos foram assassinados. Dentres eles, 949 civis, inclusive 356 crianças e 113 mulheres. Dos homens não civis, 231 eram policiais, servidores públicos, mortos nas delegacias onde trabalhavam.
5303 palestinos sofreram ferimentos graves. A IDF levou consigo 120 homens presos.
11.157 residências foram totalmente destruídas. 8.511 foram parcialmente destruídas. Mais de 30 mil casas foram "apenas" danificadas.
612 escolas, postos de saúde, repartições públicas foram mais ou menos danificados e o mesmo aconteceu com cerca de 700 fábricas, 710 comércios, o sistema de saneamento e esgoto, 24 mesquitas,  cerca de 50 prédios da ONU - escolares e de saúde, e 643 veículos, reduzidos a sucata.
Grande parte das culturas agrícolas foram pulverizadas. Além das perdas humanas e das doenças que suas armas 'convencionais' e químicas provocariam nos anos seguintes.
Este ataque deixou mais de 2 bilhões de dólares de prejuízo para os palestinos que já vivem à míngua.
As estatísticas não representam o horror do espetáculo tenebroso que a IDF deixou ao bater em retirada. Retirou-se por causa da resistência encontrada e pela perda de três civis e dez soldados - um deles, por fogo amigo. 336 soldados israelenses foram feridos pela resistência e 182 civis sofreram ferimentos, na maioria, leves, provocados pelos foguetes Qassam ou por pânico.
The great deceiver Mark Regev já estava na ativa em 2008, mentindo como hoje. Só que na época, a censura na BBC ainda não era totalmente castradora como em 2014. Veja abaixo.
Tirando os Estados Unidos, Israel foi condenado verbal-unanimamente pelos seguintes crimes:
. Punição coletiva
Familias inteiras dizimadas, como a do médico gazauí formado em Harward, Izzeldin Abuleiash, que trabalhava inclusive em hospital israelense.
 
. Uso de força desproporcional e aleatória.
. Obstáculo a socorro.
. Uso de civis, na maioria, meninos, como escudo humano.
. Uso de armas 'convencionais' desumanas.
. Uso de explosivo de metal denso inerte (cancerígeno)
. Uso de arma química, - fósforo branco.
. Uso de drones contra civis.

. Abusos físicos e psicológicos cometidos pela infantaria.
. Ataques a veículos e pessoal de saúde.
. Ataque de estruturas  das Nações Unidas.
John Ging, alto funcionário das Nações Unidas, reclamou na mídia no dia 6 de Janeiro. Mas o horror só terminaria após a posse de Barack Obama e um acordo de cúpula para que ele desse uma de bonzinho, adiando a carnificina.
Apesar da investigação da ONU que seguiria, ficaria por isso.
Os depoimentos visuais abaixo revelam melhor o acontecido.
Os únicos jornalistas presentes eram os correspondentes locais. A Al Jazeera é a única mídia internacional que tinha dois bons repórteres experientes na Faixa durante a OCL. Por acaso. O trabalho deles resultou no ótimo documentário THE WAR AROUND US.
As outras testemunhas foram estrangeiros voluntários, tais como o jornalista free-lancer italiano Vittorio Arrigoni, grande cara, morto em Gaza mais tarde. Da coragem deles, nasceu este documentário: ERASED, wiped off the map. Em tempo real.
 
pa
Outro : To shoot an elephantIs an eye witness of Operation Cast Lead in Gaza.
Equipe de voluntários internacionais, em Gaza durante a OCL, documentaram o caos. O título To shoot an elephant é inspirado do livro de George Owell Shooting an Elephant, que  critica a política colonial britânica. 
VO with English subtitles
pa
Nero AS production: Tears of Gaza.
Produced by Tere kristianson and directed by Vibeke Lekkeberg.
In a rough style, by way of unique footage, the brutal consequences of modern wars are exposed.
The film follows three children through Operation Cast Lead and the period after the ceasefire.'
.
pal
The 22 days war documentary - Gaza Strip (Sameh Habeeb)
Part I (14')
Part II: GS2: https://youtu.be/CDC9FCqPGfY (16')
pal
Interview with IDF soldiers in Israeli TV:  Interview about Cast Lead Testimonies
Reservistas da IDF, forças israelenses de ocupação,
Shovrim Shtika - Breaking the Silence 
https://youtu.be/8nLYGLnAq7k
https://youtu.be/EDZmRqx4cpQ
https://youtu.be/8nLYGLnAq7k
https://youtu.be/HjjWU6ZRyLQ
https://youtu.be/cNHq55CQJdM
https://youtu.be/oVQ8zAY5Ug4
https://youtu.be/4wKJFHBS7Fo
https://youtu.be/wL1s2op2QI0
https://youtu.be/VxNOhS158Yw
https://youtu.be/EW46A-mmwnA
 NEWS

The biggest news of the week was this: Russia lost its seat on UN human rights council. "Human rights leaders" Saudi Arabia and China were re-elected. The moral of this story is that the USA is still in total control of the United Nations. Untill when?
A notícia internacional mais importante da semana foi esta: A Rússia perdeu seu assento no Conselho de direitos humanos da ONU. Os campeões de direitos humanos China e Arábia Saudita foram reeleitos. A moral desta história é que os EUA continuam controlando o destino da ONU. Até quando? 

Russia may lose patience over Syria accusations ....


p
a.  PALESTINA
BDS:Will your city or organization join the HP Week of Action? pa
Electronic Intifada: The video below shows Israeli soldiers in the occupied West Bank throwing stones at Palestinian schoolchildren in the village of al-Tuwani on 25 October.
According to the video’s captions, the Israeli soldiers are supposed to protect the children from attacks by Israeli settlers in the area.
But instead, as the video shows, the soldiers lob stones towards the children, including with a slingshot.
The soldiers also failed to come to the designated point to meet the children, according to the video, and “checked one child’s bag and stopped another one without a clear reason.”
Al-Tuwani is a village in the South Hebron Hills area of the occupied West Bank, where thousands of Palestinians living in dozens of small communities are resisting expulsion or the loss of their land from encroaching Israeli settlements.
Settlers from the nearby colony of Havat Maon habitually attack Palestinians.
In one such incident last November, masked, rock-throwing Israelis injured a 6-year-old Palestinian girl in the head.
The Israeli human rights group B’Tselem has regularly documented settler attacks, including a days-long rampage in Hebron a year ago while Israeli forces looked on and did nothing.
In other cases, Israeli occupation soldiers have been filmed protecting and assisting settlers as they attack Palestinians.
While Israeli soldiers and settlers enjoy near-total impunity for violence against Palestinians, Israel has recently toughened penalties for Palestinians, including children, accused of throwing stones.
Five Palestinian youths from the village of Hares are currently serving 15-year sentences imposed by Israeli military courts on accusations of stone-throwing that they deny. All five were children when they were arrested in 2013.

OCHA 

Electronic IntifadaEU recognizes right to boycott Israel.

No ano passado, na mesma época, a perseguição nos EUA a posição anti-ocupação e anti-limpeza étnica da Palestina, ia de vento em popa. Continua. Na França, idem.pa
BRASIL


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