ISIL Caliphate : One Year / Califado do ISIL : Um ano
Já abordei o assunto em blogs anteriores (22/06/14-26/10/14), mas tenho de repetir que o ISIL é produto de George W. Bush e Tony Blair. O primeiro, retornou à sua toca, e o segundo, na ativa sendo recompensado (blog 31/05/15) por 'serviços prestados' a ditadores e opressores mundo afora.
Um de seus crimes que favorizam o ISIL é de terem desmantelado o exército e a polícia nacional (mais de 500 mil) por terem sido funcionários do ditador morto. (Tirando a ingerência estrangeira, é como se o presidente brasileiro pós-ditadura militar tivesse demitido todos os policiais estaduais, municipais e os soldados sem tirar-lhes as armas, e eles ficarem desempregados, sem perspectiva profissional e cheios de ódio de quem os privou de emprego e sustento familitar...)
Ou seja, a invasão e ocupação violenta do Iraque foram prato feito para alimentar um radicalismo sectário. Era claro que naquele clima bastava um líder carismático com o discurso adequado para canalizar o ressentimento dos desempregados. Esse homem-fera foi fabricado nas câmaras de tortura de Abu Ghraib. Chama-se Abu Brakr el-Bagdadi, cujo objetivo é criar um Estado-califado que abranja Iraque, Síria e parte de outros países árabes.
A aparição pública do ISIL foi súbita, mas sua construção durou dez anos. Quando a grande mídia o descobriu no ano passado, gerou polêmicas incríveis. Dentre elas, da culpa do primeiro ministro UK/US Nouri al-Maliki. Porém, a responsabilidade é do processo político corrupto e frágil estabelecido pela US Coalition Provisional Authority que levou Maliki ao poder.
Aí a guerra civil que desestabilizou a Síria em 2011 permitiu que Baghdadi emergisse com seus novos bárbaros bem armados e com áurea de tenacidade na defesa da autonomia árabe, abalada pelo sistema estabelecido na Conferência de Paz de Paris em 1919. Ao delimitar seu território, Baghdadi desafiou as fronteiras estabelecidas aleatoriamente pelas potências ocidentais após a Primeira Guerra Mundial, contestadas, mas jamais derrubadas.
Só a criação de Israel em 1948 alterou este sistema. Mas Israel (en fronteiras bem menores do que as de 1967) foi um presente da ONU após anos de conchavos, muita grana, lobbies tentaculares e má-consciência da Segunda Guerra.
ISIL e Israel se parecem no processo de conquista - desapropriações, expulsões, massacres, pilhagens.
El-Baghdadi espelhou-se também na reclamação nacional e internacional religiosa - a dele, muçulmana, a de Israel, judia - induzindo os muçulmanos estrangeiros a pensarem que agora possuem Estado onde instalar-se (casas e cidades que de fato já têm proprietários) e viver em autarquia religiosa com leis racistas e estreitas. Israel induz os judeus do mundo inteiro a pensarem que também têm direito sobre terra alheia.
Voltando ao aniversário do Islamic State, uma da razão de seu 'sucesso' se deve a dois precedentes abertos pelos EUA ao invadirem o Iraque em 2003. Foi a primeira vez que ocuparam fisicamente um país árabe e no processo de dominação cometeram o erro político-religioso perigoso de porem em Bagdá governantes xiitas que se sucederam durante dez anos quebrando uma regra tácita, os xiitas não governam nenhum país árabe. Só quem não sabia disso era quem ignorava ou desprezava a história regional.
(Erro que lembra o dos belgas em Ruanda, que no processo de colonização inverteram a cadeia hierárquica dando poder aos Hutus contra os Tutsis e gerando 800 mil mortes em 1994).
Sem a zizania na Síria, Baghdadi não teria conseguido expandir-se como expandiu porque Assad teria podido proteger suas fronteiras como qualquer país faria. Mas até os rebeldes locais e "quem" os armava gostaram quando acharam que esses fanáticos estavam do lado deles. Miopia catastrófica. Sobretudo por os países ocidentais não terem aprendido a lição do Iraque, Líbia e terem aplaudido e incentivado a derrubada do único governo árabe capaz de combater o radicalismo religioso - é inegável que o governo sírio alauita apoiado por xiitas era um dos mais estáveis desde a ascenção de Afez el-Assad em 1970. Quanto à Síria ser uma ditadura brava, é, assim como todos os países árabes, com exceção do Líbano.
Trocando em miúdos, o ISIL é o resultado de instituições político-administrativas-securitárias iraquianas debilitadas pela invasão e pela US Coalition Provisional Authority + o colapso das instituições políticas sírias em 2011. O motor de Baghdadi é a destruição da dominação xiita. Ele odeia os xiitas. Quase tanto quanto odeia os gringos. O fato de Bashar el-Assad ser alauíta piora a situação porque os alauítas são tidos como próximos do cristianimo.
Durante as comemorações do centenário da Primeira Guerra Mundial pensei bastante em seu significado para a Europa e em "Sikes-Picot" que após o armistício re-desenharam indiscriminadamente o mapa dos países árabes. Como fizeram na África desconsiderando as particularidades culturais e étnicas.
Por causa disso, o ISIL argumenta que está empreendendo uma medida corretiva da "divisão externa traumática" do Oriente Médio. Foi por isso que ao estabelecer sua capital em Mosul, Baghdadi divulgou um tipo de tratado que apagava as fronteiras de 1919 no acordo secreto dos aliados que inaugurou o sistema de Mandatos dividindo a região entre França e Inglaterra.
O intuito de Baghdadi é situar as ações do ISIL além dos conflitos na Síria e no Iraque. Pois além de ter ogeriza dos xiitas, el-Baghdadi não aprecia todos os sunitas. Ele só se dá bem com os salafistas - extremistas que a Arábia Saudita deixou crescer e proliferar sem preocupar-se com as consequências nefastas.
