Let's not whitewash Muhammad Ali
Acredito na igualdade absoluta do valor da vida.
Porém, acho que algumas vidas são mais preciosas do que outras, devido à sua contribuição aos outros e ao avanço da humanidade.
Uma dessas vidas suis generis foi a de Cassius Marcellus Clay Jr., batizado com um nome predestinado ao combate e à glária. Ao alcançá-la, converteu-se a Muhammad Ali.
Detesto luta de box como detesto todos combates esportivos, por razões óbvias. A violência quotidiana - psicológica, sociológica e física - já é excessiva, não deveria ser esportiva, em um mundo evoluído. Porém entendo que a parte animal do homem precise desta válvula de escape para sua selvageria intrínseca - os romanos sabiam disso e o homem, desde então, evoluiu mais tecnologicamente, em superfície.
Muhammad Ali foi uma mistura de Pelé e Ayrton Senna do ringue. Único no gênero.
Com o Pelé, compartilhou a mesma hegemonia esportiva imbatível.
Com o Ayrton, compartilhou as qualidades humanas e o carisma próprio aos raros seres realmente humanos que engrandecem nossa raça e iluminam nosso quotidiano.
Tive o privilégio de conhecê-lo porque era um ativista. Respondia presente ao apelo da luta contra a opressão e a injustiça em todas as frentes - nacionais e internacionais.
Não lutava mais, é claro. A doença de Parkinson já o tirara dos ringues e da vida social, mas não de certas manchetes de jornal.
Tenho certeza que ele teria proibido a entrada da maioria das pessoas, sobretudo políticos tais como o sionista desavergonhado Bill Clinton - que foram a seu enterro na sexta-feira. Estes, antes, quando Ali usava sua lucidez para botar o dedo nas feridas do imperialismo, queriam ver o diabo, queriam ouvir bombas e estridentes sirenes de ambulância, mas não queriam vê-lo nem ouvir sua advocacia em favor dos fracos e oprimidos.
Shame on them for tarnishing the dignity of his funeral service.
Ainda bem que um rabino botou os pingos nos iis.
Ali foi a primeira celebridade estadunidense, e talvez mundial, a defender a causa palestina publicamente.
Defendeu a Palestina quando ainda boxeava e numa época em que Yasser Arafat ainda se encontrava no exílio, estigmatisado, a OLP era taxada de organização terrorista, e as organizações terroristas israelitas, protagonistas da Naqba, haviam se "reciclado" na IDF - forças armadas cujos crimes foram instantaneamente legalizados.
Vale lembrar que na década de 60 a propaganda pró-israelense corria solta em Hollywood. No fim da década de 50 o reacionário Charlton Heston encarnara sucessivamente Moisés nos Dez Mandamentos, baseado no Antigo Testamento; e Ben Hur, deturpado do livro de Lew Wallace Ben Hur: A Tale of the Christ - 1880, considerado a obra literária cristã mais importante do século XIX, e que na adaptação cinematográfica dos produtores sionistas virou ode a um bravo nobre israelita. Depois veio Exodus, de Otto Preminger, em que os árabes eram mostrados como sanguinários e os israelitas como vítimas inocentes. Sem contar a vitória devastadora da França/Grã-Bretanha/EUA por Israel na Guerra dos Seis Dias em 1967.
A propaganda anti-árabe era intensa no ocidente, sobretudo nos EUA. E o sequestro da equipe israelense nas Olimpíadas de Munique em 1972 só piorara a imagem dos palestinos, ou melhor, deu uma imagem negativa dos palestinos, que até então, eram totalmente ignorados. Deve ter sido por isso que a grande mídia omitiu por negligência ou propositalmente a razão do ato desesperado do Setembro Negro, assim como a origem do nome deste grupo palestino de resistência.
Pois bem, foi nesse contexto politico-internacional que Muhammad Ali teve a coragem de defender o que então era vendido pela mídia como indefensável.
Corajoso dentro e fora do ringue.
Ao defender o ocupado contra o ocupante cuja vitimização, nas décadas de 60, 70 e 80 estava longe de ser contestada, era quase um suicídio profissional.