O ISIL ultrapassou as expectativas de seu criador conseguindo a ferro e fogo mexer nas fronteiras coloniais. Feito que nacionalistas árabes como o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser, o partido Baath do cristão Michel Aflaq na Síria, e Muammar Gaddafi na Líbia, haviam tentado através da diplomacia sem sucesso. Nasser conseguiu unificar Egito e Síria durante três anos. Gaddafi não conseguiu realizar seu sonho de união Líbia & Tunísia e Síria & Iraque governados pelo partido Baath laico - devido a picuinhas de poder, mas mais ainda às pressões ocidentais. Com certeza o G7 temia Estados árabes fortes. Como sempre, pensaram no curto prazo, no Canal de Suez, em suas bases militares, domínio, lucro fácil, enfim, em pequenezas que a médio e longo prazo geram dramas como os atuais.
Ao aliciar jovens muçulmanos estrangeiros, El Baghdadi levanta um argumento nocivo mas irrefutável - foi "bem sucedido" onde esses três líderes seculares tentaram e fracassaram, ou seja, retraçar fronteiras mal-traçadas por estrangeiros. E a partir daí, clama vitória militar e religiosa em outro ponto que líderes regionais falharam - na restauração do califado.
Apesar de consternada com os meios de Baghdadi, sou obrigada a constatar que ele conseguiu reinventar uma força de autoridade islâmica que motiva jovens perdidos e consterna jovens esclarecidos, mas desiludidos da Primavera Árabe que só deu frutos, mais ou menos bons, na Tunísia.
Quanto ao IS, apesar de algumas semelhanças com Israel no processo sanguinário de redesenhar o mapa do Oriente Médio, divergem em um ponto crucial: Israel contou e conta com o apoio de EUA-Nações Unidas e o ISIL está contra o mundo inteiro.
Considerando o estado atual do Iraque e da Síria, o futuro do Islamic State é imprevisível. Assim como sua repercução no mundo árabe, inclusive na Palestina, com um núcleo pequeno de salafistas ignorantes da realidade da selvageria de Baghdadi. O campo de refugiados Yarmouk na Palestina é prova disso.
O problema é a propaganda. A capacidade do ISIL de atrair muçulmanos estrangeiros é a mesma de Israel para atrair judeus para a IDF. Aliáas os dois exércitos se parecem em vários aspectos. O primeiro é o da doutrinação que os recrutas recebem durante o treinamento. O segundo são os meios financeiros. Sem contar que ambos governantes e respectivos adeptos acreditam piamente que têm o direito inalienável, acima da moral e do Direito, de fazerem o querem, em nome de um artfício religioso duvidoso.
Apesar dos pontos comuns entre os dois exércitos impiedosos e racistas, Israel é um Estado reconhecido e tem de ser preservado. Sua legitimidade é indiscutível e inalienável. Dentro das fronteiras de 1967, é claro.
Dito isso, na loucura desse mundo de conchavos pragmáticos, talvez o ISIL também chegue a ser aceito como Estado. Cheio de gente frustrada, ignorante e ultra-sectária?
ISIL em 2 minutos
Mas o fim do ISIL é possível sim. Através de implosão das populações nativas que ele domina e com a união dos xiitas e sunitas contra este inimigo comum. Se conseguirem unir-se. Vai ser difícil o ISIL manter-se e estabelecer um verdadeiro Estado.
O único perigo é que apesar de ser muçulmano e não dispor de lobby milionário nas cidades-motores da Terra, Baghdadi consiga, a médio prazo, alguma mais-valia para os EUA e para a Arábia Saudita. Por enquanto seus inimigos estão atrás dos milhões do petróleo, das contas confiscadas e acabar com a ameaça que ele representa para os ditadores árabes que a Casa Branca apóia.
Infelizmente, se Baghdadi encontrar um terreno econômico-político comum com os grandes desse mundo, daqui a alguns anos talvez esteja gozando dos mesmos privilégios que Israel e também fique impune por seus crimes. Se isso acontecer, também se expandirá com colônias no Iraque, na Síria, na Jordânia, na Turquia...
Na realpolítica a única "moral" é a dos interesses dos 1% que controlam a economia do planeta. O resto é utopia.
PS. Resposta a perguntas sobre a "confusão" entre sunitas e xiitas. Simplicando muito, é como as guerras religiosas que sangraram a Europa há alguns séculos. Protestantes contra católicos. Os xiitas seriam os católicos; os sunitas, os protestantes. Os salafistas, os evangélicos (se estes não fossem pacíficos), cuja ala mais sectária, por sinal, apóia Israel em seu projeto de limpeza étnica da Palestina com "base" em uma teoria mirabolante importada dos Estados Unidos.
Inside Story: ISIL's evolving social-polical strategy
Salafistas palestinos na política israelense do desastre
Citei acima de passagem o núcleo salafista palstino que há alguns anos vem poluindo a Faixa de Gaza e antes de me pedirem detalhes, eis algumas palavras sobre este fenômeno lamentável que ainda é controlável. A não ser que Israel os favorize ainda mais e faça contra o Hamas o que fez contra o Fatah em favor do Hamas para dividir e reinar.Na década de 80, Israel favorizou a emergência do Hamas na Faixa de Gaza. Seu objetivo era separar os palestinos até então representados por várias facções unidas na Organização de Libertação da Palestina, dominada pelo Fatah e presidida por Yasser Arafat. Resumi este "empreendimento" no blog sobre Gaza (12/02/12). O resultado foi a emergência do Hamas, um partido religioso que não existia na sociedade palestina - secular por excelência desde os primórdios e mais ainda com os combatentes pós-Naqba que compunham a OLP. Yasser Arafat sempre foi à missa do galo na basílica da Natividade e George Habash, líder do segundo partido de então, era cristão (26/04/15).
Porém, Ariel Sharon queria ver o diabo (que deve ter abraçado ao despencar no inferno), e por isso fez tudo para enfraquecer o Fatah, prendendo Marwan Barghouti e jurando matar Yasser Arafat. Arafat acabou sendo morto e o Fatah versão conciliatória Mahmoud Abbas virou "partido sério e fiável". O demônio virou o Hamas, que continuou a luta contra a ocupação que os dirigentes do Fatah abandonaram em benefício próprio.
Israel criou o Israel Project (blog 08/08/14) e, com este manual de instrução de como defender seu Estado fora-da-lei indefensável, convenceu os EUA (ou melhor, o dinheiro da AIPAC - lobby sionista em Washington - convenceu os presidentes republicanos e democratas, com la Hillary Clinton de bandeira israelense quase hasteada) e os europeus bem que mal, que o Hamas queria destruir seu Estado - pobres coitados tão armados até de bomba atômica e que mesmo sendo os ladrões de propriedade/água/terra, mesmo sendo os nazistas contemporâneos que procedem a limpeza étnica de maneira descarada, mesmo sendo os ocupantes que humilham e oprimem os palestinos no quotidiano restringindo seus movimentos na Cisjordânia e os enjaulando na Faixa de Gaza, mesmo sendo eles que desrespeitam todas as leis internacionais sem vergonha, enfim, mesmo Israel sendo o predador que se sabe, tinha o "direito de defender-se" quaisquer que fossem as agressões e os crimes que cometesse.
Aí os governos sucessivos matracaram a Faixa de Gaza de maneira inclemente em 2006, 2007, 2008, 2009, 2012, 2014, em operações militares que devastaram a Faixa, deixaram para trás mais de quatro mil mortos, milhares de feridos mais ou menos graves e muitas crianças deficientes. E ainda deram um nome para definir estes "empreendimentos" destrutivos: podar a grama. Ou seja, cada vez que a Faixa começa a reconstruir e reviver após uma série de bombardeios devastadadores, vem outro para "podar a grama".
Agora Israel está indo longe demais na irresponsabilidade maléfica do curto prazo. Como o mundo abriu os olhos e entendeu que o Hamas é mesmo é o que a Resisência francesa era na Segunda Guerra Mundial, o governo israelense está investindo no ISIL/ISIS/Daesh na Faixa de Gaza através de salafistas locais. O leão invisível (blog 12/08/12) da manobra israelense é semear outra guerra fratricida como a que fomentou com a ajuda de Tony Blair em 2007 entre o Fatah e o Hamas semeando o caos.
Na miopia que herdou ou transmitiu aos Estados Unidos (entre Israel e os EUA não se sabe quem influenciou o outro na nefasta política míope do curto prazo) vem minando o Hamas há anos na Faixa. Quando nosso saudoso cologa Vittorio Arrigoni foi assassinado (blog 17/04/11) já alertei para o perigo de extremistas que o Shabak (blog 04/12/11) estava cultivando lá. Hoje é fato consumado. O Shin Bet trabalha na Palestina como a CIA na ex-URSS e na Operação Côndor na América Latina. Cria células, corrompe, chantageia, até conseguir fomentar "rebeldia espontânea" ou, no caso dos EUA, golpe militar favorável (como no Cone Sul e no Egito atual).
Há algumas semanas os salafistas palestinos, que acham que o Hamas não resiste a Israel como deveria (!), começaram a ameaçar a hegemonia do governo local. E com a cumplicidade de Israel estão progredindo. De vez em quando jogam uns foguetes além das fronteiras da prisão Gaza, em lugares despopulados, e a IDF chega com seus caças, drones armados e helicópteros para bombardear a Faixa. Mas não bombardeiam as bases dos salafistas que jogaram os foguetes e sim repartições administrativas do Hamas.
Estes salafistas na Faixa de Gaza mostram que entre os palestinos também há radicalismo. São humanos, falíveis e entre eles também há um punhado de ignorantes, como nos nossos países. Enfim, como em Israel há um punhado de pessoas esclarecidas.
Um gazauí escreveu a seguinte carta de advertência no dia 06 de junho: "During the past three months, a lot of tension has built up between Hamas and Salafies in Gaza who are aligned with ISIS. TheSalafies started threatening Hamas, demanding the release of their imprisoned leaders, and explosions could be heard all around Gaza city. In return, Hamas demolished a Salafi mosque that was used as an operations center, and an arrest campaign targeted all of them.
Two days ago, Hamas forces went to arrest a Salafi named Younis Hanar, a 27 year-old, after a report that he was storing illegal armory in his house. When the police arrived, Hanar refused to turn himself in, and threatened to blow himself up with an explosive belt. The argument turned into fire exchange that led to Hanar’s death.
The Salafies went mad afterward, and threatened Hamas with revenge. It didn’t take too long till their revenge started on the same night by launching three rockets towards Israel that landed ineffectively in empty grounds of Negev and Ashdod. Then after an hour, a small explosion occurred in Gaza’s seaport with no casualties.
Immediately the Israeli F16 planes and drones spread all around the city, making terrible noise that scared the children, as usual. People knew the airstrikes will start any minute, so the lights weren’t turned off.
After four hours, the first two airstrikes targeted an empty grounds in north of Gaza called Khayalah belonging to Hamas’s armed Qassam brigades, then another airstrike targeted Abu Jarad site of Hamas in Gaza city. The “retaliations” stopped with four airstrikes on Heteen site of Hamas in Khan Younis. The Ministry of Health reported later that no one was injured nor killed.
All the airstrikes targeted Hamas, and none targeted the responsible Salafies. It happened so fast this time."