Mas ele era Muhammad Ali. The greatest of them all.
Ele cumprimentava com o tradicional Salam Aleikum, ao qual muçulmanos e cristãos, palestinos ou não, respondíamos Aleikum as-Salam em uma descontração solene.
Sua conversão ao Islã foi um ato politico mais do que religioso. Era minha impressão. Mas na verdade, ele representava bem a maioria dos muçulmanos que conheço: respeitoso do próximo, hospitaleiro e caloroso.
Em 1974, ele foi o primeiro ocidental famoso a visitar campos de refugiados palestinos no Libano. Até hoje os palestinos que o viram, encontraram, se lembram emocionados de sua presença. Eu, então menina, nem sabia onde ficava a Palestina. Mais tarde, ouvi e gravei a declaração que fez durante a entrevista coletiva: "In my name and the name of all Muslims in America, I declare support for the Palestinian struggle to liberate their homeland and oust the Zionist invaders.".
(O efeito mágico foi o mesmo que o Ronaldo Fenônemo, no apogeu futebolístico e tomado pelo espírito cristão de caridade, provocou na Palestina em 2005. No fim da Segunda Intifada. Até hoje, os então meninos, agora universitários; os jovens, agora, adultos; adultos, agora mais maduros, se lembram com orgulho da passagem do nosso Ronaldinho pela Cisjordânia como uma prova de que tudo era possível. Já que o maior jogador futebol do planeta se importava com eles e voltava os holofotes para sua terra esquecida.)
Voltando a Muhammad Ali, seu posicionamento no Libano nesse período, 1974, dois anos após Munique - com o Mossad correndo a Europa executando a intelligensia palestina sob pretexto de caça aos "terroristas" que causaram a morte dos atletas istaelenses - era uma ousadia incrível.
Voltaria à carga no terreno em 1985. Três anos depois de Israel invadir o Libano. Eu já estava formada e na ativa quando ele foi a Tel Aviv advogar a libertação dos resistentes libaneses e palestinos que a IDF mantinha presos no sul do Libano ocupado.
O interessante é que embora a mídia estadunidense e internacional desse muito espaço às declarações de Muhammad Ali contra a guerra do Vietnã e sua defesa de outras causas liberais, o espaço era mínimo, ou nenhum, quando se tratava da Palestina.
Aquela história dos dois pesos e duas medidas.
Muhammad Ali, qad Hafiz Allah. Deus o guarde.
Inside Story: What made Muhammad Ali a legend?
BRASIL
FORA TEMER! nas ruas do Brasil no dia 10 de junho
. Enquanto a corrupção de Temer está sendo exposta, legisladores tentam criminalizar dissidência.
. Glenn Greenwald:“Tudo ficou mais claro: é golpe”.
Entrevista de fundo liberada pela TV Brasil com a presidente Dilma
seu
seuO prefeito de Tel Aviv teve a coragem de apontar o verdadeiro culpado pelo recente ataque em Tel Aviv: "Devemos ser o único país do mundo que ocupa outra nação sem direitos cívicos [e humanos]. Não dá para prender um povo em uma situação de ocupação e esperar que eles cheguem à conclusão que está tudo bem.". Jerusalem Post.
Tel Aviv mayor Ron Huldai, dares to blame the occupation for his city recent attack: "We might be the only country in the world where another nation is under occupation without civil rights. You can't hold people in a situation of occupation and hope they'll reach the conclusion everything is alright.'
If the World Wants to End the Abuse, It Should End the Blockade
seuA pior notícia da semana passada para democratas, humanistas, anti-fascistas e anti-sionistas, chegou de Nova York, cujo prefeito proibiu o boicote de Israel. Democracy Now organizou um debate equilibrado sobre o assunto.
Mas os nova yorquinos estão resistindo
seu
O Ramadan (um tipo de Quaresma islâmica) começou e na sexta-feira (domingo cristão) Israel só autorizou a passagem de mulheres e homens palestinos acima de 45 anos, no checkpoint Qalandya que liga Ramallah a Jérusalem.
Additional footage by B'Tselem volunteer Amani Abu 'Eishah recently conveyed shows an early portion of the double murder.