Um ingênuo pode achar que Israel está cultivando mais um inimigo sem pensar nas consequências. Mas é pior do que isso. Israel aposta na estratégia do desastre. O importante é o foguetório continuar para a IDF destruir a Faixa inteira com a bênção (?) da opinião pública internacional. Como os ocidentais começaram a a entender que é Israel o bandido da história e vê o Hamas com outros olhos, Tel Aviv precisa de um novo inimigo que a opinião pública internacional desaprove.
É o maquiavelismo israelense da doutrina expancionista em potência máxima, com o apoio dos milhões de dólares dos lobbies sionistas e da hasbara.
Deus proteja os palestinos e continue a dar-lhes força para resistir pacificamente.
E que proteja também o mundo inteiro afetado pelos respingos desta injustiça interminável.
ISIL e IDF são os "exércitos" mais amorais do planeta. A IDF, além da carnificina de suas grandes operações na Faixa de Gaza, bombardeia os gazauís de maneira intermitente e comete abusos quotidianos na Cisjordânia. Como mostra o vídeo abaixo divulgado pela TV Palestina. A reação da assessoria de comunicação militar foi a mesma de sempre: brutalidade "certamente justificada" e se não for "vamos investigar", pedindo depoimentos dos próprios soldados envolvidos no ato criminoso. Quando aleijam e matam é a mesma coisa. A impunidade reina.
Falando em injustiça, na semana passada aconteceu a conferência Herzliya que reúne anualmente a "nata" de dirigentes israelenses para discutir estratégia nacional.
No fim o ministro da defesa Moshe Yaalon* declarou sardônico: "As for the possibility of reaching an agreement ... there is someone who says he doesn't see one during his term," disse referindo-se a declaração anterior de Barack Obama, completando, "I don't see a stable agreement during my lifetime, and I intend to live a bit longer." Yaalon é um dos ministros mais próximos de Binyamin Netanyahu e é tão fabulador quanto ele. Antes dessa frase, usara a hasbara de sempre acusando os palestinos de terem "slammed the door on efforts to keep discussions going" completando com um absurdo, que a culpa era dos palestinos por terem recusado durante 15 anos a aceitar a paz contra cessão de terra, ou em suas palavras, "they rejected peace-for-land deals for at least 15 years".
É surreal. É como se os EUA invadissem o Brasil, ocupassem mais de 2/3 do nosso território, roubassem nossas casas e propriedades, nos expulsassem, nos deixassem apenas o Centro-Oeste e o Espírito Santo, sem ligação direta, cercassem o ES por todos os lados parar bombardear os brasileiros lá de vez em quando, e no Centro-Oeste proibissem a transmissão de propriedade de pai para filho, reforma de nossas casas, locomoção entre as cidades e mesmo dentro delas com instalação de checkpoints por todos os lados, que nosso presidente em Brasília só pudesse sair de lá com autorização da Casa Branca, que nossos filhos virassem alvo de brincadeira de tiros dos soldados gringos, que os invasores instalassem colônias dentro do território que a ONU nos havia deixado nos tirando as terras mais férteis e cobrando de nós pela água potável que sai dos nossos rios, e depois disso, reclamassem que somos ingratos nos revoltando, já que poderíamos viver em paz com eles facilmente, contanto que abríssemos mão de toda terra que os colonos nos roubaram e de mais, para ficarem à vontade. Enquanto milhões de brasileiros viviam em campos de refugiados na Argentina (sendo mal-tratados como os palestinos no Líbano), no Chile, Uruguai, Paraguai, apátridas e cidadãos de terceira classe; e milhões de sortudos que conseguiram acolhida em outros países. Mas todos proibidos de voltar para o Brasil, o nosso país do qual seus filhos e netos só veriam fotos amareladas e nas telinhas, vira e mexe, brasileiros sendo massacrados.
É ou não é surreal insinuar que palestinos e israelenses poderiam viver em paz se os nativos abdicassem de tudo - pátria, terra, propriedade, identidade - e fossem embora um a um até a Palestina virar Israel do Jordão ao Mediterrâneo?
Pois quem parou as discussões de paz foi Israel, quando em abril de 2014 o Fatah e o Hamas se reconciliaram (daí o incentivo do ShinBet aos salafistas na Faixa de Gaza para criar um foco radical). Depois veio a Operação Protective Edge e a carnificina na Faixa de Gaza.
Mas com Israel, os fatos não importam, são destorcidos facilmente pela hasbara.
Tanto que Yaalon bateu na mesma tecla, que combatem o Hamas porque o partido "do not recognize Israel's right to exist", sendo que o Hamas, como o Fatah nos primórdios, considera absurdo ele admitir a existência a Israel enquanto a existência da Palestina estiver sendo negada. Israel e os EUA sabem que é uma posição político-diplomática e não um preconceito racial como o que os israelenses manifestam contra os palestinos, que chamam inclusive de 'animais'.
Quanto a Binyamin Netanyahu, declarou em alto e bom som sua convicção profunda na véspera de ser eleito para o quarto mandato de primeiro ministro: there will be no Palestinian state if I remain Israel's leader, fabulando que withdrawal from occupied territory by Israel would embolden hardline Islamist guerrillas arrayed on its borders. Depois sucumbiu às críticas internacionais recorrendo às mentiras de sempre dizendo que "remained committed to a 'two-state solution' in which Palestinians will establish a demilitarized country and recognize Israel as the Jewish homeland."
Obama em um momento de lucidez disse na televisão que a posição de Netanyahu "has so many caveats, so many conditions that it is not realistic to think that those conditions would be met at any time in the near future." Esqueceu de dizer que se os EUA não tomassem o partido desde venal primeiro ministro megalomaníaco, a ONU poderia resolver o problema em um segundo, simplesmente aplicando a lei. Este é o conflito mais fácil de ser resolvido no mundo. Basta coragem e vontade.
* O curriculum vitae do general Moshe Yaalon é recheado de iniquidades. É filho do imigrante ucraniano David Smilanky, que participou do Hagannah durante a Naqba; foi comandante da Brigada de paraquedistas em 1978; comandou a IDF na invasão do Líbano em 1982, sob as ordens do então ministro da Defesa Ariel Sharon; em 1993, comandou a base de treinamento da IDF até ser promovido à direção do serviço militar de inteligência em 1995. Em 1998 foi nomeado comandante do Comando Central e foi responsável pela repressão durante a Segunda Intifada que começou em 2000, primeiro com este cargo e depois com mais poderes como Cheif of Staff da IDF até 2005 (foi nesse período que comparou os palestinos a um câncer); comandou a Operation Defensive Shield em 2002 (blogs 11/11/12-16/12/12-13/01/12-27/01/13); em dezembro de 2005 vítimas do bombardeio de Qana em 1996 (blog ) deram queixa contra ele em Washington por seus crimes contra a humanidade, em vão; em 2006 foi preso na Nova Zelândia onde estava levantando fundos para seu partido sob acusação de homicídio contra Salah Shehade, membro do Hamas cujo assassinato ordenou em 2002 causando a morte de mais 14 civis palestinos; porém, ficou por isso, como o caso de Pinochet na Inglaterra. É ministro da Defesa de Israel desde 2013 e foi ele que comandou a Operation Protective Edge (blogs Rogue State of Israel). Para completar, em outubro de 2014 Yaalon quis banir os palestinos de ônibus usados pelos colonos judeus na Cisjordânia e mora em Modi'in-Maccabim-Re'ut, uma cidade na beira da Linha Verde que se expande sem parar dentro da Cisjordânia.
Ban Ki Moon isenta Israel
Tanto que sob pressão da AIPAC e da Casa Branca, o sul-coreano surpreendeu o mundo pensante com mais um veto incompreensível à merecida marginalização de Israel nem que seja em um papelzinho.
Todo ano a ONU estabelece uma List of Shame de países e grupos armados que violam direitos das crianças durante conflitos. Neste ano Leila Zerrougui, enviada especial em zona de conflito, incluiu Israel e grupos palestinos armados na lista que julga 2014.
Qual não foi a surpresa das ONGs internacionais de Direitos Humanos, da imprensa e dos próprios funcionários das Nações Unidas quando a lista voltou do escritório do Primeiro Secretário com os nomes de Israel e do Hamas riscados.
Ban Ki Moon decidiu manter a lista do ano passado como se em julho e agosto não tivesse acontecido nada.
Mas discursou, de cara lavada. Disse estar "deeply alarmed by the grave violations suffered by children as a result of Israeli military operations in 2014. The unprecedented and unacceptable scale of the impact on children in 2014 raises grave concerns about Israel's compliance with international humanitarian law, notably the principles of distinction, proportionality and precaution in attack, and respect for international human rights law, particularly in relation to excessive use of force ". Embora relevasse o "dramatic increase" no número de crianças assassinadas nos territórios palestinos ocupados. Criticou também "Palestinian armed groups for indiscriminate rocket fire that endangered children in Israel".
Chamá-lo só de falso seria elogiá-lo...
Vamos aos fatos.
Durante a Operação militar israelense Protective Edge no ano passado, morreram 561 crianças - 557 palestinas e quatro israelenses. 4.271 crianças foram feridas - 4.249 palestinas (2.956 amputadas de algum membro) e 22 israelenses.
Sem contar as crianças palestinas vítimas de tiro ao alvo dos soldados na Cisjordânia no quotidiano e na Faixa de Gaza durante os outros ataques relâmpagos que não ganham nome e nem expressão midiática.
Stephane Dujarric, um porta-voz das Nações Unidas, aproveitou para lembrar que "the report is more than the list" e demonstrou preocupação quanto à "plight of children in the Israeli-Palestinian conflict."
O embaixador isrelenses na ONU, Ron Prosor parabenizou Ban Ki Moon por sua decisão: " He was right not to submit to the dictates of the terrorist organizations [Human Rights NGOs] and the arab states, in hisdecision not to include Israel in this shameful list, together with organisations like ISIS, al-Qaeda and the Taliban," disse, usando a hasbara para negar a vitória da pressão de seu lobby.
Há 51 nomes na lista 2014-2015. Dentre eles, Boko Haram, ISIL e exércitos regulares de oito países (nos quais a IDF deveria ter sido incluída), dentre os quais, Síria, Répública Democrática do Congo, Yêmen e Suldão do Sul.
Um representante do Human Rights Watch, Philippe Bolopion, lamentou a decisão do Secretário Geral da ONU: "Ban's disappointing decision to override the advice of his special representative by removing Israel and Hamas is a blow to UN efforts to better protect children in armed conflit. Facts and consistency dictated that both be included on the list, but political pressure seems to have prevailed." Vale ressaltar que Bolopion nivelou o ataque das forças de ocupação israelense aos atos de resistência do Hamas. O que era de se esperar da HWR, que economiza críticas a Israel sempre que consegue.
A List of Shame foi divulgada dois meses após uma investigação da ONU constatar e publicar que Israel era responsável por ataques mortíferos a sete escolas das Nações Unidas que abrigavam centenas de crianças diretamente visadas. Pois os funcionários do Comissariado da ONU para refugiados comunicava a Tel Avic diariamente as coordenadas GPD das escolas e abrigos em que estavam.
Enquanto Ban Ki Moon faz o trabalho sujo de Tel Aviv e Washington, a ONU em si está estudando as medidas oficiais a tomar em resposta ao relatório mencionado acima. Sob grande pressão do lobby sionista e sem certeza alguma que no final Ban Ki Moon, que tem direito de veto sobre todos os documentos emitidos pelas Nações Unidas, simplesmente não vete como vetou a List of Shame. Se os EUA não vetar diretamente no Conselho de Segurança da ONU.