Last week I posted here another video that shows the knife being pushed towards the Palestinian recently murdered. (By the way, many soldiers now carry knives to plant on their victims.)
Journalists are aware of these stunts, but only a few comment them.
Additional footage from the incident was filmed from their homes by Amani and Nur Abu 'Eishah, another B'Tselem volunteer. It shows that before the Israeli soldier shot Abed, Ramzin had also been executed by a bullet to the head or neck as he lay wounded on the ground. The footage below shows the wounded Abed before his murder shot him; the body of Ramzin who had allegedly already been executed by another soldier; and the soldier who had been stabbed receiving medical care.
The footage below shows that Israeli soldiers executed two Palestinians in Hebron, not one.
No dia 24 de março de 2016, Abed al-Fatah a-Sharif e Ramzi al-Qasrawi foram assassinados em Hebron por soldados da IDF. Vídeo da ONG israelense B'Tselem mostrou o soldado da IDF franco-israelense Elor Azaria executando Abed a sangue frio. Mais tarde, a B'Tselem divulgou outra vídeo que mostrava momentos que antecederam o duplo homicídio. Esta última abaixo prova que os soldados da IDF executaram os dois rapazes palestinos, não um. Abed aparece mexendo antes do soldado da IDF executá-lo, Ramzin já aparece executado com uma bala na cabeça ou no pescoço, o soldado da IDF ferido está sendo tratado. Ainda não se sabe quem foi o verdugo israelense nem o momento em que o primeiro crime foi cometido. Por enquanto, só dispomos do vídeo abaixo.
Estima-se que 50% dos atentados dos palestinos são fabricados após os soldados da IDF executarem um palestino ou uma palestina por esporte, e 80% são executados a sangue frio quando não representavam nenhum perigo. Só que os homicídios não foram gravados como o de Abed e Ramzin.
Almost fifty years of occupation |
- The West Bank – including East Jerusalem – and the Gaza Strip together constitute the Occupied Palestinian Territories (OPT), which have been under Israeli military occupation since June 1967.
- Prior to Israeli occupation, the West Bank was controlled by Jordan, and the Gaza Strip by Egypt.
- Before the State of Israel was established in 1948, the West Bank and Gaza Strip were simply parts of Mandate Palestine; their ‘borders’ are the result of Israeli expansion and armistice lines.
- 300,000 Palestinians in the West Bank and Gaza Strip became refugees during Israel’s conquest in June 1967; the vast majority were unable to return.
- In 1967, Israeli forces ethnically cleansed and destroyed a number of Palestinian villages in the OPT, including Imwas, Beit Nuba, and others.
- By an odd coincidence of history, Israel’s military occupation of the OPT began not long after the military regime over Palestinian citizens of Israel had formally ended in December 1966.
- Therefore, the State of Israel has subjected Palestinians citizens and Palestinian non-citizens to military rule for all but six months of its 68-year existence.
- One of the first acts of Israeli authorities in East Jerusalem was to demolish the Mughrabi Quarter, expelling 600 residents and destroying 135 homes.
- In place of the 800-year old Mughrabi Quarter, Israel created the Western Wall Plaza.
- The first West Bank settlement was established in September 1967, supported by the then Labor-led government.
- All Israeli settlements in the OPT are illegal under international law, constituting a violation of the Fourth Geneva Convention.
- In a secret memo in 1967, a legal adviser to the Israeli government affirmed the illegality of civilian settlements in the OPT.
- By 1972, there were some 10,000 Israelis living in illegal settlements in the OPT.
- In 1974/75, Israel established Ma’ale Adumim, located in the West Bank to the east of Jerusalem. It is now the largest Israeli settlement in terms of area.
- There are now 125 government-sanctioned settlements in the OPT, plus another 100 or so unauthorised settler ‘outposts’.
- There are around 400,000 Israelis living in illegal settlements the Occupied West Bank.
- This excludes residents of colonies established in East Jerusalem – a further 200,000.
- Israelis have voted in 14 national elections since June 1967. Unlike settlers, Palestinians in the OPT have been unable to vote in any of those 14 elections.
- According to the UN, there have been 2,598 acts of violence by Israeli settlers against Palestinians in the last ten years.