Vale lembrar que a Operation Protective Edge do ano passado não apenas deixou dezenas de crianças palestinas mortas e centenas feridas. Deixou também dezenas de milhares de crianças traumatizadas e com deficiências psicológicas e físicas incuráveis.
A IDF fez bem o seu trabalho. Na maior impunidade. É por isso que do dia 08 de julho ao dia 26 de agosto pretendo reviver os fatos dirariamente com depoimentos. É preciso lembrar que Israel não cumpriu a palavra, continua o bloqueio desumano da Faixa de Gaza, seus bombardeios intermitentes, a reconstrução dos imóveis está em ritmo lentíssimo imposto pelo bloqueio e a obrigação de comprar materiais israelenses, e há milhares de famílias ainda desabrigadas, no escuro, e com carência alimentar e de água potável.
Quem mais sofre são os meninos. É neles que o crime de Israel continua com repercussões dramáticas. Um dia Israel tem de ser punido. O boicote é o nosso meio, simples, de mostrar que não somos cúmplices do que estão fazendo com os palestinos. Como foi feito com sucesso contra a África do Sul durante o apartheid.
Boicote acadêmico, artístico, cultural, esportivo e comercial. Começando no mercado. Baixe a aplicação buycott no seu celular e não se deixe enganar por marcas disfarçadas.
People and Power: Boycott Israel (25')
Eye Witness in Gaza: Naqba 1948 to current humanitarian crisis
Disabled Gazan Children by the IDF
Um ano depois, os órfãos de Gaza
Crianças taumatizadas
Eye Witnesses to Gaza
Criança gazauí que perdeu tudo brinca de lego. O que constrói?
http://www.news4jax.com/ politics/scotus-strikes-down- law-in-jerusalem-passport-case/33459498. "Read the last line of the story, in which the litigant proclaims that he is proud to be an Israeli. If that is the case he should not be getting an American passport. He is an Israeli . Phony Americans should be forced to make a choice." Concordo plenamente com Norman Finkelstein neste comentário. Que os nossos compatriotas que se aventurarem a invadir terra alheia na Palestina e forem para Israel servir a IDF como jihadistas assassinos percam a nacionalidade brasileira!
Ah! se os descendentes dos engenheiros da Naqba tivessem tanta vergonha quanto os descendentes dos líderes nazistas como mostra os vídeos acima?
Será que os israelenses descendentes dos que exterminam os palestinos se envergonharão do feito dos seus pais assassinos?
A pesquisa abaixo não dá nenhum sinal disso.
Nearly three quarters of Israeli Jews feel that the ‘whole world is against us’. A monthly report released by IDI and Tel Aviv University shows Israelis feeling more isolated and that peace is more distant.
War Crimes? Us?
"War itself is a crime. There are few exceptions. I would exempt the war against Nazi Germany, since it was conducted against a regime of mass murderers, led by a psychopathic dictator, who could not be brought to heel by any other means.
This being so, the concept of "war crimes" is dubious. The biggest crime is starting the war in the first place. This is not the business of soldiers, but of political leaders. Yet they are rarely indicted.
These philosophical musings came to me in the wake of the recent UN report on the last Gaza war.
The investigation committee bent over backwards to be "balanced", and accused both the Israeli army and Hamas in almost equal terms. That, in itself, is problematic.
This was not a war between equals. On one side, the State of Israel, with one of the mightiest armies in the world. On the other side, a stateless population of 1.8 million people, led by a guerrilla organization devoid of any modern arms.
Any equating of such two entities is by definition contrived. Even if both sides committed grievous war crimes, they are not the same. Each must be judged on its own (de)merits.
...The committee castigates Hamas for committing war crimes against the Israeli population.
Israelis didn't need the committee to know that. A large share of Israeli citizens spent hours in shelters during the Gaza war, under the threat of Hamas rockets.
Hamas launched thousands of rockets towards towns and villages in Israel. These were primitive rockets, which could not be aimed at specific targets – like the Dimona nuclear installation or the Ministry of Defense which is located in the center of Tel Aviv. They were meant to terrorize the civilian population into demanding a stop to the attack on the Gaza strip.
They did not achieve this goal because Israel had installed a number of "Iron Dome" counter-rocket batteries, that intercepted almost all rockets heading for civilian targets. Success was almost complete.
If they are brought before the International Court in The Hague, the Hamas leaders will argue that they had no choice: they had no other weapons to oppose the Israeli invasion. As a Palestinian commander once told me: "Give us cannons and fighter planes, and we will not use what you call 'terrorism'."
The International Court will then have to decide whether a people that is practically under an endless occupation is allowed to use indiscriminate rockets. Considering the principles laid down by de Groot, I wonder what the decision will be.
Anyone who has ever been a combat soldier in war knows that war crimes, whether in the most moral or the most base army in the world, do occur in war. No army can avoid recruiting psychologically defective people. In every company there is at least one pathological specimen. If there are not very strict rules, exercised by very strict commanders, crimes will occur.
War brings out the inner man (or woman, nowadays). A well-behaved, educated man will suddenly turn into a ferocious beast. A simple, lowly laborer will reveal himself as a decent, generous human being. Even in the "Most Moral Army in the World" – an oxymoron if there ever was one.
Iisrael is a democratic state. Leaders have to be elected by the people. The voters consist of the parents and grandparents of the soldiers, members of both regular and reserve units.
This means that Israel is inordinately sensitive to casualties. If a large number of soldiers are killed in action, the government will fall.
Therefore it is the maxim of the Israeli army to avoid casualties at any cost – any cost to the enemy, that is. To save one soldier, it is permissible to kill ten, twenty, a hundred civilians on the other side.
This rule, unwritten and self-understood, is symbolized by the "Hannibal Procedure" – the code-word for preventing at any cost the taking of an Israeli soldier prisoner. Here, too, a "democratic" principle is at work: no Israeli government can withstand public pressure to release many dozens of Palestinian prisoners in return for the release of one Israeli one. Ergo: prevent a soldier from being taken prisoner, even if the soldier himself is killed in the process.
Hannibal allows – indeed, commands – the wreaking of untold destruction and killing, in order to prevent a captured soldier from being spirited away. This procedure is itself a war crime.
A responsible cabinet, with a minimum of combat experience, would know all this at the moment it was called upon to decide on a military operation. If they don't know, it is the duty of the army [or “military”] commanders – who are present at such cabinet meetings – to explain it to them. I wonder if they did.
All this means that, once started, the results were almost unavoidable. To make an attack without serious Israeli casualties possible, entire neighborhoods had to be flattened by drones, planes and artillery. And that obviously happened.
...Once you start a war, "stuff happens", as the man said. There may be more war crimes or less, but there will be a lot.
All this could have been told to the UN committee of inquiry, headed by an American judge, by the chiefs of the Israeli army, had they been allowed to testify. The government did not allow them.
The convenient way out is to proclaim that all UN officials are by nature anti-Semites and Israel-haters, so that answering their questions is counterproductive.
We are moral. We are right. By nature. We can't help it. Those who accuse us must be anti-Semites. Simple logic.
To hell with them all!"
Uri Avnery
Hitler's children
A pesquisa abaixo não dá nenhum sinal disso.
Nearly three quarters of Israeli Jews feel that the ‘whole world is against us’. A monthly report released by IDI and Tel Aviv University shows Israelis feeling more isolated and that peace is more distant.
"War itself is a crime. There are few exceptions. I would exempt the war against Nazi Germany, since it was conducted against a regime of mass murderers, led by a psychopathic dictator, who could not be brought to heel by any other means.
This being so, the concept of "war crimes" is dubious. The biggest crime is starting the war in the first place. This is not the business of soldiers, but of political leaders. Yet they are rarely indicted.
These philosophical musings came to me in the wake of the recent UN report on the last Gaza war.
The investigation committee bent over backwards to be "balanced", and accused both the Israeli army and Hamas in almost equal terms. That, in itself, is problematic.
This was not a war between equals. On one side, the State of Israel, with one of the mightiest armies in the world. On the other side, a stateless population of 1.8 million people, led by a guerrilla organization devoid of any modern arms.
Any equating of such two entities is by definition contrived. Even if both sides committed grievous war crimes, they are not the same. Each must be judged on its own (de)merits.
...The committee castigates Hamas for committing war crimes against the Israeli population.
Israelis didn't need the committee to know that. A large share of Israeli citizens spent hours in shelters during the Gaza war, under the threat of Hamas rockets.
Hamas launched thousands of rockets towards towns and villages in Israel. These were primitive rockets, which could not be aimed at specific targets – like the Dimona nuclear installation or the Ministry of Defense which is located in the center of Tel Aviv. They were meant to terrorize the civilian population into demanding a stop to the attack on the Gaza strip.
They did not achieve this goal because Israel had installed a number of "Iron Dome" counter-rocket batteries, that intercepted almost all rockets heading for civilian targets. Success was almost complete.
If they are brought before the International Court in The Hague, the Hamas leaders will argue that they had no choice: they had no other weapons to oppose the Israeli invasion. As a Palestinian commander once told me: "Give us cannons and fighter planes, and we will not use what you call 'terrorism'."
The International Court will then have to decide whether a people that is practically under an endless occupation is allowed to use indiscriminate rockets. Considering the principles laid down by de Groot, I wonder what the decision will be.
... The case against the Israeli government and army is quite different. They have a plentitude of arms, from drones to warplanes to artillery to tanks.
If there was a cardinal war crime in this war, it was the cabinet decision to start it. Because an Israeli attack on the Gaza Strip makes war crimes unavoidable.Anyone who has ever been a combat soldier in war knows that war crimes, whether in the most moral or the most base army in the world, do occur in war. No army can avoid recruiting psychologically defective people. In every company there is at least one pathological specimen. If there are not very strict rules, exercised by very strict commanders, crimes will occur.
War brings out the inner man (or woman, nowadays). A well-behaved, educated man will suddenly turn into a ferocious beast. A simple, lowly laborer will reveal himself as a decent, generous human being. Even in the "Most Moral Army in the World" – an oxymoron if there ever was one.
... The Gaza Strip is a tiny territory, overcrowded by a bloated population of 1.8 million human beings, about half of them descendents of refugees from areas that became Israel in the 1948 war.
In any circumstances, such an attack was bound to result in a large number of civilian casualties. But another fact made this even worse.Iisrael is a democratic state. Leaders have to be elected by the people. The voters consist of the parents and grandparents of the soldiers, members of both regular and reserve units.
This means that Israel is inordinately sensitive to casualties. If a large number of soldiers are killed in action, the government will fall.
Therefore it is the maxim of the Israeli army to avoid casualties at any cost – any cost to the enemy, that is. To save one soldier, it is permissible to kill ten, twenty, a hundred civilians on the other side.
This rule, unwritten and self-understood, is symbolized by the "Hannibal Procedure" – the code-word for preventing at any cost the taking of an Israeli soldier prisoner. Here, too, a "democratic" principle is at work: no Israeli government can withstand public pressure to release many dozens of Palestinian prisoners in return for the release of one Israeli one. Ergo: prevent a soldier from being taken prisoner, even if the soldier himself is killed in the process.
Hannibal allows – indeed, commands – the wreaking of untold destruction and killing, in order to prevent a captured soldier from being spirited away. This procedure is itself a war crime.
A responsible cabinet, with a minimum of combat experience, would know all this at the moment it was called upon to decide on a military operation. If they don't know, it is the duty of the army [or “military”] commanders – who are present at such cabinet meetings – to explain it to them. I wonder if they did.