- One of the methods adopted by Israeli authorities over the decades to colonise West Bank land has been Ottoman-era land legislation dating back to 1858.
- By the mid-1980s, Palestinian cultivated land in the West Bank had dropped by 40 percent.
- In 1991, Israel began requiring a Palestinian seeking to enter Israel from the OPT to obtain an individual permit.
- More than 500 physical obstacles, including checkpoints and earth mounds, restrict Palestinian freedom of movement in the West Bank.
- In 2003, Israel began work on the Separation Wall in the West Bank and East Jerusalem. Around 85 percent of the total length of the Wall’s projected route lies inside the OPT.
- In 2004, the International Court of Justice in The Hague issued an advisory opinion that the construction of the Wall in the OPT is “contrary to international law”.
- Some 82,000 settlers live outside the Separation Wall; add Ariel, a major settlement-city in the middle of the northern West Bank, and the total is around 100,000 settlers.
- The Gaza Strip is home to around 1.8 million Palestinians, some 70 percent of whom are United Nations (UN)-registered refugees, expelled from their homes by Israel in 1948.
- For decades, Israel maintained a permanent armed presence in Gaza, expropriated land, and built colonies for a settler population that rose to more than 8,000.
- In 2005, Israel removed these settlers, and redeployed its forces to Gaza’s perimeter fence.
- The Gaza Strip is still under Israeli occupation: along with the West Bank and East Jerusalem, it forms part of a single territorial entity (OPT).
- This was affirmed in UN Security Council Resolution 1860 in 2009, and also affirmed in November 2014 by the Office of the Prosecutor at the International Criminal Court in The Hague.
- In 1967, Israel expanded Jerusalem’s municipal boundaries to include newly-occupied territory; this act of annexation has never been recognised by the international community.
- A third of the annexed territory was expropriated; by 2001, some 47,000 settlement housing units had been built on this expropriated land.
- The vast majority of Palestinians in Jerusalem are permanent residents, not citizens. In 2014, the residency status of 107 Palestinian residents of Jerusalem was revoked.
- Palestinians suffer from a discriminatory water policy maintained by Israeli authorities.
- Israel enforces a dual legal system in the OPT: civil courts for the 600,000 settlers, and military courts for 4.5 million Palestinians. The latter has a 99.74 percent conviction rate.
- The Israeli military detains Palestinians from the OPT without charge or trial, for renewable six-month periods. There are currently 715 such prisoners, from a total of 7,000 jailed Palestinians.
- Since 1967, Israeli authorities have demolished hundreds of Palestinian homes as an act of collective punishment.
- Many Palestinian structures are demolished by Israeli forces for lacking the right permit; yet more than 95 percent of Palestinian permit applications are rejected.
- In 2016 to date (June 6), Israeli military authorities have demolished 625 Palestinian structures.
- During the First Intifada (1987–93), Israeli forces killed over 1,000 Palestinians, one in five of them children.
- In the first few days of the Second Intifada, the Israeli army fired 1.3 million bullets.
- In six military offensives from 2006-2014, Israel killed 1,097 Palestinian children in the Gaza Strip.
- Israeli occupation forces killed 137 Palestinians in the West Bank in 2015, and 56 in 2014. Over the same two-year period, Israeli forces also injured 19,950 Palestinians in the West Bank.
- The Oslo Accords, signed in the mid-1990s, saw the establishment of the Palestinian Authority (PA), which governs some aspects of life for Palestinians, in some of the OPT.
- The Accords divided up the OPT into Areas A, B, and C. The territory of Areas A and B is not contiguous, and consists of 227 separate areas under varying degrees of PA control.
- Some 60 percent of the West Bank remains under full Israeli military and civil control. However, even in the rest of the West Bank, the Israeli military conducts raids at will.
- According to Human Rights Watch: “Palestinians face systematic discrimination merely because of their race, ethnicity, and national origin.” Amnesty International agrees.
- In 2012, the UN Committee on the Elimination of Racial Discrimination said Israeli policies in the OPT violate the prohibition of “racial segregation and apartheid
Inside Story: Israel and Palestine: How do you stop the violence?
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