All this means that, once started, the results were almost unavoidable. To make an attack without serious Israeli casualties possible, entire neighborhoods had to be flattened by drones, planes and artillery. And that obviously happened.
...Once you start a war, "stuff happens", as the man said. There may be more war crimes or less, but there will be a lot.
All this could have been told to the UN committee of inquiry, headed by an American judge, by the chiefs of the Israeli army, had they been allowed to testify. The government did not allow them.
The convenient way out is to proclaim that all UN officials are by nature anti-Semites and Israel-haters, so that answering their questions is counterproductive.
We are moral. We are right. By nature. We can't help it. Those who accuse us must be anti-Semites. Simple logic.
To hell with them all!"
Uri Avnery
Muhammad from Gaza on Arabian Nights Stories in the New York Times. On Saturday, June 13th, 2015 in Norman Finkelstein's web site.
I asked my young correspondent Muhammad from Gaza his opinion of the New York Times story in today’s edition: http://www.nytimes.com/2015/06/13/world/middleeast/a-former-tunnel-millionaire-joins-the-peddlers-in-a-gaza-park.html?hp&action=click&pgtype=Homepage&module=second-column-region®ion=top-news&WT.nav=top-news&_r=0
Here’s what he replied: The tunnels were first dug in 2007 because people in Gaza were desperate. Israel had imposed a siege after Hamas won the parliamentary elections in January 2006. Not even bread was available in the marketplace. The first goods that came from Egypt were simple things like cheese, snacks and candies.
I still remember those terrible times. My father rushed to purchase something when we heard the news on the radio. He bought three boxes of Twinkies (the spongy cake), and gave me two pieces. I kept them for more critical times and instead ate a thyme sandwich in homemade fossil bread.
The tunnel economy eventually expanded to make fortunes, even more for Egyptian officers (they were paid to shut their eyes when they caught you) than Palestinians. People were soon able to bring everything through the tunnels—KFC, McDonalds “happy meals,” even humans. A lover boy brought his Canadian bride through a tunnel.
"So, what do I think of the article?
The Unknown Soldier statue was partially destroyed on 12 June 2005 by the Israelis.
In 2007, during the fighting between Hamas and Fatah, an unknown group totally destroyed it. It might have been Hamas, it might have been Fatah, no one knows, except, it seems, the Times reporter.
Abu Basel was created by the reporter to entertain Times readers. The park is right in front of the legislative council and is carefully watched by the police. If Abu Basel did exist, he would be in the police station right now getting a good spanking.
Gaza is a conservative society. People don’t use bad words in their daily conversation. The hero of the article, Mohammed Sawiri, with his foul mouth and foul thoughts, is not the most trustworthy of sources, unless you want to amuse Western readers.
The article depicts Gaza’s underworld, which represents about ten percent of the population. Most Gazans don’t even go to the park, but prefer the beach, which is a nicer place for courting and smelling fresh air.
The reporter, Majd al- Waheidi, comes from a very conservative Bedouin family, best known for exaggerating and making trouble. She imagines herself to be a “liberated” woman, living a loud American lifestyle, but it’s just her inferiority complex.
In other words, it’s a great article if you like Arabian Nights stories.
RT: Women vs ISIL
Acompanho e admiro seus artigos esclarecedores apesar de discordar em alguns tópicos mais especificamente em relação a Síria.Isso posto,me surpreende que ao relacionar o patrocínio de Israel do ISIL,Daesh e assemelhados em Gaza não tenha feito o mesmo em relação aos grupos terroristas que atuam na Síria e Iraque dando a entender em sua narrativa que tudo começou com um tal de Baghdadi indignado com um punhado de desajustados e um projeto de partilha em mãos.
ResponderExcluirExistem registros públicos de agências de inteligência e de analistas e jornalistas investigativos corroborados pelos acontecimentos no chão do conflito de que tudo foi um "PLANO CONSPIRATÓRIO REAL" gerido pelas potências Ocidentais com o objetivo primeiro de assegurar Israel como única potência regional destruindo o último bastião de resistência que é a Síria através de sua partilha(dividir para conquistar que vc tanto descreve em seus artigos) e para isso,como vc bem sabe,não há escrúpulos para um estado terrorista como Israel em quem usar e como fazer pra atingir o seu objetivo.E se ainda há alguma dúvida no envolvimento de grandes estados no comando dessa lambança,basta que cheguemos a seguinte conclusão:Para uma operação de guerra como essa que está sendo empreendida por esses grupos terroristas é necessário um ENORME apoio logístico,financeiro e militar somente possível com a participação de grandes potências.
Alguns fatos,talvez, de seu desconhecimento:
-A CIA possue a posição de todos os líderes terroristas e seus quartéis generais em Raqqa e Mosul e essa coalizão fake tem evitado bombardeá-las fazendo apenas em áreas inertes ou com civis apenas para inglês ver.
-Oficiais franceses(liberados após Geneva 1),turcos,sauditas e jordanianos foram detidos na Síria comandando tropas terroristas.
-Israel ajudou os terroristas a expulsarem as forças de paz no Golan dando amplo apoio nas suas investidas pelo sul.Bandeira do Daesh hasteada lado a lado no Golan(surreal).
-Agentes do Mossad mortos pela inteligência síria quando em reunião com grupos terroristas em território sírio.
Quer mais?Como vê,o buraco é mais embaixo.
Quer acabar com essa guerra?Por mais que xiitas e sunitas estejam unidos esta guerra só termina com o fim do apoio dos mesmos pelos seus mestres,ou seja,Turquia,Qatar,Arábia Saudita,Estados Unidos e sobretudo Israel.
Como a minha percepção é de que isso não ocorrerá por bem,se a coisa já está ruim ficará pior para o lado de Israel e asseclas,claro. Aguardemos.